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GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
UFCD 8018
RUI PINTO 2022
OBJETIVOS DO MÓDULO
• Reconhecer a importância da cultura nas
práticas de gestão e na atividade de comércio
internacional.
• Analisar as consequências que as diferenças
culturais causam ao nível da comunicação e
gestão num ambiente multicultural.
• Gerir a comunicação e o relacionamento
intercultural de uma forma eficaz num contexto
de negócios multicultural.
CONTEÚDOS
• Introdução à gestão intercultural
• Conceito de gestão intercultural
• Globalização e mundialização das tendências
• Origens e problemas das relações internacionais e
interculturais
• Cultura
• Conceito
• Componentes de uma cultura nacional
• Diferenças culturais
• A cultura e a comunicação
• A cultura e a organização
• A cultura e a estratégia
• Consequências e implicações das diferenças culturais
• Modelos e padrões de comunicação
• Atitudes padrão face a conflitos e regras
• Mal-entendidos e conflitos interculturais
• Imagens mentais das organizações
• Relação com o tempo e pontualidade
• Relação com autoridade
• Relação com o desconhecido e a ambiguidade
• Competição versus cooperação
• “Eu” versus “Nós”
• Gestão das relações interculturais
• Cultura organizacional e práticas de gestão em
diferentes áreas culturais
• Etiqueta e protocolo empresarial
• Especificidades das relações laborais nas diferentes
áreas culturais
• Comunicação em contexto intercultural
• Liderança em contexto intercultural
• Gestão de conflitos em contexto intercultural
• Gestão de equipas em contexto intercultural
RUI PINTO
• PAI DE 2 FILHAS
• LISBOA (RAÍZES NO MINHO E BEIRA BAIXA)
• SPORTINGUISTA
• EMPREENDEDOR E GESTOR
• <25 ANOS – SANTOS POPULARES, TORNEIOS
DESPORTIVOS, ESCOLA DE POKER
• >25 ANOS – AUDAX, CONSULTORIA, CRIAÇÃO
DA PRÓPRIA EMPRESA (DELTA SOLUÇÕES)
• PROJETOS PONTUAIS – ENTREGA EM CASA,
GLÓRIA 1906
RUI.PINTO@DELTASOLUCOES.COM
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
INTRODUÇÃO
GESTÃO
GES•TÃO
• Atividade ou processo de administração de uma empresa,
instituição, etc.;
• Ato de gerir
• Utilização racional de recursos em função de um determinado
projeto ou de determinados objetivos
• Conciliação de opiniões divergentes; consenso
DICIONÁRIO PORTO EDITORA
COMUNICAÇÃO
CO•MU•NI•CA•ÇÃO
• Troca de informação entre indivíduos através da fala, da
escrita, de um código comum ou do próprio comportamento
• O facto de comunicar e de estabelecer uma relação com
algo ou alguém; relação; correspondência
• O que se comunica; mensagem; informação; aviso; anúncio
• Capacidade de entendimento entre as pessoas através do
diálogo
DICIONÁRIO PORTO EDITORA
INTERCULTURAL
IN•TER•CUL•TU•RAL
• Que diz respeito às relações culturais desenvolvidas entre
países, regiões ou instituições
DICIONÁRIO PORTO EDITORA
FAZ SENTIDO?
SE
NÃO DEVEMOS AGIR
DE FORMA IGUAL?
COMUNICAÇÃO
Processo, voluntário ou não, pelo qual dois ou mais agentes
transmitem e/ou recebem mensagens, por meio de um sistema
compartilhado de sinais, símbolos e comportamentos.
Então, por comunicação entende-se o acto de transmitir e
receber uma mensagem, graças à utilização de um código
adequado de sinais e símbolos.
Origem etimológica: do latim communicare, que significa
“tornar comum”, “repartir”, “associar”.
COMUNICAÇÃO
É a relação estabelecida entre
duas ou mais pessoas pela
transmissão de estímulos e
respostas.
…ou uma ação, efeito ou meio
de entrar em relação com o
outro.
COMUNICAÇÃO
Segundo a teoria de Braga (2001), “o ser humano é considerado um ser
social, logo a necessidade de comunicar e de aperfeiçoar
técnicas comunicacionais é constante.
A comunicação é uma vertente fundamental no processo das
relações humanas, uma vez, que passamos ¾ do tempo a
comunicar ou a interrelacionar com os outros”
COMUNICAÇÃO
EMISSOR
• Emite a
mensagem
• Codificação
MENSAGEM
• Segue pelo
Canal (de
comunicação)
RECEPTOR
• Alvo da
mensagem
• Descodificação
Feedback
COMUNICAÇÃO
Receptor passa a
Emissor
Feedback
O que é?
COMUNICAÇÃO
Feedback
Processo de comunicação que se estabelece com o objetivo
de oferecer a uma pessoa (emissor) informações sobre o
grau de adequação das suas ações às expectativas de quem
as recebe (receptor).
É a reacção do Receptor ao comportamento e mensagem do
Emissor.
COMUNICAÇÃO
Feedback
Como deve ser?
COMUNICAÇÃO
O Feedback deve uma mensagem construtiva e objetiva sobre
comportamentos e consequências, nomeadamente:
• reconhecimento do trabalho, da atitude, impactos positivos e
negativos dos comportamentos
• uma sugestão de motivação para o receptor do feedback
no sentido de crescimento e mudança positiva
COMUNICAÇÃO
O bom uso do feedback aumenta a eficácia da
comunicação interpessoal:
• Feedback deve ser regular
• Ser descritivo e não avaliativo no feedback
• Específico e não geral
• Construtivo e com objetivo de melhorar o
desempenho e não mostrar superioridade
COMUNICAÇÃO
• reduz incertezas
• resolve problemas
• potencia um clima de confiança
• potencia fortalecimento de relações
• melhora a qualidade do trabalho
COMUNICAÇÃO
(cont.) O bom uso do feedback aumenta a eficácia da
comunicação interpessoal:
COMUNICAÇÃO
não verbal
O que é?
Canais básicos da comunicação não-verbal:
•Expressão facial
•Olhar
•Cinética (energia, movimento)
•Paralinguagem (tom de voz, para além do verbo)
COMUNICAÇÃO
A importância da utilização da primeira pessoa do singular
“EU”.
Este facto, parecendo meramente linguistico, é de extrema
importância, pois é personalizador e responsabilizante:
ajuda o emissor a assumir o que é “seu”, a sua
“percepção”.
COMUNICAÇÃO
Obstáculos a uma boa Comunicação
COMUNICAÇÃO
•Dificuldades de expressão
•Medo de expressar
opiniões
•Suposições, preconceitos
•Juízos precipitados
•Desinteresse
•Distração
•Percepção errada
Obstáculos
a uma
boa
Comunicação
COMUNICAÇÃO
•A percepção é
o processo pelo qual
as pessoas tomam
conhecimento de si,
dos outros e do
mundo à sua volta”
COMUNICAÇÃO
PERCEPÇÃO
É a interpretação de como o ser humano se vê, e de como
observa o mundo que o rodeia.
Afeta o resultado do comportamento humano, porque agimos
conforme a percepção e crenças assimiladas.
COMUNICAÇÃO
PERCEPÇÃO
Percepção é o processo que opera constantemente
entre a pessoa e a realidade aparente.
As ações, as emoções, os pensamentos e os sentimentos
são desencadeados pelas percepções, construídas ao
longo da vida e que são simultaneamente pedra
basilar da existência da própria pessoa.
COMUNICAÇÃO
As percepções variam
de pessoa para
pessoa.
Cada pessoa
percebe a mesma
situação de maneira
diferente.
COMUNICAÇÃO
IMPACTO DA PERCEPÇÃO
A mensagem nem sempre é transmitida
pelo emissor da forma como pensa ter
sido transmitida.
COMUNICAÇÃO
TIPOS DE
COMUNICADOR
COMUNICAÇÃO
•Nem todas as pessoas se comportam da mesma forma
quando comunicam com alguém.
•Umas são mais agressivas, outras mais passivas, algumas mais
manipuladoras e outras mais assertivas
•É frequente vermos pessoas que por não conseguirem ser
assertivas, oscilam de um extremo ao outro, da passividade à
agressividade ou vice- versa.
COMUNICAÇÃO
PASSIVO
•Procura evitar possíveis conflitos, fugindo às situações através
do silêncio, da demissão de opinião, afastando-se em situações
em que é necessário tomar posições;
•Raramente entra em desacordo com o meio e com os outros;
•Potencialmente desenvolve uma comunicação pouco eficaz com
a equipa, uma vez que nem sempre partilha as suas opiniões,
os seus sentimentos, os seus talentos, nem as suas necessidades.
COMUNICAÇÃO
PASSIVO
Como lidar?
Mostrar que a sua contribuição é valorizada;
Encorajar a contribuição, escutar, perguntar, refletir, clarificar,
envolver, valorizar.
COMUNICAÇÃO
AGRESSIVO (Autocrático)
A pessoa que utiliza o estilo agressivo com maior frequência
tende a agir como se não cometesse falhas, sendo extremamente
crítica em relação ao trabalho dos outros;
Ignora, marginaliza e desvaloriza os outros participantes;
Terá ou não consciência de uma imagem de si supervalorizada
falsa.
COMUNICAÇÃO
AGRESSIVO (Autocrático)
Como lidar?
• Auto controle é necessário, mantenha-se centrado;
• Dar uma pausa, fazer o exercicio da respiração;
• Cautela na contra argumentação;
• Procure sentir qual é medo, angustia camuflada;
• Encontrar soluções compartilhadas…
COMUNICAÇÃO
MANIPULADOR
Assume-se como uma pessoa indispensável e tenta tirar proveito
próprio de todas a situações
Age indiretamente, utilizando os outros, não se pronunciando
abertamente e, por vezes, insinuando e usando discursos
diferentes conforme o interlocutor
COMUNICAÇÃO
MANIPULADOR
Como lidar?
• Promover uma comunicação aberta entre todos os
colaboradores
• Privilegiar a comunicação escrita
• Escutar quais as suas motivações, dificuldades, receios e
realizações
• Realçar que todos são indispensáveis (incluindo ele)
COMUNICAÇÃO
ASSERTIVO
Expressa os seus sentimentos de forma honesta e adequada,
fazendo valer a sua opinião com respeito pela dos outros;
Comunica de forma transparente o que quer, sente e pensa,
dando simultaneamente espaço de afirmação ao outro;
Procura compromissos realistas quando se encontra em
desacordo.
COMUNICAÇÃO
Assertividade refere-se à expressão direta, honesta e
adequada de opiniões e sentimentos, acompanhada dos
comportamentos correspondentes.
O comportamento assertivo é claro, ativo, transparente, e é
focado na solução, não no problema.
Ele não ameaça, humilha, nem viola o direito dos outros
elementos da equipa.
COMUNICAÇÃO
ASSERTIVO
É o estilo de comunicação que nos permite ser
mais construtivos na relação com os outros
elementos da equipa.
COMUNICAÇÃO
SER ASSERTIVO
Procura fazer afirmações claras e precisas.
Usa a primeira pessoa – “EU (penso que)”;
Procura ter Empatia
Expressa o que realmente quer dizer:
• Sobre a situação: diz como percebe exatamente a situação;
• Sobre e sentimento: partilha exatamente o que sente;
• Sobre a mensagem: diz exatamente o que pretende (o
receptor não tem que “adivinhar”);
COMUNICAÇÃO
✓ Solicita informação sempre que não se compreender algo;
✓ Estabelece as próprias prioridades;
✓ Propicia melhores resultados em negociações;
✓ Facilita a solução de problemas interpessoais;
COMUNICAÇÃO
SER ASSERTIVO
✓ Aumenta a auto-eficácia e a auto-estima;
✓ Reduz o stress mental por não ter conflitos entre o que pensa
e o que diz;
✓ A clareza e objetividade permitem acabar com os mal-
entendidos e contribuir para a clarificação das ideias e
expectativas
COMUNICAÇÃO
SER ASSERTIVO
ESCUTA ATIVA
O QUE É?
COMUNICAÇÃO
É a forma de ouvir para escutar e não para responder.
Procura compreender os significados das palavras, escutar o
conteúdo emocional que está agregado à mensagem e
confirmar ao emissor que está a ser ouvido.
A escuta ativa cria confiança entre as partes, facilita o domínio
da situação, clarifica os interesses, elimina dúvidas e permite
um melhor entendimento da mensagem que está a ser
transmitida.
COMUNICAÇÃO
ESCUTA ATIVA
Escuta ativa é, além de ouvir,
compreender a intenção
do que está a ser comunicado.
COMUNICAÇÃO
ESCUTA ATIVA
COMUNICAÇÃO
ESCUTA
ATIVA
SILÊNCIO
• Significa ouvir a totalidade da mensagem;
• Não significa que se tenha de estar de acordo ou partilhar
a mesma opinião;
• Serve também para mostrar respeito e dar poder à outra
parte ao dar (à outra parte) espaço para emitir a
comunicação sem interferências.
COMUNICAÇÃO
Pedir esclarecimentos ajuda a identificar e compreender o
significado das palavras e, ao mesmo tempo, que indica ao
interlocutor que estámos a tentar compreender o seu ponto
de vista.
COMUNICAÇÃO
Esclarecimentos,
afirmações ou perguntas,
destinam-se a procurar entender
um ponto específico.
Dicas para uma comunicação eficaz
• Observar os nossos gestos e aprender a
controlá-los
• Analisar quanto tempo ouvimos e quanto tempo
somos ouvidos
• Identificar como, quando e onde comunicamos
COMUNICAÇÃO
Dicas para uma comunicação eficaz
• Procurar manter um tom de voz calmo e constante
• Respeitar os silêncios e ter um ritmo igual durante a
comunicação
• Ter uma postura corporal aberta e relaxada, evitar
cruzar os braços
COMUNICAÇÃO
Dicas para uma comunicação eficaz
• Manter o contato visual e distância fisica,
enquanto se ouve e enquanto se fala, transmite
interesse e potencia uma maior empatia entre as
partes.
COMUNICAÇÃO
É importante comunicar a
mensagem, clareza, segurança
e verdade, isenta de juízos.
Também esclarecer e satisfazer
as dúvidas e necessidades de
todos os intervenientes.
COMUNICAÇÃO
✓COMO USAR A COMUNICAÇÃO
PARA ANALISAR A EQUIPA DE
COLABORADORES
COMUNICAÇÃO
✓É necessário haver esforços bem direccionados
para se poder chegar às questões
verdadeiramente importantes – através da
auscultação dinâmica.
COMUNICAÇÃO
A auscultação dinâmica baseia-se em conversas e
em perguntas de resposta aberta com o objetivo de
conseguir obter a opinião e sentimento das pessoas.
COMUNICAÇÃO
É um método que procura trazer ao de cima a realidade da
organização:
• Os interesses das pessoas
• O que é que ajuda as pessoas e a organização a obter êxito
• Quais são os entraves – obstáculos ao êxito
COMUNICAÇÃO
Numa equipa podem ser avaliados os seguintes parâmetros, entre
outros:
➢Participação dos elementos
➢Influência dos membros na equipa
➢Tomada de Decisão
COMUNICAÇÃO
➢Ambiente da equipa
➢Qualidade do Tipo de Membro
➢Normas da Equipa
Como falar de forma
a que nos queiram
escutar
(vídeo)
COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO
GESTÃO E
COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
INTRODUÇÃO
As sociedades contemporâneas são
inegavelmente cada vez mais diversas, quer
do ponto de vista socioeconómico, quer do ponto
de vista linguístico e cultural.
INTRODUÇÃO
A Gestão Intercultural começa, cada vez mais, na escola.
Sendo a escola um reflexo da sociedade em que se insere,
as nossas escolas são, hoje, uma realidade igualmente plural
e complexa.
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
CONCEITO
GESTÃO INTERCULTURAL
CONCEITO
A gestão intercultural procura (i) identificar, (ii) analisar e (iii)
gerir explicitamente as interações de colaboradores marcadas
por diferentes culturas nacionais e/ou diferentes culturas
organizacionais.
(i) IDENTIFICAR
O primeiro passo é identificar se existem ou não
diferenças culturais na organização.
Identificar, entre os colaboradores, diferentes
origens geográficas, diferentes bases de educação,
de religião, entre outros.
QUE TIPO DE
DIFERENÇAS
CONHECEM?
(i) IDENTIFICAR
O primeiro passo é identificar se existem ou não
diferenças culturais na organização.
Identificar, entre os colaboradores, diferentes
origens geográficas, diferentes bases de educação,
de religião, entre outros.
(ii) ANALISAR
O segundo passo é analisar em que consistem as
diferenças culturais na organização.
Analisar se as diferenças identificadas
anteriormente podem ter impacto na relação entre
os colaboradores.
(iii) GERIR
Por fim, o passo mais importante: gerir as
diferenças.
POR QUE É QUE É
DIFÍCIL?
GERIR
PESSOAS
POR QUE É QUE É
IMPORTANTE?
AS PESSOAS
SÃO A EMPRESA
GESTÃO INTERCULTURAL
OBJETIVOS GERAIS
• Reduzir mal-entendidos
• Evitar conflitos
• Melhorar as relações interpessoais
• Promover colaboração
• Aumentar a produtividade
Neste contexto, a gestão intercultural é vista como
uma gestão forma capaz de conhecer a existência de
diferentes culturas, integrar os valores sobre os quais essas
culturas no desempenho de diferentes funções
comerciais e combinar a sensibilidade cultural com
os imperativos estratégicos gerais.
À medida que o mundo se interliga e
a comunicação e
colaboração interculturais aumentam,
as organizações, de todo o tipo,
enfrentam o desafio de gerir a
diversidade.
QUE EMPRESAS
ESPECIFICAMENTE?
Grandes multinacionais ou
empresas que procuram ser
grandes empresas
multinacionais.
EMPRESAS QUE
RECRUTAM OS
MELHORES EM
TODO O MUNDO
O QUE PODEMOS
“TIRAR” DAQUI?
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO DAS TENDÊNCIAS
GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO DAS
TENDÊNCIAS
Nos anos 90 do século XX, a generalização do uso do
termo “globalização” correspondeu ao rápido e intenso
desenvolvimento das tecnologias de informação e
comunicação, bem como dos transportes, que acelerou as
trocas comerciais e culturais e aumentou a
interdependência entre os povos e os países.
Uma concepção liberal da economia, conduzindo à
eliminação progressiva das barreiras alfandegárias, também
contribuiu para essa redefinição do mundo.
GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO DAS
TENDÊNCIAS
Graças àqueles fatores, o mundo “encolheu”, tudo ficou mais
próximo de tudo, passámos a ser vizinhos dos locais mais
distantes, como se vivêssemos numa única aldeia global.
GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO DAS
TENDÊNCIAS
Todos os dias, ouvimos falar de globalização e nem sempre de
uma forma positiva.
A sua presença no nosso dia é incontornável: basta olharmos para
os países onde foram fabricados os objetos com que lidamos todos
os dias – com alguma facilidade, encontramos perto de nós
objetos feitos nos cinco continentes ou até objetos com
componentes feitos um pouco por todo o mundo.
GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO DAS
TENDÊNCIAS
Esquematicamente, podemos apresentar os seguintes
aspetos como caraterísticas da globalização, entre
outros:
•Instantaneidade da informação
•Multinacionalização das grandes empresas
•Migração de trabalhadores
GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO DAS
TENDÊNCIAS
Há dois fatores que permitem, facilitam e
acentuam este processo de contínua e crescente
globalização:
1. Transportes
2. Tecnologias de Informação e Comunicação
GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO DAS
TENDÊNCIAS
1. TRANSPORTES
Nunca na História da Humanidade foi tão fácil, tão
rápido e tão barato transportar pessoas e bens.
Esta mudança “encolheu” o mundo, tornou-o mais
pequeno.
GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO DAS
TENDÊNCIAS
2. TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO
Hoje, como nunca antes, é extremamente fácil e
incrivelmente barato comunicar com qualquer pessoa
em (quase) qualquer parte do mundo em tempo real
ou, pelo menos, com muita rapidez.
GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO DAS
TENDÊNCIAS
COMO SE MANIFESTA O PROCESSO
DE GLOBALIZAÇÃO?
São vários os fatores que contribuem para a
globalização. A começar, os avanços espetaculares
no domínio das tecnologias e infraestruturas das
telecomunicações.
A nível económico podemos sublinhar o desenvolvimento da
produção e comercialização de produtos intangíveis
baseados na informação e conhecimento, a multiplicação
da aquisição e fusão de empresas, aumentando o número
de empresas multinacionais, o desenvolvimento de
transportes mais rápidos e mais baratos.
COMO SE MANIFESTA O PROCESSO
DE GLOBALIZAÇÃO?
O termo “globalização” é associado com frequência às
atividades económicas que têm necessidade de expandir a
produção, captar novos mercados internacionais num
ambiente de feroz concorrência à escala global. São as
grandes empresas que, em geral, traçam estratégias e
investem para se expandirem pelos cinco continentes – as
multinacionais.
COMO SE MANIFESTA O PROCESSO
DE GLOBALIZAÇÃO?
Mas a globalização estendeu-se a todos os campos da vida
humana. Possui uma dimensão económica quando nos referimos
à aceleração das trocas de bens e serviços e ao movimento
das populações e uma dimensão cultural, onde assistimos ao
importante papel dos meios de comunicação e a fenómenos
de aculturação e multiculturalidade, enquanto efeitos do
processo de contágio entre culturas.
COMO SE MANIFESTA O PROCESSO
DE GLOBALIZAÇÃO?
A realidade globalizada significa que o mundo se tornou
uma única realidade sem fronteiras, um único espaço onde
se efetua um número incalculável de transações comerciais e
financeiras à velocidade da luz e onde coabitam todas as
etnias e culturas que constituem a Humanidade, um mosaico
colorido e dinâmico que reúne em si toda a sua diversidade
COMO SE MANIFESTA O PROCESSO
DE GLOBALIZAÇÃO?
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
ORIGENS E PROBLEMAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E
INTERCULTURAIS
ORIGENS E PROBLEMAS DAS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS E
INTERCULTURAIS
A globalização e os movimentos migratórios têm aumentado os contactos
interculturais na sociedade contemporânea, colocando novas questões às
relações interculturais, bem como à prevenção e gestão das tensões e
conflitos decorrentes da convivência e comunicação entre indivíduos e
grupos de culturas diferentes, da coabitação com a diversidade
cultural e da abertura de fronteiras.
A prevenção e a resolução das tensões e conflitos decorrentes dos
contactos interculturais são objeto de preocupação de vários
organismos internacionais, tais como a Organização das Nações
Unidas (ONU), a Organização de Cooperação e Desenvolvimento
Económico (OCDE), a Organização Internacional das Migrações
(OIM), entre outras.
ORIGENS E PROBLEMAS DAS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS E
INTERCULTURAIS
Estas questões colocam múltiplos desafios às estratégias e
políticas do século XXI, à comunicação e relações interculturais,
à cooperação transnacional, bem como aos profissionais que
trabalham nos vários setores de atividade, à gestão e
negociação dos conflitos e dos processos psicossociais inerentes
aos contactos interculturais.
ORIGENS E PROBLEMAS DAS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS E
INTERCULTURAIS
Estas problemáticas implicam um novo reposicionamento metodológico
ao nível da investigação, da formação e da intervenção, sendo
importante identificar conflitos e desenvolver
competências individuais, culturais e comunicacionais em
todos os que vivem na sociedade multicultural…
ORIGENS E PROBLEMAS DAS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS E
INTERCULTURAIS
...tendo como objetivo a gestão da complexidade das
relações entre pessoas e grupos de diferentes culturas,
ultrapassar os diferentes tipos de discriminações e
fronteiras e prevenir a violência e os conflitos interpessoais e
intergrupais, sobretudo de cariz intercultural.
ORIGENS E PROBLEMAS DAS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS E
INTERCULTURAIS
As dificuldades em conciliar na sociedade atual os princípios de
individualidade, de particularismo e de universalidade, em
reconhecer o outro como diferente, em interrogar-se sobre a sua
visão do mundo e as suas referências culturais, têm desencadeado
muitos conflitos e tensões.
ORIGENS E PROBLEMAS DAS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS E
INTERCULTURAIS
O Conselho da Europa acentua ser necessário prevenir
os perigos e conflitos que resultam da ausência
de competências para conviver e comunicar num
mundo global, plural e interdependente e, sobretudo,
numa Europa multicultural e interativa.
ORIGENS E PROBLEMAS DAS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS E
INTERCULTURAIS
Contudo, não é só importante desenvolver competências que permitem
aos indivíduos ultrapassar as dificuldades de interagir e comunicar em
contexto intercultural, mas, sobretudo, é necessário refletir sobre as
competências e atitudes que permitem uma melhor vivência e
gestão da experiência da diversidade cultural e das suas
contradições, complexidades e conflitualidades.
ORIGENS E PROBLEMAS DAS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS E
INTERCULTURAIS
Aprender a gerir a diversidade cultural constitui um enriquecimento
e uma necessidade das sociedades atuais e futuras para prevenir
os conflitos, sobretudo de natureza intercultural, para promover a
coabitação e o diálogo intercultural, para a afirmação das
identidades e dos direitos fundamentais, nomeadamente o direito à
diferença, bem como o direito de participação e de cidadania.
ORIGENS E PROBLEMAS DAS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS E
INTERCULTURAIS
A Convenção para a Proteção e Promoção da Diversidade das
Expressões Culturais, adotada em 2005 pela UNESCO (2001, 2005,
2007), traz contributos para a prevenção dos conflitos internacionais e
interculturais, constituindo o primeiro documento internacional com valor
jurídico a estatuir a importância da cultura e da diversidade cultural no
domínio das políticas culturais, mas também no âmbito da cooperação
internacional, das relações interculturais e dos direitos humanos.
ORIGENS E PROBLEMAS DAS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS E
INTERCULTURAIS
A Convenção da UNESCO concilia a defesa de duas
visões: a do universalismo, com a defesa dos valores
universais da paz, da solidariedade, da justiça e dos
direitos do Homem, e a do particularismo, defendendo a
liberdade de cada um expressar a sua cultura, decidir
as suas escolhas e afirmar a sua identidade.
ORIGENS E PROBLEMAS DAS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS E
INTERCULTURAIS
A diversidade cultural integra cada vez mais todos os
domínios da esfera pública e é reconhecida pela
UNESCO (2001), na Declaração Universal sobre a
Diversidade Cultural, artigo 3, como: Uma fonte de um
mundo mais rico e diversificado que alarga a
possibilidade de escolhas e fortalece as capacidades e
os valores humanos.
ORIGENS E PROBLEMAS DAS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS E
INTERCULTURAIS
A multiculturalidade, no sentido da coexistência numa
mesma sociedade de várias culturas e etnias distintas, e
o contacto intercultural, ou seja, o encontro de pessoas e
de grupos diferentes do ponto de vista cultural, étnico
ou linguístico, são elementos que caracterizam cada vez
mais o tecido social nacional e internacional.
ORIGENS E PROBLEMAS DAS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS E
INTERCULTURAIS
Na sociedade atual, existem novas configurações dos
percursos migratórios e da interculturalidade devido
a novos contextos sociais, familiares, demográficos,
ambientais, laborais e políticos, tais como: a
globalização; a urbanização; o envelhecimento
demográfico nos países desenvolvidos.
ORIGENS E PROBLEMAS DAS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS E
INTERCULTURAIS
Aprender a viver e a conviver com a diversidade
cultural e com os outros, minorias ou maiorias, é uma
exigência da sociedade contemporânea e relaciona-
se com um conjunto de experiências, vivências,
relações e saberes desde a infância e no decorrer
da existência.
ORIGENS E PROBLEMAS DAS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS E
INTERCULTURAIS
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
CULTURA
CULTURA
A cultura é o conjunto
de costumes, normas e
valores que um grupo
ou sociedade possui.
No âmbito da cultura, a Sociologia visa entender os
aspetos que o ser humano adquire ao longo do seu
contacto social. Esses aspetos são partilhados entre
os indivíduos que fazem parte de um grupo de
convívio específico e refletem, especificamente, a
realidade social desses sujeitos.
CULTURA
Algumas características, como a linguagem, valores ou
modos de se vestir em ocasiões específicas,
possibilitam a cooperação e a comunicação entre
aqueles que partilham uma mesma cultura.
Isso quer dizer que o conceito de cultura está
intimamente ligado ao conceito de sociedade.
CULTURA
Assim, podemos afirmar que:
Uma cultura não pode existir fora de
uma sociedade e, da mesma maneira,
uma sociedade existe sem uma cultura
própria.
CULTURA
Ao falarmos de culturas, pode-se fazer referência
tanto a aspetos materiais como
imateriais.
CULTURA
Materiais
Objetos que podem servir como símbolos ou as
ferramentas e os meios tecnológicos que um
grupo possui.
CULTURA
MATERIAIS
CULTURA
Imateriais
Crenças religiosas, valores ou ideias.
Estes aspetos constroem a realidade social entre
aqueles que a integram, dando forma às relações e
estabelecendo valores e normas.
CULTURA
IMATERIAIS
CULTURA
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
COMPONENTES DE UMA CULTURA NACIONAL
COMPONENTES DE UMA CULTURA
NACIONAL
Se a cultura é definida como “tudo o que o homem faz, diz ou
pensa”, pode-se determinar que os componentes culturais estão
claramente sujeitos às ações do homem e dos seus pares num
determinado espaço físico, que será desenvolvido e marcado na
sua identidade cada vez mais claramente.
Para o Homem, a comunicação não é possível sem o uso da
linguagem, verbal e não verbal.
Desde que o Homem teve a capacidade de se comunicar entre
iguais, os primeiros componentes culturais começaram a
desenvolver-se.
COMPONENTES DE UMA CULTURA
NACIONAL
O espaço físico onde o homem decidiu estabelecer-se
também influencia muito o desenvolvimento cultural das
primeiras sociedades.
COMPONENTES DE UMA CULTURA
NACIONAL
Alguns dos principais componentes culturais:
•Crenças e Religião
•Sistema político
•Gastronomia
•Símbolos patrióticos
COMPONENTES DE UMA CULTURA
NACIONAL
História e costumes
A história é uma parte fundamental da identidade de uma
sociedade; É saber de onde eles vêm e como se tornaram o
que são agora.
O nível de raízes de uma cultura pode depender em grande
parte do senso de identidade que eles têm com a sua própria
história.
COMPONENTES DE UMA CULTURA
NACIONAL
Da história e das gerações, surgem costumes e tradições:
práticas que continuam até hoje (algumas com maior
integridade que outras) e que mantêm certos valores vivos
num ambiente étnico e social.
Essas tradições geralmente têm a forma de celebrações
religiosas ou pagãs, com diferenças regionais dentro da
mesma nação.
COMPONENTES DE UMA CULTURA
NACIONAL
Práticas artísticas e conjunto de conhecimentos
Música, artes plásticas, literatura, cinema e teatro são formas
expressivas que podem fornecer uma perceção bastante clara
da identidade de uma sociedade; Não apenas isso, mas eles
também podem fornecer uma abordagem para os problemas
que enfrentam no presente, como eles olham para o resto do
mundo e como o mundo os percebe.
COMPONENTES DE UMA CULTURA
NACIONAL
Hoje, muitas nações investem na produção artística para
garantir um registo cultural e de identidade imperecível. Da
mesma forma, a arte sempre serviu como uma alternativa
crítica em períodos de crise e opressão na História.
COMPONENTES DE UMA CULTURA
NACIONAL
O idioma e o dialeto
Como mencionado no início, a língua é uma parte
fundamental da cultura em geral, e disso não apenas as
línguas existentes até hoje, mas os dialetos e
coloquialismos que nascem em cada ambiente em que é
falada.
COMPONENTES DE UMA CULTURA
NACIONAL
Esse componente é de grande importância e é o que
distingue, por exemplo, que o inglês (o seu sotaque e as
suas expressões) é tão diferente nos Estados Unidos,
Inglaterra, Irlanda e Nova Zelândia; bem como as
diferentes variantes de espanhol existentes na América
Latina em comparação com a Espanha.
COMPONENTES DE UMA CULTURA
NACIONAL
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
DIFERENÇAS CULTURAIS
DIFERENÇAS CULTURAIS
Em sociologia, diversidade cultural diz respeito à existência de
uma grande variedade de culturas antrópicas. Refere-se à
inclusão de diferentes perspetivas culturais numa uma
organização ou sociedade.
Há vários tipos de manifestações culturais que nos revelam
essa variedade, tais como:
a linguagem, comida, vestuário, religião e outras tradições
como a organização da sociedade.
A diversidade cultural é algo associado à dinâmica do
processo aceitativo da sociedade.
Pessoas que por algumas razões decidem pautar as suas
vidas por normas pré-estabelecidas tendem a esquecer as
suas próprias idiossincrasias (mistura de culturas).
DIFERENÇAS CULTURAIS
Em outras palavras, o todo vigente impõe-se às
necessidades individuais.
O denominado "status quo" deflagra natural e
espontaneamente, e como diria Hegel, num processo
dialético, a adequação significativa do ser ao meio.
A cultura insere o indivíduo num meio social.
DIFERENÇAS CULTURAIS
O termo Diversidade diz respeito à variedade e
convivência de ideias, características ou elementos
diferentes entre si, num determinado assunto, situação
ou ambiente.
Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) é um
termo com várias acepções, em diferentes níveis de
profundidade e diferente capacidade de agir.
DIFERENÇAS CULTURAIS
São práticas e ações sociais que seguem um
padrão determinado no espaço/tempo.
Refere-se a crenças, comportamentos, valores,
instituições, regras morais que permeiam e
"preenchem" a sociedade.
DIFERENÇAS CULTURAIS
A ideia de diversidade está ligada aos conceitos
de pluralidade, multiplicidade, diferentes ângulos de visão
ou de abordagem, heterogeneidade e variedade. E,
muitas vezes, também, pode ser encontrada na comunhão
de contrários, na interseção de diferenças, ou ainda, na
tolerância mútua.
DIFERENÇAS CULTURAIS
A diversidade cultural é complicada de
quantificar, mas uma boa indicação é pensar
numa contagem do número de línguas faladas
em uma região ou no mundo como um todo.
DIFERENÇAS CULTURAIS
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
A CULTURA E A COMUNICAÇÃO
A CULTURA E A COMUNICAÇÃO
O modo como as empresas olham cada vez
mais para o mundo como o seu mercado
potencial faz com que o sucesso dos negócios
internacionais dependa em grande medida da
eficácia da comunicação em contexto
intercultural.
Estudar e relacionar a comunicação intercultural e a
comunicação empresarial faz por isso muito sentido.
O que distingue a comunicação intercultural de outros
tipos de comunicação é a interacção entre pessoas
percebidas como diferentes de nós.
A CULTURA E A COMUNICAÇÃO
Ao entender melhor a nossa cultura, a encontrar e a
perceber as diferenças em relação às outras, a
antecipar os riscos e as formas de minimizar o seu
impacto, tornamo-nos comunicadores interculturais mais
eficazes e, como consequência, obtemos melhores
resultados.
A CULTURA E A COMUNICAÇÃO
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
A CULTURA E A ORGANIZAÇÃO
A CULTURA E A ORGANIZAÇÃO
Cultura Organizacional é a essência da empresa,
ou seja, o conjunto de hábitos e valores que todos
partilham.
É a cultura que vai definir o perfil de quem será
contratado, vai definir quem vai querer ficar e
fazer parte da equipa, ou não.
Ter uma cultura empresarial forte não significa ser uma
empresa colorida como a Google, por exemplo.
Mas sim estar ciente do que guia cada estratégia e
divulgar isso corretamente para todos os envolvidos.
A CULTURA E A ORGANIZAÇÃO
Cada vez mais, possuir uma cultura consolidada se torna
essencial para as organizações. A forma como ela é
comunicada e se apresenta no dia a dia dos
colaboradores é que faz a diferença.
A CULTURA E A ORGANIZAÇÃO
A cultura organizacional possui algumas
características citadas por pesquisadores da área e
que ajudam a entender melhor como ela é formada.
Mas quais são elas?
A CULTURA E A ORGANIZAÇÃO
Algumas características principais:
• Inovação
• Atenção aos detalhes
• Orientação para os resultados
• Orientação para as pessoas
• Orientação para as equipas
• Agressividade e estabilidade
A CULTURA E A ORGANIZAÇÃO
Então, será possível identificar a cultura de uma
organização, analisando a forma como os
colaboradores percebem essas características.
Por exemplo, avalia-se a importância e o quanto se
investe em cada uma delas.
A CULTURA E A ORGANIZAÇÃO
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
A CULTURA E A ESTRATÉGIA
A CULTURA E A ESTRATÉGIA
Decorrente do seu grau de importância, a cultura
organizacional pode acabar com toda a
estratégia se não estiver corretamente alinhada com o que é
projetado para o futuro da empresa.
A cultura de uma empresa
tem impacto no seu sucesso?
A CULTURA E A ESTRATÉGIA
A cultura de uma organização é mais
robusta se estiver assente num
propósito de existência, no “porquê”
da organização existir.
A CULTURA E A ESTRATÉGIA
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
ATITUDES PADRÃO FACE A CONFLITOS E REGRAS
ATITUDES PADRÃO FACE A CONFLITOS E
REGRAS
Contexto
Conflitos fazem parte da natureza humana. Podem ser de
personalidade, interesses ou valores.
Garantia: todos têm origem em diferenças.
Gestão de conflitos é o conjunto de métodos e processos práticos que
procuram gerir situações conflituosas.
Como já vimos…
A gestão intercultural procura (i) identificar, (ii)
analisar e (iii) gerir.
ATITUDES PADRÃO FACE A CONFLITOS E
REGRAS
A primeira etapa da última fase (gestão de
conflitos) é apurar os factos sobre o evento:
1. Investigar a natureza e origem do conflito e
identificar os envolvidos.
ATITUDES PADRÃO FACE A CONFLITOS E
REGRAS
2. Escutar
Em seguida, é preciso conversar individualmente ou
em grupo para ouvir todas as versões da história.
ATITUDES PADRÃO FACE A CONFLITOS E
REGRAS
ATITUDES PADRÃO FACE A CONFLITOS E
REGRAS
Individualmente vs
grupo?
3. Pensamento crítico
Depois de ouvir todas as partes, será preciso analisar as
informações de forma imparcial.
3.1. Identificar possíveis mal-entendidos ou ruídos na
comunicação entre as partes.
ATITUDES PADRÃO FACE A CONFLITOS E
REGRAS
4. Negociação
Dependendo do conflito, pode exigir uma etapa de negociação que envolve o
desenho de possíveis soluções para o conflito.
Exige uma conversa em conjunto, mediada por alguém com autoridade.
O diálogo deve servir para esclarecer as perceções de ambas as partes com
objetivo de cada parte compreender o ponto de vista e necessidades de cada um.
ATITUDES PADRÃO FACE A CONFLITOS E
REGRAS
5. Resolução
Finalmente, o mediador deve orientar a criação de propostas de solução de forma
colaborativa, considerando todas as partes.
Muitas vezes, uma das partes (ou todas) terá que abrir mão de alguma exigência. Se
esse for o caso, é preciso certificar-se de que os envolvidos estão cientes e de acordo
com isso, comprometendo-se com a solução.
ATITUDES PADRÃO FACE A CONFLITOS E
REGRAS
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
MAL-ENTENDIDOS E CONFLITOS INTERCULTURAIS
MAL-ENTENDIDOS E CONFLITOS
INTERCULTURAIS
O processo de globalização tende, aparentemente, a atenuar as diferenças culturais,
mas não as anula e as que persistem podem ser fonte de mal-entendidos.
Um mal-entendido cultural é um conflito de comunicação (aberto ou latente), provocado
pelo facto de os interlocutores serem oriundos de culturas diferentes e,
consequentemente, terem diferentes valores, hábitos e códigos de conduta.
Recomendação:
Procurar informação sobre a outra parte.
Antes de abordar um interlocutor estrangeiro, informar-se sobre a
história do seu país, sobre a religião praticada pela maioria da
população e sobre os seus grandes valores, regras de educação,
interdições e tabus.
MAL-ENTENDIDOS E CONFLITOS
INTERCULTURAIS
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
IMAGENS MENTAIS DAS ORGANIZAÇÕES
IMAGENS MENTAIS DAS
ORGANIZAÇÕES
A imagem que uma organização tem perante os seus clientes, parceiros e
sociedade em geral é cada vez mais um elemento vital para o seu sucesso e
sobrevivência a longo prazo.
É a imagem que cria um capital de confiança junto dos seus públicos.
Estabilidade, confiança, solidez, honestidade e competência são alguns dos
atributos que as organizações devem procurar que a sua imagem possua.
Tem de se adaptar à conjuntura politica, social e económica,
em permanente mudança, mas devendo
ser percebida pelos seus diferentes públicos de um
modo coerente.
IMAGENS MENTAIS DAS
ORGANIZAÇÕES
Como contributo para a construção de uma imagem das organizações,
podem ser considerados diferentes tipos de elementos:
• Elementos humanos - as pessoas que trabalham numa organização
e os seus comportamentos)
• Elementos materiais – instalações ou equipamentos
• Elementos psicossociológicos - políticas de pessoal ou comerciais
• Elementos visuais – o próprio produto e o branding (marca) associado
IMAGENS MENTAIS DAS
ORGANIZAÇÕES
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
RELAÇÃO COM O TEMPO E PONTUALIDADE
RELAÇÃO COM O TEMPO E PONTUALIDADE
O tema da pontualidade é relativamente discutível entre
pessoas de diferentes culturas.
Nos livros de etiqueta e protocolo, a pontualidade é sempre
apontada como uma das mais importantes características.
Mas…
A importância da pontualidade varia muito de cultura para
cultura.
Cada país tem os seus próprios códigos em relação ao que é adequado em
termos de pontualidade, prazos e outros aspectos que envolvem o factor
tempo.
Se a falta de pontualidade em certos países é considerada uma ofensa
(Inglaterra, Alemanha, China ou Japão, entre outros)…
RELAÇÃO COM O TEMPO E PONTUALIDADE
…Outros países são mais “flexíveis” e “tolerantes” a atrasos
(países latinos, por exemplo)
Deve ser considerado
uma ofensa?
RELAÇÃO COM O TEMPO E PONTUALIDADE
O objetivo não é insultar e não é necessariamente por
desrespeito pela outra parte mas no meio profissional a
pontualidade é um fator fundamental e se não for
cumprida (eventualmente com tolerância de alguns
minutos) pode ser interpretada como desrespeito e falta
de consideração pela outra parte.
RELAÇÃO COM O TEMPO E PONTUALIDADE
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
RELAÇÃO COM A AUTORIDADE
RELAÇÃO COM AUTORIDADE
A distância do poder refere-se à relação entre indivíduos de
escalão superior e inferior que depende de como estes últimos
reagem aos primeiros.
É um conceito usado nos estudos culturais para compreender a
relação entre indivíduos com poder variável, os efeitos e suas
percepções.
O Índice de Distância do Poder (Power Distance Index, em inglês) é
uma ferramenta para medir a aceitação de poder estabelecida
entre os indivíduos com mais e aqueles com menos poder.
Descreve como os membros menos poderosos de uma sociedade
aceitam e esperam certa desigualdade de poder.
RELAÇÃO COM AUTORIDADE
Índice de Distância do Poder ALTO
Os membros de sociedades com alto índice de distância do
poder tendem a não questionar aqueles que estão em níveis
mais altos de poder.
Além disso, esperam que os membros mais poderosos lhes
sirvam de guias para seu trabalho.
RELAÇÃO COM AUTORIDADE
Índice de Distância do Poder ALTO
Que sociedades têm tipicamente o PDI mais elevado?
Sociedades da Ásia, Europa Oriental, América Latina e
África.
RELAÇÃO COM AUTORIDADE
Índice de Distância do Poder BAIXO
Em culturas com baixo índice de Distância do Poder, as
pessoas têm poder igual entre os seus membros, e avançar
para um status mais elevado (através de educação,
emprego, renda, etc.) é possível.
RELAÇÃO COM AUTORIDADE
Índice de Distância do Poder BAIXO
Que sociedades têm tipicamente o PDI mais baixo?
Algumas culturas nacionais com baixo índice de distância
do poder são: os países nórdicos, Nova Zelândia e
Austrália
RELAÇÃO COM AUTORIDADE
RELAÇÃO COM AUTORIDADE
Baixo Índice de Distância do Poder Alto Índice de Distância do Poder
A desigualdade é minimizada. A desigualdade é aceite.
Os Superiores são acessíveis. Todos têm os mesmos
direitos.
Os superiores são inacessíveis. Quem tem poder tem
privilégios.
Mudanças ocorrem por meio de uma evolução
natural.
A mudança acontece através de revoluções.
As crianças são tratadas com igualdade. As crianças aprendem a obedecer cegamente.
Como estará
PORTUGAL?
RELAÇÃO COM AUTORIDADE
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
RELAÇÃO COM O DESCONHECIDO E A AMBIGUIDADE
Uma das competências interculturais é a “abertura” que se
traduz em duas dimensões:
respeito pelo outro
E
tolerância relativa à ambiguidade.
RELAÇÃO COM O DESCONHECIDO
E A AMBIGUIDADE
O respeito pelo outro constitui o alicerce das competências
interculturais, articulando-se com a capacidade de descentrar, isto é,
abertura de uma pessoa para relativizar os seus próprios
valores, crenças e comportamentos, assumindo que não são os
únicos nem necessariamente os mais correctos.
RELAÇÃO COM O DESCONHECIDO
E A AMBIGUIDADE
• A tolerância relativa à ambiguidade consiste na
capacidade de encarar a ambiguidade, intrínseca a todo o encontro
intercultural, não como uma barreira à comunicação, mas como um
desafio, construindo estratégias de superação da ambiguidade de
forma a minimizar o impacto da mesma.
RELAÇÃO COM O DESCONHECIDO
E A AMBIGUIDADE
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
COMPETIÇÃO VERSUS COOPERAÇÃO
COMPETIÇÃO VERSUS COOPERAÇÃO
Fazer parte de um grupo automaticamente desperta a
cooperação entre os participantes.
Todos conhecemos histórias de atos de união entre grupos, sejam
eles, taxistas, motociclistas, entre outros.
Se exagerarmos na cooperação, o máximo que pode acontecer é
ficarmos sempre no mesmo lugar, ou seja, não vamos evoluir dentro
do próprio grupo, porém, isso não nos destrói ou tira da equipa,
pelo contrário, todos querem mais e mais pessoas que não pensem
em sair do grupo...
COMPETIÇÃO VERSUS COOPERAÇÃO
Por outro lado, a competitividade pode destruir-nos, e
afastar-nos das pessoas que integram o nosso grupo,
excluir-nos das divisões tão importantes.
COMPETIÇÃO VERSUS COOPERAÇÃO
O lado perigoso está no facto do ser humano poder ficar cego
como a vontade de vencer... Tornar-se até mesmo cruel com os seus
companheiros, perdendo totalmente o senso de grupo.
Equilíbrio, é o que todos procuramos, o que é fácil de querer e
muito complexo conseguir.
COMPETIÇÃO VERSUS COOPERAÇÃO
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
“EU” VERSUS “NÓS”
EU VERSUS NÓS
A tendência habitual das pessoas, perante a ameaça e o
desconhecido, é focarem-se sobre si próprias… Como
posso sobreviver? Como posso evitar a ameaça? Como
posso defender-me e proteger o que é meu? Como posso
mitigar os receios que o desconhecido e o imprevisto me
causam?
Fechamo-nos sobre nós mesmos e procuramos agregar as
forças, argumentos e justificações que usaremos para
mitigar ou superar a ameaça que enfrentamos. Embora
estas reações sejam naturais, não me parece que sejam as
mais adequadas em termos de gestão, quer do próprio
quer da organização.
EU VERSUS NÓS
Num ambiente organizacional devemos optar por potenciar o
“Nós” e refrear o “Eu”. Desta forma, tornaremos as nossas
organizações mais fortes, mais resilientes e mais robustas. Para
além disso, e não menos importante, potenciar o “Nós” e
refrear o “Eu” fará de nós pessoas mais solidárias e atentas ao
Próximo.
EU VERSUS NÓS
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE
SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
Modelo criado por Milton Bennett que mostra como são as reações das
pessoas quando se deparam com diferenças culturais.
Bennett percebeu que existem padrões na forma como as
pessoas lidam com diferenças culturais.
Definiu 6 etapas que estão em 3 estágios definidos como cognitivos,
afetivos e comportamentais.
MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE
SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
Conceitos
ETNOCENTRISMO
• Visão ou forma de pensamento de quem crê na supremacia do seu grupo
étnico ou da sua nacionalidade (Priberam)
• Tendência a observar o mundo desde a perspetiva particular do povo e
cultura a que se pertence (Wikipedia)
MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE
SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
Conceitos
ETNORELATIVO (Relativismo cultural)
• Princípio que afirma que todos os sistemas culturais são intrinsecamente iguais
em valor, e que os aspetos característicos de cada um têm de ser avaliados e
explicados dentro do contexto do sistema em que aparecem. (Porto Editora)
MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE
SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
ETAPAS COGNITIVAS
1. NEGAÇÃO
Para mim não existem diferenças.
Quem está nesta etapa, não pensa que podem haver diferenças culturais.
Sabem como são feitas as coisas na sua cultura e pensa que nas culturas
funciona da mesma forma.
Não demonstra interesse por outras culturas porque “não há diferenças”.
MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE
SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
ETAPAS COGNITIVAS
2. DEFESA
Eu vejo que há diferenças e acho que a minha cultura é melhor.
Eu vejo que há diferenças e acho que a outra cultura é melhor.
MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE
SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
ETAPAS COGNITIVAS
2. DEFESA
Existem duas formas de Defesa:
• A forma em que a pessoa pensa que, em geral, "nós" somos melhores que
"eles";
• O inverso, em que a pessoa admira tanto outra cultura que pensa que , em
geral, "eles" são melhores que "nós".
MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE
SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
ETAPAS AFETIVAS
3. MINIMIZAÇÃO
As diferenças são irrelevantes.
Aqui, as pessoas acreditam que todos são semelhantes, uma vez que todos
somos humanos. As diferenças culturais não importam, o que realmente é
relevante é nossa semelhança, pois temos necessidades iguais.
MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE
SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
ETAPAS AFETIVAS
4. ACEITAÇÃO
Reconheço e respeito as diferenças.
Nesta fase, reconhecer que existem diferenças significativas entre culturas
distintas está muito presente.
A lógica é aceitar e respeitar as diferenças.
MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE
SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
ETAPAS COMPORTAMENTAIS
5. ADAPTAÇÃO
Estou habituado a diferenças e semelhanças.
Adaptação representa para as pessoas uma maneira eficiente de lidar com as
diferenças culturais.
Nesta fase, existe uma adaptação para comunicar-se e relacionar-se.
MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE
SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
ETAPAS COMPORTAMENTAIS
6. INTEGRAÇÃO
Consigo integrar-me na outra cultura.
Nesta etapa, a pessoa está totalmente confortável com as diferenças culturais
e é capaz de tomar um decisão lógica dependendo do contexto.
MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE
SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
CULTURA ORGANIZACIONAL E PRÁTICAS DE
GESTÃO EM DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
CULTURA ORGANIZACIONAL E PRÁTICAS DE
GESTÃO EM DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
A cultura organizacional de uma empresa (também chamada de cultura
empresarial) é o conceito que define a forma com que a organização
conduz os seus negócios e em como trata os seus clientes e
parceiros.
E, nisso, envolve práticas, políticas e comportamentos que são reflexo da
cultura.
Por exemplo, uma empresa de cosméticos que adota a
política de não fazer testes em animais inclui essa prática na
sua cultura organizacional.
Até mesmo normas simples do dia a dia, como a existência ou
não de um dress code, são parte do conjunto de práticas que
formam a essência da organização.
CULTURA ORGANIZACIONAL E PRÁTICAS DE
GESTÃO EM DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
Um grande desafio, nesse sentido, é tirar do papel
e colocar em prática.
Os comportamentos e valores desejados, quase
sempre, são previstos em cartas de intenção ou
planos para cultura organizacional, mas nem
sempre eles se incorporam ao dia a dia.
CULTURA ORGANIZACIONAL E PRÁTICAS DE
GESTÃO EM DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
A cultura organizacional de uma empresa precisa ser
pensada a partir de pontos essenciais comuns. Esses pontos
são importantes para concretizar a cultura empresarial.
Além disso, é um método eficiente para encontrar a missão,
os valores e os objetivos da empresa.
CULTURA ORGANIZACIONAL E PRÁTICAS DE
GESTÃO EM DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
Os principais pontos a serem considerados são:
•Crenças da empresa: são definidas a partir da
convivência das pessoas em grupo;
•Valores organizacionais: considerando-se o peso que
cada coisa tem dentro da organização;
CULTURA ORGANIZACIONAL E PRÁTICAS DE
GESTÃO EM DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
•Costumes a serem exercidos: considerando que eles são a
materialização dos valores e crenças;
•Ritos e atividades: são desenvolvidas com frequência visando o
aperfeiçoamento;
•Cerimónias realizadas: formal e informalmente, pelos membros
da empresa.
CULTURA ORGANIZACIONAL E PRÁTICAS DE
GESTÃO EM DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
Essas características são avaliadas a partir da realidade de
cada empresa.
De nada adianta criar uma cultura organizacional que não tem
nenhuma identificação com as características identificáveis
dentro da empresa.
Este é um ponto essencial: a cultura empresarial é espelho da
empresa.
CULTURA ORGANIZACIONAL E PRÁTICAS DE
GESTÃO EM DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
Por isso, as características são tão importantes. Por mais
que elas sejam voltadas para diferentes tipos de
organizações, são moldadas a partir da experiência
individual de cada empresa.
CULTURA ORGANIZACIONAL E PRÁTICAS DE
GESTÃO EM DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
ETIQUETA E PROTOCOLO EMPRESARIAL
ETIQUETA E PROTOCOLO EMPRESARIAL
O protocolo é definido pelo conjunto de regras que
presidem às cerimónias civis, militares ou religiosas. Regras
estas que exigem especificidades de acordo com o contexto
e que implicam o conhecimento e aplicação da ciência ética,
para corretamente e passo a passo se aplicarem as normas
adequadas.
“Sem o protocolo, todas as receções oficiais e ocasiões de
encontro entre personalidades políticas, culturais, económicas –
que são ou que acreditam ser – seriam ocasiões de disputas
incessantes”
(Pierre Lascoumes)
ETIQUETA E PROTOCOLO EMPRESARIAL
A etiqueta é o conjunto de boas
maneiras que resultam no
comportamento das pessoas.
ETIQUETA E PROTOCOLO EMPRESARIAL
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
ESPECIFICIDADES DAS RELAÇÕES LABORAIS
NAS DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
ESPECIFICIDADES DAS RELAÇÕES LABORAIS
NAS DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
Anualmente, são inúmeras as horas que passamos com os nossos
colegas de trabalho, logo é essencial que tenhamos uma boa
relação de convivência, para que possamos ter um bom ambiente
de trabalho.
Quando estamos no trabalho, devemos adaptar o nosso
comportamento ao meio e a personalidade daqueles que
connosco trabalham.
É igualmente importante ter presente que a qualidade dos
relacionamentos reflete-se, inevitavelmente, nas relações que
estabelecemos com o cliente externo.
Onde houver conflituosidade e excesso de competitividade, a
qualidade do atendimento e a produtividade jamais poderão
atingir níveis satisfatórios.
ESPECIFICIDADES DAS RELAÇÕES LABORAIS
NAS DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
Recomendações para um ambiente de trabalho favorável:
•Conversar com os seus colegas; não há nada mais inspirador do
que uma saudação honesta;
• Ser prestável.
ESPECIFICIDADES DAS RELAÇÕES LABORAIS
NAS DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
•Tratar os colegas com sinceridade e, se possível, de forma
cordial;
•Manifestar interesse pelos seus colegas;
•Ser generoso a elogiar e cauteloso a criticar;
•Escutar e valorizar a opinião dos colegas
ESPECIFICIDADES DAS RELAÇÕES LABORAIS
NAS DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
COMUNICAÇÃO EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
COMUNICAÇÃO EM CONTEXTO INTERCULTURAL
A comunicação intercultural baseia-se na consciência de
que as diferenças culturais influenciam no processo de
comunicação e nos resultados obtidos; tal competência
permite compreender as distinções entre culturas numa
abordagem positiva.
Consiste no conjunto de interações entre pessoas de
origens culturais distintas, que usam da linguagem, dos
recursos não verbais e dos relacionamentos espaciais
para mediar, partilhar e negociar as suas diferenças
culturais.
COMUNICAÇÃO EM CONTEXTO INTERCULTURAL
O contexto de trabalho cria uma interação social mediada pela
obrigatoriedade, construindo convivências que não se
fundamentam na afinidade em muitos dos casos.
Os conflitos surgem das diferenças de valores e normas de
comportamento herdados de diferentes culturas, cujo choque
gera reações emocionais e defensivas.
COMUNICAÇÃO EM CONTEXTO INTERCULTURAL
Com o desenvolvimento da comunicação intercultural nas empresas, os
indivíduos passam a responder a situações de conflito não baseados nos
seus padrões pessoais, mas em orientações comportamentais baseadas em
características culturais.
Tornam-se, assim, mais dispostos a interpretar comportamentos sob outro
ponto de vista, a adaptar as suas respostas para negociar
desentendimentos e a lidar com emoções negativas com menos explosão e
mais compreensão.
COMUNICAÇÃO EM CONTEXTO INTERCULTURAL
Nesta abordagem, as diferenças culturais na dinâmica de trabalho
deixam de ser fonte de conflito e passam a funcionar como estrutura
para avaliar e interpretar os comportamentos próprios e do outro.
A consequência direta está na construção de um ambiente muito mais
saudável para gestores e colaboradores desempenharem suas funções.
COMUNICAÇÃO EM CONTEXTO INTERCULTURAL
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
LIDERANÇA EM CONTEXTO INTERCULTURAL
LIDERANÇA EM CONTEXTO INTERCULTURAL
Um aspeto relevante é que a liderança possua competências que
contribuam para uma gestão intercultural, sendo algumas delas:
Curiosidade em conhecer pessoas e culturas diferentes;
Resiliência para uma rápida recuperação e tranquilidade diante de
incertezas;
Capacidade para desenvolver e promover relacionamentos entre as
pessoas de diferentes culturas;
Capacidade de entender perspetivas e aceitar maneiras diferentes
de fazer as coisas;
Respeito com as abordagens e os valores dos outros, ter a mente
aberta;
LIDERANÇA EM CONTEXTO INTERCULTURAL
Quando se tem uma cultura voltada para relacionamentos,
trabalhar gestão intercultural torna-se mais fácil, dado que, é
necessário apenas 3 reações para a realização da gestão, sendo
elas:
Da sua maneira, da minha maneira e da nossa maneira.
LIDERANÇA EM CONTEXTO INTERCULTURAL
Na primeira reação, a adaptação é necessária para
conciliar os comportamentos e práticas com as expectativas da
cultura local, e isso costuma envolver normas e padrões;
LIDERANÇA EM CONTEXTO INTERCULTURAL
Na segunda reação é necessário minimizar os impactos das
diferentes culturas, promovendo ações que viabilizem discussões em
equipas, com o objetivo de desenvolver e construir relacionamentos
positivos para o crescimento da organização;
LIDERANÇA EM CONTEXTO INTERCULTURAL
Na terceira reação, a promoção de integração cultural é de
extrema relevância, dado que, com isso é possível combinar as
crenças e práticas da equipa, relevantes para a criação de uma
nova norma, uma nova abordagem e colocar em prática a melhor
realização de uma determinada ação.
LIDERANÇA EM CONTEXTO INTERCULTURAL
GESTÃO E COMUNICAÇÃO
INTERCULTURAL
GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
O Inventário de Estilos de Conflitos Interculturais (ICS) desenvolvido
por Mitch Hammer pode ser utilizado para inúmeras propostas e
pode contribuir com nossos esforços no AFS uma vez que está
relacionado à resolução de conflitos entre pessoas de diferentes
contextos culturais e que abordam conflitos de maneiras distintas.
A ferramenta também pode ser útil em relação à gestão do stress e
ansiedade em conflitos interculturais, comunicando apropriadamente
e melhorando relações com pessoas de culturas diferentes da sua e
auxiliando na mediação de conflito entre outras pessoas.
GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
O modelo de Estilos de Conflitos Interculturais (ICS) mede a abordagem
pessoal à conflitos dentro de dois eixos:
1. Direto/Indireto (D/I), que avalia a preferência pessoal em escolher
uma abordagem mais direta ou indireta em resposta a um conflito, e
2. Emocionalmente Expressivo/Contido (E/C), que avalia o grau da forma
como cada indivíduo prefere lidar com conflitos: expressando ou
contendo as emoções.
GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
1. Discussão
Ema abordagem mais direta para lidar com áreas de desacordo e
um discurso emocionalmente mais contido e controlado. As expressões
mais intensas e com emoções são vistas como potencialmente
perigosas e inibidoras para processos eficazes de resolução de
conflitos por pessoas que possuem este estilo
GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
2. Colaboração
Uma abordagem também direta verbalmente, juntamente com um
comportamento emocional expressivo.
Este estilo tende a ver a sinceridade de cada uma das partes como positiva
durante a dinâmica de conflito e tende a ser um estilo mais confortável do
que o estilo de discussão já que as divergências esperadas e trabalhadas
em conjunto.
GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
3. Acomodação
Uma abordagem para a resolução de conflitos mais indireta para
lidar com áreas de desacordo e de forma mais emocionalmente
contida ou controlada (sem usar as emoções).
Este estilo enfatiza ambiguidade e rodeios no uso da linguagem, com
o objetivo de prevenir que o conflito aumente.
GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
4. Dinâmico
Engloba o uso de estratégias indiretas para lidar com conflitos,
juntamente com expressões emocionalmente intensas.
São comuns neste estilo uso de hipérboles, repetição de uma
mensagem, ambiguidade, juntamente com um discurso mais emocional
e expressivo.
GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
Diferenças entre países.
Por exemplo, os padrões culturais dos norte-americanos (EUA,
Canadá) estão predominantemente dentro do Estilo de Discussão, os
padrões europeus normalmente se localizam no Estilo Discussão e/ou
Colaboração, e os padrões à conflito das américas central e latina
podem ser encontrados nos Estilos Acomodação e Colaboração.
GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
Padrões culturais asiáticos encontram-se principalmente em
Acomodação (e.g. Japão, China).
Os padrões culturais para resolução de conflitos dos países árabes do
Médio Oriente encontram-se no Estilo Dinâmico e os padrões israelitas
podem ser representados pelo Estilo Colaboração.
GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
A diversidade cultural e consequentemente a
comunicação multicultural, colocam desafios às
empresas no processo de gestão das equipas.
GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
Esta implica um novo reposicionamento metodológico,
epistemológico e ético ao nível empresarial, mas também de
intervenção no domínio das relações interculturais, sendo
importante conhecer contextos, identificar conflitos e
desenvolver competências em todos os que vivem na
sociedade multicultural.
GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
Atualmente, uma quantidade crescente de equipas
multiculturais trabalha em empresas com atividade
internacional.
A questão do trabalho em equipa em si não é nova, mas, no
que diz respeito ao aumento do multiculturalismo, há fatores
adicionais, mudanças e desafios envolvidos na dinâmica do
trabalho em equipa.
GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO
INTERCULTURAL
CONTACTOS
• Rui Pinto
• rui.pinto@deltasolucoes.com
• https://www.linkedin.com/in/rui-pinto-delta-solucoes/

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Gestão e Comunicação Intercultural

  • 2.
  • 3. OBJETIVOS DO MÓDULO • Reconhecer a importância da cultura nas práticas de gestão e na atividade de comércio internacional. • Analisar as consequências que as diferenças culturais causam ao nível da comunicação e gestão num ambiente multicultural. • Gerir a comunicação e o relacionamento intercultural de uma forma eficaz num contexto de negócios multicultural.
  • 4. CONTEÚDOS • Introdução à gestão intercultural • Conceito de gestão intercultural • Globalização e mundialização das tendências • Origens e problemas das relações internacionais e interculturais • Cultura • Conceito • Componentes de uma cultura nacional • Diferenças culturais • A cultura e a comunicação • A cultura e a organização • A cultura e a estratégia • Consequências e implicações das diferenças culturais • Modelos e padrões de comunicação • Atitudes padrão face a conflitos e regras • Mal-entendidos e conflitos interculturais • Imagens mentais das organizações • Relação com o tempo e pontualidade • Relação com autoridade • Relação com o desconhecido e a ambiguidade • Competição versus cooperação • “Eu” versus “Nós” • Gestão das relações interculturais • Cultura organizacional e práticas de gestão em diferentes áreas culturais • Etiqueta e protocolo empresarial • Especificidades das relações laborais nas diferentes áreas culturais • Comunicação em contexto intercultural • Liderança em contexto intercultural • Gestão de conflitos em contexto intercultural • Gestão de equipas em contexto intercultural
  • 5. RUI PINTO • PAI DE 2 FILHAS • LISBOA (RAÍZES NO MINHO E BEIRA BAIXA) • SPORTINGUISTA • EMPREENDEDOR E GESTOR • <25 ANOS – SANTOS POPULARES, TORNEIOS DESPORTIVOS, ESCOLA DE POKER • >25 ANOS – AUDAX, CONSULTORIA, CRIAÇÃO DA PRÓPRIA EMPRESA (DELTA SOLUÇÕES) • PROJETOS PONTUAIS – ENTREGA EM CASA, GLÓRIA 1906 RUI.PINTO@DELTASOLUCOES.COM
  • 6.
  • 7.
  • 9. GESTÃO GES•TÃO • Atividade ou processo de administração de uma empresa, instituição, etc.; • Ato de gerir • Utilização racional de recursos em função de um determinado projeto ou de determinados objetivos • Conciliação de opiniões divergentes; consenso DICIONÁRIO PORTO EDITORA
  • 10. COMUNICAÇÃO CO•MU•NI•CA•ÇÃO • Troca de informação entre indivíduos através da fala, da escrita, de um código comum ou do próprio comportamento • O facto de comunicar e de estabelecer uma relação com algo ou alguém; relação; correspondência • O que se comunica; mensagem; informação; aviso; anúncio • Capacidade de entendimento entre as pessoas através do diálogo DICIONÁRIO PORTO EDITORA
  • 11. INTERCULTURAL IN•TER•CUL•TU•RAL • Que diz respeito às relações culturais desenvolvidas entre países, regiões ou instituições DICIONÁRIO PORTO EDITORA
  • 12. FAZ SENTIDO? SE NÃO DEVEMOS AGIR DE FORMA IGUAL?
  • 13.
  • 15. Processo, voluntário ou não, pelo qual dois ou mais agentes transmitem e/ou recebem mensagens, por meio de um sistema compartilhado de sinais, símbolos e comportamentos. Então, por comunicação entende-se o acto de transmitir e receber uma mensagem, graças à utilização de um código adequado de sinais e símbolos. Origem etimológica: do latim communicare, que significa “tornar comum”, “repartir”, “associar”. COMUNICAÇÃO
  • 16.
  • 17. É a relação estabelecida entre duas ou mais pessoas pela transmissão de estímulos e respostas. …ou uma ação, efeito ou meio de entrar em relação com o outro. COMUNICAÇÃO
  • 18. Segundo a teoria de Braga (2001), “o ser humano é considerado um ser social, logo a necessidade de comunicar e de aperfeiçoar técnicas comunicacionais é constante. A comunicação é uma vertente fundamental no processo das relações humanas, uma vez, que passamos ¾ do tempo a comunicar ou a interrelacionar com os outros” COMUNICAÇÃO
  • 19. EMISSOR • Emite a mensagem • Codificação MENSAGEM • Segue pelo Canal (de comunicação) RECEPTOR • Alvo da mensagem • Descodificação Feedback COMUNICAÇÃO Receptor passa a Emissor
  • 21. Feedback Processo de comunicação que se estabelece com o objetivo de oferecer a uma pessoa (emissor) informações sobre o grau de adequação das suas ações às expectativas de quem as recebe (receptor). É a reacção do Receptor ao comportamento e mensagem do Emissor. COMUNICAÇÃO
  • 23. O Feedback deve uma mensagem construtiva e objetiva sobre comportamentos e consequências, nomeadamente: • reconhecimento do trabalho, da atitude, impactos positivos e negativos dos comportamentos • uma sugestão de motivação para o receptor do feedback no sentido de crescimento e mudança positiva COMUNICAÇÃO
  • 24. O bom uso do feedback aumenta a eficácia da comunicação interpessoal: • Feedback deve ser regular • Ser descritivo e não avaliativo no feedback • Específico e não geral • Construtivo e com objetivo de melhorar o desempenho e não mostrar superioridade COMUNICAÇÃO
  • 25. • reduz incertezas • resolve problemas • potencia um clima de confiança • potencia fortalecimento de relações • melhora a qualidade do trabalho COMUNICAÇÃO (cont.) O bom uso do feedback aumenta a eficácia da comunicação interpessoal:
  • 26.
  • 28. Canais básicos da comunicação não-verbal: •Expressão facial •Olhar •Cinética (energia, movimento) •Paralinguagem (tom de voz, para além do verbo) COMUNICAÇÃO
  • 29.
  • 30. A importância da utilização da primeira pessoa do singular “EU”. Este facto, parecendo meramente linguistico, é de extrema importância, pois é personalizador e responsabilizante: ajuda o emissor a assumir o que é “seu”, a sua “percepção”. COMUNICAÇÃO
  • 31. Obstáculos a uma boa Comunicação COMUNICAÇÃO
  • 32. •Dificuldades de expressão •Medo de expressar opiniões •Suposições, preconceitos •Juízos precipitados •Desinteresse •Distração •Percepção errada Obstáculos a uma boa Comunicação COMUNICAÇÃO
  • 33. •A percepção é o processo pelo qual as pessoas tomam conhecimento de si, dos outros e do mundo à sua volta” COMUNICAÇÃO
  • 34. PERCEPÇÃO É a interpretação de como o ser humano se vê, e de como observa o mundo que o rodeia. Afeta o resultado do comportamento humano, porque agimos conforme a percepção e crenças assimiladas. COMUNICAÇÃO
  • 35. PERCEPÇÃO Percepção é o processo que opera constantemente entre a pessoa e a realidade aparente. As ações, as emoções, os pensamentos e os sentimentos são desencadeados pelas percepções, construídas ao longo da vida e que são simultaneamente pedra basilar da existência da própria pessoa. COMUNICAÇÃO
  • 36. As percepções variam de pessoa para pessoa. Cada pessoa percebe a mesma situação de maneira diferente. COMUNICAÇÃO
  • 37. IMPACTO DA PERCEPÇÃO A mensagem nem sempre é transmitida pelo emissor da forma como pensa ter sido transmitida. COMUNICAÇÃO
  • 39. •Nem todas as pessoas se comportam da mesma forma quando comunicam com alguém. •Umas são mais agressivas, outras mais passivas, algumas mais manipuladoras e outras mais assertivas •É frequente vermos pessoas que por não conseguirem ser assertivas, oscilam de um extremo ao outro, da passividade à agressividade ou vice- versa. COMUNICAÇÃO
  • 40. PASSIVO •Procura evitar possíveis conflitos, fugindo às situações através do silêncio, da demissão de opinião, afastando-se em situações em que é necessário tomar posições; •Raramente entra em desacordo com o meio e com os outros; •Potencialmente desenvolve uma comunicação pouco eficaz com a equipa, uma vez que nem sempre partilha as suas opiniões, os seus sentimentos, os seus talentos, nem as suas necessidades. COMUNICAÇÃO
  • 41. PASSIVO Como lidar? Mostrar que a sua contribuição é valorizada; Encorajar a contribuição, escutar, perguntar, refletir, clarificar, envolver, valorizar. COMUNICAÇÃO
  • 42. AGRESSIVO (Autocrático) A pessoa que utiliza o estilo agressivo com maior frequência tende a agir como se não cometesse falhas, sendo extremamente crítica em relação ao trabalho dos outros; Ignora, marginaliza e desvaloriza os outros participantes; Terá ou não consciência de uma imagem de si supervalorizada falsa. COMUNICAÇÃO
  • 43. AGRESSIVO (Autocrático) Como lidar? • Auto controle é necessário, mantenha-se centrado; • Dar uma pausa, fazer o exercicio da respiração; • Cautela na contra argumentação; • Procure sentir qual é medo, angustia camuflada; • Encontrar soluções compartilhadas… COMUNICAÇÃO
  • 44. MANIPULADOR Assume-se como uma pessoa indispensável e tenta tirar proveito próprio de todas a situações Age indiretamente, utilizando os outros, não se pronunciando abertamente e, por vezes, insinuando e usando discursos diferentes conforme o interlocutor COMUNICAÇÃO
  • 45. MANIPULADOR Como lidar? • Promover uma comunicação aberta entre todos os colaboradores • Privilegiar a comunicação escrita • Escutar quais as suas motivações, dificuldades, receios e realizações • Realçar que todos são indispensáveis (incluindo ele) COMUNICAÇÃO
  • 46. ASSERTIVO Expressa os seus sentimentos de forma honesta e adequada, fazendo valer a sua opinião com respeito pela dos outros; Comunica de forma transparente o que quer, sente e pensa, dando simultaneamente espaço de afirmação ao outro; Procura compromissos realistas quando se encontra em desacordo. COMUNICAÇÃO
  • 47. Assertividade refere-se à expressão direta, honesta e adequada de opiniões e sentimentos, acompanhada dos comportamentos correspondentes. O comportamento assertivo é claro, ativo, transparente, e é focado na solução, não no problema. Ele não ameaça, humilha, nem viola o direito dos outros elementos da equipa. COMUNICAÇÃO
  • 48. ASSERTIVO É o estilo de comunicação que nos permite ser mais construtivos na relação com os outros elementos da equipa. COMUNICAÇÃO
  • 49. SER ASSERTIVO Procura fazer afirmações claras e precisas. Usa a primeira pessoa – “EU (penso que)”; Procura ter Empatia Expressa o que realmente quer dizer: • Sobre a situação: diz como percebe exatamente a situação; • Sobre e sentimento: partilha exatamente o que sente; • Sobre a mensagem: diz exatamente o que pretende (o receptor não tem que “adivinhar”); COMUNICAÇÃO
  • 50. ✓ Solicita informação sempre que não se compreender algo; ✓ Estabelece as próprias prioridades; ✓ Propicia melhores resultados em negociações; ✓ Facilita a solução de problemas interpessoais; COMUNICAÇÃO SER ASSERTIVO
  • 51. ✓ Aumenta a auto-eficácia e a auto-estima; ✓ Reduz o stress mental por não ter conflitos entre o que pensa e o que diz; ✓ A clareza e objetividade permitem acabar com os mal- entendidos e contribuir para a clarificação das ideias e expectativas COMUNICAÇÃO SER ASSERTIVO
  • 52.
  • 53. ESCUTA ATIVA O QUE É? COMUNICAÇÃO
  • 54. É a forma de ouvir para escutar e não para responder. Procura compreender os significados das palavras, escutar o conteúdo emocional que está agregado à mensagem e confirmar ao emissor que está a ser ouvido. A escuta ativa cria confiança entre as partes, facilita o domínio da situação, clarifica os interesses, elimina dúvidas e permite um melhor entendimento da mensagem que está a ser transmitida. COMUNICAÇÃO ESCUTA ATIVA
  • 55. Escuta ativa é, além de ouvir, compreender a intenção do que está a ser comunicado. COMUNICAÇÃO ESCUTA ATIVA
  • 57. SILÊNCIO • Significa ouvir a totalidade da mensagem; • Não significa que se tenha de estar de acordo ou partilhar a mesma opinião; • Serve também para mostrar respeito e dar poder à outra parte ao dar (à outra parte) espaço para emitir a comunicação sem interferências. COMUNICAÇÃO
  • 58. Pedir esclarecimentos ajuda a identificar e compreender o significado das palavras e, ao mesmo tempo, que indica ao interlocutor que estámos a tentar compreender o seu ponto de vista. COMUNICAÇÃO Esclarecimentos, afirmações ou perguntas, destinam-se a procurar entender um ponto específico.
  • 59. Dicas para uma comunicação eficaz • Observar os nossos gestos e aprender a controlá-los • Analisar quanto tempo ouvimos e quanto tempo somos ouvidos • Identificar como, quando e onde comunicamos COMUNICAÇÃO
  • 60. Dicas para uma comunicação eficaz • Procurar manter um tom de voz calmo e constante • Respeitar os silêncios e ter um ritmo igual durante a comunicação • Ter uma postura corporal aberta e relaxada, evitar cruzar os braços COMUNICAÇÃO
  • 61. Dicas para uma comunicação eficaz • Manter o contato visual e distância fisica, enquanto se ouve e enquanto se fala, transmite interesse e potencia uma maior empatia entre as partes. COMUNICAÇÃO
  • 62. É importante comunicar a mensagem, clareza, segurança e verdade, isenta de juízos. Também esclarecer e satisfazer as dúvidas e necessidades de todos os intervenientes. COMUNICAÇÃO
  • 63. ✓COMO USAR A COMUNICAÇÃO PARA ANALISAR A EQUIPA DE COLABORADORES COMUNICAÇÃO
  • 64. ✓É necessário haver esforços bem direccionados para se poder chegar às questões verdadeiramente importantes – através da auscultação dinâmica. COMUNICAÇÃO
  • 65. A auscultação dinâmica baseia-se em conversas e em perguntas de resposta aberta com o objetivo de conseguir obter a opinião e sentimento das pessoas. COMUNICAÇÃO
  • 66. É um método que procura trazer ao de cima a realidade da organização: • Os interesses das pessoas • O que é que ajuda as pessoas e a organização a obter êxito • Quais são os entraves – obstáculos ao êxito COMUNICAÇÃO
  • 67. Numa equipa podem ser avaliados os seguintes parâmetros, entre outros: ➢Participação dos elementos ➢Influência dos membros na equipa ➢Tomada de Decisão COMUNICAÇÃO ➢Ambiente da equipa ➢Qualidade do Tipo de Membro ➢Normas da Equipa
  • 68. Como falar de forma a que nos queiram escutar (vídeo) COMUNICAÇÃO
  • 69.
  • 72. INTRODUÇÃO As sociedades contemporâneas são inegavelmente cada vez mais diversas, quer do ponto de vista socioeconómico, quer do ponto de vista linguístico e cultural.
  • 73. INTRODUÇÃO A Gestão Intercultural começa, cada vez mais, na escola. Sendo a escola um reflexo da sociedade em que se insere, as nossas escolas são, hoje, uma realidade igualmente plural e complexa.
  • 75. GESTÃO INTERCULTURAL CONCEITO A gestão intercultural procura (i) identificar, (ii) analisar e (iii) gerir explicitamente as interações de colaboradores marcadas por diferentes culturas nacionais e/ou diferentes culturas organizacionais.
  • 76. (i) IDENTIFICAR O primeiro passo é identificar se existem ou não diferenças culturais na organização. Identificar, entre os colaboradores, diferentes origens geográficas, diferentes bases de educação, de religião, entre outros.
  • 78. (i) IDENTIFICAR O primeiro passo é identificar se existem ou não diferenças culturais na organização. Identificar, entre os colaboradores, diferentes origens geográficas, diferentes bases de educação, de religião, entre outros.
  • 79. (ii) ANALISAR O segundo passo é analisar em que consistem as diferenças culturais na organização. Analisar se as diferenças identificadas anteriormente podem ter impacto na relação entre os colaboradores.
  • 80. (iii) GERIR Por fim, o passo mais importante: gerir as diferenças.
  • 81. POR QUE É QUE É DIFÍCIL?
  • 83. POR QUE É QUE É IMPORTANTE?
  • 84. AS PESSOAS SÃO A EMPRESA
  • 85. GESTÃO INTERCULTURAL OBJETIVOS GERAIS • Reduzir mal-entendidos • Evitar conflitos • Melhorar as relações interpessoais • Promover colaboração • Aumentar a produtividade
  • 86. Neste contexto, a gestão intercultural é vista como uma gestão forma capaz de conhecer a existência de diferentes culturas, integrar os valores sobre os quais essas culturas no desempenho de diferentes funções comerciais e combinar a sensibilidade cultural com os imperativos estratégicos gerais.
  • 87. À medida que o mundo se interliga e a comunicação e colaboração interculturais aumentam, as organizações, de todo o tipo, enfrentam o desafio de gerir a diversidade.
  • 88. QUE EMPRESAS ESPECIFICAMENTE? Grandes multinacionais ou empresas que procuram ser grandes empresas multinacionais.
  • 90.
  • 92. GESTÃO E COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO DAS TENDÊNCIAS
  • 93. GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO DAS TENDÊNCIAS Nos anos 90 do século XX, a generalização do uso do termo “globalização” correspondeu ao rápido e intenso desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação, bem como dos transportes, que acelerou as trocas comerciais e culturais e aumentou a interdependência entre os povos e os países.
  • 94. Uma concepção liberal da economia, conduzindo à eliminação progressiva das barreiras alfandegárias, também contribuiu para essa redefinição do mundo. GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO DAS TENDÊNCIAS
  • 95. Graças àqueles fatores, o mundo “encolheu”, tudo ficou mais próximo de tudo, passámos a ser vizinhos dos locais mais distantes, como se vivêssemos numa única aldeia global. GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO DAS TENDÊNCIAS
  • 96. Todos os dias, ouvimos falar de globalização e nem sempre de uma forma positiva. A sua presença no nosso dia é incontornável: basta olharmos para os países onde foram fabricados os objetos com que lidamos todos os dias – com alguma facilidade, encontramos perto de nós objetos feitos nos cinco continentes ou até objetos com componentes feitos um pouco por todo o mundo. GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO DAS TENDÊNCIAS
  • 97. Esquematicamente, podemos apresentar os seguintes aspetos como caraterísticas da globalização, entre outros: •Instantaneidade da informação •Multinacionalização das grandes empresas •Migração de trabalhadores GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO DAS TENDÊNCIAS
  • 98. Há dois fatores que permitem, facilitam e acentuam este processo de contínua e crescente globalização: 1. Transportes 2. Tecnologias de Informação e Comunicação GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO DAS TENDÊNCIAS
  • 99. 1. TRANSPORTES Nunca na História da Humanidade foi tão fácil, tão rápido e tão barato transportar pessoas e bens. Esta mudança “encolheu” o mundo, tornou-o mais pequeno. GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO DAS TENDÊNCIAS
  • 100. 2. TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO Hoje, como nunca antes, é extremamente fácil e incrivelmente barato comunicar com qualquer pessoa em (quase) qualquer parte do mundo em tempo real ou, pelo menos, com muita rapidez. GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO DAS TENDÊNCIAS
  • 101. COMO SE MANIFESTA O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO? São vários os fatores que contribuem para a globalização. A começar, os avanços espetaculares no domínio das tecnologias e infraestruturas das telecomunicações.
  • 102. A nível económico podemos sublinhar o desenvolvimento da produção e comercialização de produtos intangíveis baseados na informação e conhecimento, a multiplicação da aquisição e fusão de empresas, aumentando o número de empresas multinacionais, o desenvolvimento de transportes mais rápidos e mais baratos. COMO SE MANIFESTA O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO?
  • 103. O termo “globalização” é associado com frequência às atividades económicas que têm necessidade de expandir a produção, captar novos mercados internacionais num ambiente de feroz concorrência à escala global. São as grandes empresas que, em geral, traçam estratégias e investem para se expandirem pelos cinco continentes – as multinacionais. COMO SE MANIFESTA O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO?
  • 104. Mas a globalização estendeu-se a todos os campos da vida humana. Possui uma dimensão económica quando nos referimos à aceleração das trocas de bens e serviços e ao movimento das populações e uma dimensão cultural, onde assistimos ao importante papel dos meios de comunicação e a fenómenos de aculturação e multiculturalidade, enquanto efeitos do processo de contágio entre culturas. COMO SE MANIFESTA O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO?
  • 105. A realidade globalizada significa que o mundo se tornou uma única realidade sem fronteiras, um único espaço onde se efetua um número incalculável de transações comerciais e financeiras à velocidade da luz e onde coabitam todas as etnias e culturas que constituem a Humanidade, um mosaico colorido e dinâmico que reúne em si toda a sua diversidade COMO SE MANIFESTA O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO?
  • 106. GESTÃO E COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL ORIGENS E PROBLEMAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E INTERCULTURAIS
  • 107. ORIGENS E PROBLEMAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E INTERCULTURAIS A globalização e os movimentos migratórios têm aumentado os contactos interculturais na sociedade contemporânea, colocando novas questões às relações interculturais, bem como à prevenção e gestão das tensões e conflitos decorrentes da convivência e comunicação entre indivíduos e grupos de culturas diferentes, da coabitação com a diversidade cultural e da abertura de fronteiras.
  • 108. A prevenção e a resolução das tensões e conflitos decorrentes dos contactos interculturais são objeto de preocupação de vários organismos internacionais, tais como a Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a Organização Internacional das Migrações (OIM), entre outras. ORIGENS E PROBLEMAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E INTERCULTURAIS
  • 109. Estas questões colocam múltiplos desafios às estratégias e políticas do século XXI, à comunicação e relações interculturais, à cooperação transnacional, bem como aos profissionais que trabalham nos vários setores de atividade, à gestão e negociação dos conflitos e dos processos psicossociais inerentes aos contactos interculturais. ORIGENS E PROBLEMAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E INTERCULTURAIS
  • 110. Estas problemáticas implicam um novo reposicionamento metodológico ao nível da investigação, da formação e da intervenção, sendo importante identificar conflitos e desenvolver competências individuais, culturais e comunicacionais em todos os que vivem na sociedade multicultural… ORIGENS E PROBLEMAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E INTERCULTURAIS
  • 111. ...tendo como objetivo a gestão da complexidade das relações entre pessoas e grupos de diferentes culturas, ultrapassar os diferentes tipos de discriminações e fronteiras e prevenir a violência e os conflitos interpessoais e intergrupais, sobretudo de cariz intercultural. ORIGENS E PROBLEMAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E INTERCULTURAIS
  • 112. As dificuldades em conciliar na sociedade atual os princípios de individualidade, de particularismo e de universalidade, em reconhecer o outro como diferente, em interrogar-se sobre a sua visão do mundo e as suas referências culturais, têm desencadeado muitos conflitos e tensões. ORIGENS E PROBLEMAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E INTERCULTURAIS
  • 113. O Conselho da Europa acentua ser necessário prevenir os perigos e conflitos que resultam da ausência de competências para conviver e comunicar num mundo global, plural e interdependente e, sobretudo, numa Europa multicultural e interativa. ORIGENS E PROBLEMAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E INTERCULTURAIS
  • 114. Contudo, não é só importante desenvolver competências que permitem aos indivíduos ultrapassar as dificuldades de interagir e comunicar em contexto intercultural, mas, sobretudo, é necessário refletir sobre as competências e atitudes que permitem uma melhor vivência e gestão da experiência da diversidade cultural e das suas contradições, complexidades e conflitualidades. ORIGENS E PROBLEMAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E INTERCULTURAIS
  • 115. Aprender a gerir a diversidade cultural constitui um enriquecimento e uma necessidade das sociedades atuais e futuras para prevenir os conflitos, sobretudo de natureza intercultural, para promover a coabitação e o diálogo intercultural, para a afirmação das identidades e dos direitos fundamentais, nomeadamente o direito à diferença, bem como o direito de participação e de cidadania. ORIGENS E PROBLEMAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E INTERCULTURAIS
  • 116. A Convenção para a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, adotada em 2005 pela UNESCO (2001, 2005, 2007), traz contributos para a prevenção dos conflitos internacionais e interculturais, constituindo o primeiro documento internacional com valor jurídico a estatuir a importância da cultura e da diversidade cultural no domínio das políticas culturais, mas também no âmbito da cooperação internacional, das relações interculturais e dos direitos humanos. ORIGENS E PROBLEMAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E INTERCULTURAIS
  • 117. A Convenção da UNESCO concilia a defesa de duas visões: a do universalismo, com a defesa dos valores universais da paz, da solidariedade, da justiça e dos direitos do Homem, e a do particularismo, defendendo a liberdade de cada um expressar a sua cultura, decidir as suas escolhas e afirmar a sua identidade. ORIGENS E PROBLEMAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E INTERCULTURAIS
  • 118. A diversidade cultural integra cada vez mais todos os domínios da esfera pública e é reconhecida pela UNESCO (2001), na Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural, artigo 3, como: Uma fonte de um mundo mais rico e diversificado que alarga a possibilidade de escolhas e fortalece as capacidades e os valores humanos. ORIGENS E PROBLEMAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E INTERCULTURAIS
  • 119. A multiculturalidade, no sentido da coexistência numa mesma sociedade de várias culturas e etnias distintas, e o contacto intercultural, ou seja, o encontro de pessoas e de grupos diferentes do ponto de vista cultural, étnico ou linguístico, são elementos que caracterizam cada vez mais o tecido social nacional e internacional. ORIGENS E PROBLEMAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E INTERCULTURAIS
  • 120. Na sociedade atual, existem novas configurações dos percursos migratórios e da interculturalidade devido a novos contextos sociais, familiares, demográficos, ambientais, laborais e políticos, tais como: a globalização; a urbanização; o envelhecimento demográfico nos países desenvolvidos. ORIGENS E PROBLEMAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E INTERCULTURAIS
  • 121. Aprender a viver e a conviver com a diversidade cultural e com os outros, minorias ou maiorias, é uma exigência da sociedade contemporânea e relaciona- se com um conjunto de experiências, vivências, relações e saberes desde a infância e no decorrer da existência. ORIGENS E PROBLEMAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E INTERCULTURAIS
  • 123. CULTURA A cultura é o conjunto de costumes, normas e valores que um grupo ou sociedade possui.
  • 124. No âmbito da cultura, a Sociologia visa entender os aspetos que o ser humano adquire ao longo do seu contacto social. Esses aspetos são partilhados entre os indivíduos que fazem parte de um grupo de convívio específico e refletem, especificamente, a realidade social desses sujeitos. CULTURA
  • 125. Algumas características, como a linguagem, valores ou modos de se vestir em ocasiões específicas, possibilitam a cooperação e a comunicação entre aqueles que partilham uma mesma cultura. Isso quer dizer que o conceito de cultura está intimamente ligado ao conceito de sociedade. CULTURA
  • 126. Assim, podemos afirmar que: Uma cultura não pode existir fora de uma sociedade e, da mesma maneira, uma sociedade existe sem uma cultura própria. CULTURA
  • 127. Ao falarmos de culturas, pode-se fazer referência tanto a aspetos materiais como imateriais. CULTURA
  • 128. Materiais Objetos que podem servir como símbolos ou as ferramentas e os meios tecnológicos que um grupo possui. CULTURA
  • 130. Imateriais Crenças religiosas, valores ou ideias. Estes aspetos constroem a realidade social entre aqueles que a integram, dando forma às relações e estabelecendo valores e normas. CULTURA
  • 133. COMPONENTES DE UMA CULTURA NACIONAL Se a cultura é definida como “tudo o que o homem faz, diz ou pensa”, pode-se determinar que os componentes culturais estão claramente sujeitos às ações do homem e dos seus pares num determinado espaço físico, que será desenvolvido e marcado na sua identidade cada vez mais claramente.
  • 134. Para o Homem, a comunicação não é possível sem o uso da linguagem, verbal e não verbal. Desde que o Homem teve a capacidade de se comunicar entre iguais, os primeiros componentes culturais começaram a desenvolver-se. COMPONENTES DE UMA CULTURA NACIONAL
  • 135. O espaço físico onde o homem decidiu estabelecer-se também influencia muito o desenvolvimento cultural das primeiras sociedades. COMPONENTES DE UMA CULTURA NACIONAL
  • 136. Alguns dos principais componentes culturais: •Crenças e Religião •Sistema político •Gastronomia •Símbolos patrióticos COMPONENTES DE UMA CULTURA NACIONAL
  • 137. História e costumes A história é uma parte fundamental da identidade de uma sociedade; É saber de onde eles vêm e como se tornaram o que são agora. O nível de raízes de uma cultura pode depender em grande parte do senso de identidade que eles têm com a sua própria história. COMPONENTES DE UMA CULTURA NACIONAL
  • 138. Da história e das gerações, surgem costumes e tradições: práticas que continuam até hoje (algumas com maior integridade que outras) e que mantêm certos valores vivos num ambiente étnico e social. Essas tradições geralmente têm a forma de celebrações religiosas ou pagãs, com diferenças regionais dentro da mesma nação. COMPONENTES DE UMA CULTURA NACIONAL
  • 139. Práticas artísticas e conjunto de conhecimentos Música, artes plásticas, literatura, cinema e teatro são formas expressivas que podem fornecer uma perceção bastante clara da identidade de uma sociedade; Não apenas isso, mas eles também podem fornecer uma abordagem para os problemas que enfrentam no presente, como eles olham para o resto do mundo e como o mundo os percebe. COMPONENTES DE UMA CULTURA NACIONAL
  • 140. Hoje, muitas nações investem na produção artística para garantir um registo cultural e de identidade imperecível. Da mesma forma, a arte sempre serviu como uma alternativa crítica em períodos de crise e opressão na História. COMPONENTES DE UMA CULTURA NACIONAL
  • 141. O idioma e o dialeto Como mencionado no início, a língua é uma parte fundamental da cultura em geral, e disso não apenas as línguas existentes até hoje, mas os dialetos e coloquialismos que nascem em cada ambiente em que é falada. COMPONENTES DE UMA CULTURA NACIONAL
  • 142. Esse componente é de grande importância e é o que distingue, por exemplo, que o inglês (o seu sotaque e as suas expressões) é tão diferente nos Estados Unidos, Inglaterra, Irlanda e Nova Zelândia; bem como as diferentes variantes de espanhol existentes na América Latina em comparação com a Espanha. COMPONENTES DE UMA CULTURA NACIONAL
  • 144. DIFERENÇAS CULTURAIS Em sociologia, diversidade cultural diz respeito à existência de uma grande variedade de culturas antrópicas. Refere-se à inclusão de diferentes perspetivas culturais numa uma organização ou sociedade. Há vários tipos de manifestações culturais que nos revelam essa variedade, tais como: a linguagem, comida, vestuário, religião e outras tradições como a organização da sociedade.
  • 145. A diversidade cultural é algo associado à dinâmica do processo aceitativo da sociedade. Pessoas que por algumas razões decidem pautar as suas vidas por normas pré-estabelecidas tendem a esquecer as suas próprias idiossincrasias (mistura de culturas). DIFERENÇAS CULTURAIS
  • 146. Em outras palavras, o todo vigente impõe-se às necessidades individuais. O denominado "status quo" deflagra natural e espontaneamente, e como diria Hegel, num processo dialético, a adequação significativa do ser ao meio. A cultura insere o indivíduo num meio social. DIFERENÇAS CULTURAIS
  • 147. O termo Diversidade diz respeito à variedade e convivência de ideias, características ou elementos diferentes entre si, num determinado assunto, situação ou ambiente. Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) é um termo com várias acepções, em diferentes níveis de profundidade e diferente capacidade de agir. DIFERENÇAS CULTURAIS
  • 148. São práticas e ações sociais que seguem um padrão determinado no espaço/tempo. Refere-se a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e "preenchem" a sociedade. DIFERENÇAS CULTURAIS
  • 149. A ideia de diversidade está ligada aos conceitos de pluralidade, multiplicidade, diferentes ângulos de visão ou de abordagem, heterogeneidade e variedade. E, muitas vezes, também, pode ser encontrada na comunhão de contrários, na interseção de diferenças, ou ainda, na tolerância mútua. DIFERENÇAS CULTURAIS
  • 150. A diversidade cultural é complicada de quantificar, mas uma boa indicação é pensar numa contagem do número de línguas faladas em uma região ou no mundo como um todo. DIFERENÇAS CULTURAIS
  • 151. GESTÃO E COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL A CULTURA E A COMUNICAÇÃO
  • 152. A CULTURA E A COMUNICAÇÃO O modo como as empresas olham cada vez mais para o mundo como o seu mercado potencial faz com que o sucesso dos negócios internacionais dependa em grande medida da eficácia da comunicação em contexto intercultural.
  • 153. Estudar e relacionar a comunicação intercultural e a comunicação empresarial faz por isso muito sentido. O que distingue a comunicação intercultural de outros tipos de comunicação é a interacção entre pessoas percebidas como diferentes de nós. A CULTURA E A COMUNICAÇÃO
  • 154. Ao entender melhor a nossa cultura, a encontrar e a perceber as diferenças em relação às outras, a antecipar os riscos e as formas de minimizar o seu impacto, tornamo-nos comunicadores interculturais mais eficazes e, como consequência, obtemos melhores resultados. A CULTURA E A COMUNICAÇÃO
  • 155. GESTÃO E COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL A CULTURA E A ORGANIZAÇÃO
  • 156. A CULTURA E A ORGANIZAÇÃO Cultura Organizacional é a essência da empresa, ou seja, o conjunto de hábitos e valores que todos partilham. É a cultura que vai definir o perfil de quem será contratado, vai definir quem vai querer ficar e fazer parte da equipa, ou não.
  • 157. Ter uma cultura empresarial forte não significa ser uma empresa colorida como a Google, por exemplo. Mas sim estar ciente do que guia cada estratégia e divulgar isso corretamente para todos os envolvidos. A CULTURA E A ORGANIZAÇÃO
  • 158. Cada vez mais, possuir uma cultura consolidada se torna essencial para as organizações. A forma como ela é comunicada e se apresenta no dia a dia dos colaboradores é que faz a diferença. A CULTURA E A ORGANIZAÇÃO
  • 159. A cultura organizacional possui algumas características citadas por pesquisadores da área e que ajudam a entender melhor como ela é formada. Mas quais são elas? A CULTURA E A ORGANIZAÇÃO
  • 160. Algumas características principais: • Inovação • Atenção aos detalhes • Orientação para os resultados • Orientação para as pessoas • Orientação para as equipas • Agressividade e estabilidade A CULTURA E A ORGANIZAÇÃO
  • 161. Então, será possível identificar a cultura de uma organização, analisando a forma como os colaboradores percebem essas características. Por exemplo, avalia-se a importância e o quanto se investe em cada uma delas. A CULTURA E A ORGANIZAÇÃO
  • 162. GESTÃO E COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL A CULTURA E A ESTRATÉGIA
  • 163. A CULTURA E A ESTRATÉGIA Decorrente do seu grau de importância, a cultura organizacional pode acabar com toda a estratégia se não estiver corretamente alinhada com o que é projetado para o futuro da empresa.
  • 164. A cultura de uma empresa tem impacto no seu sucesso? A CULTURA E A ESTRATÉGIA
  • 165. A cultura de uma organização é mais robusta se estiver assente num propósito de existência, no “porquê” da organização existir. A CULTURA E A ESTRATÉGIA
  • 166.
  • 167. GESTÃO E COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL ATITUDES PADRÃO FACE A CONFLITOS E REGRAS
  • 168. ATITUDES PADRÃO FACE A CONFLITOS E REGRAS Contexto Conflitos fazem parte da natureza humana. Podem ser de personalidade, interesses ou valores. Garantia: todos têm origem em diferenças. Gestão de conflitos é o conjunto de métodos e processos práticos que procuram gerir situações conflituosas.
  • 169. Como já vimos… A gestão intercultural procura (i) identificar, (ii) analisar e (iii) gerir. ATITUDES PADRÃO FACE A CONFLITOS E REGRAS
  • 170. A primeira etapa da última fase (gestão de conflitos) é apurar os factos sobre o evento: 1. Investigar a natureza e origem do conflito e identificar os envolvidos. ATITUDES PADRÃO FACE A CONFLITOS E REGRAS
  • 171. 2. Escutar Em seguida, é preciso conversar individualmente ou em grupo para ouvir todas as versões da história. ATITUDES PADRÃO FACE A CONFLITOS E REGRAS
  • 172. ATITUDES PADRÃO FACE A CONFLITOS E REGRAS Individualmente vs grupo?
  • 173.
  • 174. 3. Pensamento crítico Depois de ouvir todas as partes, será preciso analisar as informações de forma imparcial. 3.1. Identificar possíveis mal-entendidos ou ruídos na comunicação entre as partes. ATITUDES PADRÃO FACE A CONFLITOS E REGRAS
  • 175. 4. Negociação Dependendo do conflito, pode exigir uma etapa de negociação que envolve o desenho de possíveis soluções para o conflito. Exige uma conversa em conjunto, mediada por alguém com autoridade. O diálogo deve servir para esclarecer as perceções de ambas as partes com objetivo de cada parte compreender o ponto de vista e necessidades de cada um. ATITUDES PADRÃO FACE A CONFLITOS E REGRAS
  • 176.
  • 177. 5. Resolução Finalmente, o mediador deve orientar a criação de propostas de solução de forma colaborativa, considerando todas as partes. Muitas vezes, uma das partes (ou todas) terá que abrir mão de alguma exigência. Se esse for o caso, é preciso certificar-se de que os envolvidos estão cientes e de acordo com isso, comprometendo-se com a solução. ATITUDES PADRÃO FACE A CONFLITOS E REGRAS
  • 178.
  • 180. MAL-ENTENDIDOS E CONFLITOS INTERCULTURAIS O processo de globalização tende, aparentemente, a atenuar as diferenças culturais, mas não as anula e as que persistem podem ser fonte de mal-entendidos. Um mal-entendido cultural é um conflito de comunicação (aberto ou latente), provocado pelo facto de os interlocutores serem oriundos de culturas diferentes e, consequentemente, terem diferentes valores, hábitos e códigos de conduta.
  • 181. Recomendação: Procurar informação sobre a outra parte. Antes de abordar um interlocutor estrangeiro, informar-se sobre a história do seu país, sobre a religião praticada pela maioria da população e sobre os seus grandes valores, regras de educação, interdições e tabus. MAL-ENTENDIDOS E CONFLITOS INTERCULTURAIS
  • 182. GESTÃO E COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL IMAGENS MENTAIS DAS ORGANIZAÇÕES
  • 183. IMAGENS MENTAIS DAS ORGANIZAÇÕES A imagem que uma organização tem perante os seus clientes, parceiros e sociedade em geral é cada vez mais um elemento vital para o seu sucesso e sobrevivência a longo prazo. É a imagem que cria um capital de confiança junto dos seus públicos. Estabilidade, confiança, solidez, honestidade e competência são alguns dos atributos que as organizações devem procurar que a sua imagem possua.
  • 184. Tem de se adaptar à conjuntura politica, social e económica, em permanente mudança, mas devendo ser percebida pelos seus diferentes públicos de um modo coerente. IMAGENS MENTAIS DAS ORGANIZAÇÕES
  • 185. Como contributo para a construção de uma imagem das organizações, podem ser considerados diferentes tipos de elementos: • Elementos humanos - as pessoas que trabalham numa organização e os seus comportamentos) • Elementos materiais – instalações ou equipamentos • Elementos psicossociológicos - políticas de pessoal ou comerciais • Elementos visuais – o próprio produto e o branding (marca) associado IMAGENS MENTAIS DAS ORGANIZAÇÕES
  • 186. GESTÃO E COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL RELAÇÃO COM O TEMPO E PONTUALIDADE
  • 187. RELAÇÃO COM O TEMPO E PONTUALIDADE O tema da pontualidade é relativamente discutível entre pessoas de diferentes culturas. Nos livros de etiqueta e protocolo, a pontualidade é sempre apontada como uma das mais importantes características. Mas… A importância da pontualidade varia muito de cultura para cultura.
  • 188. Cada país tem os seus próprios códigos em relação ao que é adequado em termos de pontualidade, prazos e outros aspectos que envolvem o factor tempo. Se a falta de pontualidade em certos países é considerada uma ofensa (Inglaterra, Alemanha, China ou Japão, entre outros)… RELAÇÃO COM O TEMPO E PONTUALIDADE
  • 189. …Outros países são mais “flexíveis” e “tolerantes” a atrasos (países latinos, por exemplo) Deve ser considerado uma ofensa? RELAÇÃO COM O TEMPO E PONTUALIDADE
  • 190. O objetivo não é insultar e não é necessariamente por desrespeito pela outra parte mas no meio profissional a pontualidade é um fator fundamental e se não for cumprida (eventualmente com tolerância de alguns minutos) pode ser interpretada como desrespeito e falta de consideração pela outra parte. RELAÇÃO COM O TEMPO E PONTUALIDADE
  • 191.
  • 193. RELAÇÃO COM AUTORIDADE A distância do poder refere-se à relação entre indivíduos de escalão superior e inferior que depende de como estes últimos reagem aos primeiros. É um conceito usado nos estudos culturais para compreender a relação entre indivíduos com poder variável, os efeitos e suas percepções.
  • 194. O Índice de Distância do Poder (Power Distance Index, em inglês) é uma ferramenta para medir a aceitação de poder estabelecida entre os indivíduos com mais e aqueles com menos poder. Descreve como os membros menos poderosos de uma sociedade aceitam e esperam certa desigualdade de poder. RELAÇÃO COM AUTORIDADE
  • 195.
  • 196.
  • 197. Índice de Distância do Poder ALTO Os membros de sociedades com alto índice de distância do poder tendem a não questionar aqueles que estão em níveis mais altos de poder. Além disso, esperam que os membros mais poderosos lhes sirvam de guias para seu trabalho. RELAÇÃO COM AUTORIDADE
  • 198. Índice de Distância do Poder ALTO Que sociedades têm tipicamente o PDI mais elevado? Sociedades da Ásia, Europa Oriental, América Latina e África. RELAÇÃO COM AUTORIDADE
  • 199. Índice de Distância do Poder BAIXO Em culturas com baixo índice de Distância do Poder, as pessoas têm poder igual entre os seus membros, e avançar para um status mais elevado (através de educação, emprego, renda, etc.) é possível. RELAÇÃO COM AUTORIDADE
  • 200. Índice de Distância do Poder BAIXO Que sociedades têm tipicamente o PDI mais baixo? Algumas culturas nacionais com baixo índice de distância do poder são: os países nórdicos, Nova Zelândia e Austrália RELAÇÃO COM AUTORIDADE
  • 201. RELAÇÃO COM AUTORIDADE Baixo Índice de Distância do Poder Alto Índice de Distância do Poder A desigualdade é minimizada. A desigualdade é aceite. Os Superiores são acessíveis. Todos têm os mesmos direitos. Os superiores são inacessíveis. Quem tem poder tem privilégios. Mudanças ocorrem por meio de uma evolução natural. A mudança acontece através de revoluções. As crianças são tratadas com igualdade. As crianças aprendem a obedecer cegamente.
  • 203.
  • 204.
  • 205. GESTÃO E COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL RELAÇÃO COM O DESCONHECIDO E A AMBIGUIDADE
  • 206. Uma das competências interculturais é a “abertura” que se traduz em duas dimensões: respeito pelo outro E tolerância relativa à ambiguidade. RELAÇÃO COM O DESCONHECIDO E A AMBIGUIDADE
  • 207. O respeito pelo outro constitui o alicerce das competências interculturais, articulando-se com a capacidade de descentrar, isto é, abertura de uma pessoa para relativizar os seus próprios valores, crenças e comportamentos, assumindo que não são os únicos nem necessariamente os mais correctos. RELAÇÃO COM O DESCONHECIDO E A AMBIGUIDADE
  • 208. • A tolerância relativa à ambiguidade consiste na capacidade de encarar a ambiguidade, intrínseca a todo o encontro intercultural, não como uma barreira à comunicação, mas como um desafio, construindo estratégias de superação da ambiguidade de forma a minimizar o impacto da mesma. RELAÇÃO COM O DESCONHECIDO E A AMBIGUIDADE
  • 209.
  • 211. COMPETIÇÃO VERSUS COOPERAÇÃO Fazer parte de um grupo automaticamente desperta a cooperação entre os participantes. Todos conhecemos histórias de atos de união entre grupos, sejam eles, taxistas, motociclistas, entre outros.
  • 212. Se exagerarmos na cooperação, o máximo que pode acontecer é ficarmos sempre no mesmo lugar, ou seja, não vamos evoluir dentro do próprio grupo, porém, isso não nos destrói ou tira da equipa, pelo contrário, todos querem mais e mais pessoas que não pensem em sair do grupo... COMPETIÇÃO VERSUS COOPERAÇÃO
  • 213. Por outro lado, a competitividade pode destruir-nos, e afastar-nos das pessoas que integram o nosso grupo, excluir-nos das divisões tão importantes. COMPETIÇÃO VERSUS COOPERAÇÃO
  • 214. O lado perigoso está no facto do ser humano poder ficar cego como a vontade de vencer... Tornar-se até mesmo cruel com os seus companheiros, perdendo totalmente o senso de grupo. Equilíbrio, é o que todos procuramos, o que é fácil de querer e muito complexo conseguir. COMPETIÇÃO VERSUS COOPERAÇÃO
  • 215.
  • 217. EU VERSUS NÓS A tendência habitual das pessoas, perante a ameaça e o desconhecido, é focarem-se sobre si próprias… Como posso sobreviver? Como posso evitar a ameaça? Como posso defender-me e proteger o que é meu? Como posso mitigar os receios que o desconhecido e o imprevisto me causam?
  • 218. Fechamo-nos sobre nós mesmos e procuramos agregar as forças, argumentos e justificações que usaremos para mitigar ou superar a ameaça que enfrentamos. Embora estas reações sejam naturais, não me parece que sejam as mais adequadas em termos de gestão, quer do próprio quer da organização. EU VERSUS NÓS
  • 219. Num ambiente organizacional devemos optar por potenciar o “Nós” e refrear o “Eu”. Desta forma, tornaremos as nossas organizações mais fortes, mais resilientes e mais robustas. Para além disso, e não menos importante, potenciar o “Nós” e refrear o “Eu” fará de nós pessoas mais solidárias e atentas ao Próximo. EU VERSUS NÓS
  • 220.
  • 221. GESTÃO E COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
  • 222. Modelo criado por Milton Bennett que mostra como são as reações das pessoas quando se deparam com diferenças culturais. Bennett percebeu que existem padrões na forma como as pessoas lidam com diferenças culturais. Definiu 6 etapas que estão em 3 estágios definidos como cognitivos, afetivos e comportamentais. MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
  • 223.
  • 224. Conceitos ETNOCENTRISMO • Visão ou forma de pensamento de quem crê na supremacia do seu grupo étnico ou da sua nacionalidade (Priberam) • Tendência a observar o mundo desde a perspetiva particular do povo e cultura a que se pertence (Wikipedia) MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
  • 225. Conceitos ETNORELATIVO (Relativismo cultural) • Princípio que afirma que todos os sistemas culturais são intrinsecamente iguais em valor, e que os aspetos característicos de cada um têm de ser avaliados e explicados dentro do contexto do sistema em que aparecem. (Porto Editora) MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
  • 226.
  • 227. ETAPAS COGNITIVAS 1. NEGAÇÃO Para mim não existem diferenças. Quem está nesta etapa, não pensa que podem haver diferenças culturais. Sabem como são feitas as coisas na sua cultura e pensa que nas culturas funciona da mesma forma. Não demonstra interesse por outras culturas porque “não há diferenças”. MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
  • 228. ETAPAS COGNITIVAS 2. DEFESA Eu vejo que há diferenças e acho que a minha cultura é melhor. Eu vejo que há diferenças e acho que a outra cultura é melhor. MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
  • 229. ETAPAS COGNITIVAS 2. DEFESA Existem duas formas de Defesa: • A forma em que a pessoa pensa que, em geral, "nós" somos melhores que "eles"; • O inverso, em que a pessoa admira tanto outra cultura que pensa que , em geral, "eles" são melhores que "nós". MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
  • 230. ETAPAS AFETIVAS 3. MINIMIZAÇÃO As diferenças são irrelevantes. Aqui, as pessoas acreditam que todos são semelhantes, uma vez que todos somos humanos. As diferenças culturais não importam, o que realmente é relevante é nossa semelhança, pois temos necessidades iguais. MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
  • 231. ETAPAS AFETIVAS 4. ACEITAÇÃO Reconheço e respeito as diferenças. Nesta fase, reconhecer que existem diferenças significativas entre culturas distintas está muito presente. A lógica é aceitar e respeitar as diferenças. MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
  • 232. ETAPAS COMPORTAMENTAIS 5. ADAPTAÇÃO Estou habituado a diferenças e semelhanças. Adaptação representa para as pessoas uma maneira eficiente de lidar com as diferenças culturais. Nesta fase, existe uma adaptação para comunicar-se e relacionar-se. MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
  • 233. ETAPAS COMPORTAMENTAIS 6. INTEGRAÇÃO Consigo integrar-me na outra cultura. Nesta etapa, a pessoa está totalmente confortável com as diferenças culturais e é capaz de tomar um decisão lógica dependendo do contexto. MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE SENSIBILIDADE INTERCULTURAL
  • 234.
  • 235. GESTÃO E COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL CULTURA ORGANIZACIONAL E PRÁTICAS DE GESTÃO EM DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
  • 236. CULTURA ORGANIZACIONAL E PRÁTICAS DE GESTÃO EM DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS A cultura organizacional de uma empresa (também chamada de cultura empresarial) é o conceito que define a forma com que a organização conduz os seus negócios e em como trata os seus clientes e parceiros. E, nisso, envolve práticas, políticas e comportamentos que são reflexo da cultura.
  • 237. Por exemplo, uma empresa de cosméticos que adota a política de não fazer testes em animais inclui essa prática na sua cultura organizacional. Até mesmo normas simples do dia a dia, como a existência ou não de um dress code, são parte do conjunto de práticas que formam a essência da organização. CULTURA ORGANIZACIONAL E PRÁTICAS DE GESTÃO EM DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
  • 238. Um grande desafio, nesse sentido, é tirar do papel e colocar em prática. Os comportamentos e valores desejados, quase sempre, são previstos em cartas de intenção ou planos para cultura organizacional, mas nem sempre eles se incorporam ao dia a dia. CULTURA ORGANIZACIONAL E PRÁTICAS DE GESTÃO EM DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
  • 239. A cultura organizacional de uma empresa precisa ser pensada a partir de pontos essenciais comuns. Esses pontos são importantes para concretizar a cultura empresarial. Além disso, é um método eficiente para encontrar a missão, os valores e os objetivos da empresa. CULTURA ORGANIZACIONAL E PRÁTICAS DE GESTÃO EM DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
  • 240. Os principais pontos a serem considerados são: •Crenças da empresa: são definidas a partir da convivência das pessoas em grupo; •Valores organizacionais: considerando-se o peso que cada coisa tem dentro da organização; CULTURA ORGANIZACIONAL E PRÁTICAS DE GESTÃO EM DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
  • 241. •Costumes a serem exercidos: considerando que eles são a materialização dos valores e crenças; •Ritos e atividades: são desenvolvidas com frequência visando o aperfeiçoamento; •Cerimónias realizadas: formal e informalmente, pelos membros da empresa. CULTURA ORGANIZACIONAL E PRÁTICAS DE GESTÃO EM DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
  • 242. Essas características são avaliadas a partir da realidade de cada empresa. De nada adianta criar uma cultura organizacional que não tem nenhuma identificação com as características identificáveis dentro da empresa. Este é um ponto essencial: a cultura empresarial é espelho da empresa. CULTURA ORGANIZACIONAL E PRÁTICAS DE GESTÃO EM DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
  • 243. Por isso, as características são tão importantes. Por mais que elas sejam voltadas para diferentes tipos de organizações, são moldadas a partir da experiência individual de cada empresa. CULTURA ORGANIZACIONAL E PRÁTICAS DE GESTÃO EM DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
  • 245. ETIQUETA E PROTOCOLO EMPRESARIAL O protocolo é definido pelo conjunto de regras que presidem às cerimónias civis, militares ou religiosas. Regras estas que exigem especificidades de acordo com o contexto e que implicam o conhecimento e aplicação da ciência ética, para corretamente e passo a passo se aplicarem as normas adequadas.
  • 246. “Sem o protocolo, todas as receções oficiais e ocasiões de encontro entre personalidades políticas, culturais, económicas – que são ou que acreditam ser – seriam ocasiões de disputas incessantes” (Pierre Lascoumes) ETIQUETA E PROTOCOLO EMPRESARIAL
  • 247. A etiqueta é o conjunto de boas maneiras que resultam no comportamento das pessoas. ETIQUETA E PROTOCOLO EMPRESARIAL
  • 248.
  • 249. GESTÃO E COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL ESPECIFICIDADES DAS RELAÇÕES LABORAIS NAS DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
  • 250. ESPECIFICIDADES DAS RELAÇÕES LABORAIS NAS DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS Anualmente, são inúmeras as horas que passamos com os nossos colegas de trabalho, logo é essencial que tenhamos uma boa relação de convivência, para que possamos ter um bom ambiente de trabalho. Quando estamos no trabalho, devemos adaptar o nosso comportamento ao meio e a personalidade daqueles que connosco trabalham.
  • 251. É igualmente importante ter presente que a qualidade dos relacionamentos reflete-se, inevitavelmente, nas relações que estabelecemos com o cliente externo. Onde houver conflituosidade e excesso de competitividade, a qualidade do atendimento e a produtividade jamais poderão atingir níveis satisfatórios. ESPECIFICIDADES DAS RELAÇÕES LABORAIS NAS DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
  • 252. Recomendações para um ambiente de trabalho favorável: •Conversar com os seus colegas; não há nada mais inspirador do que uma saudação honesta; • Ser prestável. ESPECIFICIDADES DAS RELAÇÕES LABORAIS NAS DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
  • 253. •Tratar os colegas com sinceridade e, se possível, de forma cordial; •Manifestar interesse pelos seus colegas; •Ser generoso a elogiar e cauteloso a criticar; •Escutar e valorizar a opinião dos colegas ESPECIFICIDADES DAS RELAÇÕES LABORAIS NAS DIFERENTES ÁREAS CULTURAIS
  • 255. COMUNICAÇÃO EM CONTEXTO INTERCULTURAL A comunicação intercultural baseia-se na consciência de que as diferenças culturais influenciam no processo de comunicação e nos resultados obtidos; tal competência permite compreender as distinções entre culturas numa abordagem positiva.
  • 256. Consiste no conjunto de interações entre pessoas de origens culturais distintas, que usam da linguagem, dos recursos não verbais e dos relacionamentos espaciais para mediar, partilhar e negociar as suas diferenças culturais. COMUNICAÇÃO EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 257. O contexto de trabalho cria uma interação social mediada pela obrigatoriedade, construindo convivências que não se fundamentam na afinidade em muitos dos casos. Os conflitos surgem das diferenças de valores e normas de comportamento herdados de diferentes culturas, cujo choque gera reações emocionais e defensivas. COMUNICAÇÃO EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 258. Com o desenvolvimento da comunicação intercultural nas empresas, os indivíduos passam a responder a situações de conflito não baseados nos seus padrões pessoais, mas em orientações comportamentais baseadas em características culturais. Tornam-se, assim, mais dispostos a interpretar comportamentos sob outro ponto de vista, a adaptar as suas respostas para negociar desentendimentos e a lidar com emoções negativas com menos explosão e mais compreensão. COMUNICAÇÃO EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 259. Nesta abordagem, as diferenças culturais na dinâmica de trabalho deixam de ser fonte de conflito e passam a funcionar como estrutura para avaliar e interpretar os comportamentos próprios e do outro. A consequência direta está na construção de um ambiente muito mais saudável para gestores e colaboradores desempenharem suas funções. COMUNICAÇÃO EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 261. LIDERANÇA EM CONTEXTO INTERCULTURAL Um aspeto relevante é que a liderança possua competências que contribuam para uma gestão intercultural, sendo algumas delas: Curiosidade em conhecer pessoas e culturas diferentes; Resiliência para uma rápida recuperação e tranquilidade diante de incertezas;
  • 262. Capacidade para desenvolver e promover relacionamentos entre as pessoas de diferentes culturas; Capacidade de entender perspetivas e aceitar maneiras diferentes de fazer as coisas; Respeito com as abordagens e os valores dos outros, ter a mente aberta; LIDERANÇA EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 263. Quando se tem uma cultura voltada para relacionamentos, trabalhar gestão intercultural torna-se mais fácil, dado que, é necessário apenas 3 reações para a realização da gestão, sendo elas: Da sua maneira, da minha maneira e da nossa maneira. LIDERANÇA EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 264. Na primeira reação, a adaptação é necessária para conciliar os comportamentos e práticas com as expectativas da cultura local, e isso costuma envolver normas e padrões; LIDERANÇA EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 265. Na segunda reação é necessário minimizar os impactos das diferentes culturas, promovendo ações que viabilizem discussões em equipas, com o objetivo de desenvolver e construir relacionamentos positivos para o crescimento da organização; LIDERANÇA EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 266. Na terceira reação, a promoção de integração cultural é de extrema relevância, dado que, com isso é possível combinar as crenças e práticas da equipa, relevantes para a criação de uma nova norma, uma nova abordagem e colocar em prática a melhor realização de uma determinada ação. LIDERANÇA EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 267. GESTÃO E COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 268. GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO INTERCULTURAL O Inventário de Estilos de Conflitos Interculturais (ICS) desenvolvido por Mitch Hammer pode ser utilizado para inúmeras propostas e pode contribuir com nossos esforços no AFS uma vez que está relacionado à resolução de conflitos entre pessoas de diferentes contextos culturais e que abordam conflitos de maneiras distintas.
  • 269. A ferramenta também pode ser útil em relação à gestão do stress e ansiedade em conflitos interculturais, comunicando apropriadamente e melhorando relações com pessoas de culturas diferentes da sua e auxiliando na mediação de conflito entre outras pessoas. GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 270. O modelo de Estilos de Conflitos Interculturais (ICS) mede a abordagem pessoal à conflitos dentro de dois eixos: 1. Direto/Indireto (D/I), que avalia a preferência pessoal em escolher uma abordagem mais direta ou indireta em resposta a um conflito, e 2. Emocionalmente Expressivo/Contido (E/C), que avalia o grau da forma como cada indivíduo prefere lidar com conflitos: expressando ou contendo as emoções. GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 271. GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 272. 1. Discussão Ema abordagem mais direta para lidar com áreas de desacordo e um discurso emocionalmente mais contido e controlado. As expressões mais intensas e com emoções são vistas como potencialmente perigosas e inibidoras para processos eficazes de resolução de conflitos por pessoas que possuem este estilo GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 273. 2. Colaboração Uma abordagem também direta verbalmente, juntamente com um comportamento emocional expressivo. Este estilo tende a ver a sinceridade de cada uma das partes como positiva durante a dinâmica de conflito e tende a ser um estilo mais confortável do que o estilo de discussão já que as divergências esperadas e trabalhadas em conjunto. GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 274. 3. Acomodação Uma abordagem para a resolução de conflitos mais indireta para lidar com áreas de desacordo e de forma mais emocionalmente contida ou controlada (sem usar as emoções). Este estilo enfatiza ambiguidade e rodeios no uso da linguagem, com o objetivo de prevenir que o conflito aumente. GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 275. 4. Dinâmico Engloba o uso de estratégias indiretas para lidar com conflitos, juntamente com expressões emocionalmente intensas. São comuns neste estilo uso de hipérboles, repetição de uma mensagem, ambiguidade, juntamente com um discurso mais emocional e expressivo. GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 276. Diferenças entre países. Por exemplo, os padrões culturais dos norte-americanos (EUA, Canadá) estão predominantemente dentro do Estilo de Discussão, os padrões europeus normalmente se localizam no Estilo Discussão e/ou Colaboração, e os padrões à conflito das américas central e latina podem ser encontrados nos Estilos Acomodação e Colaboração. GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 277. Padrões culturais asiáticos encontram-se principalmente em Acomodação (e.g. Japão, China). Os padrões culturais para resolução de conflitos dos países árabes do Médio Oriente encontram-se no Estilo Dinâmico e os padrões israelitas podem ser representados pelo Estilo Colaboração. GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 278.
  • 279. A diversidade cultural e consequentemente a comunicação multicultural, colocam desafios às empresas no processo de gestão das equipas. GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 280. Esta implica um novo reposicionamento metodológico, epistemológico e ético ao nível empresarial, mas também de intervenção no domínio das relações interculturais, sendo importante conhecer contextos, identificar conflitos e desenvolver competências em todos os que vivem na sociedade multicultural. GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 281. Atualmente, uma quantidade crescente de equipas multiculturais trabalha em empresas com atividade internacional. A questão do trabalho em equipa em si não é nova, mas, no que diz respeito ao aumento do multiculturalismo, há fatores adicionais, mudanças e desafios envolvidos na dinâmica do trabalho em equipa. GESTÃO DE CONFLITOS EM CONTEXTO INTERCULTURAL
  • 282.
  • 283.
  • 284. CONTACTOS • Rui Pinto • rui.pinto@deltasolucoes.com • https://www.linkedin.com/in/rui-pinto-delta-solucoes/