SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
Baixar para ler offline
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
SANTA CATARINA
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE METAL MECÂNICA
CURSO TÉCNICO EM MECÂNICA
Cálculo Simplificado de Parafusos
Prof. Eng. Mec. Norberto Moro
Téc. Em Mec. Charles Aguiar May
FLORIANÓPOLIS – junho de 2017
2
SUMÁRIO
1. PARAFUSO ..................................................................................................4
1.1 ROSCAS...................................................................................................6
1.1.1 PASSO DA ROSCA ...........................................................................7
1.1.2 ENTRADAS DAS ROSCAS................................................................7
1.1.3 DIREÇÂO DA ROSCA........................................................................7
1.2 DIMENSIONAMENTO DO PARAFUSO ...................................................8
1.2.1 CÁLCULO SIMPLIFICADO ................................................................8
2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................22
3
SIMBOLOGIA
A Área
F Força
M Momento
R Reação
Sg Coeficiente de Segurança
σ Tensão Normal
σadm Tensão admissível
σe Tensão de escoamento
∑ Somatório
Ø Diâmetro
4
1. PARAFUSO
O que é: O parafuso é um elemento de ligação
formada por um corpo cilíndrico, sendo cabeça (há
parafusos sem) e rosca (há alguns com parte da
haste sem rosca).
Emprego: É empregado para fixação de peças
variadas, de forma não permanente e que podem ser
facilmente montadas edesmontadas.
Classificação: Existem quatro grandes grupos de
parafusos
- Passantes, não passantes, de pressão e prisioneiros.
Fabricação: são fabricados por conformação plástica
(prensagem ou rolagem em matrizes abertas) ou por
usinagem (torneamento ou fresamento).
Passante: atravessam as peças e são
fixos com porcas.
Não passante: a fixação da rosca é
feita numa das peças, sem a
necessidade de porca.
Pressão: a pressão é exercida pelas
pontas dos parafusos contra a peça a
ser fixada.
Prisioneiros: são parafusos sem
cabeça roscados em ambas pontas,
para peças que exigem montagem e
desmontagem frequentes.
5
Tipos: Ver tabela abaixo.
Aplicações:
Cabeça sextavada: usado com ou sem rosca, é
aplicado para uniões que necessitam forte aperto (com
chave deboca).
Sextavado interno (Allen): é utilizado em uniões que
necessitam forte aperto em locais com pouco espaço
para manuseio de ferramentas.
Sem cabeça e fenda/sextavado interno: é utilizado para
travar elementos de máquinas não deixando saliências
externas.
6
Cabeça escareada chata com fenda: é usado em
montagens que não sofrem grandes esforços e cuja
cabeça não pode exceder a superfície.
Cabeça redonda com fenda: usado em montagensque
não sofrem grandes esforços, proporcionando bom
acabamento superficial.
Cabeça cilíndrica com fenda: usado na fixação de
elementos nos quais existe a possibilidade de se fazer
um encaixe profundo para a cabeça do parafuso e bom
acabamento superficial.
Cabeça escareada boleada com fenda: usado na
fixação de elementos com pouca espessura ficando a
cabeça embutida.
Rosca soberba (vários tipos de cabeça): usado em
madeira e em peças de alvenaria (junto com buchas
plásticas).
1.1 ROSCAS
O tipo de rosca usada num parafuso irá determinar a sua aplicação.
Veja os tipos na tabela abaixo.
Parafusos e porcas de fixação na
união de peças (ex.: peças e
máquinas em geral).
Fusos que transmitem movimento
suave e uniforme (ex.: máquinas
operatrizes).
Parafusos de grandes diâmetros
sujeitos a grandes esforços (ex.:
equipamentos ferroviários).
Fusos que sofrem grandes
esforços e choques (ex.: prensas
e morsas).
Fusos que exercem grandes
esforços num só sentido (ex.:
macacos de catraca).
7
1.1.1 PASSO DA ROSCA
O passo da rosca é a distância entre dois pontos de um filete ao
correspondente do seu sucessor, ou seja, a cada uma volta do parafuso na
porca, ele se desloca a distância em milímetros correspondente ao passo da
roca. Exemplo: passo 1,25. A cada uma volta do parafuso na porca, ele se
desloca 1,25mm. É definido a partir da aplicação do parafuso. Ele será:
• Grosso ou grande: quando necessitar-se de deslocamento com
velocidade e/ou quando sob esforços muito significativos atuantes
sobre o parafuso;
• Fino ou pequeno: quando necessitar-se de um deslocamento com
precisão, ou seja, baixa velocidade e/ou quando sob esforços
muito baixos atuantes sobre o parafuso.
Os valores de passo para ser 1,5 ou 1,25 entre outros, estão amarrados ao
diâmetro do parafuso, ou seja, são valores tabelados. Feito o cálculo do
diâmetro, procura-se uma tabela e se verifica o passo a ser aplicado ao
parafuso.
1.1.2 ENTRADAS DAS ROSCAS
Existe roscas com mais de uma entrada para os filetes. Há parafusos de
uma, duas e três entradas.
• Uma entrada: o avanço é igual ao passo.
• Duas entradas: o avanço é duas vezes o passo
• Três entradas: o avanço é três vezes o passo.
1.1.3 DIREÇÂO DA ROSCA
As roscas podem ser fabricadas para dar aperto e soltura em dois
sentidos, direita e esquerda. A rosca esquerda, a qual afrouxa-se para o sentido
horário é empregada quando o elemento fixado tem uma alta vibração e gira no
8
sentido contrário ao aperto. Dito isso, opta-se por utilizar uma rosca invertida
para que ao invés de afrouxar, apertar o parafuso ou elemento de fixação.
1.2 DIMENSIONAMENTO DO PARAFUSO
Para dimensionar um parafuso é necessário tomar conhecimento de duas
coisas:
1ª. Saber qual o material dos parafusos a ser usado, e o respectivo coeficiente
de segurança;
2ª. Ter conhecimento das forças (perpendiculares – tração) atuantes no
parafuso.
1.2.1 CÁLCULO SIMPLIFICADO
𝐹𝐶𝑃 =
FPA(N)
NºP
, sendo:
FPC: força que atua em cada parafuso;
FPA: força na placa “a”;
NºP: número de parafusos.
9
2-EXEMPLOS RESOLVIDOS
2.1Exemplo 1:
Calcular o diâmetro dos parafusos que sustentarão as placas. Considerar
material Aço ABNT 1020 LQ e SG=2.
Ra=Rb=1t
Tensão admissível:
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝜎𝑒
𝑆𝑔
=
210
2
= 105𝑀𝑃𝑎
Placa A:
𝐹𝐶𝑃 =
FPA(N)
NºP
=
10000
2
= 5000𝑁
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐹𝐶𝑃(𝑁)
𝐴(𝑚𝑚2)
= 105 =
5000
𝐴
= 𝐴 =
5000
105
= 47,6𝑚𝑚²
Ø = √𝐴(𝑚𝑚2) ∗
4
𝜋
= √
47,6 ∗ 4
𝜋
= 7,7𝑚𝑚
10
Placa B:
𝐹𝐶𝑃 =
FPB(N)
NºP
=
10000
4
= 2500𝑁
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐹𝐶𝑃(𝑁)
𝐴(𝑚𝑚2)
= 105 =
2500
𝐴
= 𝐴 =
2500
105
= 23,8𝑚𝑚²
Ø = √𝐴(𝑚𝑚2) ∗
4
𝜋
= √
23,8 ∗ 4
𝜋
= 5,63𝑚𝑚
Comercialmente utilizara-se parafusos M8 porque a diferença de preço
entre os diâmetros calculados é mínima e sendo a favor da segurança e
facilitar a manutenção.
Dá-se a nomenclatura do parafuso por M8, onde:
M: rosca métrica
8: diâmetro externo do parafuso em milímetro
Sendo ela, quando não especificada, rosca triangular de passo x.
2.2 Exemplo 2:
11
Calcular o diâmetro dos parafusos que sustentarão as placas. Considerar
material Aço ABNT 1020 LQ e SG=2.
∑ Fy= 0 RA+RB-4t= 0
∑ Fy= 0 RA+RB= 4t
∑ Ma=0 4.2 – RB.6 =0
∑ Ma=0 8 – RB6= 0
∑Ma=0 RB6= 8
∑Ma=0 RB=
8
6
= 1,33𝑡
∑ Fy= 0 RA+1,33= 4t
∑ Fy= 0 RA=4t – 1,33t
∑ Fy= 0 RA= 2,67t
Tensão admissível:
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝜎𝑒
𝑆𝑔
=
210
2
= 105𝑀𝑃𝑎
Placa A:
𝐹𝐶𝑃 =
FPA(N)
NºP
=
26700
4
= 6675𝑁
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐹𝐶𝑃(𝑁)
𝐴(𝑚𝑚2)
= 105 =
6675
𝐴
= 𝐴 =
6675
105
= 63,57𝑚𝑚²
Ø = √𝐴(𝑚𝑚2) ∗
4
𝜋
= √
63,57 ∗ 4
𝜋
≈ 9𝑚𝑚
Placa B:
𝐹𝐶𝑃 =
FPB(N)
NºP
=
13300
2
= 6650𝑁
12
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐹𝐶𝑃(𝑁)
𝐴(𝑚𝑚2)
= 105 =
6650
𝐴
= 𝐴 =
6650
105
= 63,33𝑚𝑚²
Ø = √𝐴(𝑚𝑚2) ∗
4
𝜋
= √
63,33 ∗ 4
𝜋
≈ 9𝑚𝑚
2.3Exemplo 3:
Calcular o diâmetro dos parafusos que sustentarão as placas. Considerar
material Aço ABNT 1020 LQ e SG=2.
∑ Fx= 0 𝑅𝐴𝑥 − 𝑅𝐵𝑥 = 0
∑ Fx= 0 𝑅𝐴𝑥 = 𝑅𝐵𝑥
∑ Fx= 0 𝐶𝑜𝑠30° . 𝑅𝐴 = 𝐶𝑜𝑠60° . 𝑅𝐵
∑ Fx= 0 0,86 . 𝑅𝐴 = 0,5 . 𝑅𝐵
∑ Fx= 0 𝑅𝐴 =
0,5𝑅𝐵
0,86
= 0,58𝑅𝐵
∑ Fy= 0 𝑅𝐴𝑦 + 𝑅𝐵𝑦 − 10𝑡 = 0
∑ Fy= 0 𝑅𝐴𝑦 + 𝑅𝐵𝑦 = 10𝑡
∑ Fy= 0 𝑆𝑒𝑛30°. 𝑅𝐴 + 𝑆𝑒𝑛60°. 𝑅𝐵 = 10𝑡
∑ Fy= 0 0,5. (0,58𝑅𝐵) + 0,86. 𝑅𝐵 = 10𝑡
∑ Fy= 0 0,29𝑅𝐵 + 0,86𝑅𝐵 = 10𝑡
∑ Fy= 0 1,15𝑅𝐵 = 10𝑡
∑ Fy= 0 𝑅𝐵 =
10
1,15
= 8,6t
13
∑ Fy= 0 𝑅𝐴 = 0,58 . 8,6 = 4,9𝑡
𝑅𝐴𝑦(𝐹𝑃𝐴) = 𝑅𝐴 . 𝑆𝑒𝑛30°
𝑅𝐴𝑦(𝐹𝑃𝐴) = 4,9 .0,5 = 2,45𝑡
𝑅𝐵𝑦(𝐹𝑃𝐵) = 𝑅𝐵 . 𝑆𝑒𝑛60°
𝑅𝐵𝑦(𝐹𝑃𝐵) = 8,6 .0,86 = 7,39𝑡
Tensão admissível:
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝜎𝑒
𝑆𝑔
=
210
2
= 105𝑀𝑃𝑎
Placa A:
𝐹𝐶𝑃 =
FPA(N)
NºP
=
24500
3
= 8166,66𝑁
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐹𝐶𝑃(𝑁)
𝐴(𝑚𝑚2)
= 105 =
8166,66
𝐴
= 𝐴 =
8166,66
105
= 77,77𝑚𝑚²
Ø = √𝐴(𝑚𝑚2) ∗
4
𝜋
= √
77,77 ∗ 4
𝜋
≈ 10𝑚𝑚
Placa B:
𝐹𝐶𝑃 =
FPB(N)
NºP
=
73900
4
= 18475𝑁
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐹𝐶𝑃(𝑁)
𝐴(𝑚𝑚2)
= 105 =
18475
𝐴
= 𝐴 =
18475
105
= 175,95𝑚𝑚²
Ø = √𝐴(𝑚𝑚2) ∗
4
𝜋
= √
175,95 ∗ 4
𝜋
≈ 15𝑚𝑚
14
2.4Exemplo 4:
Calcular o diâmetro dos parafusos que sustentarão as placas. Considerar
material Aço ABNT 1020 LQ e SG=2.
Representação da força na placa B, fisicamente:
Placa B:
𝐹𝐶𝑃 =
FPB(N)
NºP
=
100000
2
= 50000𝑁
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐹𝐶𝑃(𝑁)
𝐴(𝑚𝑚2)
= 105 =
50000
𝐴
= 𝐴 =
50000
105
= 476,19𝑚𝑚²
15
Ø = √𝐴(𝑚𝑚2) ∗
4
𝜋
= √
476,19 ∗ 4
𝜋
≈ 25𝑚𝑚
Representação da força na placa A, fisicamente:
Placa A:
𝐹𝐶𝑃 =
FPA(N)
NºP
=
50000
3
= 16666,66𝑁
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐹𝐶𝑃(𝑁)
𝐴(𝑚𝑚2)
= 105 =
16666,66
𝐴
= 𝐴 =
16666,66
105
= 158,73𝑚𝑚²
Ø = √𝐴(𝑚𝑚2) ∗
4
𝜋
= √
158,73 ∗ 4
𝜋
≈ 15𝑚𝑚
3-EXERCICIOS
16
17
18
19
20
21
22
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Elementos de Máquinas. Parte II – Características dos Elementos. Eng. Mec.
Norberto Moro e Téc. Em Mec. André Paegle Auras. Santa Catarina: IFSC –
2006
www.sandvik.coromant.com/pt-pt/knowledge/threading/thread-turning/choice-of-
-application/how-to-apply

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Cálculo de parafusos para fixação de placas

Treinamento Esmerilhadeira
Treinamento EsmerilhadeiraTreinamento Esmerilhadeira
Treinamento EsmerilhadeiraAne Costa
 
Treinamento Esmerilhadeira
Treinamento Esmerilhadeira Treinamento Esmerilhadeira
Treinamento Esmerilhadeira Ane Costa
 
Apostila proj ferram tm297
Apostila proj ferram tm297Apostila proj ferram tm297
Apostila proj ferram tm297Henrique coppi
 
Redutor de velocidade - Relatório
Redutor de velocidade - RelatórioRedutor de velocidade - Relatório
Redutor de velocidade - RelatórioMatheus Souza
 
definições de torno.ppt
definições de torno.pptdefinições de torno.ppt
definições de torno.pptGeison25
 
dimensionamento_tubulacoes
dimensionamento_tubulacoesdimensionamento_tubulacoes
dimensionamento_tubulacoesPauloRutemberg1
 
Medicao de vazao senai - mg
Medicao de vazao   senai - mgMedicao de vazao   senai - mg
Medicao de vazao senai - mgBianca Medeiros
 
Fundição por pressão tecnologia do processo 2017.pdf
Fundição por pressão tecnologia do processo 2017.pdfFundição por pressão tecnologia do processo 2017.pdf
Fundição por pressão tecnologia do processo 2017.pdfJohnnyCarvalho17
 
60476640 n-0046-vaos-maximos-entre-suportes-de-tubulacao
60476640 n-0046-vaos-maximos-entre-suportes-de-tubulacao60476640 n-0046-vaos-maximos-entre-suportes-de-tubulacao
60476640 n-0046-vaos-maximos-entre-suportes-de-tubulacaoJupira Silva
 

Semelhante a Cálculo de parafusos para fixação de placas (20)

Rotaçao 11
Rotaçao 11Rotaçao 11
Rotaçao 11
 
Treinamento Esmerilhadeira
Treinamento EsmerilhadeiraTreinamento Esmerilhadeira
Treinamento Esmerilhadeira
 
Treinamento Esmerilhadeira
Treinamento Esmerilhadeira Treinamento Esmerilhadeira
Treinamento Esmerilhadeira
 
Tabela de-parafusos1
Tabela de-parafusos1Tabela de-parafusos1
Tabela de-parafusos1
 
Apostila proj ferram tm297
Apostila proj ferram tm297Apostila proj ferram tm297
Apostila proj ferram tm297
 
Apostila proj ferram tm297
Apostila proj ferram tm297Apostila proj ferram tm297
Apostila proj ferram tm297
 
Redutor de velocidade - Relatório
Redutor de velocidade - RelatórioRedutor de velocidade - Relatório
Redutor de velocidade - Relatório
 
Fisher
FisherFisher
Fisher
 
ELEMAQ.ppt
ELEMAQ.pptELEMAQ.ppt
ELEMAQ.ppt
 
definições de torno.ppt
definições de torno.pptdefinições de torno.ppt
definições de torno.ppt
 
dimensionamento_tubulacoes
dimensionamento_tubulacoesdimensionamento_tubulacoes
dimensionamento_tubulacoes
 
dimens.ppt
dimens.pptdimens.ppt
dimens.ppt
 
Dimensionamento de tubulações
Dimensionamento de tubulaçõesDimensionamento de tubulações
Dimensionamento de tubulações
 
Medicao de vazao senai - mg
Medicao de vazao   senai - mgMedicao de vazao   senai - mg
Medicao de vazao senai - mg
 
Medição de vazão
Medição de vazãoMedição de vazão
Medição de vazão
 
APOSTILA AULA 3.pdf
APOSTILA AULA 3.pdfAPOSTILA AULA 3.pdf
APOSTILA AULA 3.pdf
 
Dimensionamento TRAÇÃO.pdf
Dimensionamento TRAÇÃO.pdfDimensionamento TRAÇÃO.pdf
Dimensionamento TRAÇÃO.pdf
 
Apresentação Treliça
Apresentação Treliça Apresentação Treliça
Apresentação Treliça
 
Fundição por pressão tecnologia do processo 2017.pdf
Fundição por pressão tecnologia do processo 2017.pdfFundição por pressão tecnologia do processo 2017.pdf
Fundição por pressão tecnologia do processo 2017.pdf
 
60476640 n-0046-vaos-maximos-entre-suportes-de-tubulacao
60476640 n-0046-vaos-maximos-entre-suportes-de-tubulacao60476640 n-0046-vaos-maximos-entre-suportes-de-tubulacao
60476640 n-0046-vaos-maximos-entre-suportes-de-tubulacao
 

Mais de AlexsandroCavalcanti7 (9)

Cat 1001-10_br - Linha_Pneumatica.pdf
Cat 1001-10_br - Linha_Pneumatica.pdfCat 1001-10_br - Linha_Pneumatica.pdf
Cat 1001-10_br - Linha_Pneumatica.pdf
 
Apres Hidrau 27-04.pdf
Apres Hidrau 27-04.pdfApres Hidrau 27-04.pdf
Apres Hidrau 27-04.pdf
 
BrunoPaseAnderle.pdf
BrunoPaseAnderle.pdfBrunoPaseAnderle.pdf
BrunoPaseAnderle.pdf
 
324243529.pdf
324243529.pdf324243529.pdf
324243529.pdf
 
Alexandre Gesser_TCCFAB_2017.pdf
Alexandre Gesser_TCCFAB_2017.pdfAlexandre Gesser_TCCFAB_2017.pdf
Alexandre Gesser_TCCFAB_2017.pdf
 
8acba0f.pdf
8acba0f.pdf8acba0f.pdf
8acba0f.pdf
 
000754127.pdf-prensa.pdf
000754127.pdf-prensa.pdf000754127.pdf-prensa.pdf
000754127.pdf-prensa.pdf
 
20191111_RD17650_IndyRex_IR250 DE_1.pdf
20191111_RD17650_IndyRex_IR250 DE_1.pdf20191111_RD17650_IndyRex_IR250 DE_1.pdf
20191111_RD17650_IndyRex_IR250 DE_1.pdf
 
84.pdf
84.pdf84.pdf
84.pdf
 

Último

Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 

Último (20)

Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 

Cálculo de parafusos para fixação de placas

  • 1. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE METAL MECÂNICA CURSO TÉCNICO EM MECÂNICA Cálculo Simplificado de Parafusos Prof. Eng. Mec. Norberto Moro Téc. Em Mec. Charles Aguiar May FLORIANÓPOLIS – junho de 2017
  • 2. 2 SUMÁRIO 1. PARAFUSO ..................................................................................................4 1.1 ROSCAS...................................................................................................6 1.1.1 PASSO DA ROSCA ...........................................................................7 1.1.2 ENTRADAS DAS ROSCAS................................................................7 1.1.3 DIREÇÂO DA ROSCA........................................................................7 1.2 DIMENSIONAMENTO DO PARAFUSO ...................................................8 1.2.1 CÁLCULO SIMPLIFICADO ................................................................8 2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................22
  • 3. 3 SIMBOLOGIA A Área F Força M Momento R Reação Sg Coeficiente de Segurança σ Tensão Normal σadm Tensão admissível σe Tensão de escoamento ∑ Somatório Ø Diâmetro
  • 4. 4 1. PARAFUSO O que é: O parafuso é um elemento de ligação formada por um corpo cilíndrico, sendo cabeça (há parafusos sem) e rosca (há alguns com parte da haste sem rosca). Emprego: É empregado para fixação de peças variadas, de forma não permanente e que podem ser facilmente montadas edesmontadas. Classificação: Existem quatro grandes grupos de parafusos - Passantes, não passantes, de pressão e prisioneiros. Fabricação: são fabricados por conformação plástica (prensagem ou rolagem em matrizes abertas) ou por usinagem (torneamento ou fresamento). Passante: atravessam as peças e são fixos com porcas. Não passante: a fixação da rosca é feita numa das peças, sem a necessidade de porca. Pressão: a pressão é exercida pelas pontas dos parafusos contra a peça a ser fixada. Prisioneiros: são parafusos sem cabeça roscados em ambas pontas, para peças que exigem montagem e desmontagem frequentes.
  • 5. 5 Tipos: Ver tabela abaixo. Aplicações: Cabeça sextavada: usado com ou sem rosca, é aplicado para uniões que necessitam forte aperto (com chave deboca). Sextavado interno (Allen): é utilizado em uniões que necessitam forte aperto em locais com pouco espaço para manuseio de ferramentas. Sem cabeça e fenda/sextavado interno: é utilizado para travar elementos de máquinas não deixando saliências externas.
  • 6. 6 Cabeça escareada chata com fenda: é usado em montagens que não sofrem grandes esforços e cuja cabeça não pode exceder a superfície. Cabeça redonda com fenda: usado em montagensque não sofrem grandes esforços, proporcionando bom acabamento superficial. Cabeça cilíndrica com fenda: usado na fixação de elementos nos quais existe a possibilidade de se fazer um encaixe profundo para a cabeça do parafuso e bom acabamento superficial. Cabeça escareada boleada com fenda: usado na fixação de elementos com pouca espessura ficando a cabeça embutida. Rosca soberba (vários tipos de cabeça): usado em madeira e em peças de alvenaria (junto com buchas plásticas). 1.1 ROSCAS O tipo de rosca usada num parafuso irá determinar a sua aplicação. Veja os tipos na tabela abaixo. Parafusos e porcas de fixação na união de peças (ex.: peças e máquinas em geral). Fusos que transmitem movimento suave e uniforme (ex.: máquinas operatrizes). Parafusos de grandes diâmetros sujeitos a grandes esforços (ex.: equipamentos ferroviários). Fusos que sofrem grandes esforços e choques (ex.: prensas e morsas). Fusos que exercem grandes esforços num só sentido (ex.: macacos de catraca).
  • 7. 7 1.1.1 PASSO DA ROSCA O passo da rosca é a distância entre dois pontos de um filete ao correspondente do seu sucessor, ou seja, a cada uma volta do parafuso na porca, ele se desloca a distância em milímetros correspondente ao passo da roca. Exemplo: passo 1,25. A cada uma volta do parafuso na porca, ele se desloca 1,25mm. É definido a partir da aplicação do parafuso. Ele será: • Grosso ou grande: quando necessitar-se de deslocamento com velocidade e/ou quando sob esforços muito significativos atuantes sobre o parafuso; • Fino ou pequeno: quando necessitar-se de um deslocamento com precisão, ou seja, baixa velocidade e/ou quando sob esforços muito baixos atuantes sobre o parafuso. Os valores de passo para ser 1,5 ou 1,25 entre outros, estão amarrados ao diâmetro do parafuso, ou seja, são valores tabelados. Feito o cálculo do diâmetro, procura-se uma tabela e se verifica o passo a ser aplicado ao parafuso. 1.1.2 ENTRADAS DAS ROSCAS Existe roscas com mais de uma entrada para os filetes. Há parafusos de uma, duas e três entradas. • Uma entrada: o avanço é igual ao passo. • Duas entradas: o avanço é duas vezes o passo • Três entradas: o avanço é três vezes o passo. 1.1.3 DIREÇÂO DA ROSCA As roscas podem ser fabricadas para dar aperto e soltura em dois sentidos, direita e esquerda. A rosca esquerda, a qual afrouxa-se para o sentido horário é empregada quando o elemento fixado tem uma alta vibração e gira no
  • 8. 8 sentido contrário ao aperto. Dito isso, opta-se por utilizar uma rosca invertida para que ao invés de afrouxar, apertar o parafuso ou elemento de fixação. 1.2 DIMENSIONAMENTO DO PARAFUSO Para dimensionar um parafuso é necessário tomar conhecimento de duas coisas: 1ª. Saber qual o material dos parafusos a ser usado, e o respectivo coeficiente de segurança; 2ª. Ter conhecimento das forças (perpendiculares – tração) atuantes no parafuso. 1.2.1 CÁLCULO SIMPLIFICADO 𝐹𝐶𝑃 = FPA(N) NºP , sendo: FPC: força que atua em cada parafuso; FPA: força na placa “a”; NºP: número de parafusos.
  • 9. 9 2-EXEMPLOS RESOLVIDOS 2.1Exemplo 1: Calcular o diâmetro dos parafusos que sustentarão as placas. Considerar material Aço ABNT 1020 LQ e SG=2. Ra=Rb=1t Tensão admissível: 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝜎𝑒 𝑆𝑔 = 210 2 = 105𝑀𝑃𝑎 Placa A: 𝐹𝐶𝑃 = FPA(N) NºP = 10000 2 = 5000𝑁 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝐹𝐶𝑃(𝑁) 𝐴(𝑚𝑚2) = 105 = 5000 𝐴 = 𝐴 = 5000 105 = 47,6𝑚𝑚² Ø = √𝐴(𝑚𝑚2) ∗ 4 𝜋 = √ 47,6 ∗ 4 𝜋 = 7,7𝑚𝑚
  • 10. 10 Placa B: 𝐹𝐶𝑃 = FPB(N) NºP = 10000 4 = 2500𝑁 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝐹𝐶𝑃(𝑁) 𝐴(𝑚𝑚2) = 105 = 2500 𝐴 = 𝐴 = 2500 105 = 23,8𝑚𝑚² Ø = √𝐴(𝑚𝑚2) ∗ 4 𝜋 = √ 23,8 ∗ 4 𝜋 = 5,63𝑚𝑚 Comercialmente utilizara-se parafusos M8 porque a diferença de preço entre os diâmetros calculados é mínima e sendo a favor da segurança e facilitar a manutenção. Dá-se a nomenclatura do parafuso por M8, onde: M: rosca métrica 8: diâmetro externo do parafuso em milímetro Sendo ela, quando não especificada, rosca triangular de passo x. 2.2 Exemplo 2:
  • 11. 11 Calcular o diâmetro dos parafusos que sustentarão as placas. Considerar material Aço ABNT 1020 LQ e SG=2. ∑ Fy= 0 RA+RB-4t= 0 ∑ Fy= 0 RA+RB= 4t ∑ Ma=0 4.2 – RB.6 =0 ∑ Ma=0 8 – RB6= 0 ∑Ma=0 RB6= 8 ∑Ma=0 RB= 8 6 = 1,33𝑡 ∑ Fy= 0 RA+1,33= 4t ∑ Fy= 0 RA=4t – 1,33t ∑ Fy= 0 RA= 2,67t Tensão admissível: 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝜎𝑒 𝑆𝑔 = 210 2 = 105𝑀𝑃𝑎 Placa A: 𝐹𝐶𝑃 = FPA(N) NºP = 26700 4 = 6675𝑁 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝐹𝐶𝑃(𝑁) 𝐴(𝑚𝑚2) = 105 = 6675 𝐴 = 𝐴 = 6675 105 = 63,57𝑚𝑚² Ø = √𝐴(𝑚𝑚2) ∗ 4 𝜋 = √ 63,57 ∗ 4 𝜋 ≈ 9𝑚𝑚 Placa B: 𝐹𝐶𝑃 = FPB(N) NºP = 13300 2 = 6650𝑁
  • 12. 12 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝐹𝐶𝑃(𝑁) 𝐴(𝑚𝑚2) = 105 = 6650 𝐴 = 𝐴 = 6650 105 = 63,33𝑚𝑚² Ø = √𝐴(𝑚𝑚2) ∗ 4 𝜋 = √ 63,33 ∗ 4 𝜋 ≈ 9𝑚𝑚 2.3Exemplo 3: Calcular o diâmetro dos parafusos que sustentarão as placas. Considerar material Aço ABNT 1020 LQ e SG=2. ∑ Fx= 0 𝑅𝐴𝑥 − 𝑅𝐵𝑥 = 0 ∑ Fx= 0 𝑅𝐴𝑥 = 𝑅𝐵𝑥 ∑ Fx= 0 𝐶𝑜𝑠30° . 𝑅𝐴 = 𝐶𝑜𝑠60° . 𝑅𝐵 ∑ Fx= 0 0,86 . 𝑅𝐴 = 0,5 . 𝑅𝐵 ∑ Fx= 0 𝑅𝐴 = 0,5𝑅𝐵 0,86 = 0,58𝑅𝐵 ∑ Fy= 0 𝑅𝐴𝑦 + 𝑅𝐵𝑦 − 10𝑡 = 0 ∑ Fy= 0 𝑅𝐴𝑦 + 𝑅𝐵𝑦 = 10𝑡 ∑ Fy= 0 𝑆𝑒𝑛30°. 𝑅𝐴 + 𝑆𝑒𝑛60°. 𝑅𝐵 = 10𝑡 ∑ Fy= 0 0,5. (0,58𝑅𝐵) + 0,86. 𝑅𝐵 = 10𝑡 ∑ Fy= 0 0,29𝑅𝐵 + 0,86𝑅𝐵 = 10𝑡 ∑ Fy= 0 1,15𝑅𝐵 = 10𝑡 ∑ Fy= 0 𝑅𝐵 = 10 1,15 = 8,6t
  • 13. 13 ∑ Fy= 0 𝑅𝐴 = 0,58 . 8,6 = 4,9𝑡 𝑅𝐴𝑦(𝐹𝑃𝐴) = 𝑅𝐴 . 𝑆𝑒𝑛30° 𝑅𝐴𝑦(𝐹𝑃𝐴) = 4,9 .0,5 = 2,45𝑡 𝑅𝐵𝑦(𝐹𝑃𝐵) = 𝑅𝐵 . 𝑆𝑒𝑛60° 𝑅𝐵𝑦(𝐹𝑃𝐵) = 8,6 .0,86 = 7,39𝑡 Tensão admissível: 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝜎𝑒 𝑆𝑔 = 210 2 = 105𝑀𝑃𝑎 Placa A: 𝐹𝐶𝑃 = FPA(N) NºP = 24500 3 = 8166,66𝑁 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝐹𝐶𝑃(𝑁) 𝐴(𝑚𝑚2) = 105 = 8166,66 𝐴 = 𝐴 = 8166,66 105 = 77,77𝑚𝑚² Ø = √𝐴(𝑚𝑚2) ∗ 4 𝜋 = √ 77,77 ∗ 4 𝜋 ≈ 10𝑚𝑚 Placa B: 𝐹𝐶𝑃 = FPB(N) NºP = 73900 4 = 18475𝑁 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝐹𝐶𝑃(𝑁) 𝐴(𝑚𝑚2) = 105 = 18475 𝐴 = 𝐴 = 18475 105 = 175,95𝑚𝑚² Ø = √𝐴(𝑚𝑚2) ∗ 4 𝜋 = √ 175,95 ∗ 4 𝜋 ≈ 15𝑚𝑚
  • 14. 14 2.4Exemplo 4: Calcular o diâmetro dos parafusos que sustentarão as placas. Considerar material Aço ABNT 1020 LQ e SG=2. Representação da força na placa B, fisicamente: Placa B: 𝐹𝐶𝑃 = FPB(N) NºP = 100000 2 = 50000𝑁 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝐹𝐶𝑃(𝑁) 𝐴(𝑚𝑚2) = 105 = 50000 𝐴 = 𝐴 = 50000 105 = 476,19𝑚𝑚²
  • 15. 15 Ø = √𝐴(𝑚𝑚2) ∗ 4 𝜋 = √ 476,19 ∗ 4 𝜋 ≈ 25𝑚𝑚 Representação da força na placa A, fisicamente: Placa A: 𝐹𝐶𝑃 = FPA(N) NºP = 50000 3 = 16666,66𝑁 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝐹𝐶𝑃(𝑁) 𝐴(𝑚𝑚2) = 105 = 16666,66 𝐴 = 𝐴 = 16666,66 105 = 158,73𝑚𝑚² Ø = √𝐴(𝑚𝑚2) ∗ 4 𝜋 = √ 158,73 ∗ 4 𝜋 ≈ 15𝑚𝑚 3-EXERCICIOS
  • 16. 16
  • 17. 17
  • 18. 18
  • 19. 19
  • 20. 20
  • 21. 21
  • 22. 22 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Elementos de Máquinas. Parte II – Características dos Elementos. Eng. Mec. Norberto Moro e Téc. Em Mec. André Paegle Auras. Santa Catarina: IFSC – 2006 www.sandvik.coromant.com/pt-pt/knowledge/threading/thread-turning/choice-of- -application/how-to-apply