1. Professor: Guerino Bandeira Junior
Genética aplicada a
Galinhas
ALICE BUSS, BRUNNA FERRAZ DREHER, EDUARDA CHEMIN, ISABEL HEINECK, LAURA DONATTI
INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA CAMPUS FREDERICO WESTPHALEN
CURSO BEL. MEDICINA VETERINÁRIA
GENÉTICA
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2. INTRODUÇÃO
Na América do Sul, as aves, especificamente os galináceos de produção, tiveram origem na fase de
colonização, nos períodos de comércio entre espanhóis e asiáticos. Hoje sabemos que o Brasil ocupa o
terceiro lugar no ranking mundial de produção de frangos de corte, ficando atrás somente dos EUA e China,
ratificando a ampla importância deste assunto em nosso país.
A formação de raças surgiu a partir do isolamento geográfico praticado por algumas regiões. A Grécia,
por exemplo, iniciou os estudos de galos de briga. O interesse produtivo originou-se na Roma, visando
características favoráveis para a produção de ovos e carne.
Já os estudos genéticos relacionados a galinhas iniciaram no século XIX, com o objetivo principal
apontado para a melhora nas raças, visando produtividade de ovos e maior rendimento de carcaça.
4. METODOLOGIA
Visando compreender a genética de galináceos e relacionar os conhecimentos adquiridos com aqueles
pré-existentes, para este trabalho foi realizada uma revisão bibliográfica com o auxílio de livros, sites e artigos
científicos da área da Medicina Veterinária. Além disso, para exemplificar e tornar a pesquisa mais didática,
buscou-se apoio em imagens ilustrativas e esclarecedoras sobre a anatomia, fisiologia e genética de aves.
5. GENÉTICA DA ESPÉCIE
As galinhas domésticas, Gallus gallus domesticus, fazem parte da
ordem Galliforme e família Phasianidae, difundidas em todo território
mundial.
Originária de quatro ramos genealógicos distintos, o americano, o
mediterrâneo, o inglês e o asiático, espalhou-se pelo mundo devido seu
aproveitamento de carcaça, em que tudo é aproveitado desde, a carne de
frango, ovos e até penas.
Dessa forma, destaca-se como uma das principais fontes de proteína
do cenário atual.
6. GENÉTICA DA ESPÉCIE
● Gallus gallus domesticus = 78 cromossomos;
● Variabilidade genética proveniente de reprodução sexuada;
● Fêmeas heterogaméticas (ZW);
● Machos homogaméticos (ZZ);
7. GENÉTICA DA COR
● Coloração dada por epistasia (interação inibitória de manifestação de caráter);
● Caráter dominante ou recessivo;
● I = gene epistático (impede a manifestação de pigmento);
● i = não possui efeito inibitório;
● C = dominante/colorido;
● c = recessivo/branca.
8. GENÉTICA DA CRISTA
● Formato dado por genes complementares;
● Genes independentes que em conjunto formam determinado fenótipo;
● E = dominante/crista ervilha;
● R = dominante/crista rosa;
● Caso nenhum dos genes dominante aoarecer, a crista é simples;
● Junção de dois dominantes codifica a crista noz.
➔ R_ee: Crista Rosa
➔ rrE_: Crista Ervilha
➔ R_ E_: Crista noz
➔ rree: Crista simples
9. MELHORAMENTO GENÉTICO
O que explica a evolução fisiológica desta espécie,
em que estudos focam no aperfeiçoamento genético destas
para melhor produtividade e, consequentemente,
lucratividade.
Nos aspectos genéticos, analisou-se a melhora na
conversão alimentar, do rendimento de carcaça, redução da
idade ao abate, tamanho e conformação do peito nas linhas
puras de corte, empenamento, resistência da casca, além
de erradicar predisposição a infecções virais.
10. CRUZAMENTOS
● Melhoramento genético;
● Avicultura visada a lucratividade, maior produtividade em menor tempo de crescimento;
● Cruzamento entre espécies diferentes = adaptação.
➔ Galo de Raça Pura x Galinha Híbrida: indicadas para produção de ovos, mas não para abate;
➔ Galo de Raça Pura x Galinha Pé Duro: cruzamento não indicada para avicultura de qualidade;
➔ Galinha de Raça Pura x Galo Híbrido: bom ganho de peso, indicado para abate;
➔ Galo Híbrido x Galinha Híbrida: cruzamento não indicada para avicultura de qualidade;
➔ Galo de Raça Pesado x Galinha de Raça Pesada: bom ganho de peso, indicado para abate;
➔ Galo de Raça Pesado x Galinha Mista: dupla aptidão (abate e ovos);
➔ Galo Indio Gigante x Galinha Híbrida: rápido ganho de peso, adaptação aos climas brasileiros,
alta rusticidade.
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12. LINHAGENS DE PRODUÇÃO
● Raças inglesas com alto índice de produção de carne:
Cornish Branca Cornish Preta
16. LINHAGENS DE PRODUÇÃO
● Raças islandesas com alto índice de produção de carne e ovos:
Rhode Island Branca
Rhode Island Vermelha
17. LINHAGENS DE EXPOSIÇÃO
Cochin (China) Bantam (Japão) Turken (Transilvânia)
Sussex (Inglaterra)
Brahma (China)
Sumatra (Sumatra)
18. TAMANHO DOS OVOS
● Determinados geneticamente;
● Pequeno e jumbo;
● Estrutura corporal e postura adequadas, nutrição
balanceada e cruzamento;
● Espaçamento pélvico.
19. RENDIMENTO DE CARCAÇA
Consiste na porcentagem de peso vivo da ave, tanto pelas vísceras quanto pela combinação de partes
VANTAGENS
Carcaças com maior produção de
carne relacionadas a menor custo de
processamento
DESVANTAGENS
RC e incidência de ascite são
correlacionadas
aumento a deposição de gordura
21. RENDIMENTO DE CARCAÇA
Destaca-se como rendimento de partes segundo o peito, a coxa e sobrecoxa.
CARCAÇA IDEAL
● Musculatura
● Sem defeitos
● Magra
● Carne saborosa ‘’Carne com qualidade’’
=
Característica desejável e valorizada
pelo consumidor
22. EVOLUÇÃO DE FRANGOS DE CORTE
● Melhoramento genético, nutrição e manejo;
● Raça híbrida proveniente do cruzamento de quatro linhagens puras (Rhode Island);
● Entre os anos de 1976 a 2007 aumentou-se o peso vivo em menor intervalo de tempo;
● Maior rendimento de carcaça e peito com menor disponibilidade de ração.
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24. EVOLUÇÃO DAS POEDEIRAS
● Melhoramento genético, nutrição e manejo;
● Linhagens puras (White Leghorn);
● Rápido empenamento, maturidade sexual e pico de postura;
● Verificação entre os anos de 1910 a 2001 = 238 ovos, 2g/ovo.
28. CONCLUSÃO
Ao longo do desenvolvimento deste trabalho, foi possível analisar as diferentes características genéticas
apresentadas nas diferentes raças de galinhas, além de validar com mais profundidade os estudos que abordam
sobre melhoramento genético e sua importância para o setor comercial.
Pode-se concluir que o discernimento acerca do assunto desenvolvido durante a execução deste, nos
permite maior segurança e ciência sobre a caracterização, morfologia, genética e algumas curiosidades sobre a
espécie abordada.
29. REFERÊNCIAS
ARAÚJO, A. et al - Caracterização genética de Galinhas (Gallus gallus domesticus) de comunidades rurais do meio-norte do Brasil.
Disponível em: https://downloads.editoracientifica.org/articles/210203291.pdf. Acesso em: 28 out 2022.
BOMFIM, C. - Fatores de Atenção no Tamanho dos Ovos de Galinha Caipira. Disponível em:
https://www.vetjr.com/post/fatores-de-aten%C3%A7%C3%A3o-no-tamanho-dos-ovos-de-galinhas-caipiras. Acesso em: 28 out 2022.
QUEIROZ, S. - Melhoramento Genético de Aves. Disponível em:
https://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/zootecnia/SANDRAAIDARDEQUEIROZ/mgaves-corte2013-parte1.pdf. Acesso em: 28 out 2022.
MONTEIRO, F. - A ‘Galinha Gótica’ que tem pele, órgãos e ovos completamente negros. Disponível em:
https://br.thecatsociety.org/noticias/5bc4c271e262ba63c419aa12-a-galinha-gotica-que-tem-pele-ossos-orgaos-carne-tudo-completamente-negros.ht
ml#main. Acesso em: 28 out 2022.
SANTOS, J. - Interação Gênica, Poligenia e Epistasia. Disponível em: https://blogdoenem.com.br/biologia-genica-epistasia-poligenia/. Acesso
em: 28 out 2022.
SOUSA, G. - Galo de Raça e Prática de Melhoramento Genético. Disponível em:
https://agron.com.br/publicacoes/informacoes/artigos-tecnicos/2016/11/19/051364/galo-de-raca--pratica-de-melhoramento-genetico. Acesso em: 28
out 2022.