3. Sumário
Introdução
Capítulo 1. Evangelismo e Evangelização: conceito e
importância
Capítulo 2. Evangelizar: quem, onde e quando?
Capítulo 3. Aprendendo a evangelizar: história e
exemplos
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
Capítulo 5. Evangelização: posturas e atitudes
Considerações Finais
4. Introdução
Neste livro, ao contrário do que possa parecer pelo
título, não é um manual sobre a “arte de ganhar almas”, é
um livro sobre a tarefa de viver e pregar o Evangelho.
Neste sentido, defendemos a idéia de que o Evangelismo é
a parte fundamental do estilo de vida e da conduta cristã
do servo de Deus e que a Evangelização é um
compromisso permanente de todo cristão dedicado a ser
testemunha de Cristo Jesus.
5. → Evangelismo - É a doutrina ou estudo sobre a prática
da evangelização.
→ Evangelização - É o ato de comunicar o evangelho. A
palavra "evangelização" indica ação, significando "pregar o
evangelho“.
Capítulo 1. Evangelismo e Evangelização:
conceito e importância
6. → Vimos que EVANGELIZAÇÃO é a proclamação das
boas-novas de Jesus Cristo. Parece claro, portanto, que é uma
tarefa que o cristão deve realizar “com decência e ordem” (1
Co 14.40). Para tanto, é necessário a reunião de princípios
bíblicos, métodos e ferramentas.
Capítulo 1. Evangelismo e Evangelização:
conceito e importância
7. → Nesse caso, o ato de anunciar de forma organizada as Boas
Novas aos pecadores perdidos é praticar o que denominamos
de EVANGELIZAÇÃO EM AÇÃO, que pode acontecer de forma
contínua, pontual ou eventual.
Capítulo 1. Evangelismo e Evangelização:
conceito e importância
8. → Evangelização Pontual:
Compreende o anúncio do Evangelho sem o
compromisso de ensiná-lo, ignorando a instrução
específica de Jesus de ir e fazer discípulos (Mt 28.19).
Nesse tipo de evangelização acredita-se que os frutos
crescerão por si só, sem cultivo ou cuidado do
evangelizador.
Capítulo 1. Evangelismo e Evangelização:
conceito e importância
9. → Evangelização Eventual:
Acontece em igrejas onde a evangelização é apenas
uma das muitas atividades da igreja, não a atividade
essencial. Ou seja, é aquela que acontece em dias
específicos: dias de festas, nas férias, na páscoa, no natal e
ano novo e depois nunca mais.
Capítulo 1. Evangelismo e Evangelização:
conceito e importância
10. → Evangelização Contínua:
É a evangelização que continua mesmo depois de a
pessoa “aceitar a Jesus”. Nesse caso, entende-se a
evangelização como estilo de vida e um modo de ser
igreja.
Capítulo 1. Evangelismo e Evangelização:
conceito e importância
11. → Observando essas características podemos afirmar que
a evangelização contínua é o que se espera de uma igreja,
cuja preocupação é realizar a obra de Deus pensando em
plantar, cultivar e colher.
→ Dizemos então que na igreja onde existe a
evangelização contínua, o evangelismo em ação é uma
atividade permanentemente organizada.
Capítulo 1. Evangelismo e Evangelização:
conceito e importância
12. A seguir, com o objetivo de colaborar para a melhor
compreensão deste tema, expomos os três aspectos que
constituem a ação evangelizadora contínua: Proclamação,
Convencimento e Integração.
Capítulo 1. Evangelismo e Evangelização:
conceito e importância
13. a) Proclamação: É a comunicação ao pecador a respeito
de sua condição de escravo do pecado, da natureza e
conseqüência dessa escravidão, do amor de Deus e Sua
providência em Jesus Cristo para salvação do pecador e da
chamada divina para uma decisão por Cristo Jesus.
Capítulo 1. Evangelismo e Evangelização:
conceito e importância
14. b) Convencimento: O evangelizador nesta ação é um
instrumento nas mãos do Espírito. Pois somente o Espírito
Santo pode convencer e mudar o coração do pecador.
Capítulo 1. Evangelismo e Evangelização:
conceito e importância
15. c) Integração: Após a conversão, o pecador deve ser
levado a um compromisso com o corpo visível de Cristo (a
Igreja), onde será discipulado, levado ao desenvolvimento
e amadurecimento da sua fé em Cristo Jesus (Ef 4.12,13).
Capítulo 1. Evangelismo e Evangelização:
conceito e importância
16. Agora, vamos dar uma paradinha para, a partir das
seguintes perguntas, fazer uma auto-reflexão sobre a
nossa postura em relação a evangelização:
→ Qual é o seu alvo a cada visita evangelística?
→ Evangelizar é apenas um item de sua agenda ou faz
parte da convicção de sua chamada à Grande Comissão?
Capítulo 1. Evangelismo e Evangelização:
conceito e importância
17. Você evangeliza de forma passiva ou de forma ativa?
Isto é, só evangeliza com o exemplo e o modo de vida,
mas não fala sobre o Evangelho, ou além de seu
testemunho pessoal, você aproveita as oportunidades
para pregar (verbalmente) o Evangelho “a toda criatura”?
Capítulo 1. Evangelismo e Evangelização:
conceito e importância
18. Porque devemos evangelizar?
→ É uma ordem imperativa do nosso Senhor Jesus Cristo
(Mc 16.15).
→ É uma atitude de amor e obediência.
→ O Evangelho nos revela o único Salvador para a
humanidade.
→ É característica fundamental da igreja que se diz
evangélica.
19. O ato de evangelizar: o que significa?
→ Não é profissão.
→ Não é dar esmola.
→ Não é reformar as pessoas.
→ Não é magnetizar o pecador.
→ Não é prerrogativa apenas do Oficial da Igreja.
Capítulo 1. Evangelismo e Evangelização:
conceito e importância
20. O ato de evangelizar: o que significa?
→ Evangelizar é pescar (Mt 4.19).
→ Evangelizar é ceifar (Mt 9.38).
→ Evangelizar é procurar o que se havia perdido (Mt
18.11).
→ Evangelizar é privilégio supremo do crente (1 Pe 2.21).
→ Evangelizar é levar a pessoa a ter contato com Cristo.
Capítulo 1. Evangelismo e Evangelização:
conceito e importância
23. Quem pode evangelizar?
→ Todo cristão.
→ O cristão que tem a certeza da salvação e tem vitória
sobre o pecado.
→ O cristão cheio do Espírito Santo.
→ O cristão que ora.
→ O cristão que vive a doutrina.
Capítulo 2. Evangelizar: quem, onde e quando?
31. Onde podemos evangelizar?
→ Nos presídios, nas clínicas de reabilitação.
Capítulo 2. Evangelizar: quem, onde e quando?
32. Recomendações para pregar nos lares!!!
→ Não demore muito no lar visitado, mas também, não se mostre
apressado.
→ Deixe alguma literatura (exemplo: folhetos).
→ Convide a pessoa, a família, para visitar a igreja.
→ Forneça o endereço da igreja e o horário dos cultos.
→ Agradeça, gentilmente, a oportunidade de ter sido recebido no
lar, e
→ Procure marcar outro dia e hora para continuar dialogando o
Evangelho.
Capítulo 2. Evangelizar: quem, onde e quando?
33. Recomendações para pregar nos hospitais!!!
→ Não fazer visita sem permissão.
→ Não entrar no quarto do enfermo sem avisar.
→ Não fazer visita logo após a operação.
→ Não fazer visita em grupos grandes.
→ Não levar crianças a não ser em casos excepcionais.
Capítulo 2. Evangelizar: quem, onde e quando?
34. Recomendações para pregar nos hospitais!!!
→ Não levar alimento sem aviso prévio.
→ Não fazer visita longa.
→ Observar o horário do hospital.
→ Falar com voz suave.
→ Refletir a alegria cristã.
Capítulo 2. Evangelizar: quem, onde e quando?
35. Vejamos, ainda algumas orientações elencadas por Eleny
Aitken (1997), no manual de capelania hospitalar:
→ Avalie a situação logo ao entrar, a fim de poder agir
objetivamente quanto ao tipo e duração de visita.
→ Não dê água ao paciente sem permissão da enfermagem.
→ Não apresente fisionomia emotiva ou de comiseração
(piedade).
→ Não manifeste nojo de suas feridas, nem medo de contágio.
Capítulo 2. Evangelizar: quem, onde e quando?
36. Vejamos, ainda algumas orientações elencadas por Eleny
Aitken (1997), no manual de capelania hospitalar:
→ Não aceite pedidos do paciente para obter resultados de
exame médico, ou dar-lhe notícias de diagnósticos.
→ Fale num tom de voz normal. Não cochiche com outras
pessoas no quarto. Ore num tom normal
→ Dê prioridade ao atendimento dos médicos e enfermeiras,
assim como ao horário de refeições. Ceda sua vez.
Capítulo 2. Evangelizar: quem, onde e quando?
37. Vejamos, ainda algumas orientações elencadas por Eleny
Aitken (1997), no manual de capelania hospitalar:
→ Não tente movimentar o doente sem a autorização da
enfermagem.
→ Saiba que a dor e a medicação podem alterar o humor do
paciente.
→ Se você estiver doente, não faça visitas.
Capítulo 2. Evangelizar: quem, onde e quando?
38. Lugares onde se pode anunciar o Evangelho, tanto por
contato pessoal como distribuindo literatura (folhetos,
porções bíblicas, jornais e revistas bíblicas, Bíblias, etc.
Vejamos:
→ Nas filas: comércio, ônibus, bancos.
→ Nas portas: de bancos, de escolas, de feiras,
de estádios, de estações, e
→ Nas festas: religiosas, esportivas.
Capítulo 2. Evangelizar: quem, onde e quando?
41. Quando se trata de evangelização a primeira pergunta
que surge é a seguinte: Qual o maior método de
EVANGELIZAÇÃO? Para responder este questionamento,
poderíamos perguntar a um pescador: qual o melhor
método para pescar? Devo utilizar rede, arpão, tarrafa,
anzol? Certamente, o pescador responderá: “Depende das
circunstâncias”.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
42. Sendo assim, a primeira recomendação que fazemos é
para o cristão “pescador” estar atento a tudo que possa
envolver direta ou indiretamente a ação evangelizadora.
Para tanto, é preciso esse evangelizador-pescador
(cristão) dispor-se a estar continuamente aprendendo.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
43. Então, neste capítulo, vamos aprender com quem sabe:
com os cristãos da Igreja Primitiva, com os bons exemplos
vindos de servos de Deus e, sem dúvida, vamos aprender a
ser eficientes “pescadores de homens” com Aquele que
nos convocou: o Mestre Jesus Cristo.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
44. A seguir vamos elencar algumas características da
evangelização exemplar praticada pelos discípulos da
Igreja Cristã Primitiva:
→ Avivamento;
→ Amor;
→ Oração;
→ Perseverança;
→ Sabedoria.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
45. O agir da Igreja Primitiva:
1. A igreja primitiva fez da evangelização sua meta
prioritária.
2. A igreja primitiva tinha profunda compaixão pelas
pessoas sem Cristo.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
46. O agir da Igreja Primitiva:
3. A igreja primitiva era muito flexível na prédica das Boas
Novas, mas inteiramente oposta ao sincretismo (a mistura
de outros elementos com o Evangelho) de qualquer tipo.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
47. O agir da Igreja Primitiva:
4. A igreja primitiva era muito aberta à liderança do
Espírito Santo; em toda a expansão evangelística
registrada em Atos, O Espírito é o elemento motivador e
energizante.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
48. O agir da Igreja Primitiva:
5. A igreja primitiva não era indevidamente cônscia do
papel do pastor.
6. Na igreja primitiva esperava-se que cada pessoa fosse
uma testemunha de Cristo.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
49. O agir da Igreja Primitiva:
7. Na igreja primitiva construções não tinham importância.
8. Na igreja primitiva, a evangelização era um "bate-papo"
espontâneo e natural sobre as boas novas.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
50. O agir da Igreja Primitiva:
9. Na igreja primitiva, a política adotada era ir ao encontro
das pessoas, onde elas estivessem, e fazer discípulos entre
elas.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
51. O agir da Igreja Primitiva:
10. Na igreja primitiva o Evangelho era sempre debatido
nas escolas filosóficas, discutido nas ruas e até nas
lavanderias.
11. Na igreja primitiva, ao que tudo indica, comunidades
inteiras costumavam converter-se de uma só vez.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
52. O agir da Igreja Primitiva:
12. Na igreja primitiva o impacto maior era produzido
pelas vidas transformadas e pela qualidade da comunidade
cristã.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
53. Principais métodos usados na Evangelização daquela
época:
- O impacto da comunhão.
- O valor do lar.
- O emprego da defesa da fé (apologética).
- A prioridade da conversa pessoal.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
54. O Pr. Orlando Boyer no seu livro “Esforça-te para ganhar
almas”, cita algumas expressões de grandes homens de
Deus, acerca do fervor de levar pessoas a terem um
encontro com Cristo. São expressões que valem a pena
lermos e, como servos humildes, refletirmos sobre o que
esses cristãos evangelizadores nos ensinam:
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
55. Knox, assim rogava a Deus: “Dá-me a Escócia ou eu
morro!”
Whitefield, implorava: “Se não queres dar-me almas, retira
a minha!”
Diz-se de Aleine: “Era insaciavelmente desejoso de
conversão de almas, e para este fim derramava seu
coração em oração e pregação”.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
56. João Bunyan, disse: “Na pregação não podia contentar-me
sem ver o fruto do meu trabalho”.
Assim dizia Mateus Henry: “Sinto maior gozo em ganhar
uma alma para Cristo, do que em ganhar montanhas de
ouro e prata, para mim mesmo”.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
57. D. L. Moody: “Usa-me, então, meu Salvador, para qualquer
alvo e em qualquer maneira que precisares. Aqui está meu
pobre coração, uma vasilha vazia, enche-me com a Tua
graça”.
Henrique Martyn, ajoelhado na praia da Índia, onde fora
como missionário, dizia: “Aqui quero ser inteiramente
gasto por Deus”.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
58. João Hunt, missionário entre os antropófagos, nas ilhas de
Fidji, no leito de morte, orava: “Senhor, salva Fidji, salva
Fidji, salva este povo. Ó Senhor, tem misericórdia de Fidji,
salva Fidji!”
João McKenzie, ajoelhado à beira do Lossie, clamava: “Ó
Senhor, manda-me para o lugar mais escuro da terra!”.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
59. Praying Hyde, missionário na Índia, suplicava: “Ó Deus,
dáme almas ou morrerei!”
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
60. Quando aqueles que assistiam a morte de Davi Stoner,
pensavam que seu espírito já tivesse voado, ele se
levantou na cama, e clamou: “Ó Senhor, salva pecadores!
Salva-os as centenas e salva-os aos milhares!”, e findou a
sua obra na terra. O desejo ardente da sua vida,
dominava-o até a morte.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
61. Davi Brainerd falava: “Eis-me aqui, Senhor. Envia-me a
mim! Envia-me até os confins da terra: envia-me aos
bárbaros habitantes das selvas; envia-me para longe de
tudo que tem o nome de conforto, na terra; envia-me
mesmo para a morte, se for no Teu serviço e para o
progresso do Teu reino”.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
62. Brainerd podia dizer de si: “Não me importava o lugar ou a
maneira que tivesse de morar, nem por qual sofrimento tivesse
de passar, contanto que pudesse ganhar almas para Cristo.
Quando dormia, sonhava com essas coisas, e ao acordar, a
primeira coisa em que me ocupava essa era grande obra; não
tinha outro desejo a não ser a conversão dos perdidos”.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
63. Aprendendo com o Mestre: Jesus Cristo.
→ Ouvir Deus.
→ Leitura bíblica com foco.
→ Estudar a Palavra de Deus.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
64. Veja a seguir, cinco sugestões para que o estudo da Bíblia
seja realizado de forma eficiente e proveitosa:
→ Faça uma agenda de vida;
→ Elabore um plano de estudo e tenha metas;
→ Adquira material de apoio;
→ Mantenha comunhão com o autor;
→ Não desista do plano, alcance a meta.
Capítulo 3. Aprendendo a Evangelizar: História e
exemplos
66. Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
Evangelismo em Massa Evangelismo Pessoal
67. Vamos tratar neste capítulo sobre as modalidades de
evangelização denominadas “pessoal” e “coletiva” (ou em
massa). A evangelização pessoal e a evangelização em
massa tiveram origem com a Igreja Primitiva.
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
68. A igreja do presente século continua praticando essas
duas modalidades de evangelização: pregando para
milhões de pessoas face a face, bem como,
compartilhando as boas novas com as multidões que
frequentam cruzadas, retiros, seminários e outros tipos de
reuniões cujo objetivo maior é evangelizar.
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
69. Devemos estar empenhados em todos os conceitos
possíveis da evangelização em massa, para alcançarmos o
maior número possível dos que podem ser atraídos a uma
reunião evangelística pública. Entretanto, é fundamental
estarmos envolvidos na evangelização pessoal para
alcançarmos os milhões de indivíduos que não frequentam
esse tipo de reunião (cruzadas, por exemplo).
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
70. As duas modalidades são singulares, importantes e
necessárias. Contudo, lembremo-nos de que a Igreja
Primitiva ocasionalmente tinha reuniões em massa. Os
maiores resultados deles eram sempre efetivados através
de crentes que estavam empenhados na evangelização
pessoal, ganhando as pessoas para Cristo num ministério
face a face, de casa em casa. “E o Senhor acrescentava à
igreja diariamente” (At 2.47).
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
71. O que é Evangelização em massa?
Consiste em entregar a mensagem do evangelho a
toda uma multidão de uma só vez. Onde o seu sucesso
depende de dois fatores:
→ Fator Divino – Tudo deverá ser feito sob a direção do
Espírito de Deus.
→ Fator Humano – Devemos fazer um esforço humano
para que os objetivos propostos sejam alcançados.
72. Para realizarmos o evangelismo é necessário
colocarmos antes várias questões:
→ Por quê há a necessidade de realizar essa
Cruzada/Seminário/Congresso?
→ O que é que pretendemos alcançar?
→ Quem deve assistir e quem deve pregar?
→ Quando deve ser realizada?
→ Onde deve ser realizada?
73. O preparo da Igreja para a Evangelização em massa:
→ Estar esclarecida sobre a natureza da obra a ser
realizada;
→ Estar avisada de sua participação – a par dos planos;
→ Os membros devem ser instruídos para cooperar com
sabedoria, inclusive na hora do convite para o
compromisso com Cristo e aceitação da salvação.
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
74. O local das reuniões evangelísticas:
→ Juntos aos núcleos residenciais (Temos de ir onde o
povo está);
→ Um local acessível aos moradores de maior necessidade
espiritual;
→ Organizar acesso para as pessoas que têm
necessidades especiais;
→ Ambiente arejado e bem iluminado. Com várias saídas;
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
75. O local das reuniões evangelísticas:
→ Com maior número de bancos/cadeiras possível;
→ Lugar seguro; com instalação sanitária;
→ Ao ar livre, no último caso;
→ Sempre observar e respeitar as regras e as leis para
locais públicos e particulares.
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
76. A época dos trabalhos:
→ Deve-se escolher uma estação que não seja muito
chuvosa. Se for época de chuva procurar um lugar que
ofereça abrigo;
→ Aproveitar os feriados, os fins de semana e as épocas
de férias.
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
77. Serviço de publicidade ou divulgação:
→ Deve ser feito com tempo razoável de antecedência
(um mês no mínimo);
→ Deve ser feito primeiro entre as Igrejas, caso vá envolver
várias;
→ As questões denominacionais tornam-se secundárias
nesse caso.
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
78. As autoridades:
→ Devem ter conhecimento do acontecimento, quando
possível;
→ Podem ser encaminhadas a um ou dois bancos
especiais da nave do templo;
→ A plataforma do púlpito é reservada para o ministério
da palavra.
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
79. O povo - Deve ser alvo para receber maior tempo e
variados meios de divulgação:
→ Panfletos, com endereço e uma orientação sobre o
programa;
→ Faixas;
→ Com dizeres simples e colocados em lugares
estratégicos;
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
80. O povo - Deve ser alvo para receber maior tempo e
variados meios de divulgação:
→ Cartazes: Nas casas devem ser colocadas onde possam
ser vistas pela maioria;
→ Casas: Devem ser visitadas e receberem convites
verbais.
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
81. Evangelização através dos meios de comunicação em
massa:
→ Rádio;
→ Televisão;
→ Jornal;
→ Telefone;
→ Carro de som;
→ Internet.
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
82. O evangelizador deve lembrar:
→ O microfone não é púlpito da Igreja;
→ Controlar as emoções;
→ Observar as normas gramaticais;
→ Ter conhecimento atualizado;
→ Ter preparo espiritual;
→ Falar muito em poucas palavras.
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
83. As equipes de trabalho: algumas orientações.
→ Instrução: As equipes devem ser formadas por grupos
de pessoas instruídas para desempenhar tarefas
específicas;
→ Organizar a quantidade para obter qualidade: Cada
equipe deve ter o número de pessoas de acordo com o
volume de trabalho a fazer;
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
84. As equipes de trabalho: algumas orientações.
→ Qual o teu talento? Deve-se observar a aptidão de cada
pessoa para o trabalho que irá realizar.
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
85. As equipes de trabalho: algumas orientações.
→ Equipe de Recepção;
→ Equipe de Segurança;
→ Equipe de Limpeza;
→ Equipe de Intercessão;
→ Equipe de Visitação.
→ Equipe de Discipuladores.
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
86. O que é Evangelização pessoal?
É levar a mensagem a uma pessoa de cada vez ou a um
pequeno grupo, mediante a conversação e o testemunho
pessoal. Onde o alvo é tríplice:
→ Em primeiro lugar ele tem como objetivo maior, salvar o
perdido.
→ Em seguida, ele busca restaurar aqueles que se
desviaram da fé.
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
87. Recomendações:
→ Desperte no(s) ouvinte(s) empatia e confiança.
→ O plano de salvação deve ser explicado de forma
simples e objetiva. Por isso, você deve LER e ESTUDAR a
Bíblia.
→ Utilize uma linguagem adequada ao(s) ouvinte(s)
(senhor, senhora, criança, jovem etc.).
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
88. Recomendações:
→ Sempre dê oportunidade para a(s) pessoa(s) se
decidir(em) por Cristo. Isto é, faça o apelo.
→ Se possível, após o apelo, ore pelo(s) ouvinte(s).
→ Se ele(s) aceitou(aram), apresente-o(s) ao Senhor Deus
pedindo misericórdia.
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
89. Recomendações:
→ Não se esqueça de agradecer a gentileza do não-cristão
ouvir seu testemunho.
→ Convide o ouvinte a estar presente na igreja onde você
congrega, ou o instrua a buscar uma igreja mais próxima
da residência dele.
→ Mostre para o ouvinte que a porta está aberta para
outra conversa.
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
90. Recomendações:
→ Faça o possível para desenvolver um bom
relacionamento com as pessoas que ouviram e vêem o seu
testemunho pessoal. Isto pode fazer uma diferença
enorme na maneira do ouvinte receber ou rejeitar o
Evangelho. Lembre-se: as nossas ações e reações dizem
quem realmente somos.
Capítulo 4. Os dois tipos de evangelização
93. Aparência:
→ Sua aparência pode atrair ou afastar uma pessoa. Sua
roupa diz muito de você. Quando estiver evangelizando,
dirija a atenção para Ele. A Bíblia dá os princípios básicos
para a sua aparência. Seja modesto e moderado. Sua
aparência deve ser um crédito para Cristo:
→ Cuide de sua expressão facial e sua roupa.
→ Vista-se de acordo com a ocasião.
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
95. Recomendações sobre a entrega de folhetos:
→ Não é bom dar um folheto antes de o ler e conhecê-lo
bem.
→ O conteúdo do folheto deve estar adequado a cada
tipo de pessoa: não-crente, desviado, crente. Há certas
qualidades de folhetos, por exemplo, sobre a vinda de
Jesus, que podemos distribuir a todas as classes de
pessoas.
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
96. Recomendações sobre a entrega de folhetos:
→ Devemos orar pelas pessoas a quem o folheto será
entregue.
→ Não entregar folheto amassado ou sujo.
→ Não obrigar a pessoa a receber o folheto.
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
97. Como entrar no assunto da Salvação?
Com que palavras ou de que maneira podemos nos
dirigir ao pecador, ao iniciar o assunto da salvação? Há
quatro fatores que determinam isto:
1. O tempo disponível
2. O local
3. As circunstâncias
4. Os tipos de pessoas
98. Como entrar no assunto da Salvação?
A melhor maneira de aprender a entrar no assunto é
praticando. O maior erro de todos é deixar passar a
oportunidade e não tratar do assunto da salvação.
Estudemos um por um, os quatro fatores que determinam
a entrada no assunto da salvação:
99. 1. O tempo disponível
1.1. Quando há muito tempo: Havendo muito tempo, é
mais interessante e proveitoso mostrar conhecimento e
ganhar a confiança da pessoa, antes de entrar no assunto.
Isto levará pouco tempo. Seja como for, é bom atender
para Tg 4.14.
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
100. 1. O tempo disponível
1.2. Quando há pouco tempo: Num transporte na
cidade ou em situação semelhante, em que o tempo é
reduzido, e provavelmente não veremos a pessoa outra
vez, o melhor é entrar logo no assunto. Às vezes o próprio
pecador, ao mencionar um acontecimento, fornece o
tema para a entrada no assunto. É melhor entrar no
assunto assim, de modo natural, do que nós mesmos
darmos origem.
101. 1. O tempo disponível
1.3. Quando há um mínimo de tempo: Em situações
em que não é possível falar senão algumas palavras,
pode-se dar início ao assunto por meio dum folheto, jornal
ou porções das Sagradas Escrituras. Quantos têm sido
salvos por meio da página impressa, e, de modo especial,
as Escrituras? Os folhetos deverão levar o carimbo com
endereço da igreja. Devem ser examinados primeiro.
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
102. 2. O local
2.1. Passando próximo a festas e outros locais de
diversão: Mostrar que a vida aqui é passageira e que breve
estaremos na presença do nosso Criador. O mundo passa
e seus prazeres também. Ao findar a vida aqui, iremos
prestar contas a Deus. O gozo terrestre é efêmero.
Textos: Ec 11.9; 12.1; Jo 14.17; Rm 14. 12; Tg 4.4; 1 Jo
2.15-17.
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
103. 2. O local
2.2. Num hospital, ou local semelhante: Podemos
entrar no assunto falando do Médico Divino que cura a
doença da alma e a doença do corpo. Mostrar que o preço
dessa cura Ele já pagou por nós. Textos: Sl 103.3; Is 53.5;
Mt 6.33; Lc 5.17-26.
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
104. 2. O local
2.3. Na igreja, na hora do culto: Podemos convidar,
conduzir à frente, etc. Numa hora dessa devemos ter toda
prudência para não perturbar o culto nem o pregador.
Uma pergunta muito costumeira é: "O Sr. já pensou em
aceitar Jesus como seu Salvador?" Nunca se deve
perguntar "O Sr. já é crente?" Uma pessoa pode ser crente
em vários sentidos.
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
105. 2. O local
2.3. Na igreja, na hora do culto: Outra coisa que
podemos fazer durante o culto é orar pelo pregador e
pelos pecadores, para que Deus opere em ambos. Na hora
do apelo, muitos não têm coragem de se manifestarem,
apesar de sentirem a chamada de Deus para a salvação.
Numa hora dessas, Deus pode guiar-nos a tais pessoas e
ajudá-las, assim como dirigiu o evangelista Filipe na
estrada deserta de Gaza. Para que Deus nos use assim, é
preciso estarmos conforme Is 6.8b.
106. 3. As circunstâncias
As circunstâncias e fatos do momento à nossa volta
servem para introduzir o assunto da salvação. Exemplos:
3.1. A natureza ao redor, isto é, montanhas, mar,
céus. Podemos começar declarando que Deus fez isso
para a sua glória e para o bem do homem (Gn 1.26,28; Sl
19.1).
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
107. 3. As circunstâncias
3.2. A falta de tempo que todo mundo reclama.
Podemos começar declarando que Deus deve ter toda
prioridade do nosso tempo, e que o assunto da salvação
não deve ser adiado, porque quando Ele nos chama para a
outra vida, não podemos dizer não. Textos: Is 55.6; Jr
8.20; Am 4.12; Mt 25.10-12.
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
108. 3. As circunstâncias
3.3. Se o assunto é o espantoso progresso da Ciência,
podemos começar dizendo que isto é sinal do fim dos
tempos, segundo a Palavra de Deus. Textos: Dn 12.4; Lc
21.11.
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
109. 3. As circunstâncias
3.4. As catástrofes que acontecem cada vez mais aqui e
ali, como tufões, inundações, terremotos, epidemias, etc.
Também são sinais do fim e avisos de Deus, dado o
aumento do pecado na face da terra. Textos: Jl caps. 1 e 2.
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
110. 3. As circunstâncias
3.5. O estado de tensão, guerra fria (e quente),
inquietação, levantes, greves, tumultos pelo mundo afora.
Perigos de guerra atômica e suas conseqüências
imprevisíveis. Podemos falar de Cristo - o abrigo seguro e
eterno contra todos os perigos e incertezas. Textos: Sl 91;
94.22; 121; Jo 14.1.
Podemos mostrar que a paz vem pela justiça (Is 32.17).
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
111. 3. As circunstâncias
3.6. Em ambiente de tristezas e dificuldades, podemos
afirmar que, para os fiéis do Senhor, isso breve findará e
entrarão no gozo eterno com o mesmo Senhor.
Textos: Rm 8.18-23; Ap 7.15-17.
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
112. 3. As circunstâncias
3.7. Em caso de morte ou falecimento, podemos afirmar
que para os que estão com Cristo, a morte é o outro lado
da vida - e de uma vida melhor.
Textos: Jó 19.25,26; Lc 16.22,23; Fp 1.21-23.
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
113. 3. As circunstâncias
3.8. Em caso de morte repentina, inesperada, podemos
falar sobre a necessidade de se estar preparado para
encontrar o nosso Criador a qualquer instante.
Textos: 1 Sm 20.3; Am 4.12; Mt 25.10; Lc 12.20.
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
114. 3. As circunstâncias
3.9. Se o assunto é política em geral, podemos falar do
Rei dos reis e Senhor dos senhores, que em breve reinará
com justiça e paz perfeita.
Textos: Is 9.6; 11.1-9; Jr 23.5; Lc 1.32,33; Ap 19.15,16.
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
115. 4. Os tipos de pessoas
São três os tipos ou classes de pessoas com que temos
de tratar:
- Não-crentes;
- Crentes;
- Desviados.
Estes tipos ou classes de pessoas são um dos fatores
que determinam a maneira de entrarmos no assunto da
salvação. Vejamos cada um:
116. 4. Os tipos de pessoas
→ Os não-crentes que desconhecem o Evangelho:
Podem ser pessoas sinceras, brandas, gentis e que
sinceramente desejam ser salvas, ou podem ser pessoas
indiferentes, desapercebidas, desinteressadas, cheias de
desculpas, zombeteiras, religiosas ou opostas à religião.
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
117. 4. Os tipos de pessoas
→ Os não-crentes que conhecem o Evangelho:
Conhecem, mas não são salvos. Estes são os crentes
nominais. Existem os freqüentadores de igrejas e os que
têm o Evangelho apenas como uma religião e nada mais.
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
118. 4. Os tipos de pessoas
→ Os cristãos:
A evangelização pessoal entre cristãos é tão somente
assistência e auxílio espiritual através das Escrituras. Mais
uma vez é preciso o evangelizador conhecer devidamente
o Livro Sagrado para que o Espírito Santo use o texto que
Ele quiser. Isso pode acontecer de várias maneiras.
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
119. 4. Os tipos de pessoas
→ Os desviados:
Estes são os que deixaram o caminho do Senhor. Se
eram membros da igreja, foram disciplinados. Nessa
situação, ficam sem comunhão com a igreja. Se não eram
membros, estão sem comunhão com o Senhor da mesma
maneira.
Capítulo 5. Evangelização: Posturas e Atitudes
120. Vamos encerrando este livro com a certeza de que
Deus nos deu a tarefa de viver e pregar as Boas Novas. Foi
pensando assim que embarcamos nesse trajeto com o
propósito de colaborar para a igreja avançar níveis mais
eficientes na propagação do Evangelho.
Considerações Finais
121. Basicamente, procuramos apresentar os fundamentos
bíblicos sobre a evangelização dos povos, considerações
sobre a ação evangelizadora e orientações para
compartilhar o Evangelho; e, dentro de seus limites, o livro
refletiu sobre uma tríade de doutrinas bíblicas: a obra de
Cristo, a natureza da salvação e o destino dos ímpios,
temas relevantes para o conhecimento dos cristãos que
decidirem fazer da evangelização um estilo de vida.
Considerações Finais
122. Ressaltamos, ainda que este nosso estudo pelos
domínios da evangelização é, evidentemente, muito
sumário. Como, em tão poucas páginas, dar uma
exposição justa de um tema tão rico de informações e
orientações bíblicas?
Mas, esperamos ter conseguido situar os leitores e
estudiosos no contexto bíblico da ordenança divina,
motivando-os a cumprirem a Grande Comissão (Mt
28.16-20).
Considerações Finais