3. ž Frequentemente não fatais
ž Auto-destruição
ž Alterações Mentais
ž Perspectiva de Lucro
ž Devem ser diferenciadas umas das outras e de lesões
de natureza acidental ou de etiologia homicida
ž Algumas vezes a distinção pode ser difícil ou até
mesmo impossível
4. ž Características da lesão (contusões, feridas, etc.)
ž Localização da lesão
ž Acessibilidade da zona onde se situa a lesão
ž Fisiopatologia e mecanismo lesivo
ž Análise de indícios
5. ž Indivíduos com patologia psiquiátrica que mutilam
o próprio corpo
ž Indivíduos com objectivo de obtenção de lucro
ž Indivíduos que pretendem simular agressão
(incriminar alguém ou chamar atenção para si)
ž Sindrome Munchausen
6. SUSPEITAR EM:
ž Lesões (cortes) superficiais (raramente
provocando perigo para a vida, a não ser que
infectem)
ž Lesões (cortes) que não atingem áreas sensíveis
(como a face).
ž Lesões (cortes) regulares (profundidade igual na
origem e no final)
7. ž Lesões (cortes) habitualmente múltiplas e
frequentemente paralelas
ž Evitam zonas vitais ou sensíveis como os olhos,
os lábios, nariz, orelhas
ž Maioria das lesões localizadas à esquerda em
dextros
8. ž Lesões produzidas por instrumentos pontiagudos
ou unhas
ž Multiplicidade de lesões
ž Forma semelhante
ž Agrupadas e/ou paralelas ou cruzadas
ž Simetria ou preferência pelo lado dominante
ACHADOS TÍPICOS EM CASOS DE SIMULAÇÃO DE
OFENSA CORPORAL
9. ž Localizadas em zonas corporais acessíveis
ž Ausência de soluções de continuidade na roupa
ou danos inconsistentes
ž Ausência de lesões de defesa
ž Por vezes presença de cicatrizes devidas a
comportamentos auto-infligidos prévios
ACHADOS TÍPICOS EM CASOS DE SIMULAÇÃO DE
OFENSA CORPORAL
10. ž Danos resultam normalmente em mutilações com perda
substancial de um segmento periférico
ž Mutilações frequentes dos dedos e mãos
ž Circunstancias que apontam para fraude: seguro
anormalmente elevado feito pouco tempo antes; múltiplos
contratos de seguro prévios; ausência de testemunhas;
desaparecimento imediato da parte amputada e remoção
de vestígios biológicos do local.
CARACTERÍSTICAS DAS EFECTUADAS PARA FRAUDE DE
SEGUROS
11. ž Indica que a vitima estava, pelo menos no inicio
consciente
ž Indica que a vitima estava, pelo menos inicialmente,
não imobilizada ou capaz de usar os membros para
se proteger das lesões, verificando-se estas nos
antebraços, mãos e menos frequentemente pernas.
ž Indica que a vitima não foi apanhada
completamente de surpresa
12. ž Podem resultar de murros, pontapés ou
agressões com objectos contundentes ou
cortantes.
ž Classicamente localizadas nos antebraços e
mãos, que são instintivamente levantados para
proteger os olhos, face e cabeça.
13. ž FERIDAS DE DEFESA ACTIVA – Ocorrem
quando a vitima agarra a faca com a mão, as
lesões localizam-se na face palmar da mão
ž FERIDAS DE DEFESA PASSIVA – Desferidas
quando a vitima levanta as mãos ou braços para
proteger a região corporal atacada
15. ž Feridas perfurantes e cortantes
ž Armas de fogo e explosivos
ž Precipitação
ž Afogamento
ž Queimaduras
ž Enforcamento, estrangulamento e sufocação
ž Electrocussão
ž Lesões rodoviárias e trucidações
16. ž Os ferimentos suicidas produzidos por facas têm
locais de eleição – pescoço, pulsos e face anterior
do tórax.
ž Mulheres: cortam os pulsos
ž Os ferimentos suicidas são normalmente múltiplos
e caracterizam-se pela existência de feridas de
ensaio (mais frequentes nos pulsos e pescoço)
17. ž 1 ou 2 feridas incisas ou várias feridas de ensaio.
ž 1 ou 2 feridas incisas mais profundas, sobrepostas,
que podem interpor-se nos trajectos dos ferimentos
anteriores
ž As incisões começam na face antero-lateral
esquerda do pescoço, obliquamente de cima para
baixo, estendendo-se para baixo do ângulo da
mandíbula, terminando normalmente num nível mais
inferior à direita (nos dextros).
18. ž A morte depende da natureza e extensão dos
danos locais no pescoço.
ž Morte por hemorragias severas – artéria carótida
e veia jugular
ž Morte por intromissão de sangue e coagulos nas
vias aéreas
ž Morte por embolismo gasoso
ž Morte por causas não relacionadas
19. ž Método suicida pouco eficaz quando isolado
ž Localizações mais frequentes: nas pregas de flexura
ž Pode haver feridas de ensaio mas os ferimentos
profundos normalmente não as apresentam
ž Pulso esquerdo é o alvo mais frequente
ž A presença de feridas de ensaio, apesar do seu
significado, não pode ser aceite de modo
inquestionável para a exclusão de etiologia homicida.
20. ž Lesões suicidas no tórax são quase sempre
devidas a facadas
ž Mais frequentes no lado esquerdo, podem localizar-
se ao longo do esterno ou mesmo do lado direito
ž Normalmente o ferimento é único, mas ferimentos
múltiplos não são raros
21. ž Facadas no pescoço são poucos comuns como
meio suicida, mas há casos descritos
ž Normalmente estes ferimentos são raros no
abdómen, a evisceração geralmente está presente
quando se trata de indivíduos com patologia,
psiquiátrica grave
ž No suicídio, habitualmente as roupas são afastadas
expondo a área atingida mas as excepções são
comuns
22. ž As mulheres raramente usam este meio (tiro em mulher
até prova em contrário é homicídio)
ž A arma deve estar sempre presente
ž A distancia do disparo não pode ser superior ao
comprimento do braço, dependendo da natureza da arma
e excluindo alguns “dispositivos” aplicados à arma
ž Locais de eleição: têmporas, pescoço, boca e tórax
ž Raramente nos olhos ou abdómen
ž As roupas podem ou não ter sido removidas expondo a
área atingida.
23. ž Disparos em locais anatomicamente inacessíveis não
podem ser suicidas
ž Não é verdade que o disparo na cabeça seja sempre
do lado dominante do individuo
ž É difícil o diagnostico diferencial entre homicídio e
acidente, mesmo em circunstancias sugestivas. A
distancia do disparo pode estar para além do
comprimento do braço em ambos, a arma pode estar
ausente, sítios inacessíveis podem ser alvejados em
ambos os casos e os locais de eleição suicida não
estão presentes em ambos
24. ž Método suicida comum em ambos os sexos
ž A associação com outros métodos pode estar
presente: overdose, electrocussão
ž Notas de despedida podem existir, os suicidas
frequentemente retiram chapéus, vestuário mais
pesado e adornos, podendo ser deixados junto à
água
ž O corpo pode apresentar outras lesões resultantes
de traumatismos sofridos na água durante a fase
agónica ou pós mortem
25. ž Frequentes na Ásia
ž Não há dados particulares que permitam distinguir
a etiologia, apenas dados circunstanciais
ž Podem existir recipientes do produto inflamável
dentro do alcance
26. ž O enforcamento é o modo suicida frequente,
principalmente no homem
ž A incidência de suicídios com sacos de plástico tem
aumentado
ž Suicídio por estrangulamento com laço não é raro,
colocando dificuldades com o diagnostico diferencial de
homicídio. A existência de várias laçadas e nós é
consistente com suicídio, por vezes há interposição de
objectos entre a laçada e o pescoço.
ž As asfixias resultantes de práticas auto eróticas devem ser
cuidadosamente distinguidas de homicídio e suicídio
27. ž As lesões dependem da forma como o corpo atinge
o solo, do contacto com obstáculos durante a
queda e da altura da mesma
ž É extremamente difícil, ou mesmo impossível
determinar a altura da queda a partir da natureza e
severidade das lesões
ž Pode resultar a morte em quedas de pequena
altitude e pode haver quedas de grande altitude
sem lesões
30. ž Feridas Agónicas
ž Feridas produzidas durante a manipulação do
cadáver
ž Feridas produzidas por acções mecânicas
acidentais
ž Feridas produzidas por animais
ACIDENTAIS
36. ž Lábios da ferida engrossados, infiltrados de
sangue, endurecidos, separados pela retracção da
derme
ž Hemorragia abundante com infiltração de sangue
nos tecidos adjacentes; sangue coagulado no fundo
da ferida ou sobre a pele
ESTUDO MACROSCÓPICO
SINAIS GERAIS – FERIDAS VITAIS
37. ž Lábios da ferida brandos, não engrossados,
aproximados e não retraidos. Ausência de
exsudação de linfa.
ž Ausência de hemorragia arterial ou venosa, sem
infiltração dos tecidos
ž Ausência de sangue coagulado
ESTUDO MACROSCÓPICO
SINAIS GERAIS – FERIDAS POST
MORTEM
38. ž A hemorragia pode não ser observável em feridas
vitais por diversas circunstancias
ž É possível a ocorrência de hemorragia em
ferimentos produzidos após a morte, até com um
volume considerável
ž Podem ocorrer espontaneamente hemorragias post
mortem
ESTUDO MACROSCÓPICO
SINAIS GERAIS – HEMORRAGIA
39. Existem hemorragias vitais em que o sangue não
coagula ou apenas o faz parcialmente
ESTUDO MACROSCÓPICO
SINAIS GERAIS – COAGULAÇÃO DO SANGUE
A capacidade retráctil dos tecidos não cessa por
completo logo após a morte
SINAIS GERAIS – RETRACÇÃO DOS TECIDOS
40. É possível a infiltração sanguínea dos tecidos em
ferimentos produzidos após morte, devido a
contracção post mortem dos vasos sanguineos
ESTUDO MACROSCÓPICO
SINAIS GERAIS – INFILTRAÇÃO SANGUÍNEQ DOS
TECIDOS
Interpretação complexa e duvidosa
SINAIS GERAIS – REABSORÇÃO SANGUÍNEA