1) O documento discute funções orgânicas, incluindo álcoois, aldeídos, cetonas e ácidos carboxílicos. 2) Apresenta diferentes sistemas de nomenclatura para compostos orgânicos, como a nomenclatura oficial e usual para álcoois. 3) Detalha as estruturas e nomenclaturas de diferentes classes de hidrocarbonetos, como alcanos, alcenos, alcinos e hidrocarbonetos cíclicos e aromáticos.
2. Introdução
Função química é uma série de compostos que
possuem propriedades químicas semelhantes.
Essa propriedades são determinadas por um
grupamento atômico em comum, chamado de
grupo funcional.
Função Grupo Funcional
Hidrocarboneto Apresenta apenas C e H
Álcool
Aldeído
Cetona
Ácido carboxílico
3. Nomenclatura Oficial
É construída de forma racional, permitindo que
se conheça a estrutura do composto.
PREFIXO + INFIXO + SUFIXO
NÚMERO PREFIX TIPO DE INFIX Função Identificação Sufixo
DE O LIGAÇÃO O Hidrocarboneto Apresenta o
ÁTOMOS ENTRE ÁTOMOS apenas C e H
DE DE CARBONO
Apenas ligações an Álcool ol
CARBONO
1 met simples
2 et Existe ligação en Aldeído al
3 prop dupla
Existe ligação in Cetona ona
4 but
tripla
5 pent
Ácido óico
6 hex carboxílico
7 hept
8 oct
9 non
10 dec
4. Hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos são compostos
orgânicos formados exclusivamente
por átomos de Carbono e
Hidrogênio. Eles se subdividem em
várias subclasses, das quais as
mais importantes são alcanos,
alcenos, alcinos,
alcadienos, ciclanos,
ciclenos e aromáticos .
5. ALCANOS
Alcanos ou Parafinas são Hidrocarbonetos acíclicos e
saturados. Sua nomenclatura é dada utilizando o
intermediário AN e o sufixo O, ou seja, os nomes dos alcanos
possuem prefixo de numeração e ANO no final.
1 Carbono + AN 2 Carbonos + AN 3 Carbonos + AN 4 Carbonos + AN
+ O + O + O + O
Metano Etano Propano Butano
As fórmulas moleculares de todos os alcanos se encaixam na
FÓRMULA GERAL CnH2n+2, onde n é um número inteiro.
6. ALCENOS
Alcenos são Hidrocarbonetos acíclicos contendo duplas
ligações. Sua nomenclatura é dada utilizando o intermediário
EN e o sufixo O e possuem fórmula geral CnH2n, onde n é um
número inteiro.
2 Carbonos + EN + O 3 Carbonos + EN + O
Eteno Propeno
Obs: O Eteno também é chamado de Etileno
7. ALCENOS
Em casos onde existem mais de uma possibilidade para a
posição da dupla ligação, é necessário indicar a sua posição,
através de uma numeração. O Carbono 1 é sempre o
Carbono da extremidade mais próxima da dupla ligação na
cadeia, fazendo com que sejam usados os menores números
possíveis.
Ligação dupla no Carbono 1 + 5 Ligação dupla no Carbono 2 + 6
Carbonos + EN + O Carbonos + EN + O
Pent-1-eno Hex-2-eno
8. DIENOS
Os Alcadienos ou Dienos são caracterizados pela presença
de duas ligações duplas em sua estrutura. Sua nomenclatura
é igual ao dos Alcenos, porém utiliza antes do intermediário
EN o prefixo DI, para indicar duas ligações duplas. Em sua
numeração, deve-se numerar a cadeia de tal forma que as
ligações duplas tenham os menores números possíveis. Em
Dienos com 3 Carbonos, fica óbvio que não é necessário
numerar. Possuem fórmula geral CnH2n-2.
Ligação dupla no Carbono 1 + Ligação dupla no Carbono 1 +
Ligação dupla no Carbono 2 + 4 Ligação dupla no Carbono 3 + 5
Carbonos + DIEN + O Carbonos + DIEN + O
But-1,2-dieno Pent-1,3-dieno
9. ALCINOS
São Hidrocarbonetos Alifáticos Insaturados contendo triplas
ligações. Possuem nomenclatura igual a dos alcenos, porém
o seu intermediário é IN. Possuem fórmula geral CnH2n-2.
Ligação tripla no Ligação tripla no
2 Carbonos + IN +
Carbono 2 + 5 Carbonos Carbono 1 + 4
O
+ IN + O Carbonos + IN + O
Etino
Pent-2-ino But-1-ino
Obs: O Etino também é chamado de Acetileno.
11. HC RAMIFICADOS
Hidrocarbonetos Saturados
Nos Hidrocarbonetos Saturados, isto é, naqueles que só
apresentam ligações simples em sua estrutura, a cadeia
principal é a seqüência que possui o maior número de
Carbonos. Em casos de duas cadeias principais com o
mesmo número de Carbonos, a cadeia principal é a mais
ramificada. O Carbono 1 é aquele que faz com que a
estrutura tenha os menores números para indicar a posição
dos radicais. Quando a estrutura tiver dois ou mais radicais
iguais, colocamos apenas uma vez o nome deste radical
antecedido do prefixo di, tri, tetra, etc de acordo com a sua
quantidade e colocamos as suas respectivas posições.
12. HC RAMIFICADOS
Hidrocarbonetos Saturados
Radicais:
Metil (Carbonos 3 e
Radical: Cadeia Principal: 4) Cadeia Principal:
Metil (Carbono 2) Propano Etil (Carbono 5) Octano
Isopropil (Carbono
5)
metilpropano
5-etil-5-isopropil-3,4-dimetil octano
(não é necessário numerar pois não há outra
(Note que neste caso a cadeia principal não foi
posição para o radical)
uma seqüência representada numa linha reta)
13. HC RAMIFICADOS
Hidrocarbonetos Insaturados
Os hidrocarbonetos insaturados são aqueles que contêm
pelo menos uma ligação dupla ou tripla em sua cadeia.
Nestes casos, a cadeia principal é a maior seqüência que
contiver a ligação dupla ou tripla e o Carbono 1 será o
Carbono mais próximo da insaturação.
Radicais:
Radicais:
metil
Cadeia Ligação metil Cadeia Ligação
(Carbonos
Principal: Dupla: (Carbono 4) Principal: Tripla:
4,5 e 5)
hepteno Carbono 2 etil hexino Carbono 1
t-butil
(Carbono 3)
(Carbono 3)
3-t-butil-4,5,5-trimetil ept-2-eno 3-etil-4-metilex-1-ino
14. HC CÍCLICOS
Ciclos Saturados
Nos ciclos saturados contendo apenas um radical, não é
necessário numerar. Naqueles que tiverem mais de um
radical, o Carbono 1 é aquele que faz com que a estrutura
tenha os menores números possíveis. A numeração pode
girar em sentido horário ou anti-horário.
Radicais: Cadeia Principal: Radicais: Cadeia Principal:
metil (Carbono 2) Cicloexano metil (Carbonos 1 e 3) Ciclopentano
etil (Carbono 1) terc-butil (Carbono 2)
1-etil-2-metilcicloexano 2-t-butil-1,3-dimetil ciclopentano
15. HC CÍCLICOS
Ciclos Insaturados
Nos Ciclos Insaturados Ramificados, a numeração deve começar sempre por
um dos Carbonos da insaturação, de modo que ela fique entre os Carbonos 1
e 2. A numeração deve continuar ao longo do anel, de forma a se obterem os
menores números possíveis para os radicais. No caso dos insaturados, não é
necessário indicar a posição da insaturação, mas deve-se indicar a posição
dos radicais, mesmo quando o Ciclo só tiver uma ramificação.
Radicais:
Radical: Ciclo: metil (Carbonos 1 e Ciclo:
metil (Carbono 3) ciclopenteno 3) cicloexeno
etil (Carbono 6)
3-metilciclopenteno 6-etil-1,3-dimetilcicloexeno
16. HC CÍCLICOS
Hidrocarbonetos Aromáticos Ramificados Originados do Benzeno
Para ramificados benzênicos temos regras de numeração simples. Para
apenas um radical, não é necessário indicar a posição. Para radicais iguais, o
Carbono 1 é aquele que faz com que a cadeia tenha os menores números
possíveis. Para radicais diferentes, o Carbono 1 é aquele contiver o radical
mais simples e a numeração deve seguir de modo a se obterem os menores
números possíveis para os outros radicais.
Quando o ramificado benzênico apresentar apenas dois radicais, suas
posições podem ser indicadas de outra maneira, utilizando-se prefixos:
Prefixo Posições dos Radicais
orto- ou o- 1e2
meta- ou m- 1e3
para- ou p- 1e4
17. HC CÍCLICOS
Hidrocarbonetos Aromáticos Ramificados Originados do Benzeno
Radicais:
Ciclo: Radical: Ciclo:
metil (Carbono 3)
Benzeno Fenil Benzeno
etil ( Carbono 1)
1-etil-3-metil benzeno ou m-metil etil
fenilbenzeno
benzeno
18. HC CÍCLICOS
Hidrocarbonetos Aromáticos Ramificados Originados do Naftaleno
Os aromáticos do Naftaleno possuem um sistema de nomenclatura parecido
com o do Benzeno, mas sua numeração é característica. Os Carbonos são
divididos em alfa e beta, de acordo com sua posição. O Carbono 1 é sempre
um dos Carbonos alfa e o Carbono 2 deve ser um Carbono beta, para evitar
erros de numeração.
19. HC CÍCLICOS
Hidrocarbonetos Aromáticos Ramificados Originados do Naftaleno
Para dar nome a um aromático com apenas um radical, basta indicar a
posição com sua respectiva letra grega. Com dois ou mais é recomendado
utilizar a numeração.
Radicais:
Radicais: Ciclo: Ciclo:
Metil (Carbono 1)
metil (Carbono β) Naftaleno Naftaleno
Etil (Carbono 3)
β-metilnaftaleno 3-etil-1-metilnaftaleno
20. ÁLCOOL
É considerado álcool todo composto
que tiver uma Hidroxila ou Oxidrila (-
OH) ligado a um Carbono saturado
e não-aromático. Existem três
sistemas de nomenclatura: oficial,
usual e Nomenclatura de Kolbe,
sendo que esta última é menos
utilizada.
21. ÁLCOOL
Nomenclatura Oficial dos Álcoois
É dada indicando a posição da Hidroxila através de numeração (para álcoois
com mais de 2 Carbonos), o prefixo de numeração indicando a quantidade
de Carbonos presentes na molécula e o sufixo OL, que indica a função
álcool. Veja as regras em um resumo:
• O Carbono 1 será sempre o que estiver mais próximo da Hidroxila.
• Quando a Hidroxila puder estar presente em mais de um Carbono, é
necessário indicar sua posição.
• Se o álcool for ramificado, a posição dos radicais deverá ser indicada
através de numeração.
• Quando o álcool tiver mais de uma Hidroxila, suas posições devem ser
indicadas utilizando sempre os menores número possíveis. Antes do sufixo
OL deverá ser indicada, através do prefixo di, tri, tetra, etc a quantidade de
Hidroxilas presentes no álcool.
•Em álcoois insaturados, a posição da insaturação virá antes do infixo e a
posição da Hidroxila virá antes do prefixo OL, separada por hífens.
23. ÁLCOOL
Nomenclatura Usual dos Álcoois
A nomenclatura usual dos álcoois, que é válida somente para álcoois
saturados, é composta de regras bem simples, mas para dominá-la é
necessário saber bem a nomenclatura de radicais. Veja como fazer:
• Antes do nome, colocar a palavra Álcool.
• Identificar o radical orgânico preso à Hidroxila, utilizando o prefixo de
numeração e o sufixo -ico.
Radical Etil Radical Benzil Radical Terc-butil
Álcool etílico Álcool benzílico Álcool t-butílico
24. ÁLCOOL
Nomenclatura de Kolbe
A nomenclatura de Kolbe, pouco utilizada atualmente, considera o Carbono
ligado à Hidroxila como um radical chamado Carbinol e tubo que estiver
ligado a ele como outros radicais. Veja as regras:
• Considerar o Carbono ligado à Hidroxila como um radical chamado
Carbinol
• Considerar os outros Carbonos como radicais, dando os seus nomes e
colocando-os antes do nome Carbinol, em ordem crescente de
complexidade.
• Em caso de dois ou três radicais iguais, usa-se o prefixo Di ou Tri
respectivamente
2 Radicais Metil Radical Fenil Radicais Metil, Etil e Propil
dimetil carbinol fenil carbinol etil metil propil carbinol
25. ENOL
Um Enol é um Álcool que possui Hidroxila ligada a um Carbono
insaturado e não-aromático. Eles são compostos especiais porque
geram espontaneamente Cetonas ou Aldeídos, dependendo da posição
da Hidroxila, num fenômeno chamado Tautomeria. Sua nomenclatura é
igual a dos álcoois, porém a posição da Hidroxila deve vir indicada entre
o prefixo de numeração e o sufixo OL.
Radical Metil no Carbono 2 +
Ligação Dupla no Carbono 1 +
Ligação Dupla no Carbono 1 +
Hidroxila no Cabono 2 + 4 Carbonos
Hidroxila no Carbono 1 + 3 Carbonos
but-1-en-2-ol 2-metilprop-1-en-1-ol
26. FENOL
Os fenóis são compostos que apresentam Hidroxila presos a Carbonos
Aromáticos. Na sua nomenclatura, a Hidroxila é denominada Hidróxi e
depois coloca-se o nome do aromático. Caso ocorram ramificações, é
necessário indicar suas posições através das regras de nomenclatura de
hidrocarbonetos cíclicos ou utilizando o Carbono 1 como o Carbono da
Hidroxila.
Radicais:
3 Hidroxilas:
Hidroxila: Ciclo: Etil (Carbono 2) Hidroxila: Ciclo: Ciclo:
Carbonos 1,3 e
Carbono α Naftaleno Metil (Carbono Carbono 1 Benzeno Benzeno
5
4)
1,3,5-
α-hidróxinaftaleno 2-etil-4-metil-1-hidróxibenzeno
trihidróxibenzeno
27. Éteres
Um éter é um composto onde o oxigênio está diretamente ligado a
dois radicais orgânicos. Possuem nomenclatura oficial e usual.
A nomenclatura oficial dos éteres é relativamente simples.
1. O menor radical ligado ao Oxigênio é nomeado dando-se o prefixo
de numeração para radicais seguido do prefixo -óxi, que indica a
presença do Oxigênio.
2. O maior radical recebe o nome normal de um hidrocarboneto.
Para nomear, utiliza-se sempre o nome da menor parte e depois o
da maior parte, separada ou não por hífens.
Maior Maior Parte:
Menor Parte: Parte: Partes Iguais: Menor Parte:
7 Carbonos
2 Carbonos 3 1 Carbono 3 Carbonos
(p-Tolueno)
Carbonos
28. Éteres
A nomenclatura usual dos Éteres é semelhante a dos Álcoois.
1. Antes do nome, coloca-se a palavra Éter, para indicar a função.
2. Dá-se o nome do menor radical ligado ao Oxigênio , seguido do
prefixo -ílico.
3. Dá-se o nome do maior radical ligado ao Oxigênio, seguido do
prefixo -ílico. Em caso de Éteres com duas partes iguais, apenas
coloca-se o nome do radical com o prefixo Di- (opcional), seguido
do prefixo -ílico.
O nome do menor radical vem primeiro, seguido do nome do maior
radical.
Menor Parte: Maior Parte: Partes Iguais: Menor Parte: Maior Parte:
2 Carbonos 3 Carbonos 1 Carbono 3 Carbonos 7 Carbonos
(p-Tolueno)
Éter Dimetílico
Éter Etílico e Propílico Éter Propílico e p-Toluílico
29. ALDEÍDOS
É considerado Aldeído todo composto que possuir
o grupo Carbonila ligado a um Carbono
primário, formando o grupo funcional que o
identifica, chamado Formila ou Aldoxila: ,
que muitas vezes é abreviada como -CHO. Esse
grupo funcional estará sempre localizado numa
extremidade da cadeia. Possuem nomenclatura
oficial e alguns possuem nomenclatura usual.
30. ALDEÍDOS
Nomenclatura Oficial dos Aldeídos
• O Carbono 1 será sempre o Carbono da Aldoxila. Em caso de
duas Aldoxilas, o Carbono 1 será a que der os menores
números para as ramificações e depois para as insaturações.
• O nome é dado utilizando o prefixo de numeração com o
sufixo AL. Em caso de duas Aldoxilas, usa-se o prefixo DIAL,
sem necessidade de informar posição, pois as mesmas sempre
se encontram na extremidade das cadeias.
• Caso o Aldeído seja ramificado, pode-se indicar as posições 2,
3 e 4 com as letras gregas α,β e γ, respectivamente.
Geralmente esta numeração é utilizada em Aldeídos com
apenas uma ramificação e não é muito usada atualmente, não
podendo ser usada para indicar posição de insaturações.
31. ALDEÍDOS
Nomenclatura Oficial dos Aldeídos
Radicais:
Ligação Etil (Carbono
Aldeído: Aldeído: 2 Aldoxilas + Aldeído:
Dupla: 2)
4 Carbonos 3 Carbonos 2 Carbonos 5 Carbonos
Carbono 2 Metil
(Carbono 3)
Dê os nomes oficiais dos seguintes Aldeídos:
a) b)
a)
b)
c) d) c)
d)
32. ALDEÍDOS
Nomenclatura Usual dos Aldeídos
Nome Oficial Nome Usual Fórmula
Aldeído Fórmico,
Metanal
Formaldeído ou Formol
Aldeído Acético ou
Etanal
Acetaldeído
Aldeído Propiônico ou
Propanal
Propionaldeído
Butanal
Aldeído Butírico ou
Butiraldeído
Aldeído Valérico ou
Pentanal
Valeraldeído
Aldeído Oxálico ou
Etanodial
Oxalaldeído
Aldeído Benzóico ou
Fenil-Metanal
Benzaldeído
33. CETONAS
Cetonas são compostos que possuem o
grupo Carbonila ligado a um Carbono
secundário (sendo abreviada para -CO- ),
formando o grupo funcional ,
onde R1 e R2 são obrigatoriamente dois
radicais, iguais ou não. Possuem
nomenclatura oficial e usual.
34. CETONAS
Nomenclatura Oficial das Cetonas
• Em caso de existir mais de uma possibilidade para a posição
da Carbonila, sua posição deve ser indicada fazendo com que o
Carbono 1 seja aquele que estiver na extremidade mais
próxima da Carbonila.
• Nas Cetonas com mais de uma Carbonila, o Carbono 1 é
aquele que faz com que a cadeia tenha os menores números
possíveis.
• Em Cetonas insaturadas, a posição da Carbonila deverá vir
entre o prefixo de insaturação (-en ou -in) e o sufixo que
designa função (-ONA).
35. CETONAS
Nomenclatura Oficial das Cetonas
Radical: Cadeia: Ligação Carbonila Cadeia: Radical: 3 Carbonilas: Cadeia:
Carbonila: :
Metil 5 Dupla: 6 Metil (Carbono Carbonos 2, 3 6
Carbono 3 Carbono
(Carbono 2) Carbonos Carbono 4 Carbonos 5) e 4 Carbonos
3
2-metilpentan-3-ona hex-4-en-3-ona 5-metilexan-2,3,4-triona
Dê o nome dos seguintes compostos:
a) c)
a)
b)
b) d)
c)
d)
36. CETONAS
Nomenclatura Usual das Cetonas
A nomenclatura usual das Cetonas é semelhante a
nomenclatura de Kolbe (dos álcoois). Denomina-se o
Carbono da Carbonila como Cetona e coloca-se os
nomes dos radicais presos a ela.
Radicais Etil e Isopropil 2 Radicais Metil Radicais Fenil e p-Toluil
etil isopropil cetona dimetilcetona fenil-p-toluilcetona
37. Conceito
Os Ácidos Carboxílicos são formados por
uma Carboxila (Carbonila + Hidroxila), tendo
o seguinte grupo funcional:
,que geralmente é abreviado para -COOH ou
em alguns livros para -CO2H. Possuem
nomenclatura oficial e usual e numeração
própria, assim como os Aldeídos.
38. Ácidos Carboxílicos
Nomenclatura Oficial dos Ácidos Carboxílicos
O sufixo da função Ácido Carboxílico é -ÓICO e o nome deve ser
acompanhado da palavra Ácido.
• O Carbono 1 será sempre o Carbono da Carboxila. Em caso de
duas, o Carbono 1 será a que der os menores números para as
insaturações e depois para as ramificações.
• Em caso de duas Carboxilas, usa-se o prefixo DIÓICO, sem
necessidade de informar posição, pois as mesmas sempre se
encontram na extremidade das cadeias.
• Caso o Ácido seja ramificado, pode-se indicar as posições 2, 3 e 4
com as letras gregas α,β e γ, respectivamente. Geralmente esta
numeração é utilizada em Ácidos com apenas uma ramificação e não
é muito usada atualmente, não podendo ser usada para indicar
posição de insaturações.
39. Ácidos Carboxílicos
Nomenclatura Oficial dos Ácidos Carboxílicos
Radicais: Ácido: Radical: Ligação Ácido:
Ácido Carboxílico:
Metil (Carbono 4 Carbonos + 2 Metil Dupla: 4
3 Carbonos
2) Carboxilas (Carbono 3) Carbono 2 Carbonos
Escreva o nome oficial dos seguintes ácidos:
a) b)
a)
b)
c) d) c)
d)
40. Ácidos Carboxílicos
Nomenclatura Usual dos Ácidos Carboxílicos
Nome Oficial Nome Usual Origem do Nome Fórmula Estrutural
Do latim formica (formiga), de
Ácido Metanóico onde o ácido foi extraído pela
primeira vez.
Do latim acetum (azedo), em
Ácido Etanóico referência ao vinagre (vinho
azedo), de onde foi isolado.
Do grego propion (precursor
Ácido Propanóico da gordura). Este ácido faz
parte da gordura animal.
Do grego boutyron (manteiga),
Ácido Butanóico
onde é encontrado.
Em referência a uma planta
Ácido Pentanóico chamada Valeriana, onde este
ácido é encontrado.
Do grego Oxys (Ácido), em
referência a acidez do
Ácido Etanodióico
composto, maior que a dos
outros ácidos acima.
Vem do nome do Aldeído
Ácido Fenil-Metanóico Benzóico, que é encontrado
em amêndoas.
41. Ésteres
Éster é todo composto que possui um radical Acilato, , onde
R1 e R2 são radicais orgânicos, iguais ou não e R1 pode ser um átomo de
Hidrogênio. O Acilato geralmente é abreviado para -COO- ou em alguns
casos -CO2- Possuem nomenclatura oficial e usual.
Nomenclatura Oficial dos Ésteres
O prefixo que indica a função é -ATO. A nomenclatura dos ésteres é dividida em duas partes. veja as regras:
• Contar o número de Carbonos da parte ligada ao Carbono do Acilato (incluindo o Carbono do Acilato), dar o
nome como Hidrocarboneto, colocar o prefixo -ATO e a preposição de.
• Caso seja necessário indicar posição de ramificações ou insaturações, o Carbono 1 é o Carbono do Acilato.
• Contar o número de Carbonos presos ao Oxigênio do Acilato e considerá-los como um radical orgânico,
dando sua nomenclatura oficial. Normalmente utiliza-se o prefixo -ILA para estes radicais.
Acilato: Acilato:
Acilato: Oxigênio: 3 Carbonos Oxigênio: 4 Carbonos Oxigênio:
4 Carbonos 2 Carbonos Ligação Dupla 3 Carbonos Radical Metil 1 Carbono
(Carbono 2) no Carbono 3
butanoato de etila prop-2-enoato de propila 3-metilbutanoato de metila
42. Ésteres
Nomenclatura Usual dos Ésteres
Nome Oficial Nome Usual Fórmula Estrutural
Metanoato Formiato
Etanoato Acetato
Propanoato Propionato
Butanoato Butirato
Pentanoato Valerato
Fenil-Metanoato Benzoato
43. Aminas
As aminas são compostos formados a partir da substituição dos
Hidrogênios da amônia (NH3) por radicais orgânicos. Possuem dois tipos
de nomenclatura oficial, dependendo de seu tamanho. São classificadas
pela quantidade de radicais ligados ao Nitrogênio.
Nomenclatura de Aminas simples
1. Contar quantos radicais estão presentes na amina.
2. Colocar seus nomes, em ordem do menor para o maior, seguido da
palavra AMINA.
3. Se for necessário, colocar prefixos DI ou TRI para indicar radicais
iguais.
Radicais Metil + Etil +
Dois Radicais metil Radical Propil
Fenil
dimetilamina etilmetilfenilamina Propilamina
44. Aminas
Nomenclatura de Aminas complexas
Veja quando uma amina é considerada complexa:
1. É impossível, através de prefixos para radicais (tais como iso-, sec-,
n-, etc) indicar a posição do radical amino (NH2).
2. É impossível ou muito difícil, através de regras de nomenclatura de
radicais, indicar o nome do radical ligado ao amino.
3. O radical ligado ao grupo amino é ramificado ou insaturado e não é
possível ou é muito difícil dar seu nome pelas regras de
nomenclatura comum.
45. Aminas
Nomenclatura de Aminas complexas
Caso isto ocorra, o grupo amino é considerado uma ramificação de
um hidrocarboneto comum. Neste caso, o Carbono 1 é aquele que
estiver mais próximo do grupamento amino.
Dois Radicais Metil Radical Etil (Carbono 4) +
(Carbono 2)+ Ligação Amino (Carbono 2) + 5
Amino (Carbono 1) +
Dupla (Carbono 4)+ Amino Carbonos
Benzeno
(Carbono 3) + 6 Carbonos
1-amino-4-etilbenzeno ou
3-amino-2-dimetilex-4-eno 2-Aminopentano
p-AminoEtilbenzeno
46. Amidas
As amidas são caracterizadas pelo grupo funcional ,
onde R1, R2 e R3 podem ser radicais orgânicos (iguais ou não) ou
Hidrogênio. Possuem nomenclatura oficial e usual. As amidas que
possuem pelo menos um radical orgânico R2 ou R3 ligado
diretamente ao Nitrogênio são chamadas de amidas substituídas e
os radicais são chamados de radicais substituintes. Aquelas que
possuem um radical são as monosubstituídas e as que possuem dois
radicais são as disubstituídas. As amidas que possuem mais de um
radical R1-CO não são muito comuns.
47. Amidas
Nomenclatura Oficial de Amidas
A nomenclatura oficial das amidas utiliza o sufixo amida para dar o
nome dos compostos desta função. Veja as regras:
1. Dar o nome do Hidrocarboneto correspondente ao radical R1-CO
ligado ao Nitrogênio. Em caso de necessidade de numeração para
indicar ligação dupla e/ou insaturação, o Carbono 1 é aquele que está
ligado ao Nitrogênio.
2. Em amidas substituídas, é necessário indicar quais são os radicais
nomeando-os e colocando antes de cada um dos seus nomes o
prefixo N-, para indicar que os radicais estão ligados ao Nitrogênio.
4 Carbonos + 2 2 Carbonos + Radical 1 Carbono + Radicais
2 Carbonos Radicais Metil Metil e Fenil
Etil (Nitrogênio)
(Carbono 3) (Nitrogênio)
3,3- N-metil-N-fenil-
etanoamida N-etiletanoamida
48. Amidas
As Amidas podem ser geradas a partir dos Ácidos Carboxílicos. Sendo
assim, elas possuem nomenclatura usual parecida com a dos Ácidos.
Nome Oficial Nome Usual Estrutura
Metanoamida Formamida
Etanoamida Acetamida
Propanoamida Propionamida
Butanoamida Butiramida
Pentanoamida Valeramida
Etanodiamida Oxalamida