1. O documento apresenta um curso sobre evangelismo, com o objetivo de desafiar os crentes a buscar ferramentas para a evangelização.
2. Aborda tópicos como definições de evangelho, evangelização e evangelismo, qualificações do evangelista, métodos, estratégias e técnicas de evangelização.
3. Discorre também sobre a comunicação no evangelismo, componentes do processo de comunicação e a ação do Espírito Santo no evangelismo.
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
Evangelismo, métodos e comunicação
1. 1
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
1. DEFINIÇÕES DE EVANGELHO, EVANGELIZAÇÃO, EVANGELISMO E
EVANGELISTA
2. QUALIFICAÇÕES DO EVANGELISTA
3. MÉTODOS, ESTRATÉGIAS E TÉCNICAS
4. A COMUNICAÇÃO NO EVANGELISMO
5. COMPONENTES DO PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
6. A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO EVANGELISMO
7. ALGUNS PRINCÍPIOS GERAIS DE EVANGELISMO
8. O PLANO DE SALVAÇÃO
9. EVANGELISMO PESSOAL
10. ESTRATÉGIAS NA EVANGELIZAÇÃO
11. DESCULPAS COMUNS QUE OS PECADORES APRESENTAM
12. EVANGELIZAÇÃO DE MASSA
13. MAIS ESTRATÉGIAS DE EVANGELIZAÇÃO
CONCLUSÃO
CURSO DE EVANGELISMO
INTRODUÇÃO
Na II carta de Paulo aos Coríntios 5.18, Paulo nos afirma: “E
tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por
Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação;” – O que
temos entendido é que, uma vez tendo sido reconciliados com
Deus através da salvação de Cristo, Ele nos deu o ministério da
reconciliação.
Fomos chamados para reconciliar homens com Deus e isso
fazemos através da evangelização.
A ordem da evangelização, de forma clara, também é vista
em Mateus 28.18 – 20; Marcos 16.15; Lc. 24.45 – 48; Jo. 21.15 – 18;
2. 2
At. 1.8, além de outros textos que enfatizam o dever de gerarmos
discípulos para o Senhor Jesus.
Contudo perguntamos: Como crentes em Cristo, temos
evangelizado? Quantos filhos na fé você gerou até hoje? Você já
teve a experiência de ver uma pessoa entregando o coração pra
Jesus?
Na verdade, estamos aquém do que Deus sonhou para a sua
Igreja. Temos nos envolvido em muitos programas e atividades,
mas quando olhamos para os resultados, vemos que ainda
precisamos melhorar muito na tarefa da evangelização.
A proposta desse curso é desafiá-lo a buscar conhecimentos
e ferramentas que possam fomentar um processo natural de
evangelização em sua vida e na igreja onde congrega.
Apresente-se ao Senhor e peça a Ele para moldá-lo, capacitá-
lo e usá-lo efetivamente na tarefa da evangelização. Deus é fiel e
fará o milagre acontecer em sua vida e em sua igreja local.
Que Deus o abençoe nessa trajetória de novos
conhecimentos.
1. DEFINIÇÕES DE EVANGELHO, EVANGELIZAÇÃO, EVANGELISMO
E EVANGELISTA
Evangelho
A Palavra evangelho é citada 72 vezes no Novo Testamento,
vem do grego “evanguélion”, que significa “boas-novas, boas
notícias” (Mc. 1.1, 1.15, 16.15). Em Lucas 2.10, encontramos o
“Evanguélion” na prática: “eu anuncio boas-novas”.
Evangelização
Evangelização é a ação de evangelizar – a palavra aparece 52
vezes no Novo Testamento. É a ação de comunicar o evangelho,
primando por levar os perdidos a Jesus para que sejam por Ele
salvos.
3. 3
Evangelismo
Evangelismo são os princípios, métodos, estratégias e
técnicas que são empregadas na ação de evangelizar. O
evangelismo proporciona à evangelização as estruturas e
condições para que ela atinja os seus objetivos.
Evangelista
O evangelista é aquele que pratica, que executa o
evangelismo.
2. QUALIFICAÇÕES DO EVANGELISTA
• Para a realização da tarefa da evangelização, é necessário
que o evangelista seja qualificado?
• Quais são as qualificações que não podem faltar na vida
daquele que se propõe a fazer a obra da evangelização?
Experiência de conversão
Aquele que se lança no trabalho da evangelização tem que
ter, inequivocamente, a consciência de que é uma pessoa
convertida (II Co. 5.17).
Somente aquele que teve a experiência pessoal do novo
nascimento em Cristo pode levar outros a conhecerem a salvação
que é dada por Jesus.
Ser selado pelo Espírito Santo
O evangelista precisa ter também a convicção de que foi
selado pelo Espírito Santo. Ele precisa ter uma relação íntima e
profunda com Ele.
Não há conversão sem a ação do Espírito Santo (Jo. 16.7 –
11). Quando alguém se converte, arrependendo-se de seus
pecados e crendo em Jesus como seu salvador, é presenteado com
4. 4
o “Dom do Espírito Santo”, que é o próprio Espírito que passa a
habitar nesse coração que se rendeu a Cristo (At. 2.37 – 39; Jo. 7.37
– 39; I Co. 6.19, 20).
Essa pessoa, através desse ato de fé, é selada pelo Espírito
Santo (Ef. 1.13, 14), o maligno não lhe toca (I Jo. 5.18) e ninguém
o arrebata das mãos do Senhor (Jo. 10.28).
O Espírito Santo se torna o penhor, a garantia da vida eterna
para esse crente, uma promessa irreversível.
O evangelista e a santificação
Após ser salvo, um ato selado pelo Espírito Santo, aquele que
creu entra no processo da santificação que mantém o “vaso limpo”
(I Ts. 4.4).
É através da santificação que o Espírito Santo irá usar o
crente poderosamente no seu relacionamento com Deus, no
testemunho e na evangelização.
Conhecimento da Palavra de Deus
O evangelista precisa ter intimidade com a Palavra de Deus.
Ela precisa ser o seu referencial de conduta e vida cristã. Para isso
é necessário:
• Lê-la constantemente (Ap. 1.3; I Tm. 4.13);
• Ouvir a leitura da Bíblia (Rm. 10.17; Ap. 2.29; Ec. 5.1);
• Memorizar a Bíblia (Sl. 119.11; Dt. 6.6; Pv. 7.1);
• Estudar a Bíblia (At. 17.11, II Tm. 2.15);
• Meditar na palavra de Deus (Sl. 1.2; Js. 1.8; Sl. 119.48).
Vida de oração
A oração deve fazer parte da vida do evangelista. Ele deve ter
um programa de oração e santificação de sua vida para ser usado
pelo Senhor (I Ts. 5.17).
5. 5
Através da oração, haverá intimidade com Deus e o
evangelista será direcionado pelo Espírito ao caminho da vitória.
A oração move o coração de Deus e muda a vida daquele que
ora. Através dela circunstâncias também são mudadas.
Evangelizar é guerra espiritual, é invadir pela fé o forte do
inimigo para libertar aqueles que estão cativos pelo pecado.
Logo, para o sucesso ser ministrado de Deus na vida daquele
que se propõe a evangelizar, é necessário o desenvolvimento de
uma vida poderosa de oração.
A conduta do evangelista
Aquele que se propõe a evangelizar precisa ter vida
irrepreensível (I Co. 1.8; Ef. 1.4). Dentro desse contexto precisa ter
vida moral equilibrada, ser pessoa digna e de caráter firme.
Ele também precisa ter hábitos puros, não deve ter vícios e
não deve ser mundano. Deve primar por conviver bem com a
família e sem escândalos (I Co. 10.31, 32; II Co. 6.1 – 3).
O Evangelista Deve ser sábio
Essa sabedoria não deve ser confundida com escolaridade.
Uma pessoa pode ter vários diplomas universitários e não ser
sábia.
A sabedoria necessária ao evangelista é aquela que vem de
Deus. O evangelista será um observador da vida para tirar dela
aprendizado (At. 6.3; I Rs. 4.31).
O Evangelista tem que ser Pessoa otimista
Num momento de pessimismo e fraqueza, um evangelista
poderá estragar todo o seu trabalho de testemunho de Cristo.
Se algo não vai bem, é necessário ao evangelista saber como
encarar a situação. Deus tem propósitos para seus servos.
6. 6
3. MÉTODOS ESTRATÉGIAS E TÉCNICAS
Métodos
O método é o caminho que se usa para se chegar a um
determinado objetivo.
Ex.: Evangelismo pessoal e evangelismo de massa. Em ambos
temos o método dedutivo e o indutivo.
Métodos dedutivo e indutivo de abordagens
• Dedutivo
Nesse tipo de método parte-se do geral para o particular. O
evangelista começa do plano de salvação para aplicá-lo ao
problema particular que o pecador está enfrentando.
Ex.: A pessoa que está sendo evangelizada está deprimida e
não tem paz. Nesse caso, através da argumentação dedutiva, o
evangelista deverá iniciar falando do plano de salvação. Se a
pessoa que está sendo evangelizada o aceitar, poderá livrar-se da
falta de paz, que deve ser consequência do pecado em sua vida.
• Indutivo
No processo da argumentação indutiva, o evangelista inicia
pelo problema da pessoa até chegar ao plano de salvação que, uma
vez aceito, pode ajudar a pessoa no seu problema.
Ex.: O encontro de Jesus com a mulher samaritana. Ele
começou com os problemas daquela mulher: a sede, os pecados
que ela tinha e partiu para apresentar-lhe a Água da Vida (Jo. 4).
Estratégias
Pensar em estratégias é ser levado aos meios que se usam
buscando a maneira mais adequada para alcançar objetivos na
evangelização. É o lado operacional do método.
7. 7
Olhando para a história da mulher samaritana, o método
usado por Jesus foi o do evangelismo pessoal e a estratégia foi o
programa de passar por Samaria, ao ir a Jerusalém e ficar ali
parado perto do poço de Jacó.
Alguns exemplos de estratégias que podem ser usadas: Culto
ao ar livre, Núcleos de estudos bíblicos nos lares, Série de
conferências, Cruzadas evangelísticas, Evangelismo com teatro e
outros.
Técnicas
As técnicas são os recursos materiais que usamos para a
execução dos métodos.
Ex.: Argumentação dedutiva ou indutiva, histórias ou
flanelógrafos para crianças, slides para palestras evangelísticas,
folhetos e outros.
4. O EVANGELISMO E O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
Definições de comunicação:
O termo “comunicação” vem do latim “communicare” que
significa: participar, fazer, saber, tornar comum.
Ao se comunicar alguma coisa a alguém, o que se comunicou
tornou-se comum a ambos; logo a comunicação foi realizada.
Comunicação, comunhão, comunidade são palavras que têm
a mesma raiz e estão relacionadas à mesma ideia de algo
compartilhado.
Podemos dizer também que “comunicação é o processo pelo
qual um indivíduo transmite estímulos a outros indivíduos, a fim
de modificar seus comportamentos.”
A comunicação se realiza basicamente em três etapas. As
etapas da comunicação:
1. Emissão
2. Transmissão
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3. Recepção
Tipos de comunicação:
• Comunicação exclusivamente oral. Ex.: A pregação
tradicional em que o pregador usa a sua voz, conversa na
evangelização.
• Comunicação visual. Ex.: Escrita, sinais luminosos, mímicas
(surdos-mudos)
• Comunicação oral-visual. Ex.: Teatro, televisão, cinema,
preleção com data show
Tipos de comunicação quanto ao objetivo
• Informativa – Notícia e aula, reportagem, jornalismo,
educação.
• Persuasiva – De grande valor ao evangelista. A persuasão
procura modificar, fortalecer ou destruir convicções do
receptor. No caso do evangelista, entra a argumentação da
mensagem.
• Entretenimento – Tipo de comunicação que produz
experiências alegres no receptor (humorismo). O
evangelista pode usar desse recurso e com sabedoria levar o
receptor a compreender as verdades da Palavra de Deus.
Muito usado também na evangelização de crianças através
de fantoches e outros.
5. COMPONENTES DO PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
O emissor ou Fonte
O emissor é o evangelista, o comunicador, a fonte de onde a
mensagem fluirá e alcançará seus objetivos.
9. 9
Habilidades comunicativas do emissor
• Escrita – É importante que o evangelista, através desse
recurso, se esmere para escrever bem. Ele deve trabalhar
suas habilidades através de livros de mensagens, folhetos e
outros para comunicar com excelência a sua palavra escrita.
• A palavra – É importante ao evangelista, primeiramente,
saber usar a palavra certa em cada raciocínio, em cada
pensamento. A palavra deve também ser bem conhecida dos
ouvintes. Não irá adiantar usar palavras difíceis, se o
auditório não vai entendê-las. Deve-se também pronunciar
as palavras com clareza, em bom tom, procurando sentir
cada palavra que pronuncia.
• Leitura – Uma vez que saiba ler, é importante que se esmere
para ler bem, dando expressão à leitura da Bíblia. Deve-se ler
naturalmente.
• Audição – Deve ser boa. Se ouvir pouco, pode criar
problemas para o seu auditório.
• Raciocínio – É a capacidade de pensar ordenadamente. Na
explanação da mensagem, o evangelista deverá colocar os
pensamentos de forma organizada e ordenada.
Atitudes do evangelista
• Para consigo mesmo – É importante ao evangelista ser
otimista e acreditar em si mesmo. Se há em seu coração
confiança e é cônscio do que faz, transmitirá uma mensagem
com segurança aos seus receptores. “Tudo posso Naquele
que me fortalece” (Fp. 4.13). O evangelista jamais deve pedir
desculpas por ter pregado mal.
• Para com o assunto – Ele deve acreditar no assunto que está
passando. Ao pregar sobre o céu, deverá alimentar em si
mesmo a certeza que tem de ir para o céu.
• Para com o receptor – Na comunicação o receptor é o ponto
mais importante a ser observado. Ele deve ser valorizado
pelo evangelista. Para isso, é necessário que se considere o
10. 10
seu status, sua cultura, suas necessidades e sua capacidade
de receber sua comunicação.
Nível de conhecimento
• Pouco conhecimento em relação ao receptor – É
importante ao comunicador ter alguma superioridade no
assunto que está comunicando em relação ao receptor (na
área evangelística).
• Excesso de conhecimento – Em teologia todo o
conhecimento é pouco. Contudo, quando falta ao evangelista
a capacidade de equilibrar tal conhecimento frente ao
auditório, ele corre o risco de não conseguir comunicar a
mensagem.
• Conhecimento equilibrado – Em seus conhecimentos o
evangelista deverá primar pelo equilíbrio em relação ao seu
receptor. Ele precisa ter a habilidade de "descer ou subir"
quando necessário. Deve sempre primar por saber mais do
que o ouvinte, a ponto de ter algo novo para oferecer.
• Conhecimento sociocultural – Deve ter um bom
conhecimento do contexto sociocultural dos seus ouvintes.
Deve-se envolver na cultura do povo ao qual prega.
O receptor ou recebedor
O receptor é aquele que irá receber a mensagem que será
ministrada. Logo, o emissor (evangelista) deve preparar o
material de sua mensagem e transportá-lo ao mundo do receptor.
Para isso ele precisa conhecer bem:
• O nível cultural do receptor – Para se ter sucesso na
transmissão da mensagem, é necessário conhecer bem a
cultura de seu auditório, ou seja, o grau de escolaridade e
outros;
• Contexto cultural – O tipo de vida que o povo leva, o que
normalmente faz, enfim, a sua cultura num todo;
11. 11
• Situação religiosa do receptor – É necessário conhecer a
situação religiosa do receptor, para não entrar na contra
mão. Isso para saber como melhor entrar no assunto. Ex:
Paulo em Atenas (At. 17.15 – 34).
• Saber localizar o receptor – O bom comunicador começa a
sua mensagem onde o receptor está. É necessário, para um
bom desenvolvimento e sucesso na comunicação do
evangelho, saber localizá-lo física e mentalmente.
A mensagem
A mensagem é o conteúdo que se quer colocar no receptor,
que se deseja transferir para o domínio mental e espiritual dele. É
o recado, o discurso, o aviso.
• Conteúdo – É a essência do que se deseja passar ao receptor.
Ex.: Se almejo dizer ao meu auditório que Jesus é o Salvador,
devo ter o cuidado em defini-lo bem.
• Código – O código é o símbolo ou grupo de símbolos que vou
usar. Ex.: Escrita, mímica e outros. Devo saber, porém, se o
meu código é comum ao receptor, isto é, se o meu auditório
entende os símbolos que quero usar. A mensagem precisa
estar de acordo com o nível de percepção do receptor.
• Tratamento – É a maneira como a mensagem irá chegar aos
ouvintes, ou seja, a organização do material da mensagem, a
ordem da mesma com tema, introdução, discussão e
conclusão. É preciso haver uma ordem lógica na transmissão
da mensagem.
• O canal – O canal é visto do ponto de vista do emissor e do
receptor
− Oral – Voz humana, rádio, telefone, etc.
− Visual – Escrita, sinais, música, etc.
− Oral-visual – Teatro, televisão, cinema e outros.
Esses são meios que o emissor usa para enviar sua
mensagem e o receptor recebê-la.
12. 12
A interferência na comunicação
A interferência na comunicação é tudo aquilo que pode
afetar, deformar, desviar, interromper ou neutralizar a
mensagem. Ex.: ruídos, choro de criança, movimentação no
auditório, uma lâmpada com defeito, uma cadeira fazendo
barulho, a gravata torta no pescoço do evangelista, celular
tocando, tosse contínua, problemas com cabos de microfones e
outros que podem acontecer no momento da preleção.
A postura do comunicador nessa hora deve ser a do
autocontrole, primando por não perder o foco do assunto e, ao
mesmo tempo, buscando uma solução prática para o problema.
Não há uma fórmula secreta, pois os casos são variados. No
entanto, com sabedoria, é necessário encontrar uma solução para
não haver quebra na entrega da mensagem.
Realimentação ou feed
A realimentação ou o feed é a resposta que se tem à sua
comunicação. É o meio pelo qual o comunicador fica sabendo se
sua mensagem chegou lá do outro lado e está atingindo seus
objetivos.
Como saber?
Isso, muitas vezes, é manifestado através do olhar, do
balançar da cabeça, das lágrimas, das palmas e outros. Esse
retorno, vindo do receptor, estimula o orador a continuar de
forma dinâmica sua prédica.
Se não há o feed, é necessário que o emissor tenha recursos
para durante a preleção estar se autoavaliando e determinando
caminhos diferentes, para que a mensagem cumpra o seu objetivo,
que é alcançar o receptor.
13. 13
6. A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO EVANGELISMO
Todo o processo de evangelismo é liderado pelo Espírito
Santo. Essa ação foi clara na vida da Igreja primitiva (II Tm. 4.5; At.
1.8). Sem o direcionamento do Espírito na vida do evangelista e o
toque Dele no coração do pecador, jamais haverá sucesso na
evangelização.
O Espírito Santo no crente
O crente precisa ter a consciência da presença do Espírito
Santo em sua vida. Veja algumas características dessa presença:
• O Dom do Espírito Santo – Em Atos 2.1 – 13 temos a
narrativa da vinda do Espírito Santo, “para ficar para sempre
conosco”, como foi prometido. Em Atos 2.37 – 39, Pedro traz
a orientação sobre como receber o Dom do Espírito Santo,
que segundo o próprio texto, é para “quantos Deus nosso
Senhor chamar” (At. 2.39b). Todo aquele que
verdadeiramente é um crente no Senhor tem o Espírito
Santo de Deus (Jo. 7.37 – 39).
• O penhor selado – O crente está selado, lacrado para Deus.
Esse é o penhor, essa é a garantia de que ele está salvo (Ef.
1.13, 14).
O Espírito Santo no Evangelista
A atuação do Espírito Santo na atividade evangelística
• O poder do Espírito Santo – Ser testemunha de Cristo, estar
envolvido efetivamente na obra da evangelização, fazer
discípulos, são atividades especiais que exigem poder
especial. Somente o Espírito Santo pode nos prover com esse
poder. Se o crente já recebeu o Espírito Santo, ele tem esse
poder (At. 1.8).
14. 14
• Motivação – O evangelista, o missionário, o pregador, a
igreja são movidos pelo Espírito Santo. É Ele quem opera a
motivação para o cumprimento de sua vontade.
• Direção – O evangelista é guiado pelo Espírito Santo. Ele
guia na verdade (Jo. 16.13), e guia nos empreendimentos
evangelísticos e missionários (At. 16.6 – 10).
O trabalho do Espírito Santo no pecador
Para o homem natural, as coisas do Espírito de Deus são
loucura (I Co. 2.14). Contudo, no processo da evangelização, o que
o evangelista não puder fazer o Espírito Santo completa na vida do
pecador.
• O Espírito Santo abre o interesse – O evangelista precisa
dessa ajuda, sem a qual não haverá resultados (At. 16.14).
• A compreensão das Escrituras – O Espírito Santo
proporciona às pessoas a capacidade para crer nas
Escrituras. Evangelização e evangelismo dependem
totalmente da Palavra de Deus (Lc. 24.45).
• A persuasão – É o Espírito Santo quem convence o mundo
do pecado, da justiça e do juízo (Jo. 16.7 – 11).
Na persuasão, não vale a mera técnica e capacidade humana.
Com o toque do Espírito Santo na mente do pecador, ele chora os
seus pecados.
Nesse processo, o Espírito Santo trabalha dos dois lados: no
evangelista, dando-lhe as condições plenas para argumentar, e no
pecador, auxiliando-o no entendimento da mensagem e levando-
o ao quebrantamento pela convicção dos seus pecados.
O Espírito Santo trabalha com respeito à liberdade das
pessoas. Por isso a pessoa precisa aceitar a mensagem. Depois de
persuadido, o pecador a aceita ou rejeita.
Se ele aceitar, acontecerá o grande milagre do
arrependimento. O evangelista joga na mente do pecado a
15. 15
“Palavra Viva” e o Espírito Santo se encarrega da operação
necessária à mudança (I Pd. 1.23 – 25).
7. ALGUNS PRINCÍPIOS GERAIS DE EVANGELISMO
A Bíblia nos apresenta alguns princípios que não podem ser
esquecidos na vida daqueles que primam por se envolver na
evangelização.
Tais princípios são fundamentais, pois nos direcionam para
a execução do trabalho com eficácia.
Princípio da motivação
• Conversão – A motivação da conversão começa com a
experiência da própria conversão. Só uma pessoa que foi
salva pode evangelizar alguém.
• Paixão pelas almas – O crente é de Deus e todo o mundo
está no maligno (I Jo. 5.19). A paixão pelas almas acontece
quando o crente vê que o mundo jaz no maligno e fará tudo
para mudar essa situação. O que nos leva a grandes
empreendimentos de evangelização e missões é exatamente
essa dupla convicção existente na vida da Igreja: A NOSSA
POSIÇÃO ESPIRITUAL E A POSIÇÃO DO MUNDO.
Princípio da comissão
O crente, para ter segurança na evangelização, necessita ter
consciência de que é comissionado por Jesus Cristo. Ele precisa ter
a convicção plena de que foi o próprio Cristo quem o enviou para
evangelizar (Mc. 16.15, 16).
Princípio da capacitação
Todo crente está capacitado para evangelizar (At. 1.8)
16. 16
Princípio do aprendizado
Jesus preparou os discípulos e, após tê-los discipulado,
enviou-os para que fizessem o mesmo com todas as nações (Mt.
28.18 – 20).
Além dos métodos, estratégias e técnicas de evangelização, o
crente deve conhecer a mensagem e dela ter domínio, é
importantíssimo para a realização de um bom trabalho, que ele se
aplique ao aprendizado, ao treinamento, ao estudo, etc.
Princípio da localização do perdido a ser alcançado. A ordem
é pregar a todo o mundo, contudo o Espírito Santo, por diversas
razões, indica a cada crente onde está a pessoa certa a ser
alcançada (Jo. 4.4; At. 8.26, 27 e 16.8 – 10). O evangelista em
comunhão e sensível ao Espírito Santo sempre saberá a quem ir.
Princípio da mensagem evangelizante completa
No processo de toda a abordagem ou tentativa de
evangelização, os seguintes elementos precisam estar presentes:
• A realidade do pecado e de que todos os homens são
pecadores (Rm. 3.23).
• A consequência do pecado, gerando morte nos homens –
Morte física e morte eterna, condenação eterna – separação
de Deus na eternidade (Rm. 6.23).
• O amor de Deus para com o homem perdido impetrando um
plano de Salvação através de Jesus Cristo (Jo. 3.16).
• A indicação da providência do ser humano para apropriar-
se da salvação, arrepender-se e crer (Rm. 10.9). No contexto
da mensagem evangelizante completa, pelo menos esses
quatro pontos, necessariamente, devem estar presentes em
qualquer conversa evangelística ou sermão evangelístico.
17. 17
Princípio da oportunidade da abordagem
A evangelização se inicia onde a pessoa está em sua
atividade normal. Ex.: a mulher samaritana (Jo. 4), Felipe e o
Eunuco (At. 8.26ss), e outros. Deve-se falar a tempo.
Princípio da adequação da mensagem ao contexto de cada
evangelizando
É preciso que se apresente a mensagem dentro do contexto
e numa linguagem adequada à pessoa que se quer evangelizar.
Isso será fundamental para a compreensão da mesma. Ex: A
agricultores, Jesus falou do semeador (Mc. 4); a pastores, Jesus
falou de rebanho e ovelhas (Lc. 15.1 – 7), e outros exemplos
bíblicos.
Princípio do apelo
Toda pessoa que ouvir a exposição do evangelho, precisa ser
conclamada a tomar uma decisão. Em Atos 2.14 – 36, Pedro
apelava em sua grande mensagem: “Salvai-vos desta geração
perversa” (At. 2.40). Em Atos 3.19, ele faz outro apelo, em II Co.
5.20, Paulo também apelava. O apelo é importantíssimo para a
complementação da experiência.
Princípio da responsabilidade do crente
Uma vez cientes da diferença que existe entre pregar e
evangelizar, a tarefa de pregar pode ser de alguns vocacionados,
mas a tarefa de testemunhar de Cristo é de todos os crentes. Todos
podem contar aos outros quem é Jesus e como foi que Cristo o
salvou (At. 8.4 – 11, 19, 20).
18. 18
Princípio da integração ao corpo de Cristo
Aquele que creu no Senhor Jesus precisa ser integrado à
igreja (Corpo de Cristo), para haver desenvolvimento do seu
crescimento espiritual (Ef. 4.10 – 16).
No dia de pentecostes, cerca de 3.000 pessoas foram
“agregadas” à igreja (At. 2.4 – 10). Paulo teve a ajuda de Barnabé
para ser integrado à Igreja de Jerusalém (At. 9.26 – 28).
Faz parte da integração, o batismo pelo qual a pessoa que
teve um encontro real com Cristo, publicamente, declara ser
seguidora de Jesus, tornando-se membro da igreja local.
Em uma igreja pequena, esse processo não é difícil, contudo,
numa grande igreja, em grandes centros urbanos, se faz
necessário um elaborado programa de integração.
Princípio do crescimento espiritual
Aquele que aceita a Cristo como Salvador pessoal, precisa
crescer espiritualmente. Se uma pessoa apenas se converte e não
é instruída ao crescimento espiritual, sua vida cristã será
deficiente. Pedro nos fala sobre isso em II Pd. 2.2.
Conclusão
Precisamos analisar esses princípios e aplicá-los de acordo
com a situação e contexto local. É dessa forma que resultados
satisfatórios serão obtidos para honra e glória do Senhor.
8. O PLANO DE SALVAÇÃO
É fundamental na evangelização o conhecimento do Plano de
Salvação. É preciso ter uma maneira organizada de expor o
programa de Deus para o pecador.
No contexto de uma explanação evangelística, quatro são os
fatores principais que devem, necessariamente, ser abordados:
19. 19
• O pecado (Rm. 3.23) – o homem natural deve tomar plena
consciência do pecado. Ele precisa saber que o pecado
mantém o homem afastado de Deus.
• As consequências do pecado (Rm. 6.23) – A Bíblia nos
mostra que, com a entrada do pecado na humanidade,
consequências foram geradas. A morte entrou se
manifestando em dois aspectos:
− Morte física – Todo homem está fadado a morrer um dia,
isso é resultado do pecado.
− Morte espiritual, separação de Deus na eternidade – Ao
morrer no pecado, o homem também está condenado a
passar a eternidade longe de Deus. É a chamada
condenação eterna.
• A providência de Deus (Jo. 3.16) – Deus amou a todos, Ele
ama a qualquer pecador. Foi por isso que Ele enviou Jesus
para habitar entre nós, homens pecadores, morrer
crucificado e ressuscitar para que pudéssemos ter acesso à
Salvação eterna.
• O arrependimento – A palavra arrependimento quer dizer:
“mudança de mente” (Mc. 1.15; At. 16.29 – 32; Rm. 10.9) que
vem seguido de fé, que é confiança. A pessoa que ouve o
plano de salvação é persuadida a depositar sua vida e seu
destino em Jesus no ato de crer Nele. E então, a pessoa crê
em Cristo como salvador de sua alma, crê no projeto de
Cristo para sua vida, crê nas promessas da eternidade, ela
crê que o projeto de vida oferecido por Jesus, é muito melhor
do que a vida atual.
Chamada à conversão
Além de outros textos que falam sobre a conversão na
Palavra de Deus, o apóstolo Paulo fala especialmente da conversão
(At. 26.28).
Devemos hoje, mais do nunca, passar para o mundo essa
chamada. Só o ser humano convertido pode contribuir para mudar
20. 20
o nosso mundo e, em especial, o nosso Brasil através da
evangelização.
Elaboração da conversão
A conversão é uma atitude que tem suas motivações nos
fatores internos e externos, que resultam numa transformação no
ser humano.
Essa mudança é chamada pela Bíblia de: “Ser gerado de
novo” ou regeneração, “nova criatura”, “novo homem”, “nascido de
novo”. Pensemos, então, na elaboração da conversão:
• O conflito íntimo
A pessoa entra em conflitos íntimos, pois o pecado, que faz
parte da natureza humana, sempre reage a qualquer motivação
divina (mensagens, folhetos, experiências pessoais de crentes,
louvores e outros).
Esse conflito é iniciado no pecador quando o Espírito Santo
toca em seu coração persuadindo-o a uma decisão (Jo. 16.7 – 11).
• O juízo de valores
Assim que o Espírito Santo toca no coração do pecador, a
mente humana começa a trabalhar na avaliação da verdade (Juízo
de valores). Há um confronto de sua situação, com aquilo que a
verdade de Deus está propondo.
Isso acontece rápido em alguns casos (Ex.: Zaqueu). Quando
Jesus diz que o Espírito Santo “convencerá o mundo do pecado, da
justiça e do juízo” (Jo. 16.8).
Ele está falando de um trabalho mental, de persuasão, que
não coage e não força. Nesse contexto, o pecador está sendo
trabalhado para chegar à conclusão de que Deus está certo e ele
está errado.
21. 21
• Arrependimento
A palavra arrependimento tem sua origem na palavra grega
“metanoia”. Aqui está o ponto eixo da conversão. A nossa mente
que foi formada dentro da influência das leis do pecado, será agora
mudada (Mc. 1.15). A vida é mudada de direção (Ex.: At. 19.18 –
19).
• Fé
Não há consolidação de arrependimento sem fé. As duas
atitudes acontecem no mesmo processo.
• Decisão
Toda essa elaboração tem o seu desfecho com a decisão do
pecador. Depois de estar convicto de seus pecados e da salvação
que Jesus oferece, o pecador resolve aceitar a Cristo. Esse é o ato
final da conversão. Aí se dá a meia volta e o retorno para Deus.
Características da Salvação
Após tomar a decisão de aceitar verdadeiramente a Cristo
como Salvador pessoal, aquele que creu tem sua vida
transformada pelo poder de Deus, experimenta algumas
características que são inerentes a essa genuína conversão.
• A nova criatura
A primeira característica marcante da conversão é a
implementação de uma nova criatura no ser humano (I Pd. 1.23; II
Co. 5.17).
• Transformação constante
22. 22
A conversão não torna o homem perfeito. Não existe essa
doutrina na Bíblia. Ser convertido não significa ausência de
pecados, mas é indício de que houve um novo começo que é
irreversível e que agora vai crescer (II Co. 3.18; I Jo. 3.2 e Rm.
12.2).
• O novo homem
Mesmo sendo salvo por Cristo, ainda prevalece no novo
homem, a luta entre a carne e o Espírito (Gl. 5.17), entretanto a
nova direção, a nova vontade espiritual, começa a mudar as coisas
da nossa vida social, emocional e até intelectual.
A possibilidade da conversão
O papel do evangelista é importantíssimo e decisivo no
desencadeamento desse processo. Paulo argumentava com
entusiasmo “como, pois, invocarão aquele em quem não creram?
E como crerão Naquele de quem não ouviram falar? E como
ouvirão, se não há quem pregue?” (Rm. 10.14)
Ele também nos afirma dizendo: “logo, a fé é pelo ouvir, e o
ouvir da Palavra de Cristo” (Rm. 10.17).
Observamos, então, que a conversão é um milagre de Deus,
mas que não vem de maneira espetacular. Segue todo um processo
de atuação de Deus e do homem.
Aqui está o grande desafio do evangelista na obra da
salvação do mundo. É necessário que se pregue a Palavra de Deus.
9. EVANGELISMO PESSOAL
O evangelismo pessoal é aquele que se faz de pessoa a
pessoa. Nele o evangelista pode estar perto do evangelizando,
olhando para a sua face, para os seus olhos, notando as suas
reações, as suas emoções.
23. 23
É também através do evangelismo pessoal que o evangelista
tem a oportunidade de pôr diante do evangelizando a sua vida
cristã como a luz do mundo e o sal da terra.
Temos em Jesus o nosso maior exemplo em evangelismo em
geral e principalmente no evangelismo pessoal.
• Uma dracma entre 10 (Lc. 15.8 – 10);
• Uma ovelha entre 100 (Lc. 15.4 – 7);
• Um filho dentre 2 (Lc. 15.11 – 32);
• E apenas um pecador que provoca alegria no céu (Lc. 15.10).
Grandes ensinos de Jesus foram ministrados a apenas uma pessoa:
• O primeiro mandamento, a um escriba (Mc. 12.28 – 33);
• Sobre os verdadeiros adoradores, à mulher samaritana (Jo.
4);
• A quem muito se perdoa, muito ama, à pecadora (Lc. 7.36 –
50);
• O novo nascimento, a Nicodemos (Jo. 3);
• E Jesus inaugurou o plano da salvação levando um malfeitor
para o paraíso:
− O ladrão da cruz (Lc. 23.39 – 43). (Fonte: Evangelismo
pessoal – J.E. Davis, Manual de Evangelismo) Jesus como
modelo de evangelista pessoal.
− A mulher samaritana (Jo. 4);
− O mancebo de qualidade (Mc. 10.17 – 31);
− Nicodemos (Jo. 3);
− Zaqueu (Lc. 19.1 – 10).
• Jesus demonstrava compaixão pelo pecador.
Percebe-se, de forma clara, Jesus se compadecendo dos
pecadores. Ele não fazia acepção, mas tratava a todos de forma
igual e com compaixão.
Como exemplo, temos alguns momentos que foram vividos
por Jesus: o endemoninhado gadareno (Mc. 5), o jovem rico (Mc.
10.17 – 23) e em Mateus 9.36 Jesus teve compaixão da multidão.
24. 24
• Jesus não tinha preconceitos.
Ao trazerem a Ele a mulher que fora apanhada em adultério,
nós o vemos agindo com amor e compreensão. Jesus não olhou
para os pecados da mulher, mas para uma vida preciosa que
precisava de uma oportunidade de salvação.
Ele veio para os que estão doentes. Infelizmente há muito
preconceito entre os crentes. Isso é marcado pelo afastamento que
acontece na maioria das vezes quando há encontros com
prostitutas, viciados, homossexuais e outros. Deus rejeita o
pecado, mas ama o pecador. Essa deve ser a atitude da Igreja.
• Jesus ia ao encontro das pessoas.
O que acontece, normalmente, conosco é que esperamos o
pecador entrar em nossas igrejas para ter um encontro com Jesus.
Cristo não esperava o pecador vir até Ele.
Em sua tarefa da evangelização, Ele ia ao pecador! Ele
procurava as pessoas em seu próprio contexto de vida e ali levava
a mensagem da salvação. Foi assim com a mulher samaritana (Jo.
4), com Zaqueu (Lc. 10, Levi (Mc. 2) e outros.
• Jesus sabia como iniciar uma conversa evangelística.
Um aspecto importante acerca do evangelismo e que Jesus
nos ensina é começarmos onde a pessoa está. Era dessa forma que
Ele evangelizava.
− No encontro com Nicodemos Ele partiu de sua própria
pergunta e o conduziu a um dos mais profundos assuntos
da vida eterna (Jo. 3).
− Com aqueles que tentavam prejudicá-lo com perguntas
capciosas, como foi o caso do tributo, Jesus começou
exatamente por uma moeda (Mt. 22. 15 – 33).
− No episódio com Zaqueu, fez questão de ir à sua casa para
evangelizá-lo (Lc. 19. 1 – 10).
25. 25
Aquele que se propõe a evangelizar precisa aprender com
Jesus a começar uma conversa evangelística onde as pessoas
estão.
• Jesus era incisivo na sua conversa
Jesus não usava meias palavras. Ele proclamava a verdade
com simplicidade, mas com firmeza. Foi assim com Nicodemos
quando falou: “Se alguém não nascer de novo não poder ver o Reino
de Deus” (Jo. 3.3) e com a mulher samaritana, ao responder à
pergunta polêmica sobre o lugar de adoração, quando falou: “...
nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai” (Jo. 4.21).
Em momentos decisivos em trabalhos evangelísticos, o
evangelista precisa ser incisivo e convidar as pessoas a aceitarem
a Cristo como Salvador. O apelo pode ser a última oportunidade
para uma alma se render a Cristo.
• Jesus sentia a urgência da salvação
Jesus falou: “Importa que façamos as obras d’Aquele que me
enviou, enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode
trabalhar” (Jo. 9.4). Para Cristo o seu tempo era contado, razão
pela qual Ele se empenhava para alcançar a todos.
Vemos isto de forma clara através de seu trabalho em treinar
os discípulos e enviá-los por todas as aldeias. Isso é marcado
também no momento que antecedeu a sua subida aos céus,
através de sua ordem dada aos discípulos para que fossem por
todo o mundo e pregassem o evangelho a toda a criatura (Mc.
16.15, 16).
Como servos de Deus precisamos também sentir essa
urgência. É necessário que se levantem vidas consagradas ao
Senhor e com os corações inflamados pelo desejo de evangelizar,
estejam se colocando na brecha para livrarem vidas de irem para
o inferno. Esse é o nosso chamado, essa é a nossa missão!
26. 26
Felipe, um evangelista em ação no novo testamento era
diácono (At. 6.1 – 7), contudo se tornou um evangelista também.
Ele pregou às multidões (At. 8.5 – 6), mas também foi um
evangelista pessoal (At. 8.26 – 40).
Nesse caso vivido por Felipe ao evangelizar o Etíope
(Eunuco), através da forma como Ele foi orientado pelo Espírito e
o seu procedimento, veremos como elaborar a chamada técnica de
abordagem no evangelismo pessoal.
A técnica de abordagem no evangelismo pessoal
É preciso que se tenha sabedoria ao abordar as pessoas.
Cada ser humano nesse mundo é um universo complexo, com suas
questões culturais, suas crenças, seus conceitos, suas filosofias de
vida, seus melindres e, acima de tudo, com sua personalidade
própria, que não é igual à de ninguém.
Da maneira como são abordadas, suas reações podem ser
positivas ou negativas ao evangelho. Diante dessa realidade, é
necessário ao evangelista, antes de qualquer coisa, depender
plenamente do Espírito Santo e buscar conhecer profundamente
a natureza humana.
• Inicie através de uma motivação natural;
• Inicie onde a pessoa está;
• Mantenha-se por alguns momentos na conversa que foi
iniciada;
• Não seja exagerado no interesse pela pessoa;
• Faça a transição o mais natural possível;
• Se há interesse na pessoa pelo assunto da salvação, passe
para a fase definitiva;
• Através de uma observação da condição cultural da pessoa,
aplicar um dos esquemas já conhecidos de exposições do
Plano da Salvação;
• Ao expor o plano de salvação, deve-se partir do ponto que a
pessoa ainda não conhece, pois é possível que a pessoa já
tenha profunda convicção de pecado e até já conheça o
27. 27
evangelho. O evangelista precisa ter sensibilidade e
flexibilidade para saber onde começar com cada pessoa.
• Ao abordar o problema do pecado, ao invés de iniciar com as
citações bíblicas acerca do pecado, comece abordando o lado
da experiência humana com o pecado. Isso, porque, em geral,
as pessoas não gostam da palavra “pecado”. O evangelista
pode mudar o rótulo e falar apenas no veneno. À medida que
a conversa for fluindo, naturalmente as citações bíblicas e a
palavra pecado fluirão naturalmente, no processo do
evangelismo.
• O plano da mão, muito apropriado para crianças e pessoas
mais humildes, é prático e positivo:
− Deus ama você (dedo polegar) – Jo. 3.16;
− Você é pecador (dedo indicador) – Rm. 3.23;
− Cristo morreu por nós (dedo médio) – Rm. 5.8;
− Você deve receber a Jesus como seu Salvador (dedo
anular) – Jo. 1.12; Rm. 10.9;
− Você se tornará uma nova criatura (dedo mínimo) – II Co.
5.17.
• Se houver condições, poderá usar a Bíblia permitindo que a
pessoa acompanhe a leitura. Caso não haja essa
possibilidade, use textos da memória.
• Não perca o foco do assunto do evangelismo. Se a pessoa
fizer perguntas do tipo controvérsias doutrinárias das seitas,
com sabedoria, fale que em momento oportuno você
responderá e volte para a exposição do plano da salvação.
• Dentro do possível, tente aplicar ilustrações de acordo com
o nível cultural da pessoa. Uma boa ilustração elucida as
verdades da Palavra de Deus e contribui para uma boa
compreensão da mesma. Jesus usava dessa estratégia.
• Uma vez tendo exposto o plano da salvação, verifique se a
pessoa entendeu, faça um breve resumo de tudo,
objetivando deixar claro o assunto para a pessoa.
• Busque, diante dos questionamentos que possam surgir,
reafirmar as verdades que foram apresentadas.
28. 28
• Conduza a pessoa a tomar a decisão de Crer (confiar em
Jesus). Nesse momento ela irá passar toda a sua vida para as
mãos de Cristo. Caso ela queira aceitar a Jesus, através desse
ato, ela irá confessar a Ele como único Senhor e Salvador de
sua vida, crendo que Ele morreu e ressuscitou por nós,
pagando, assim, toda a dívida do nosso pecado. Como
evangelista, você deverá conduzi-la nesse momento,
orientando-a a orar, repetindo as suas palavras. Essa será a
oração da decisão. Esse momento deve ser conduzido de
maneira natural e de forma firme e com amor.
• Após esse momento de bênçãos, ore com ela agradecendo a
Deus a decisão que foi tomada.
• Preencha a ficha de decisão para acompanhá-la no processo
da integração.
10. ESTRATÉGIAS NA EVANGELIZAÇÃO
No processo do evangelismo, algumas estratégias precisam
e devem ser adotadas para uma melhor eficácia da evangelização.
É claro que, diante de algumas situações que poderão surgir,
o evangelista precisará ter sabedoria e jogo de cintura, para lidar
com questões inesperadas. Contudo, na dependência do Espírito
Santo, oportunidades serão geradas e na sabedoria de Deus, o
evangelho de Cristo será semeado em muitos corações.
• Visitação
Em qualquer contexto de visitas, o evangelista precisa ter
sabedoria na condução do evangelismo no lar. Em alguns casos,
não poderá iniciar de imediato o assunto evangelístico. Muitas
vezes precisamos ganhar pessoas para nós, para depois ganhá-las
para Cristo.
29. 29
• Aproveitando oportunidades
É comum acontecerem situações diante de nós e que bem
podem ser aproveitadas para evangelizar alguém:
− Um encontro de negócios;
− Um pedido de informação;
− Um acidente;
− Uma notícia pela TV.
Tudo pode ser transformado em oportunidade para o
evangelismo pessoal. Basta o evangelista estar atento.
• Em veículos coletivos
Num ônibus, num trem, numa barca, esses são lugares que o
evangelista pode aproveitar para ministrar à pessoa que está ao
seu lado. Pode-se iniciar com a entrega de um folheto e de forma
natural o assunto irá surgindo.
• No horário do almoço
Em grandes empresas em que os funcionários almoçam no
local, nos momentos de descanso e bate-papo entre os colegas, o
evangelista pode aproveitar para semear o Evangelho.
• Em supermercados
São locais oportunos para a prática do evangelismo.
• Em salões de beleza e cabeleireiros
Esses são outros locais em potencial para a evangelização.
• Evangelismo como estilo de vida
30. 30
Aqui reside um valor importantíssimo no contexto da
evangelização. Nesta concepção, o servo de Deus é despertado
para aproveitar todos os momentos e oportunidades para
testemunhar de Cristo.
11. DESCULPAS COMUNS QUE OS PECADORES APRESENTAM
É muito importante que o evangelista esteja preparado para
responder às desculpas, que normalmente são apresentadas pelo
pecador. O ideal é que se tenha em mente pelo menos uma
passagem bíblica ou anotada em sua Bíblia, para apresentar ao
pecador diante das desculpas.
• “Não sou pecador” – Rm 3.23; 5.12;
• “Sou muito pecador para ser perdoado” – Lc. 19.10; I Tm.
1.15;
• “Eu não sinto que devo procurar salvação” – A Bíblia não
manda sentir, mas crer – At. 16.31; Is. 55.7; Jr. 17.9 – 10; Jo.
5.24;
• “Tenho medo de não conseguir perseverar” – Jd. 1.24; II Tm.
1.2; Jo. 5.24;
• “Vejo muitos crentes hipócritas” – Rm. 14.4 – 10; 2.1, 21 –
23; Tg. 4.17; Rm. 14.12, II Co. 5.10;
• “Tenho buscado, mas não tenho conseguido” – Jr. 29.13;
• “Não posso deixar minha vida de pecado” – Mc. 8.34 – 38; Tg.
4.4; Dt. 30.13 – 16; Mt. 6.24; Rm. 6.23;
• “Se me tornar um crente, terei que parar com o tipo de
atividade profissional que tenho” – Mc. 10.29 – 30; Mt. 6.33;
I Tm. 6.9;
• “Não sei se conseguirei mudar a minha vida, para me tornar
um crente” – Mt. 9.12 – 13; Rm. 5.6 – 8; Lc. 23. 39 – 43; Lc. 8.
10 – 14;
• “Creio que não preciso de salvação. Já sou uma pessoa boa,
honrada e não desejo mal a ninguém (...)” – Rm. 3.20; 4. 2 –
6; Lc. 16.15; Pv. 16.2; Jo. 6.28 – 29; Hb. 11.6; Jo. 3.3 – 7;
• “É tarde demais para mim” – Rm. 10.13; II Pd. 3.9; II Co. 6.2;
31. 31
• “Sou ainda jovem. Vou esperar mais” – Ec. 12.1, 2; Hb. 3.13;
II Cr. 6.2; Lc. 12.20; Is. 55.6;
• “A Bíblia está cheia de erros” – II Pd. 2.12; I Ts. 2.13; II Pd.
1.20 – 21; II Tm. 3.16 – 17;
• “A vida do crente é muito exigente” – Pv. 3.17; 4.18; I Jo. 5.3;
• “Eu acho (...), eu penso (...)” – Rm. 9.19 – 21; Is. 55.8, 9.
12. EVANGELIZAÇÃO DE MASSA
Esse é o método onde o indivíduo é alcançado no grupo, quer
seja esse grupo grande ou pequeno. Mesmo sendo um projeto
onde a mensagem é direcionada ao grupo, o Espírito Santo age e
toca no pecador de forma individual. O evangelizador ministra ao
grupo, para alcançar o(s) indivíduo(s).
Exemplos de alguns tipos de evangelismo de massa
Cultos de ar livre: Diretrizes para a realização de um culto ao ar
livre
• Planejamento: O planejamento é fator fundamental para o
sucesso do trabalho. Não adianta improvisar e levar um
grupinho despreparado para ir cantar num cantinho da
praça. Providências que devem ser tomadas:
− A igreja deve ser preparada para se envolver com o
projeto. É importante que se conscientize toda a igreja.
Ela precisa acreditar no projeto e se envolver nele. Pregar
sermões sobre o assunto ajuda muito na conscientização.
− Formação das equipes que irão trabalhar em cada setor.
É importantíssimo à igreja ter um departamento de
evangelismo. Promover toda a estrutura e organização
deve ser responsabilidade do diretor de evangelismo.
Cada área em que houver cuidado especial poderá
requerer uma equipe própria.
32. 32
Dependendo da estrutura do evento e importância da
praça, poderá ser exigida a licença (autorização
pública) para a realização do mesmo.
Serviço de Som – É importante ter uma equipe e
equipamentos à altura da proposta do evento.
Divulgação – Uma boa divulgação através de carros
volantes, folhetos, rádio e outros é ferramenta
fundamental.
Equipe de evangelistas que estarão atuando durante o
evento, na entrega de folhetos aos transeuntes.
Escolha do local: Dependendo do local escolhido, a
estrutura apresentada acima será adaptada ao
contexto. Contudo, deve-se escolher previamente o
local da reunião. É importante que a igreja saiba como
chegar ao local, o que deve ser previamente anunciado
a toda a congregação.
O programa: Deve ser elaborado previamente. Dentre
as providências que devem ser tomadas, a escolha do
pregador é fundamental. O pregador escalado deve se
esmerar no preparo da mensagem e a igreja deve ter
também preparado um substituto, para o caso de uma
emergência. O preparo da parte musical é também
fundamental. Ex: Haverá música para o povo cantar?
Solos? Conjuntos ou outras participações especiais? É
fundamental que essa estrutura esteja preparada
antes. Também podem ser incluídas poesias e outros,
mas sempre dentro do contexto da evangelização.
Literatura: É importante que o tema do folheto que
será distribuído, esteja no contexto do tipo de ouvintes
que vamos ter. Os folhetos devem estar personalizados
com nome, endereço da igreja e programação da
mesma.
Aconselhamento: É fundamental que se tenha uma
equipe de aconselhamento preparada para atender aos
novos decididos e outras necessidades. São esses
33. 33
irmãos que farão a ponte entre a igreja e essas pessoas
que poderão se tornar membros da igreja no futuro.
• Aspectos físicos do Ar Livre
− Arranjo dos participantes: Os participantes (pregador,
cantores e outros) devem estar posicionados em lugar de
destaque visual. Havendo coreto, esse é o melhor lugar
para estar. A assistência deverá ficar na parte mais baixa,
voltada para os participantes. Não havendo coreto ou
lugar ou contexto que possa criar distinção física do local,
a assistência deverá formar uma meia lua e os
participantes se colocarão no meio, de tal forma que os
visitantes que forem chegando, completem o círculo.
− Som: Deve-se testar o som antes. É importante que se
tenha alguns equipamentos de reserva tais como:
microfones, cabos, baterias, encordoamentos de guitarra
ou violão e outros.
− Placa indicativa: Uma placa indicativa montada sobre um
tripé que possa ser um identificador aos frequentadores
da praça, poderá ser muito útil. Essa placa marcaria que o
movimento que está acontecendo é evangélico.
− Principais elementos do programa
Recursos audiovisuais: É fundamental que o culto ao ar
livre seja atraente, dinâmico e espiritual ao mesmo
tempo. Nele podem constar fantoches, teatro, data
show e outros que sejam fomentadores de uma melhor
resposta aos ouvintes.
Músicas: As músicas devem estar em consonância com
o tema do programa geral.
Mensagem: Deve ser curta e objetiva. O pregador deve
primar pelo tempo máximo de 15 minutos e usar de
frases curtas, simples e claras. Essa estratégia é
importante, pois em lugares públicos as pessoas estão
em constante movimento. Essa dinâmica cria
condições para que o transeunte ouça e entenda as
frases que estão sendo citadas.
34. 34
Texto bíblico: O texto bíblico lido pelo dirigente poderá
ser o mesmo do pregador. Contudo os textos
escolhidos devem ser curtos e simples em sua
compreensão. Eles devem dizer por si mesmos, para
facilitar a compreensão dos ouvintes. Durante a
mensagem, o pregador deverá repetir várias vezes o
texto. Isso ajudará para que o texto fique gravado na
mente dos ouvintes.
Distribuição de literatura: As literaturas devem ser
distribuídas antes do culto e no momento do apelo
final. Entretanto, se algum ouvinte sair antes do
término, a equipe da literatura deve estar preparada
para entregar a essa pessoa um folheto. Não se deve
distribuir literatura durante o culto, pois provocaria
ruídos e a comunicação não atingiria os objetivos.
Todavia é importante que se tenha um ou dois
membros da equipe distante do culto para que possa
fazer a distribuição a pessoas que estão afastadas ou
transitando na rua.
O apelo: É importante que se faça o apelo. É o momento
da resposta do ouvinte à mensagem que foi pregada.
Primeiro deve-se convidar as pessoas a aceitarem a
Jesus como Salvador. Numa segunda oportunidade,
munido de novos testamentos ou outros, deve- se
convidar aqueles que gostariam de receber a
literatura.
Encerramento: No encerramento, após oração final, o
dirigente agradecerá aos ouvintes e dará o endereço da
igreja, assim como horários dos cultos. Havendo
tempo, o dirigente poderá dizer que a equipe de
aconselhamento estará à disposição para oferecer
maiores esclarecimentos sobre a mensagem e sobre o
evangelho.
35. 35
Conclusão
É fundamental levar a sério o culto ao ar livre. Com cuidado
e esmero, através desse tipo de evangelismo de massa, a igreja
conseguirá muitos frutos.
• Conferências Evangelísticas: A conferência evangelística é o
tempo que a Igreja separa para realizar a colheita do
trabalho que tem sido realizado. Toda a programação tem
como alvo e meta a salvação de almas.
− De sua validade: É importante que em seu contexto diário
a igreja esteja envolvida com a evangelização. A Bíblia nos
afirma que no contexto da Igreja Primitiva essa foi sua
característica. “E todos os dias, no templo e de casa em
casa, não cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus, o
Cristo” (At. 5.42) Porém, é importante a toda igreja local¸
haver sempre o preparo para de tempos em tempos,
realizar a sua conferência e evangelística. Com uma
estrutura organizada e funcional os resultados serão
reais.
− A periodicidade das conferências: Não há uma regra pré
estabelecida quanto à quantidade de conferências a
serem realizadas no período de um ano. O que
normalmente se percebe é a realização de uma
conferência anual, no período do aniversário da igreja.
− O preparo para a conferência.
− Pré Conferência: Esse é o tempo de organização num todo.
Nesse tempo deve-se primar por cumprir as muitas
exigências, para o sucesso da conferência.
Planejamento
Um tempo com pelo menos três meses de antecedência, deve
ser reservado para o planejamento de todo o evento.
Deve-se primar por agendar com o conferencista um ano
antes do evento, para não haver problemas com sua agenda.
36. 36
De acordo com o contexto da igreja local e necessidades,
deverão também ser organizadas comissões que serão vitais no
período da conferência. Algumas comissões que serão
necessárias: Aconselhamento e visitação, propaganda, recepção,
transporte, música, conferência e relações públicas.
As comissões devem ser pequenas para facilitar as reuniões
e praticidade das mesmas. Cada uma deve variar entre 3 a 7
pessoas. Depois de formadas, o pastor deverá se reunir com todos,
e elaborar um critério de trabalho, determinando as atribuições
de cada comissão.
O pastor ou liderança da igreja são responsáveis pela
comissão de conferência. É fundamental que haja sincronismo
entre as comissões, uma vez que todas trabalham para um único
propósito, o sucesso da conferência.
Em todo o processo de preparo da conferência deverá haver
também o preparo espiritual. Sob a liderança do Pastor a igreja
deverá instaurar um programa efetivo de oração, buscando o
envolvimento de toda a igreja em oração e santificação, para ver
Deus realizando grandes milagres. É preciso crer na salvação de
almas.
A comissão de propaganda, deverá se empenhar
previamente na divulgação do evento. Para isso usará dos
recursos de:
• Convite impresso para as igrejas, instituições e outros;
• Convite “volante”, para serem distribuídos nas ruas;
• Convites através de rádio e propaganda de veículos;
• Cartazes, faixas e outros;
• Internet através de e-mails, redes sociais, sites e blogs.
A realização da conferência
Após tudo ser preparado é hora de dar efetivamente início a
Conferência:
37. 37
• É imprescindível que tenha uma reunião de averiguação
para as checagens finais. É bom também que se tenha um
momento prévio com o conferencista e todas as equipes para
os ajustes e informações finais. Isso irá trazer segurança ao
conferencista. Ele terá a certeza de que a igreja está unida no
propósito mor que será a salvação de almas.
• A ordem dos cultos já deverá estar pronta. Esse trabalho será
conduzido pela comissão do programa juntamente com o
Pastor, que deverão tomar alguns cuidados:
• É importante que se valorize o tempo da pregação. A ordem
do culto deverá ser feita reservando um tempo de pelo
menos 50 minutos para o preletor.
• A música deverá ser escolhida de acordo com o tema da
conferência. No caso o foco será evangelismo.
• É importante também que se inclua um programa para as
crianças. Isto será importante tanto para as crianças da
igreja, quanto, para as que estiverem visitando. O programa
preparado para as crianças deverá também estar em
sintonia com a conferência.
• A equipe de recepção deverá estar preparada para o
trabalho. Os visitantes deverão ser tratados com cortesias e
distinção. A equipe deverá primar por também encaminhar
os bebês ao berçário. É de responsabilidade da recepção,
estar também primando pela boa ordem da igreja durante a
programação. Esse último deverá ser feito em parceria com
o diaconato da igreja.
• No momento do apelo, os conselheiros deverão estar
apostos, para estarem juntos dos decididos. Eles deverão vir
à medida que as pessoas vierem à frente e de acordo com o
sexo, estarem se posicionando ao lado delas. Após a oração
final, os conselheiros devem encaminhar os decididos a uma
sala já preparada para preenchimento das fichas de decisão
e já marcar a primeira visita à casa daquele que tomou a
decisão.
• Na mesma semana a equipe de aconselhamento deverá
marcar uma reunião com todos os decididos. Essa reunião
38. 38
será na igreja e terá como predominância a informalidade.
Poderá ser um chá ou jantar de confraternização. O pastor
de forma informal, falará aos decididos como funciona a
igreja e da necessidade de continuarem firmes na decisão
que tomaram. Informará também a eles que serão auxiliados
pela equipe de aconselhamento no processo de integração.
13. MAIS ESTRATÉGIAS DE EVANGELIZAÇÃO
Em capítulos anteriores já falamos sobre estratégias de
evangelização. Contudo, queremos ampliar um pouco mais desse
assunto apresentando mais informações que o ajudarão nessa
abençoada e nobre tarefa.
Citaremos algumas, mas você poderá descobrir outras que
serão eficazes, uma vez sendo usadas na dependência do Espírito
Santo de Deus.
• Evangelização através de visitas nos lares – (At. 5.42). Nesse
tipo de estratégia, o melhor caminho é através dos estudos
indutivos que em sua maioria são elaborados no Evangelho
de João. Como falamos anteriormente é preciso ter
sabedoria para não sair frustrado e com prejuízos para o
Reino.
• Nos hospitais – (Mt. 25.43). O ideal nesse tipo de
evangelismo é que se faça um curso de capelania,
objetivando ter ferramentas que o auxilie de forma mais
efetiva nessa tarefa.
• Nas prisões – (Mt. 25.43).
• Em filas de ônibus.
• Nos bares.
• Restaurantes.
• Consultórios.
• Colégios e universidades, (At. 19.9).
• Nos cemitérios – Dia de finados (folhetos específicos).
• No carnaval (folhetos específicos).
• Em feiras livres.
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• Em estádios e similares (folhetos específicos).
• Velórios (folhetos específicos).
• Telefonemas.
• Internet (e-mails, rede sociais, blogs e sites)
• Rádio, TV.
• Cruzadas evangelísticas (At. 8.5, 6).
• Distribuição de literatura (Novos testamentos, Bíblias,
Evangelho de João e outros).
• Adesivos.
CONCLUSÃO
Através desse pequeno curso, de forma simples e objetiva,
valores relevantes no contexto da evangelização foram
apresentados.
A ideia foi tão somente despertá-lo para essa nobre tarefa
que Jesus deixou para a Sua Igreja.
Fomos chamados para glorificar a Deus e anunciar a
Salvação de Cristo aos perdidos. (Mt. 5. 16; Mt. 28.18 – 20)
Que sejamos despertados e levados a um comprometimento
maior com a obra do Senhor.
Que sejamos encontrados como a semente que caiu em boa
terra e deu muitos frutos, produzindo “... um a cem, outro a
sessenta e outro a trinta.” (Mt. 13.8)
Que o Senhor o abençoe rica e abundantemente através de
uma colheita superabundante.
BIBLIOGRAFIA
Baseado no livro – Evangelismo Total (Curso prático de evangelismo) de
Damy Ferreira – Editora JUERP.