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GUERRAS, REVOLTAS, 
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GUERRA DE CANUDOS 
1.Relaciona-se com as injustiças sociais e à miséria dos pequenos agricultores, desprotegidos das políticas oficiais 
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GUERRA DE CANUDOS 
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5.Movimento que combinava conteúdos religioso e social, pois questionavam o poder das autoridades civis e religiosas.
CANUDOS 
Acreditava que a República era o grande mal e o sinal apocalíptico do final dos tempos, pois entendia que ela era a responsável pelo acirramento da política dos coronéis e pelo crescimento da pobreza e da exploração dos camponeses nordestinos. 
Acusados de fanáticos e monarquistas, foram atacados pelas forças do governo. 
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REVOLTA DA VACINA 
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ta responsá- 
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ção do RJ 
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REVOLTA DA VACINA 
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4.Movimento que combinava conteúdos religioso e social, pois questionavam o poder das autoridades civis e religiosas.
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1.Para a imprensa e as autoridades militares, era uma reedição do fanatismo de Canudos. 
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3. Liderança: “Monge” José Maria, adepto fanático do Sebastianismo.
GUERRA DO CONTESTADO 
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CANGAÇO – BANDITISMO SOCIAL 
Imagem que lembram o principal grupo de cangaceiro do Brasil – o Grupo de Lampião.
CANGAÇO 
Movimento considerado banditista (fora da lei), mas que deve ser inserido na condição miserável gerada pelos latifundiários do nordeste na primeira metade do século XX. 
Os cangaceiros eram assalariados do crime, lutando a serviço dos coronéis que melhor pagassem. 
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2.Fatores para o surgimento do cangaço: 
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CANGAÇO 
Cabeças dos cangaceiros mortos em Angico (Poço Redondo, SE
REVOLTA DA CHIBATA
REVOLTA DA CHIBATA 
A Revolta da Chibata denunciava o rígido código de disciplina da marinha, que punia as faltas graves com chibatadas, além da má alimentação e dos miseráveis soldos (salários) que os marinheiros recebiam. 
Os maus-tratos se somam à frequência dos castigos corporais. O trabalho é duro e excessivo. 
Liderança – João Cândido, Conhecido como o navegante negro;
REVOLTA DA CHIBATA 
Há muito tempo nas águas da Guanabara O dragão do mar reapareceu Na figura de um bravo feiticeiro A quem a história não esqueceu Conhecido como o navegante negro Tinha a dignidade de um mestre- sala E ao acenar pelo mar na alegria das regatas Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas Jovens polacas e por batalhões de mulatas 
Rubras cascatas Jorravam das costas dos santos entre cantos e chibatas Inundando o coração do pessoal do porão
REVOLTA DA CHIBATA 
Saldo: 
O governo de Hermes da Fonseca, diante da ameaça de bombardeio sobre a capital federal (...) concedeu anistia aos revoltosos. Depois eles foram todos punidos. Muitos morreram. João Cândido foi internado como louco."
REVOLTA DA CHIBATA 
Que, a exemplo do feiticeiro, gritava então 
Glória aos piratas Às mulatas, às sereias 
Glória à farofa à cachaça, às baleias 
Glória a todas as lutas inglórias Que através da nossa história não esquecemos jamais 
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Mas salve Salve o navegante negro Que tem por monumento as pedras pisadas do cais 
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REVOLTA DE JUAZEIRO 
Padre Cícero Romão 
Padre Cícero e Floro, principal coronel na época da Revolta
REVOLTA DE JUAZEIRO 
1.Também conhecida como Sedição de Juazeiro; 
2.foi uma revolta de caráter popular, embora liderada pelos coronéis da região, que ocorreu no sertão do Nordeste em 1914. 
3.A revolta foi liderada pelo padre Cícero Romão Batista e pelo médico e político Floro Bartolomeu da Costa. 
4.Teve como epicentro a cidade de Juazeiro do Norte, localizada no sertão do Cariri (interior do estado do Ceará).
REVOLTA DE JUAZEIRO 
Romeiros nordestino em visita a cidade de Juazeiro – Estátua de Padre Cícero Romão
REVOLTA DE JUAZEIRO 
1. Razões 
interferência do governo federal na política do estado 
O fanatismo religioso; 
o descontentamento e; 
situação de miséria da população 
2. Objetivo da revolta 
Os coronéis pretendiam derrubar o governador do estado do Ceará e assumir o controle do governo estadual, livrando-o do poder de interferência do governo central. 
3. final: O governo federal ceder, anulou a intervenção e devolveu o poder à família Acyoli.
MOVIMENTO OPERÁRIO 
Imagem da Greve Operária de 1917
MOVIMENTO OPERÁRIO 
1.O anarquismo era um movimento revolucionário que propunha: 
2.Fim do Estado; 
3.Da democracia direta; 
4.Fim da propriedade privada dos meios de produção e; 
5.A igualdade social. 
6.Era contrário aos organismos de representação (Parlamento, partido) e 
7.Defendia a organização autônoma dos trabalhadores em seus locais de trabalho.
MOVIMENTO OPERÁRIO 
Edgard Frederico Leuenroth (1881-1968) foi tipógrafo, jornalista, arquivista, propagandista e um dos mais notáveis anarquistas brasileiros da sua época. Fundou diversos jornais e colaborou em muitos, exercendo diferentes funções, fundando ainda diversas entidades vinculadas com os trabalhadores, designadamente da sua área profissional, da Imprensa.
MOVIMENTO OPERÁRIO 
Registro fotográfico dos protestos que tomaram conta de São Paulo em 1917
MOVIMENTO OPERÁRIO 
1.Sob a liderança dos anarquistas, ocorreu a maior greve de que se tem notícia na primeira metade do século 20 no Brasil. 
2.A paralisação, iniciada em junho de 1917, começou no setor têxtil, propagou-se rapidamente e atingiu a área portuária e o interior, envolvendo cerca de 50 mil trabalhadores. 
3.As principais reivindicações eram aumento de salários, proibição do trabalho infantil, jornada de oito horas, garantia de emprego e direito de associação.
TENETISMO 
Revolta dos 18 do Forte de Copacabana: exemplo de movimento tenentista
MOVIMENTO TENENTISTA 
1. O QUE FOI 
O tenentismo foi um movimento social de caráter político-militar que ocorreu no Brasil nas décadas de 1920 e 1930, período conhecido como República das Oligarquias. Contou, principalmente, com a participação de jovens tenentes do exército. 
2. OBJETIVOS 
Fim do voto de cabresto (sistema de votação baseado em violência e fraudes que só beneficiava os coronéis); 
Reforma no sistema educacional público do país; 
Mudança no sistema de voto aberto para secreto;
TENENTISMO 
Formado em geral por militares de média e baixa patente. Surgiu justamente como forma de contestação ao sistema político que dominava o Brasil e não permitia espaços para grupos que não fizessem parte da oligarquia 
Luis Carlos Prestes, um dos líderes da Coluna Miguel Costa-Luis Carlos Prestes
MOVIMENTO TENENTISTAS 
AS REVOLTAS 
Revolta dos 18 do Forte de Copacabana (1922) - 
Revolta Paulista (1924) – Izidoro Dias 
A Coluna Prestes (1925-1927) - liderada por Luis Carlos Prestes - movimento em forma de guerrilha e composto por militares. 
O Tenentismo conquistou civis que aderiram ao projeto, mas com o tempo foi ficando claro que a defesa era pela implantação de um Estado forte e centralizado, através do qual as necessidades do país poderiam ficar explícitas e resolvidas
TENENTISMO 
Tenentismo não gerou efeitos imediatos no Brasil, mas o somatório dos acontecimentos na década de 1920 foi importante para abalar a estrutura política das oligarquias e mudar significativamente a ordem política no Brasil em 1930. 
Em 1929 o Tenentismo integra a Aliança Liberal, que levou a queda de Washington Luis
MOVIMENTO TENENTISTA 
O Movimento Tenentista esteve presente na deposição de Getúlio Vargas em 1945 e disputou as eleições presidenciais no mesmo ano e também em 1955. Quando ocorreu a Revolução de 1964 que colocou os militares no poder no Brasil quase todos os comandantes eram tenentes na ocasião da Revolução de 1930 
o Tenentismo se manteve vivo até meados da década de 1970 quando os membros do movimento nascido na década de 1920 começaram a morrer.

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  • 4. GUERRA DE CANUDOS 1.Relaciona-se com as injustiças sociais e à miséria dos pequenos agricultores, desprotegidos das políticas oficiais 2.Fatores geradores: -denúncia contra a seca; -miséria e; - arbitrariedade dos coronéis. -resistência baseada na organização comunitária
  • 5. GUERRA DE CANUDOS Perfil da imprensa de Antonio Conselheiro anacoreta sombrio; cabelos crescidos até aos ombros; barba inculta e longa; face escaveirada; olhar fulgurante; monstruoso, dentro de um hábito azul de brim americano
  • 6. GUERRA DE CANUDOS Antonio Vicente Mendes Maciel, o Conselheiro. Principal líder da Guerra de Canudos Imagem que lembra o Arraial de Canudos, sertão da Bahia
  • 7. GUERRA DE CANUDOS 1.Movimento liderado pelo beato Antônio Conselheiro;´ 2.Área: Comarca de Belo Monte (Bahia); 3.Experiência comunitária autônoma, provocando a reação dos coronéis, que exigiram a intervenção do Governo Federal e a destruição de "Canudos” 4.Número de mortos: estima-se 15.000 pessoas; 5.Movimento que combinava conteúdos religioso e social, pois questionavam o poder das autoridades civis e religiosas.
  • 8. CANUDOS Acreditava que a República era o grande mal e o sinal apocalíptico do final dos tempos, pois entendia que ela era a responsável pelo acirramento da política dos coronéis e pelo crescimento da pobreza e da exploração dos camponeses nordestinos. Acusados de fanáticos e monarquistas, foram atacados pelas forças do governo. A frágil base política em que se assentava o governo republicano foi incapaz de reconhecer a questão social e cultural suscitada por Canudos.
  • 9. REVOLTA DA VACINA Osvaldo Cruz, médico sanitaris- ta responsá- vel pela higieniza- ção do RJ Cena de enfrentamento durante a Revolta da Vacina
  • 10. REVOLTA DA VACINA 1.Luta popular de 1904, ocorrida no Rio de Janeiro, contra a política de Regeneração de Rodrigues Alves e Pereira Passos. 2.movimento de massa que eclodiu após a demolição de moradias populares e da ação autoritária de agentes sanitários; 3.Expressa a insatisfação e a crítica de grupos populares quanto aos mecanismos de exclusão social e política e às estratégias de expansão dos interesses oligárquicos, então vigentes;
  • 11. REVOLTA DA VACINA Charge da época da Revolta da Vacina
  • 12. REVOLTA DA VACINA A Revolta da Vacina ocorreu no Rio de Janeiro em virtude do excesso de ações tomadas em nome da modernização e das péssimas condições de vida de grande parte da população, que teve como estopim a obrigatoriedade da vacina contra a varíola. Contrariava a política de saneamento e de reurbanização da cidade, com a demolição dos cortiços e quiosques do centro
  • 13. GUERRA DO CONTESTADO Este grupo de caboclos mostrou a um fotógrafo anônimo que estava disposto a se defender
  • 14. GUERRA DO CONTESTADO 1.A Guerra do Contestado (1912-1916) ocorreu na fronteira entre Paraná e Santa Catarina. 2.Expressa revolta contra a miséria e a exclusão social. 3.Revolta ocorrida numa região disputada pelos Estados do Paraná e de Santa Catarina, em que muitas famílias de posseiros lutaram para não perder suas terras e para não serem expulsas da região. 4.Movimento que combinava conteúdos religioso e social, pois questionavam o poder das autoridades civis e religiosas.
  • 15. GUERRA DO CONTESTADO Localização da disputa e da Ferrovia
  • 16. GUERRA DO CONTESTADO 1.Para a imprensa e as autoridades militares, era uma reedição do fanatismo de Canudos. 2.Características: •forte religiosidade popular; •Luta contra a miséria social; •Luta contra injusta distribuição fundiária e; •Forte influencia de liderança de figuras místicas 3. Liderança: “Monge” José Maria, adepto fanático do Sebastianismo.
  • 17. GUERRA DO CONTESTADO Monge João Maria, líder da Guerra do Contestado
  • 18. CANGAÇO – BANDITISMO SOCIAL Imagem que lembram o principal grupo de cangaceiro do Brasil – o Grupo de Lampião.
  • 19. CANGAÇO Movimento considerado banditista (fora da lei), mas que deve ser inserido na condição miserável gerada pelos latifundiários do nordeste na primeira metade do século XX. Os cangaceiros eram assalariados do crime, lutando a serviço dos coronéis que melhor pagassem. 1.Área de atuação – sertão nordestino; 2.Fatores para o surgimento do cangaço: -miséria; -pobreza e; - concentração latifundiária
  • 20. CANGAÇO Cabeças dos cangaceiros mortos em Angico (Poço Redondo, SE
  • 22. REVOLTA DA CHIBATA A Revolta da Chibata denunciava o rígido código de disciplina da marinha, que punia as faltas graves com chibatadas, além da má alimentação e dos miseráveis soldos (salários) que os marinheiros recebiam. Os maus-tratos se somam à frequência dos castigos corporais. O trabalho é duro e excessivo. Liderança – João Cândido, Conhecido como o navegante negro;
  • 23. REVOLTA DA CHIBATA Há muito tempo nas águas da Guanabara O dragão do mar reapareceu Na figura de um bravo feiticeiro A quem a história não esqueceu Conhecido como o navegante negro Tinha a dignidade de um mestre- sala E ao acenar pelo mar na alegria das regatas Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas Jovens polacas e por batalhões de mulatas Rubras cascatas Jorravam das costas dos santos entre cantos e chibatas Inundando o coração do pessoal do porão
  • 24. REVOLTA DA CHIBATA Saldo: O governo de Hermes da Fonseca, diante da ameaça de bombardeio sobre a capital federal (...) concedeu anistia aos revoltosos. Depois eles foram todos punidos. Muitos morreram. João Cândido foi internado como louco."
  • 25. REVOLTA DA CHIBATA Que, a exemplo do feiticeiro, gritava então Glória aos piratas Às mulatas, às sereias Glória à farofa à cachaça, às baleias Glória a todas as lutas inglórias Que através da nossa história não esquecemos jamais Salve o navegante negro Que tem por monumento as pedras pisadas do cais Mas salve Salve o navegante negro Que tem por monumento as pedras pisadas do cais Mas faz muito tempo
  • 26. REVOLTA DE JUAZEIRO Padre Cícero Romão Padre Cícero e Floro, principal coronel na época da Revolta
  • 27. REVOLTA DE JUAZEIRO 1.Também conhecida como Sedição de Juazeiro; 2.foi uma revolta de caráter popular, embora liderada pelos coronéis da região, que ocorreu no sertão do Nordeste em 1914. 3.A revolta foi liderada pelo padre Cícero Romão Batista e pelo médico e político Floro Bartolomeu da Costa. 4.Teve como epicentro a cidade de Juazeiro do Norte, localizada no sertão do Cariri (interior do estado do Ceará).
  • 28. REVOLTA DE JUAZEIRO Romeiros nordestino em visita a cidade de Juazeiro – Estátua de Padre Cícero Romão
  • 29. REVOLTA DE JUAZEIRO 1. Razões interferência do governo federal na política do estado O fanatismo religioso; o descontentamento e; situação de miséria da população 2. Objetivo da revolta Os coronéis pretendiam derrubar o governador do estado do Ceará e assumir o controle do governo estadual, livrando-o do poder de interferência do governo central. 3. final: O governo federal ceder, anulou a intervenção e devolveu o poder à família Acyoli.
  • 30. MOVIMENTO OPERÁRIO Imagem da Greve Operária de 1917
  • 31. MOVIMENTO OPERÁRIO 1.O anarquismo era um movimento revolucionário que propunha: 2.Fim do Estado; 3.Da democracia direta; 4.Fim da propriedade privada dos meios de produção e; 5.A igualdade social. 6.Era contrário aos organismos de representação (Parlamento, partido) e 7.Defendia a organização autônoma dos trabalhadores em seus locais de trabalho.
  • 32. MOVIMENTO OPERÁRIO Edgard Frederico Leuenroth (1881-1968) foi tipógrafo, jornalista, arquivista, propagandista e um dos mais notáveis anarquistas brasileiros da sua época. Fundou diversos jornais e colaborou em muitos, exercendo diferentes funções, fundando ainda diversas entidades vinculadas com os trabalhadores, designadamente da sua área profissional, da Imprensa.
  • 33. MOVIMENTO OPERÁRIO Registro fotográfico dos protestos que tomaram conta de São Paulo em 1917
  • 34. MOVIMENTO OPERÁRIO 1.Sob a liderança dos anarquistas, ocorreu a maior greve de que se tem notícia na primeira metade do século 20 no Brasil. 2.A paralisação, iniciada em junho de 1917, começou no setor têxtil, propagou-se rapidamente e atingiu a área portuária e o interior, envolvendo cerca de 50 mil trabalhadores. 3.As principais reivindicações eram aumento de salários, proibição do trabalho infantil, jornada de oito horas, garantia de emprego e direito de associação.
  • 35. TENETISMO Revolta dos 18 do Forte de Copacabana: exemplo de movimento tenentista
  • 36. MOVIMENTO TENENTISTA 1. O QUE FOI O tenentismo foi um movimento social de caráter político-militar que ocorreu no Brasil nas décadas de 1920 e 1930, período conhecido como República das Oligarquias. Contou, principalmente, com a participação de jovens tenentes do exército. 2. OBJETIVOS Fim do voto de cabresto (sistema de votação baseado em violência e fraudes que só beneficiava os coronéis); Reforma no sistema educacional público do país; Mudança no sistema de voto aberto para secreto;
  • 37. TENENTISMO Formado em geral por militares de média e baixa patente. Surgiu justamente como forma de contestação ao sistema político que dominava o Brasil e não permitia espaços para grupos que não fizessem parte da oligarquia Luis Carlos Prestes, um dos líderes da Coluna Miguel Costa-Luis Carlos Prestes
  • 38. MOVIMENTO TENENTISTAS AS REVOLTAS Revolta dos 18 do Forte de Copacabana (1922) - Revolta Paulista (1924) – Izidoro Dias A Coluna Prestes (1925-1927) - liderada por Luis Carlos Prestes - movimento em forma de guerrilha e composto por militares. O Tenentismo conquistou civis que aderiram ao projeto, mas com o tempo foi ficando claro que a defesa era pela implantação de um Estado forte e centralizado, através do qual as necessidades do país poderiam ficar explícitas e resolvidas
  • 39. TENENTISMO Tenentismo não gerou efeitos imediatos no Brasil, mas o somatório dos acontecimentos na década de 1920 foi importante para abalar a estrutura política das oligarquias e mudar significativamente a ordem política no Brasil em 1930. Em 1929 o Tenentismo integra a Aliança Liberal, que levou a queda de Washington Luis
  • 40. MOVIMENTO TENENTISTA O Movimento Tenentista esteve presente na deposição de Getúlio Vargas em 1945 e disputou as eleições presidenciais no mesmo ano e também em 1955. Quando ocorreu a Revolução de 1964 que colocou os militares no poder no Brasil quase todos os comandantes eram tenentes na ocasião da Revolução de 1930 o Tenentismo se manteve vivo até meados da década de 1970 quando os membros do movimento nascido na década de 1920 começaram a morrer.