1. Cap. 2 Determinismo Geográfico
Suposição: fatores como clima e altitude podem
determinar a diversidade cultural
Como Laraia mina as premissas do determinismo
geográfico?
•esquimós VS. Lapões (p.22);
•os índios Pueblo e Navajo da América do Norte
(p. 23)
•caça de grandes mamíferos ente os xinguanos e
a tribo Kayabi (p. 23 primeiro parágrafo).
2. Esquimós e Lapões
Ambientes semelhantes e culturas distintas
O mesmo acontece nos demais exemplos
O que Laraia demonstra com tais comparações?
“A partir de 1920, antropólogos como
Boas, Wissler, Kroeber, entre outros, refutaram este tipo de
determinismo e demonstraram que existe uma limitação na
influência geográfica sobre os fatores culturais. E mais: que é
possível e comum existir uma grande diversidade cultural
localizada em um mesmo tipo de ambiente físico” p. 21
3. Esquimós e Lapões
Ambientes semelhantes e culturas distintas
O mesmo acontece nos demais exemplos
O que Laraia demonstra com tais comparações?
“... Não é possível admitir a idéia do determinismo
geográfico, ou seja, a admissão da „ação mecânica das forças
naturais sobre uma humanidade puramente receptiva‟. A
posição da moderna antropologia é que a „cultura age
seletivamente‟, e não casulamente, sobre seu meio
ambiente, „explorando determinadas possibilidades e limites
ao desenvolvimento, para o qual as forças decisivas estão na
própria cultura e na história da cultura‟” p. 24
4. Capítulo 3: Antecedentes Históricos do
Conceito de Cultura
Em 1871, Edward Tylor:
Kultur (aspectos culturais de um povo)
civilization (realizações materiais de um povo)
Em inglês, Culture soma essas definições (na
concepção de Tylor) que tomado em seu amplo
sentido etnográfico é todo complexo que inclui
conhecimentos, crenças, arte, moral, leis,
costumes ou qualquer outra capacidade ou
hábitos adquiridos pelo homem como membro
de uma sociedade.
5. Capítulo 3: Antecedentes Históricos do
Conceito de Cultura
Tylor a cultura não é inata, trata-se de aprendizado
John Locke“a mente humana não é mais do que uma caixa
vazia...”
Para Locke, cada sociedade possui seus próprios valores e
praticas e tende a condenar aqueles que lhes são estranhos.
(Laraia p. 26)
Jaques Turgot –cultura como a capacidade de
retenção, comunicação e transmissão de idéias eruditas (das
quais Laraia retira o termo eruditas). – Definição equivalente
às de Malinowski e White.
6. Capítulo 3: Antecedentes Históricos do
Conceito de Cultura
Russeau Nossa capacidade de aprendizado é que nos
difere dos chimpanzés e orangotangos. (p. 27 2º. par).
Após Tylor, o conceito de cultura ganhou corpo
e, igualmente, nuances.
Em 1871 Tylor apresenta uma formulação de cultura
como tudo aquilo que é aprendido pelo homem e
que independe de transmissão genética.
7. Capítulo 3: Antecedentes Históricos do
Conceito de Cultura
Varias teorias somaram-se à de Tylor, em 1917 Kroeber
acabou de romper todos os laços entre o cultural e o
biológico, postulando a supremacia do primeiro em
detrimento do segundo em seu artigo “O superorgânico.”
Geertz : uma nova contração e simplificação do conceito de
cultura seria necessário para torná-lo um instrumento mais
especializado e poderoso nas mãos dos antropólogos, haja
vista a complexidade que este conceito ganhou.
8. Capítulo 3: Antecedentes Históricos do
Conceito de Cultura
É justamente a esta tarefa que tem se proposto a
antropologia moderna, buscando a reconstrução do
conceito de cultura a partir de fragmentos teóricos
(conforme podemos depreender do trecho a seguir):
“O anjo caído foi diferenciado dos animais por ter a seu
dispor...” p. 28-29
9. Capítulo 4: O desenvolvimento do
conceito de Cultura
A primeira formulação de um conceito antropológico de
cultura é de Tylor.
•tentou mostrar a possibilidade de se estudar a cultura de
modo sistemático, investigando suas regularidades
objetivamente (background positivista, a exemplo de
Saussure com a linguagem)
•Cientificismo e generalismo como características fortes.
(cf. trechos p. 30-31)
10. Capítulo 4: O desenvolvimento do
conceito de Cultura
A presunção humana de sua superioridade causou muita
resistência à idéia do estudo do comportamento humano
que o considerasse regido pelas mesmas regras naturais
que regiam os ventos e os animais.
Em muito isso se deve à suposta natureza “sagrada” do
homem, atribuída pelas diversas praticas
religiosas, especialmente o conceito do livre
arbítrio, advindo do cristianismo.
11. Capítulo 4: O desenvolvimento do
conceito de Cultura
Tylor propõe um estudo sobre a “igualdade da natureza
humana” por meio do estudo “das raças do mesmo grau de
civilização”.
Como determinar esse grau?
No que consiste ser civilizado e como medir esse aspecto?
Extremo da civilização: Povos Europeus
Extremo da não-civilização: tribos “selvagens”
Todas as demais formas de civilização humana caberiam
nesses dois extremos.
12. Capítulo 4: O desenvolvimento do
conceito de Cultura
Geração de Tylor:
fortemente influenciada por Darwin.
Evolucionismo de natureza unilinear
considerando evolução sempre como “melhor’” de alguma
característica e não como apenas “mudança”.
Tylor acreditava que a cultura evoluía de maneira
uniforme, ou seja, esperava-se que as sociedades
“primitivas” percorressem as mesmas etapas já percorridas
por aquelas consideradas evoluídas.
13. Capítulo 4: O desenvolvimento do
conceito de Cultura
Relativismo Cultural ligado à idéia de evolução
multilianear, que difere da visão de Tylor.
É justamente pela diversidade cultural que se explica a
unidade da espécie humana.
O grande mérito de Tylor é o de desconfiar dos
documentos escritos pelos informantes coloniais
que, quase sempre, apresentavam relatos
estereotipados, como por exemplo, afirmações de que os
povos nativos do Brasil não possuíam religião.
14. Capítulo 4: O desenvolvimento do
conceito de Cultura
As reações ao método da antropologia comparativa vieram
inicialmente de Franz Boas (1858-1949). Para Boas, cabe à
antropologia:
•Reconstruir a historia dos povos ou regiões
•A comparação da vida social de diferentes povos, cujo
desenvolvimento segue as mesmas leis.
Boas fundava o particularismo histórico. Para ele, antes de
comparar culturas era necessário analisar suas histórias
para ver se a comparação, de fato, era cabível.
15. Capítulo 4: O desenvolvimento do
conceito de Cultura
particularismo histórico Cada cultura segue seus
próprios caminhos de acordo com os diferentes eventos
históricos que enfrentou.
Evolução precisa ser entendida sob uma perspectiva
multilinear, ou seja, evoluir para algum caminho que não
necessariamente é o mesmo que tomou outro grupo social.
Para Laraia, o homem é o resultado do meio cultural em
que foi socializado. Ele é um herdeiro de um longo
processo acumulativo, que reflete o conhecimento e a
experiência adquiridas pelas numerosas gerações que o
antecederam. (p. 45)
16. Capítulo 4: O desenvolvimento do
conceito de Cultura
A contribuição de Kroeber para a ampliação do conceito de
cultura pode ser relacionada como
•A cultura e não a herança genética, determina o
comportamento do homem e justifica suas realizações.
•O homem deixou de agir por instinto para agir por padrão
social, dependendo muito mais do aprendizado do que de
atitudes geneticamente determinadas. (o distanciamento
do homem em relação aos demais animais) (cf. p. 42 2º
par)
17. Capítulo 4: O desenvolvimento do
conceito de Cultura
•O homem se adapta ao ambiente ecológico através dos
hábitos culturais, ao invés de modificar seu aparato
biológico, o homem modifica seu equipamento
superorgânico. (critica ao darwinismo) (p. 41 1º e 2º par) +
citação p. 41
•Através de sua capacidade de adaptação, o homem
transformou toda a terra em seu habitat.
•A endoculturação determina seu comportamento e sua
capacidade artística e profissional.
•A cultura, enquanto processo acumulativo, limita ou
estimula a ação criativa do indivíduo.
18. Capítulo 4: O desenvolvimento do
conceito de Cultura
Para Laraia, a capacidade inventiva e criativa depende das
oportunidades às quais o homem é exposto em seu curso
de vida, conforme o exemplo que é dado sobre Santos
Dumont:
“Santos Dumont não teria sido o invento do avião se não
tivesse abandonado a sua pachorrenta Palmira, no final do
século XIX, e se transferido em 1892 para Paris”. (p. 46)
19. Capítulo 4: O desenvolvimento do
conceito de Cultura
Sobre os institntos humanos (maternal, sexual, de
preservação.
institnto erro semântico, pois não referem a aspectos
biológicos, mas sim sociais.
Caso não fossem padrões de comportamento sociais ou
culturais, toda a humanidade deveria reagir da mesma
maneira, mas não é assim que as coisas acontecem.
O padrão de comportamento sexual do brasileiro difere do
Hindu.
20. Capítulo 4: O desenvolvimento do
conceito de Cultura
Um brasileiro jamais jogaria uma avião contra alvos
inimigos como faziam os kamikazes japoneses.
“Concluindo, tudo que o homem faz, aprendeu com os
seus semelhantes e não decorre de imposições originadas
foraa da cultura.” (p. 51)