2. Sexualidade
- A sexualidade, no ser humano, possui um
longo desenvolvimento e tem seu início desde o
nascimento;
- “Sexualidade não é sinônimo de relação sexual. Sexualidade é
a energia que motiva a encontrar o amor, o contato e a
intimidade e se expressa na forma de sentir, nos movimentos
das pessoas, e como estas tocam e são tocadas”;
3. - A sexualidade influencia pensamentos,
sentimentos, comportamentos e interações;
- Depende da pessoa, das suas
características genéticas, das da educação
familiar, das interações ambientais, das
condições socioculturais, etc;
- É na adolescência que se evidenciam os
comportamentos socioafetivos e sexuais.
5. Características da Sexualidade
- Por volta dos 11 – 12 anos, o adolescente está mais voltado
para si mesmo, para o seu corpo;
- O despertar da masturbação: essa prática proporciona um
conhecimento do corpo;
- Mitos sobre a masturbação;
- A masturbação faz parte do
desenvolvimento normal;
6. - Entrar em contato com o corpo modificado
é algo que, quase sempre, causa desconforto
e estranheza;
- Com a intensa excitação, característica da
adolescência, sintomas como medos e fobias
podem aparecer;
- A relação de amizade com os amigos do mesmo sexo é uma
forma de proteger-se do contato com o sexo oposto, que é
muito desejado, mas muito temido também;
- O adolescente pode ter fantasias ou contato com pessoas do
mesmo sexo;
7. - Por volta dos 15 anos, o adolescente começa a definir sua
inclinação sexual;
- A masturbação ainda está presente, mas possui outras
características, pois já é acompanhada de fantasias com
outras pessoas;
- O adolescente volta-se, geralmente,
para o amor heterossexual;
- São frequentes as paixões platônicas;
8. - A pornografia, o uso de álcool ou drogas pode ser alvo de
interesse dos adolescentes;
- As relações em grupo podem acontecer em meio a
sentimentos de inveja, ódio, competição e traição;
- Para alguns adolescentes ocorrem as
primeiras relações sexuais:
1. Os meninos tendem a espalhar a notícia;
2. As meninas ‘rendem-se’ a essa situação.
9. - Há um afloramento da criatividade, do otimismo, do desejo
de justiça...
- No final da adolescência, o jovem está mais independente,
não precisa tanto do grupo e está à procura de um(a)
parceiro(a), com uma capacidade maior de desenvolver a
ternura e o cuidado com o objeto amoroso;
- Há uma tendência a ir substituindo a
masturbação pela relação sexual com
um(a) parceiro(a);
10. - Surgem os primeiros interesses sexuais
e o início de relações íntimas (ficar,
namorar, transar);
- A perda da virgindade ainda é um marco importante para os
jovens;
-A virgindade pode ser vivenciada com orgulho ou com culpa
excessiva, de acordo com a educação e tradição da família;
12. - Idade média da primeira relação sexual:
1. Ocorre entre 15 e 16 anos para os homens;
2. Para as mulheres ocorre aos 17 anos.
- O início cada vez mais precoce da atividade sexual pode
expor os adolescentes a risco aumentado de infecções por
doenças sexualmente transmissíveis, a gravidezes indesejadas
e a abusos sexuais;
- Há um grande desconhecimento sobre relações sexuais.
13. Sexo na Adolescência
- Adolescentes que apresentam vida sexual ativa:
14% dos jovens entre 11 e 14 anos;
44% dos jovens entre 15 e 17;
72% dos jovens acima dos 18 anos.
14. Valores que colocam o adolescente em risco
- Valores machistas pregam que o
homem "normal" é aquele que tem
relações sexuais com o maior número
de parceiras;
- É falta de virilidade deixar de ter relações sexuais com
mulheres que se mostram disponíveis;
- A noção de onipotência, típica dos adolescentes, os leva a
acreditarem que jamais vão contrair doenças sexuais e que
estão imunes a uma gravidez não planejada;
15. - O uso da camisinha muitas vezes está
associado à diminuição do prazer, tornando-
a alvo de preconceitos e rejeição quanto à
utilização;
- Mesmo sendo a monogamia a norma mais recomendada
socialmente, grande parte dos adolescentes buscam sexuais
com vários(as) parceiros(as) ao mesmo tempo;
- Há um apelo sexual frequente e precoce, veiculado pela
mídia, que expõe os jovens a situações ainda não bem
compreendidas por eles.
16. Comunicação entre pais e adolescentes
sobre sexualidade
Glauco. Doçura. Out./1987. p. 80.
19. “Falar de sexualidade,
Não se reduz a falar de sexo.
É falar de emoções,
De sensações,
De sentimentos,
De amor!”
20. Direitos Sexuais e Reprodutivos
• Os Direitos Sexuais e Reprodutivos são uma componente dos Direitos
Humanos universais, referentes à sexualidade, saúde sexual e saúde
reprodutiva que emanam de direitos de liberdade, igualdade,
privacidade, autonomia, integridade e dignidade para todos os seres
humanos. A fim de assegurar que todas as pessoas desenvolvam uma
sexualidade saudável, os direitos sexuais e reprodutivos devem ser
reconhecidos, respeitados, promovidos e defendidos por toda a
sociedade.
21. Carta de Direitos Sexuais e reprodutivos da Federação
Internacional de Planeamento Familiar
• O Direito à vida
• O Direito à liberdade e segurança da pessoa
• O Direito à igualdade e o direito a estar livre de todas as formas de discriminação
• O Direito à privacidade
• O Direito à liberdade de pensamento
• O Direito à informação e educação
• O Direito de escolher casar ou não e de constituir e planear família
• O Direito de decidir ter ou não filhos e quando os ter
• O Direito aos cuidados e à proteção da saúde
• O Direito aos benefícios do progresso científico
• O direito à liberdade de reunião e participação política
• O Direito a não ser submetido nem a tortura, nem a tratamento desumano ou
degradante
23. O que é o planeamento familiar?
O planeamento familiar é uma forma de assegurar aos cidadãos o acesso à
informação, aos métodos de contraceção eficazes e seguros e aos serviços
de saúde adequados, que permitam uma sexualidade segura e saudável,
bem como uma gravidez e parto nas condições mais adequadas.
24. Planeamento familiar
• As consultas de Planeamento Familiar servem para esclarecer dúvidas sobre a
forma como o corpo se desenvolve e o modo com funciona em relação à
sexualidade e à reprodução tendo em conta a idade da mulher; Informa-se
sobre a gravidez; Prestam-se informações Informa-se sobre anatomia e fisiologia
da sexualidade humana e função reprodutiva; Faculta-se informação completa,
isenta e com fundamento científico sobre todos os métodos contraceptivos; É
feito acompanhamento clínico e na escolha do método contraceptivo;
Fornecem-se, gratuitamente, os métodos contraceptivos; Prestam-se
esclarecimentos sobre as consequências de uma gravidez não desejada; Presta-
se ajuda na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de infecções
sexualmente transmissíveis. Efectua-se o rastreio do cancro da mama e do
cancro do colo do útero; Faz-se o acompanhamento da gravidez e a preparação
para o parto.
26. O que se faz nas consultas de
planeamento familiar?
As consultas de planeamento familiar permitem obter informações concretas
sobre:
O desenvolvimento do corpo, em relação à sexualidade e à reprodução;
Gravidez e consequências de uma gravidez não desejada;
Anatomia e fisiologia da sexualidade humana e a sua função reprodutiva;
Métodos contracetivos;
Infeções de transmissão sexual, entre elas as transmitidas pelos vírus: VIH,
hepatites B e C, sífilis e herpes genital.
27. • E para evitar uma gravidez indesejada existem actualmente vários métodos
contraceptivos, sendo que o único método 100 por cento eficaz para evitar a
gravidez é a abstinência, isto é, não ter relações sexuais.
• Mas os métodos contraceptivos ajudam a prevenir a gravidez não desejada,
permitindo a vivência da sexualidade de forma saudável e segura. O grau de
eficácia varia de método para método e em alguns casos, como com a pílula e
o preservativo, o grau de eficácia depende, também, da forma mais ou menos
correcta e continuada de utilização do método. Alguns têm contra-indicações e
efeitos colaterais. Assim, antes de optar por um método contraceptivo, deve
marcar uma consulta de planeamento familiar
30. Quais os tipos de métodos
contracetivos?
Definitivos
Reversíveis
Os métodos reversíveis são aqueles
que permitem a mulher engravidar
quando o deixarem de usar.
Este tipo de métodos têm um efeito
permanente, ou seja, a mulher nunca
poderá engravidar.
31. Como tenho acesso aos métodos
contracetivos e consultas de
planeamento familiar?
Os métodos contracetivos são fornecidos gratuitamente nos centros de
saúde e hospitais públicos, tais como as consultas de planeamento familiar. E
todas as pessoas têm direito ao acesso a consultas e serviços de
planeamento familiar, independente do seu sexo, idade ou estado civil.
32. Métodos Contraceptivos
Naturais
Baseiam-se no cálculo do
Período Fértil da mulher e,
durante esse período, evitam-se
as relações sexuais
(Abstinência)
Não Naturais
Permitem a actividade sexual
mas impedem a fecundação ou a
nidação do embrião
Método do
Calendário ou
Rítmico
Método da
Temperatura
Método do
Muco Cervical
ou Billing
Através da
colocação de
dispositivos
Através da
aplicação de
produtos químicos
Métodos Mecânicos
Métodos
Químicos
Preservativos
(masculinos e
femininos)
Diafragma
Dispositivo
Intra-uterino
Espermicidas
Pílula
Anel Vaginal
Pílula do dia seguinte
33. Métodos Contraceptivos Naturais
Há que determinar o PERÍODO FÉRTIL da mulher e evitar relações sexuais
durante essa altura
Dias do ciclo sexual feminino em que é possível
ocorrer a Fecundação !!!
Se houver relações sexuais
poucos dias antes ou depois
da ovulação, o ovócito II
pode encontrar o
espermatozóide durante o
seu percurso para as
Trompas
Assim, para determinar o período fértil, há que
ter em conta vários aspectos. Entre eles:
Quando ocorre a ovulação;
O tempo de vida dos espermatozóides
dentro do sistema reprodutor feminino (3
dias, aproximadamente)
O período de tempo em que o ovócito II
permanece nas trompas de Falópio e é
susceptível de ser fecundado
É possível determinar o período fértil através do método do
calendário, da temperatura ou do muco cervical
34. Baseia-se na contagem dos dias a partir da primeira menstruação (início
do ciclo sexual feminino)
1º dia da
menstruação
1º dia da
menstruação
seguinte
1º dia 28º dia
14º dia
OVULAÇÃO
(provável)
Período fértil
Exemplo mais concreto
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30 31
Início da menstruação
Ovulação PERÍODO FÉRTIL
Agora há que evitar
ter relações sexuais
durante estes dias
!!!
Parece tão simples…só é necessário
ter um calendário “à mão”…
O ciclo sexual raramente é
constante!!! (Sistema Nervoso,
mudanças de clima e doenças podem
desregulá-lo!)
Para se fazer estes cálculos acerca
do período fértil é necessário
“estudar” o ciclo sexual pelo menos
durante 2 anos
35. Baseia-se no estudo da temperatura – o dia da ovulação é determinado por
uma descida nos valores de temperatura seguida de uma subida
E prevendo o dia da ovulação pode
determinar-se o período fértil e, mais uma
vez, evitar relações sexuais durante esse
período de tempo…
Parece tão simples…só é
necessário ter um
termómetro “à mão”…
É muito moroso e incómodo pois exige a verificação
diária da temperatura e seu registo – a temperatura deve
ser medida no ânus ou na vagina, de manhã, em repouso,
em jejum e sempre à mesma hora e com o mesmo
termómetro.
Em caso de gripe ou outra qualquer doença que
provoque estados febris, este método torna-se
completamente inútil!
36. Baseia-se na observação do muco segregado pelo colo do útero (substância
gelatinosa) e que sai pela vagina. Este muda de aspecto durante o ciclo
sexual feminino
Após a menstruação há um período de secura (inexistência
de muco). Segue-se um período de aparecimento de muco
viscoso e, a coincidir com a ovulação, um muco mais fluido
semelhante a clara de ovo. Vem depois um novo período de
secura
O muco cervical torna-se fluido na
altura da ovulação para facilitar o
movimento dos espermatozóides !!!
Este método exige muita prática para que
ocorra um correcto reconhecimento do
aspecto do muco
Inflamações do colo do útero podem
alterar o aspecto do muco e provocar
interpretações erradas …
37. Todos estes métodos são naturais: tentam prever o Período Fértil
Apesar de nenhum deles envolver grandes custos apresentam muitas
desvantagens…
● São muito falíveis, especialmente em mulheres
jovens pois os seus ciclos menstruais ainda se estão
a regularizar logo é difícil prever a ovulação
● Implicam abstinência sexual
● Só são aconselhados em casais fiéis, com uma
vida sexual estável, pois NÃO PROTEGEM DAS
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Assim, é importante tentar usar outros métodos contraceptivos que sejam mais
seguros e fiáveis…
Métodos Não Naturais Mecânicos
Químicos
● Há espermatozóides que podem permanecer
viáveis durante 6 dias e ovócitos durante 2 ou 3.
● Podem ocorrer ovulações espontâneas
38. Métodos Contraceptivos Não Naturais:
Mecânicos
Implicam a colocação de dispositivos que
impeçam a fecundação ou implantação do
embrião no útero
Preservativos: Masculinos e Femininos
Diafragma
Dispositivo Intra-Uterino (DIU)
39. O preservativo masculino constitui uma barreira à passagem do esperma para a
vagina durante o coito. A maioria dos preservativos são feitos de latex. Quando
usado corretamente, para além de ajudar a prevenir a gravidez, é um método que
diminui o risco de contrair DST.
Nível de eficácia:
A eficácia deste método depende da
sua utilização correta e sistemática.
Ocorrem 5 a 10 gravidezes por ano em
cada 100 mulheres.
Preservativo masculino
40. Preservativo feminino
O preservativo feminino tem a forma de um tubo feito à base de silicone com um anel na
extremidade. Deve ser introduzido na vagina antes da relação sexual. Depois da ejaculação, o
preservativo retém o esperma prevenindo o contacto com colo do útero, evitando a gravidez.
O preservativo feminino protege contra as DST.
Nível de eficácia:
Se usado corretamente, é um método
seguro. Estima-se que possam ocorrer 10
gravidezes por cada ano em 100 mulheres
(Fonte: DGS).
41. Diafragma
O diafragma é um dispositivo de borracha com um aro flexível que se introduz na vagina. Quando
corretamente introduzido previne o contacto do esperma com o colo do útero, funcionando como
meio eficaz de contraceção, contudo não previne DSTS.
Nível de eficácia:
O diafragma oferece um nível de
eficácia relativamente alto.
15 gravidezes em cada 100 mulheres /
ano.
43. Pílula
A pílula contracetiva é um método que, através da ação hormonal, inibe a ovulação evitando a
gravidez.
A mulher deverá ser acompanhada periodicamente por um médico.
Existem as pílulas de tipo combinado (COC) que contêm estrogénio e progestagénio. Existem
ainda pílulas que contêm só progestagénio (POC), que devem ser receitadas caso o estrogénio não
seja recomendável. A pílula não protege das DSTS.
Nível de eficácia:
Se tomada corretamente, a pílula apresenta
um elevado grau de eficácia.
Combinado (COC): 0,1-1 gravidezes por ano
em cada 100 mulheres.
Progestativo (POC): 1,15 gravidezes por ano
em cada 100 mulheres.
45. Histórico
• Evolução das pílulas
• Redução nas dosagens de Estrogênio
• Pílulas modernas de baixa dosagem e menor incidência de
efeitos colaterais
• Redução no custo do tratamento
Anticoncepcional Oral
pilula
46. PÍLULA ANTICONCEPCIONAL
• É um método muito eficaz (seguro) quando se usa corretamente
(0,1% de falha);
• As pílulas modernas de baixa dosagem têm muito poucos efeitos
negativos sobre a saúde;
• Desinformação, mitos e crenças fazem com que as pessoas, ainda,
digam que as pílulas fazem mal à saúde.
47. COMO TOMAR ?
• 1o dia da menstruação
• 1 x / dia (mesmo horário)
• 21 dias
• Local (escova de dente)
ESQUECIMENTO
• 1 cp – tomar assim que lembrar (PROTEÇÃO ?)
• Mais que 1 cp – seqüência normal (PROTEÇÃO !)
48. 21 dias 21 dias
7 dias 7 dias
1 21 21 8
8
o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o
Anticoncepcional Oral
Ciclos
49. A PÍLULA previne uma gravidez indesejada - É UM EXCELENTE
CONTRACEPTIVO - mas acarreta alguns inconvenientes:
Não protege os intervenientes do acto sexual das doenças sexualmente
transmissíveis
Talvez seja melhor usar
também o PRESERVATIVO!
Não quero ficar infectado!
A mulher deve ser observada pelo médico antes de iniciar o uso da pílula porque ela pode ser-
lhe prejudicial
A associação pílula – tabaco aumenta o risco de
doenças cardio-vasculares
Tem de ser tomada regularmente e, como tal, pode provocar
alguns efeitos secundários (aumento ou perda de peso, náuseas,
dores de cabeça, nervosismo, pequenas hemorragias menstruais, cãibras,
etc)
Pode sofrer redução de eficácia por acção de outros medicamentos
aumentando o risco de gravidez indesejada
50. A pílula do dia seguinte poderá
ser uma boa “solução”:
Não tem de ser tomada regularmente
como a outra pílula
Pode ser adquirida sem receita médica
A dose hormonal destas pílulas é muito maior que a de uma pílula
normal …
pode provocar náuseas e vómitos
se tomada frequentemente pode provocar alterações graves no ciclo sexual
feminino !!! Nunca deve ser usada mais que uma vez no mesmo ciclo menstrual.
Não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis
Este método contraceptivo deve ser usado apenas em último recurso !!!
51. É um anel suave e flexível, com cerca de 5 cm de comprimento,
que se coloca na vagina uma vez em cada mês
É libertada de forma regular e controlada uma baixa dose de hormonas que impedem a
estimulação dos ovários (essa libertação é activada pela temperatura corporal)
Como actua o anel vaginal?
Trata-se de um método contraceptivo não natural químico !
• É um método relativamente recente
• É eficaz (risco de gravidez entre 0,2 a 0,4 %)
• Deve ser prescrito por um médico
52. Mas existem ainda outros métodos contraceptivos…
Consiste em retirar o pénis do interior
da vagina antes da ejaculação
(método difundido desde meados do século XVII)
Não protege contras as doenças sexualmente
transmissíveis;
Exige um grande controle e experiência por parte
do homem;
Antes da ejaculação em si, existem já, nas vias
genitais masculinas, espermatozóides.
Método MUITO pouco eficaz na
prevenção de uma gravidez !!!
(Taxa de insucesso acima dos 40%)
53. Adesivo
Trata-se de um adesivo fino, quadrado, confortável e fácil de aplicar. O adesivo transfere uma
dose diária de hormonas, o estrogénio e progestagénio, através da pele, para a corrente
sanguínea.
Estas hormonas são similares às produzidas pelos ovários e usadas também nas pílulas
contracetivas.
O adesivo funciona de duas formas:
- Impede a ovulação (libertação do óvulo)
- Torna mais espesso o muco do colo do útero, dificultando a entrada dos
espermatozoides no útero.
Nível de eficácia:
Apesar de não haver ainda
muita informação, estima-se
que a taxa de eficácia se
aproxime dos 98%.
54. DISPOSITIVOS INTRA-UTERINOS
(DIU)
O DIU é um pequeno dispositivo de plástico revestido com fio de cobre que é inserido no útero.
Impede a gravidez através da alteração das condições uterinas e funcionando também como uma
barreira aos espermatozoides. A inserção é feita numa consulta médica, podendo permanecer no
útero durante vários anos.
- Pretende um método de longa duração, reversível e que não interfira na relação sexual;
- Tem um relacionamento estável e não há risco de relações com outros parceiros;
- Tem um ou mais filhos ou acabou de ter;
- Para quem tolera alterações na menstruação, nomeadamente fluxos menstruais mais
abundantes e prolongados;
- Pretende uma rápida recuperação dos níveis de fertilidade.
Nível de eficácia:
O nível de eficácia do DIU é muito elevado
e aumenta com o tempo de utilização.
0,1- a 2 gravidezes por ano em cada 100
mulheres.
55. Contraceção hormonal injetável
Tal com a designação indica, trata-se de um método contracetivo que consiste numa injeção
intramuscular profunda de uma solução aquosa contendo acetato de medroprogesterona (DMPA). A
solução vai-se introduzindo lentamente na corrente sanguínea e, à semelhança da pílula, previne a
ovulação. Cada injeção tem um efeito até 3 meses (12 semanas).
A utilização da contraceção hormonal injetável deve ser indicada quando é necessário um método
de elevada eficácia e, por razões médicas, não é recomendado o uso da contraceção oral (pílula) ou o
Dispositivo Intrauterino (DIU).
Nível de eficácia:
Elevado nível de eficácia 0,0 a
1,3 gravidezes por ano em cada 100
mulheres.
56. Implante
Trata-se de um método contracetivo de longa duração. O implante liberta progestagénio que impede
a ovulação, prevenindo a gravidez. A inserção do implante é feita no antebraço por um profissional
especializado. Trata-se de um procedimento simples em que apenas é necessário o uso de uma
anestesia local.
O efeito de um implante pode prolongar-se de 3 a 5 anos e a sua remoção deve ser feita também
por um médico. É recomendável para as mulheres que estejam a ponderar a esterilização, mas ainda
não tomaram a decisão final.
Nível de eficácia:
O nível de eficácia dos implantes é
muito elevado.
0 a 0,07 gravidezes por ano em
cada 100 mulheres ( 99,8%).
57. Espermicidas
Os espermicidas são compostos por substâncias que eliminam a mobilidade dos
espermatozoides. Podem apresentar-se sob a forma de creme, gel, espuma ou comprimidos
vaginais. O espermicida deve ser introduzido na vagina até 1 hora antes da relação sexual.
Nível de eficácia:
A eficácia do espermicida é
limitada. A sua ação pode ser
melhorada e potenciada se utilizado
com outro método contracetivo.
58. Contraceção de Emergência
A contraceção de emergência (CE) refere-se aos métodos que podem ser utilizados depois de
uma relação sexual não protegida ou nos casos em que há falha do método contracetivo utilizado
(ex: o preservativo rompeu, saiu ou ficou retido na vagina, houve falha na toma da pílula, o DIU
deslocou-se, houve erro no cálculo do período fértil). A contraceção de emergência não é abortiva.
Pode atuar de várias formas para prevenir a gravidez, consoante a altura do ciclo menstrual em
que é tomada, mas nunca interrompe uma gravidez em curso.
Como funciona:
- Pode inibir ou adiar a ovulação (a saída do
óvulo do ovário);
- Pode impedir a fertilização (o encontro do
espermatozoide com o óvulo);
- Pode impedir a nidação (implantação do ovo
na parede do útero).
59. Métodos Definitivos
Os métodos cirúrgicos ou de esterilização voluntária visam bloquear os canais que, no
homem ou na mulher, são responsáveis pelo contacto entre o esperma e o óvulo potenciando a
ocorrência de uma gravidez.
Como se tratam de métodos potencialmente irreversíveis, ou de carácter permanente,
estão indicados apenas para quem está seguro da decisão de não querer ter mais filhos. De
acordo com a legislação portuguesa, a esterilização voluntária só pode ser feita por maiores
de 25 anos.
60. Laqueação de trompas
A laqueação de trompas é um procedimento cirúrgico que consiste na oclusão bilateral das trompas
de Falópio, impedindo assim que os espermatozoides entrem em contacto com óvulo.
Nível de eficácia:
O grau de eficácia é muito
elevado.
61. A vasectomia é uma operação simples que consiste no corte ou ressecção dos canais
deferentes responsáveis pelo transporte dos espermatozoides que são expelidos durante
a ejaculação.
Vasectomia
Nível de eficácia:
Trata-se de um método contracetivo
de elevada eficácia.
0,5 de gravidezes por cada 100
homens / ano