1. Paulo escreveu uma carta encorajando seu amigo Timóteo a continuar servindo a Deus com coragem, apesar de seus medos.
2. Ele lembra Timóteo que Deus não deu o espírito de medo, mas de poder, amor e bom senso para ajudá-lo a superar o medo.
3. Paulo quer que Timóteo continue pregando o evangelho com confiança, mesmo enfrentando dificuldades.
1. Missões não é para os fracos
II Timóteo 1.7: “Deus não nos deu o espírito
de temor”
Paulo relembra a Timóteo as qualificações
que devem caracterizar um mestre cristão:
coragem, poder, amor e domínio próprio.
1.Um pastor não pode ser covarde.
2.Um ministro do evangelho deve ser
revestido com o poder de Deus.
3.Um líder cristão precisa ser governado
pelo amor.
Aqueles que lidam com outras pessoas
precisam, sobretudo, ter domínio próprio. A
moderação ou domínio próprio é a sanidade da
santidade. Nenhum homem pode governar
outros se não tem domínio sobre si mesmo.
O evangelho de um Salvador crucificado (I
Co. 1.23) impressionava os judeus como sendo
blasfemo, e os pagãos como sendo puro
contrassenso. E compreensível, portanto, que,
em uma situação de extrema tensão como
aquela vivida pela igreja, uma pessoa tímida
como Timóteo (ICo 16.10) sentisse temor diante
do inevitável desprezo e ódio suportado por
causa do evangelho.
2. Longe de ter vergonha das humilhações e
dos sofrimentos de Paulo, Timóteo deveria criar
coragem e deles participar. Se assim fizer,
redundará em lucro para o evangelho.
O dom é comparado ao fogo. Do verbo grego
anazopureo, que não aparece em nenhuma
outra passagem do Novo Testamento, não se
pode deduzir que Timóteo tenha deixado o fogo
extinguir-se e deva agora soprar as brasas
quase apagadas até que o fogo ressurja.
O prefixo ana pode indicar tanto aumentar
o fogo quanto tornar a acendê-lo. A exortação
de Paulo, portanto, é para continuar soprando,
a fim de “atiçar aquele fogo interior” e conservá-
lo vivo.
Deus nos dá dons, mas estes precisam ser
reavivados. Deus nos dá desafios e também o
poder para os levar a cabo. O medo e a covardia
não combinam na vida cristã. O Espírito Santo
é Espírito de poder, por isso não precisamos
temer a perseguição nem a morte.
O Espírito Santo é Espírito de amor;
portanto, precisamos servir ao próximo, mesmo
correndo sérios riscos. O Espírito Santo é
Espírito de moderação, por isso devemos
demonstrar domínio próprio, ainda que outros
à nossa volta se dispersem em numa
debandada geral.
3. Paulo passa dos fatores que contribuíram
na formação de Timóteo para a autenticidade
do evangelho. Porém, antes de falar da
singularidade do evangelho, exorta Timóteo a
não se envergonhar dos ensinos de Cristo (1.8).
Embora Timóteo fosse um jovem tímido,
não deveria se envergonhar do evangelho.
Embora muitos na Ásia não quisessem mais
nenhuma associação com Paulo (1.15), em
virtude de estar preso, acusado de malfeitor
(2.9), Timóteo não deveria se envergonhar de
Cristo nem de seu enviado.
Envergonhar-se do evangelho (Rm. 1.16) é
envergonhar-se de Cristo, e aqueles que se
envergonham de Cristo, o próprio Cristo se
envergonhará deles (Mc. 8.38). O Paulo que não
se envergonhava (1.12), admoestou Timóteo a
não se envergonhar (1.8) e relatou que
Onesíforo não tinha vergonha das algemas do
apóstolo (1.16).
“Porque Deus não nos deu o espírito de
temor, mas de fortaleza, e de amor, e de
moderação.” — II Timóteo 1.7.
1.Deus pode ajudar uma pessoa a ter
coragem para fazer o que é certo.
2.Deus não quer que seus servos sejam
covardes, ou seja, tenham o tipo de medo
4. que impede uma pessoa de fazer as coisas
que agradam a ele.
a.Veja as três qualidades dadas por Deus,
mencionadas nesse versículo, que
ajudam a eliminar o temor ou a covardia.
“Poder.”
– Pois Deus não nos deu o espírito de
medo – Um espírito timoroso e servil.
Isso é dito para incentivar Timóteo,
que não era improvávelmente
modesto e desconfiado.
– Os cristãos têm conseguido servir a
Deus com coragem, apesar de muitos
inimigos e situações perigosos.
– Eles não têm deixado que o medo os
paralise. (II Coríntios 11.23 - 27)
– Como isso é possível? O apóstolo
Paulo explica: “Para todas as coisas
tenho forças graças àquele que me dá
poder.” (Filipenses 4.13).
– Deus pode dar aos seus servos “poder
além do normal” para vencer
qualquer desafio. — II Coríntios 4.7.
“Amor.”
– E de amor – Amor a Deus e às almas
dos homens. A tendência disso
também é “expulsar o medo” 1 João
4:18 e tornar a mente ousada e
constante. Nada fará mais para
5. inspirar coragem, tornar um homem
destemido ao perigo, ou pronto para
suportar privações e perseguições, do
que “amor”. O amor ao país, à esposa,
aos filhos e ao lar torna os mais
tímidos e ousados ??quando são
atacados; e o amor de Cristo e de um
mundo moribundo irrita a alma para
grandes empreendimentos, e a
sustenta nas mais profundas
tristezas.
– Quando um cristão tem profundo
amor por Deus, ele tem coragem para
fazer o que é certo.
– Da mesma forma, o amor por outras
pessoas motiva um cristão a colocar
as necessidades dos outros à frente
das suas, mesmo quando ele está em
perigo ou enfrentando oposição.
— João 13.34; 15.13.
“Bom senso.”
– E de uma mente sã – A palavra grega
denota uma de mente sóbria; um
homem de prudência e discrição. O
estado mencionado aqui é aquele em
que a mente está bem equilibrada e
sob influências corretas; em que vê as
coisas em suas justas proporções e
relações; em que não está febril e
6. excitado, mas quando tudo está em
seu devido lugar. Foi esse estado de
espírito que Timóteo foi exortado a
cultivar; isso que Paulo considerava
tão necessário para o desempenho
dos deveres de seu cargo. É tão
necessário agora para o ministro da
religião como era então.
– Na Bíblia, o bom senso geralmente se
refere à habilidade que um cristão
tem de tomar decisões sábias com
base no que a Bíblia diz.
– Quem tem bom senso consegue
raciocinar de forma lógica e continua
sendo razoável, mesmo enfrentando
dificuldades.
– Ele consegue tomar decisões que
estão de acordo com os pensamentos
de Deus e sabe que sua amizade com
ele é mais importante do que a
opinião de outros.
Conclusão
O livro bíblico de Segunda Timóteo foi
escrito pelo apóstolo Paulo. Esse livro é uma
carta que ele escreveu ao seu querido amigo e
companheiro cristão Timóteo.
7. Nessa carta, Paulo amorosamente
incentivou o jovem Timóteo a continuar se
esforçando no ministério. (II Timóteo 1.1, 2)
Pode ser que Timóteo fosse um pouco tímido, e
isso talvez atrapalhasse suas atividades na
congregação cristã. (I Timóteo 4.12)
Mas Paulo relembrou Timóteo que ele tinha
recebido um dom, ou seja, uma designação
especial de serviço na congregação. Ele
incentivou Timóteo a não ter medo de exercer
sua autoridade ao servir como superintendente
da congregação, ao pregar as boas novas e ao
suportar dificuldades por causa da sua fé.
— II Timóteo 1.6 - 8.
Essas palavras foram escritas inicialmente
para Timóteo, mas elas garantem que Deus vai
dar a ajuda necessária para todos os que
querem servir a Ele hoje, sejam quais forem os
desafios.