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HISTÓRIA LOCAL
GAROPABA, IMBITUBA E IMARUÍ
Profº Viegas Fernandes da Costa
Vila Nova: 1752
Garopaba: 1793/1795
Imaruí: 1833
Conta-se que em 1525 uma
expedição naval espanhola,
comandada por Dom Henrico de
Acuña, que se dirigia às Molucas,
passando pelo estreito de Fernão de
Magalhães, foi obrigada a se refugiar
de um temporal na Baía de
Garopaba.
Fonte: BESEN, José Artulino. São Joaquim de Garopaba: 1830-1980. 1996, p. 55-56.
QUILOMBO DO FORTUNATO
FORTUNATO JUSTINO MACHADO
Míriam Furtado Hartung
Nos primeiros dias que sucederam a minha chegada ao Morro do Fortunato, o tema
principal nas conversas com os moradores girou em torno da história do grupo. Os relatos
remetiam incondicionalmente ao nome de Fortunato Justino Machado, chamado de pai
Nato, como sendo o primeiro morador do lugar e o fundador do grupo. "O premero
morador que eu conheci lá era o pai do Anastácio, o Fortunato ", diz uma senhora de 84
anos, antiga moradora do Morro, viúva de um dos filhos de Fortunato Justino Machado.
Esta é uma verdade entre os moradores do Morro e das proximidades.
Fortunato possuía uma grande plantação de café e com a venda desse produto ganhou
tanto dinheiro que, na região, ficou conhecido como Fortunat, o rico.
(...)
A versão dos moradores do Vale, apresenta Fortunato como escravo de Marcos Vieira e
filho deste mesmo homem. A condição de Fortunato não é posta em dúvida. Afirma-se
categoricamente que ele foi escravo. Pergunto se não estaria esta versão e,
consequentemente, este modo de perceber os membros do grupo do Fortunato, muito
próximo daquele que, durante a escravidão, conforme mostra Cunha (1985),
considerava escravo e negro como "categorias coextensivas"? Dentro dessa lógica da
coextensividade das categorias escravo e negro, se o grupo do Morro do Fortunato é de
origem africana, logo, seu ancestral era escravo. No entanto, isto não diz nada se não
for considerado, como se viu acima, que, igualmente coextensivos a estas duas
categorias -negro e escravo -, é o conjunto de adjetivos que qualificam
depreciativamente esse segmento.
(...)
(Excertos extraídos de: Hartung, Míriam Furtado. Nascidos na Fortuna – O grupo do
Fortunato: identidade e relações interétnicas entre descendentes de africanos e
europeus no litoral catarinense. Florianópolis: PPGAS/UFSC, 1992, p. 36-45)
Em 1793 foi criada a Armação de São Joaquim de Garopaba, que em 1830
foi elevada à condição de freguesia. O município de Garopaba só foi
instituído de forma definitiva em 1961.
Canoa Baleeira
ESTRUTURA DE UMA ARMAÇÃO BALEEIRA
(Adaptado de Bitencourt, Fernando. Armações baleeiras: da Costa Brava a Garopaba, 2005)
 Paredão: de pedra seca, penetrando o mar, onde se escoravam as casas dos baleeiros.
 Rampa: construída com pedras secas rejuntadas com uma mistura de conchas
trituradas, areia grossa e borra do derretimento do toucinho da baleia.
 Trapiche: em madeira. O trapiche de Garopaba possuía 123 metros.
 Casa dos tanques: localizada próxima ao mar e protegida pelo paredão, armazenava
para o embarrilhamento o óleo que escorria por calhas de madeira do engenho de frigir.
 Engenho de frigir: abrigava o açougue e a oficina das fornalhas, onde o toucinho era
picado e aquecido em tachos de cobre até ser transformado em óleo.
 Casa Grande: residência do administrador. A de Garopaba é construída em pedra e cal.
No pavimento inferior funcionava o armazém e cozinha, e no superior os aposentos
privados.
O Casarão foi construído entre 1793-1795 e destinado para moradia e atuação do
Administrador da Armação Baleeiira. Além de residência, segundo Mirian Ellys, em A
Baleia no Brasil Colonial, o prédio servia para depósito de mercadorias e outros bens
destinados à utilização nas atividades na Armação. Sua localização estratégica facilitava a
observação e fiscalização das atividades. (João Pacheco, 2015)
 Capela: No interior da capela de Garopaba está enterrado o primeiro administrador da
Armação, Manoel Marques Guimarães.
 Casas dos feitores: Garopaba mantinha uma fileira de casas ao longo do caminho do
morro, totalizando oito unidades.
 Senzala: Em Garopaba estava situadas entre o caminho do morro e o costão a beira
mar, hoje conhecido por beco do Baú.
 Beneficiamento da Baleia: De uma baleia produzia-se uma média de 18 pipas de óleo,
cada pipa correspondendo a 424 litros. O óleo era utilizado na iluminação. As barbatanas
na confecção de espartilhos. A carne (3 mil Kg) vendida ou distribuída à população mais
pobre. A borra (resíduos ou mucilagem acumulada no fundo dos tanques) era utilizada
como componente de argamassa na construção civil.
Fonte da foto: http://condutorambiental.blogspot.com.br/
 1930: Um piquete Getulista instala-se em Garopaba, e a cidade é bombardeada por um
destróier da Marinha Brasileira. O episódio é cantado nos versos do poeta popular Manoel
Valentim: “Treze de outubro às nove horas. O povo se apavorou. Quando um destróier da
Marinha. A vila bombardeou// Chegaram do Sul os gaúchos. A notícia correu certa. Muita
gente fugiu para o mato, Ficou a Vila quase deserta// Os bois vieram churrascos, Cavalos
foram levados” (VALENTIM, 1993)
 1964: encalhe do navio mercante Brasil Mar, trazendo mergulhadores a Garopaba.
Inaugurado o 1º hotel.
 Década de 1960: governador Ivo Silveira contrata Manfredo Hubner para fotografar a
sede da colônia de pescadores, que volta diversas vezes à cidade, até instalar-se
definitivamente na década de 1980. Traz consigo jornalistas gaúchos de Correio do Povo,
Folha da Tarde e A Rua Grande, que fazem reportagens sobre Garopaba, Na perspectiva da
fruição romântica do litoral.
 Década de 1970: chegada da família Gerdau Johampeter, que se instala no acesso à
Praia Vermelha. Os irmãos Gerdau figuram como precursores do surf no Rio Grande do
Sul. / Chegada do médico Marco Aurélio Raymundo, que passou a produzir roupas para a
prática do surf, criando a Mormai.
 Referências culturais do período: conto “Mon amour Garopaba”, de Caio Fernando
Abreu, publicado em 1977. / Canção “Deu pra ti”, de Kleiton e Kledir (1981). / Filme “Deu
pra ti anos 70”, de Giba Assis Brasil e Nelson Nadotti (1981).
Morro da Silveira, 1977.
Fonte: http://camerasurf.com.br/camerasurf/surfreporter/index/cod/1001/morro-da-silveiragaropaba-sc-1977.html
IMBITUBA
ORIGEM TOPONÍMICA DO TERMO IMBITUBA
“O topônimo ‘Imbituba’ provém do indígena “embetuba” ou “imbituba”, que
significa: região com imensa quantidade de imbé, uma espécie de cipó
escuro roxo, muito resistente, usado para a confecção de cordas.”
(MARTINS, Manoel de Oliveira. Imbituba: história e desenvolvimento)
"Barco em Chamas - Batalha de Imbituba", de Willy Zumblic (1980 )
A BATALHA DE IMBITUBA
 A Batalha Naval de Imbituba (1839) é considerado o batismo de fogo de Anita
Garibaldi, e aconteceu na praia do porto de Imbituba.
 Anita lutava ao lado do companheiro Giuseppe Garibaldi, contra as forças do
governo brasileiro, no contexto da Guerra dos Farrapos (ou Rev. Farroupilha).
 Santa Catarina havia sido declarado país independente (República Juliana), com
sede em Laguna.
A esquadra dos farrapos era composta pelas embarcações Rio Pardo e Seival, e foi
atacada por tropas terrestres e pelos 3 principais navios da marinha imperial.
 Giuseppe ordenou que Anita ficasse nos porões, mas esta não obedeceu, e lutou
com os demais. É desta batalha o episódio no qual Anita, depois de desmaiar em
combate, respondeu a Giuseppe, quando este mais uma vez lhe ordenara que
descesse ao porão, que desceria para buscar os covardes que lá estavam escondidos.
Os farrapos saíram vitoriosos nesta batalha.
CRONOLOGIA DE IMBITUBA
(Construída a partir do blog “memoriaimbitubense.blogspot.com.br”)
1622 – Chegam os primeiros missionários pertencentes ao Colégio do Rio de Janeiro,
Padres Antônio Araújo e Pedro da Mota, para catequizar os índios Carijós que habitavam o
litoral catarinense. Permaneceram na Vila Nova até 1624, quando seguiram para a região
de Santo Antônio dos Anjos da Laguna.
1715 – início do povoamento de Imbituba, com a chegada do Capitão Manoel Gonçalves
de Aguiar que, por determinação do Governador do Rio de Janeiro, realizava viagem de
inspeção às colonizações do Sul do Brasil.
1720 – chegam os primeiros colonizadores açorianos e madeirenses.
1747 – construção da primeira capela de Vila Nova para abrigar a imagem de Santa Ana,
trazida dos Açores.
1796 – Fundação da Armação para a pesca da baleia (a estação baleeira de Imbituba foi a
última a deixar de operar no Sul do Brasil).
 1821 – nasce em Morrinhos, Freguesia de Santana de Mirim, Ana Maria de Jesus Ribeiro,
mais conhecida como Anita Garibaldi (existem controvérsias).
VILA NOVA
 1826 – D. Pedro I, em viagem para a cidade de Rio Grande onde iria verificar as
necessidades do Exército Brasileiro, desembarca em Garopaba da Frota Imperial que
havia deixado o Rio de Janeiro e segue à cavalo para a localidade de Araçatuba. De lá
seguiu para Vila Nova, onde às 16 horas do dia 2/12/1856 ele e sua comitiva param e
fazem uma ligeira refeição, saindo em seguida, ainda a cavalo, pelas praias, passando por
Itapirubá, Praia do Gi até chegar em Laguna, onde pernoitou.
1839 – Batalha de Imbituba na Praia do Porto.
 1856 – Criação da Freguesia do Mirim.
 1871 – construção do primeiro trapiche do Porto de Imbituba, com extensão de 70
metros. A obra foi realizada por engenheiros ingleses em ferro e madeira.
 1882 – inaugurado o farolete na extremidade do Morro de Imbituba (Ponta de
Imbituba). Extinto em 1911 por ter sido inaugurado nesse dia o novo farolete da Ilha das
Araras. Em 1918 foi inaugurado novo farol, automático, com coluna de alvenaria de 7
metros de altura, pintada de branco, sobre a qual foi colocado o aparelho de luz,
automático. Reformado em 1937, sendo que em 1968 foi terminado o azulejamento da
torre .
 1912 – Henrique Lage desembarca em Laguna.
 1919 – Início das obras de construção do porto e da Cerâmica Imbituba.
 1919/1920 – Construção do Imbituba Hotel.
 1920 – início da construção da Usina Termelétrica.
 1922 – criada a Companhia Docas de Imbituba, tendo Álvaro Catão como diretor. Todos
os navios de carga ou passageiros da Companhia Nacional de Navegação Costeira
passaram a fazer escala no Porto de Imbituba.
 1923 - criação do Município de Imbituba, deixando de pertencer a Laguna. Em 1930,
atropelada pela Revolução Getulista, Imbituba deixou de ser Município, voltando a
pertencer ao Município de Laguna.
 1935- primeira viagem de ônibus realizada em Imbituba, tendo como destino a cidade
de Laguna. A linha era operada pela Empresa Auto Viação Glória, de propriedade de
Manoel Florentino Machado.
 1941 – falecimento de Henrique Lage e inauguração do porto.
 1949 – Imbituba passa a se chamar Henrique Lage.
 1954 – Inaugurada a Igreja Matriz.
 1958 – emancipado o distrito de Henrique Lage.
 1959 – o município de Henrique Lage passa a se chamar Imbituba.
 1966 – ocorre o primeiro suposto milagre atribuído a Madre Paulina, que curou a
imbitubense Eluiza Rosa de Souza, desenganada pelos médicos após intensa hemorragia
e parada cardíaca.
 1981 - criado por um grupo de cientistas e voluntários o Projeto Baleia Franca, com o
objetivo de pesquisar e monitorar o ressurgimento das baleias, promover a educação
ambiental e fomentar a cultura preservacionista junto às comunidades da costa sul-
brasileira.
IGREJA SANTA ANA DO MIRIM
A igreja em 1912. A construção iniciou em 1844.
1938
RUA DE BAIXO
(1ª rua da cidade – organizada na década de 1880)
HENRIQUE LAGE
(1881 – 1941)
Industrial brasileiro e principal idealizador
do Porto de Imbituba. Fundou a Companhia
Docas de Imbituba em 1922. Na cidade,
além do porto, montou uma cerâmica e uma
granja de grandes proporções.
Incentivador de diversos setores da indústria
nacional, como a mineração e a aeronáutica.
Pioneiro na extração salineira no nordeste
do Brasil e, na década de 1920, mandou
sondar a existência de petróleo no município
de Campos dos Goytacazes.
Foi casado com a cantora lírica italiana
Gabriella Besanzoni.
Criou, em 1935, a Companhia Nacional de
Navegação Aérea, primeira fábrica de aviões
no Brasil.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Rua de Baixo (Presidente Vargas) na década de
50. Em primeiro plano os trilhos da Estrada de
Ferro D. Tereza Cristina . Foto de Iza Soares
Capela Imaculada Conceição (década de 1910)
(Localizava-se próximo ao porto)
Inauguração da Igreja Matriz (1954)
Porto de Imbituba em suas instalações iniciais (final do séc. XIX)
Obras no porto (1938)
Escafandrista nas obras do porto.
Navios aguardando o carregamento de carvão e madeira.
Antigo Barracão da Baleia,. Foto publicada no livro Romanceiro Açoriano, de
Almir Martins.
Interior da antiga armação baleeira, atualmente transformado em Museu da
Baleia (reinaugurado em 2015). Foto: Liliane Miguel
ANTIGA USINA TERMELÉTRICA
 Foi construída em 1917 e ampliada em 1949.
Utilizava a queima de carvão para produção de energia elétrica, e abastecia o
porto e a cidade de Imbituba.
Funcionou de 1923 a 1963. Sua desativação aconteceu quando a cidade
começou a adquirir energia elétrica da SOLTECA – Sociedade Termelétrica de
Capivari.
Possuía uma chaminé de 40 metros de altura e um porão para recolhimento
das cinzas de carvão.
HOTEL IMBITUBA
 Construído entre 1919/1920.
 Arquitetura colonial inglesa.
Era considerado um dos mais luxuosos do Sul do Brasil.
 Segundo Maria Aparecida Pamato Santana: “A recepção e os corredores eram
cobertos por tapetes “Persa” vermelhos. No salão de refeições, belíssimas
cristaleiras, com espelhos e vidros de cristal, repletas de louças (porcelanas
inglesas), copos e taças de cristal importados e talheres de prata. Membros da
Família Imperial do Brasil, Pedro Gastão e João d´Orleans e Bragança, estiveram
hospedados por oito dias no Hotel Imbituba, em fevereiro de 1935. Chamado de
Hotel Grande possuía, também, um salão de festas, com piano e um bem
aparelhado bar; um salão de jogos no piso superior; no centro, um aconchegante
jardim de inverno, com um caramanchão florido e bancos de ferro pintados de
branco. A recepção, os quartos e o salão de festas eram ladeados por espaçosa
varanda. Aos fundos, ficava a ampla e bem equipada cozinha.”
“Contavam seus funcionários, que na revolução de trinta, os oficiais dos “maragatos”
tomaram o hotel; alguns deles entraram, com seus belos cavalos, selados com arreios de
prata, pelos corredores, até os quartos. Uma bagunça generalizada. Disseram que depois o
hotel ficou assombrado. Altas horas da noite acordaram com passadas e o tilintar dos
arreios dos cavalos.
Um dos últimos gerentes contava que, às vezes, acordava com barulho de louças
quebrando e panelas rolando no chão da cozinha. Levantava-se ia até a cozinha, acendia a
luz e... tudo estava no seu lugar!
A senhora Itália de Bona, primeira telefonista de Imbituba e vizinha do Hotel, contou, nos
seus noventa anos, que Dona Zita Catão organizava bailes luxuosos, para casais amigos de
Laguna e Tubarão. Chegavam de trem e saltavam em frente ao hotel, cantando, alegres:
“Viva, Dona Zita, viva, Dr Catão, ela é tão gentil; nos convidou para vir dançar cá no hotel”.
(Maria Aparecida Pamato Santana)
Industrial Cerâmica Imbituba
Criada por Henrique Lage no ano de 1919 com a finalidade de fabricar louças
para suprir os navios passageiros da Organização Henrique Lage que na época
faziam a linha Rio-Imbituba-Porto Alegre.
Foi a 1ª indústria de cerâmica da região Sul.
 Logo passou a produzir azulejos.
As matérias-primas vinham de Içara (argila) e de Orleans (caulim). Aqui
dispunha de carvão e lenha para os fornos; sarrafos e palha tinham em
abundância para a embalagem da produção. Calcário, talco, vidro especial e
corantes eram provenientes de São Paulo e Paraná. (Maria Aparecida Pamato
Santana)
Encerrou suas atividades em 2009.
VILA OPERÁRIA
 Construída em 1916 para abrigar operários de Henrique Lage. Formavam um
Um conjunto de casas geminadas, de madeira, compondo 6 lotes, com 4 casas
cada, num total de vinte e quatro.
COOPERATIVA DE IMBITUBA
Conjunto de armazéns, lojas de ferragem, armarinho, (roupas de cama, mesa e banho),
açougue, padaria e farmácia. O prédio dividia-se em duas alas separadas internamente
pela linha da malha ferroviária central. Essa linha era usada para a descarga dos produtos
que chegavam de navio, de trem ou por terra. O charque vinha de navio do Rio Grande do
Sul. Outras mercadorias como o sal, vinham do Rio de Janeiro. Lençóis, fronhas, toalhas de
banho, rosto e mesa eram trazidos das confecções catarinenses(Brusque e Blumenau). Os
produtos a granel, como farinhas de mandioca, de trigo, de milho e açucares, feijão e
outros, eram vendidos a quilo e empacotados em papel pardo.
Antigo Grupo Escolar Henrique Lage, na Av. Dr. João Rimsa (o prédio é de 1934)
1º ônibus a fazer a linha Imbituba – Laguna.
Antiga locomotiva utilizada para o transporte de carvão.
O DISCURSO DO PROGRESSO EM IMBITUBA
 Ainda que surja como armação baleeira em 1715, o núcleo urbano de
Imbituba começa a se desenvolver a partir da segunda metade do século XIX,
com a construção do Porto de Imbituba como alternativa para o escoamento
do carvão mineral explorado mais ao sul, em regiões como Lauro Müller e
Tubarão.
 Portanto, o porto não foi consequência do desenvolvimento da Vila, mas
resultado de um fator externo ao seu território (a descoberta do carvão).
 Em sua primeira fase, o porto desenvolve-se com capital e projeto ingleses.
 Imbituba apresentava-se como uma alternativa ao porto de Laguna, cujo
assoreamento não permitia a ancoragem de navios de grande calado.
 Interesses político-econômicos levaram a diversos conflitos entre Laguna e
Imbituba. Após a saída dos ingleses, em 1902, o porto de Imbituba é
praticamente abandonado. Outro argumento era o risco que o porto de
Imbituba oferecia às embarcações, já que os fortes ventos, o mar aberto e a
falta de um quebra-mar representavam a possibilidade de acidentes e
naufrágios.
 Em 1919 Henrique Lage obteve a concessão de exploração do porto.
 A eclosão da I Guerra Mundial, que dificultou a importação de carvão, deu novo
impulso à exploração carvoeira em Santa Catarina.
 Em 1931 Vargas (nacionalista) institui a obrigatoriedade de que 10% do consumo
de carvão no Brasil seja de produto nacional. Com a II Guerra a demanda pelo carvão
aumenta.
 Em 1969, foi fundada a ICC (Indústria Carboquímica Catarinense), empresa
pertencente ao Grupo Petrofértil, que produzia insumos para indústria de
fertilizantes a partir do enxofre extraído da pirita carbonosa (rejeito do carvão)
derivando o ácido sulfúrico somado ao ácido fosfórico.
 A construção da ICC, inaugurada em 1979, fazia parte dos objetivos do II PND
(Plano Nacional de Desenvolvimento). Para descarregar a rocha fosfática, matéria-
prima para a produção do ácido fosfórico, e para escoar toda a produção de ácido
sulfúrico e fosfórico, o porto de Imbituba deveria ampliar suas instalações. (Alcides
Goularti Filho).
 Em 1990, o governo Collor liberou por completo a importação do carvão
metalúrgico e fechou as minas da CSN.
Obras de ampliação do porto de Imbituba. Possivelmente década de 1930.
(Foto: www.portogente.com.br)
Composição da EFDTC na estação de Imbituba. (Foto:
Caixa de embarque de carvão, com capacidade para 3 mil toneladas. (Foto:
http://www.cdiport.com.br/porto/historia3.htm )
ICC - Tanques para armazenamento de ácidos (Foto: Blog Pena Digital)
Folha de S. Paulo, 02/02/1994.
O forte vento nordeste espalha o óxido de ferro. A substância é consequência da
primeira etapa do beneficiamento da pirita carbonosa, parte do processo de fabricação
do ácido sulfúrico. Esta notícia podia ser ouvida na década de 80 e início de 90, quando
a Indústria Carboquímica Catarinense – ICC, ainda funcionava, mas ainda há relatos da
intitulada na época “maldição da fumaça vermelha”, nos dias de hoje.
(Foto e texto – com adaptações: http://www.bandeirantes1010.com.br/artigo/po-
vermelho-ainda-incomoda-imbitubenses )
Montanhas de óxido de ferro (resíduo da ICC). (Foto: Blog Pena Digital)
Toneladas do óxido de ferro foram depositadas a céu aberto no bairro Vila
Nova Alvorada. Além do pó vermelho, outro resíduo da ICC é o gesso,
também depositado a céu aberto no local e em área contígua à da ICC. Com
o fechamento da ICC, a empresa Engessul, hoje, Sul Gesso, adquiriu essas
áreas onde estão depositados os resíduos e desde 2011 iniciou a exportação
do óxido de ferro para o mercado siderúrgico chinês, tornando-se uma das
maiores movimentadoras de cargas do Porto de Imbituba.
Desde então a comunidade de Ribanceira de Cima vem sofrendo quando o
vento nordeste atinge o município, levantando nuvens de pó vermelho que
entram nas casas, cobrem os veículos e plantas. Sendo uma substância muito
fina, se espalha muito rápido. A Senhora Maria Farias, 80 anos, já está
cansada de limpar sua casa. “Para este natal, tivemos que limpar com um
jato toda a casa, e pintá-la da cor do pó, porque a sujeira é demais e sempre
volta”, comenta Maria.
Fonte: http://www.bandeirantes1010.com.br/artigo/po-vermelho-ainda-
incomoda-imbitubenses, 20/12/2013.
Água com resíduos do óxido de ferro. (Foto: Blog Pena Digital)
Mãos com resíduos do óxido de ferro. (Foto: Blog Pena Digital)
Manifestação organizada pela ACORDI (Associação Comunitária Rural de
Imbituba) contra a instalação da Votorantim na Ribanceira. Em julho de 2010
houve a desapropriação da área, vendida a 11 centavos o m² e a expulsão de
um morador local.
Foto: http://passapalavra.info/2010/08/27188.
Foto: http://passapalavra.info/2010/08/27188.
IMARUÍ
A primeira colonização da região de Imaruí ocorreu antes de 1800 e foi realizada por
um grupo de pescadores oriundos de Laguna.
Em 1833, foi criada a Freguesia de São João Batista do Imaruí, que se tornou distrito de
Laguna.
 Imaruí passou à categoria de município em 27 de agosto de 1890, e o nome foi dado
pelos de indígenas que habitava o local: vem do mosquito “maruim”, comum na região.
 Massacre de Imaruí: Com a tomada de Laguna pelos farrapos, adeptos do Império
fugiram para Imaruí e resistiram às imposições de David Canabarro, que esperava que a
Freguesia fornecesse víveres as suas tropas, o que acabou não acontecendo. Diante
disto, ordenou a Garibaldi que saqueasse e destruísse a freguesia, o que aconteceu em
1839. A cidade foi pilhada e seus habitantes mutilados e mortos. Sobre o episódio,
escreveu Garibaldi em suas memórias:
“Desejo, não só para mim, mas para todos os homens que jamais recebam uma ordem
igual a esta que era de tal modo terminante que não havia modo de a iludir. Ainda que
existam longas e prolixas narrativas de não acontecimentos, julgo impossível que a mais
terrível se aproxime da realidade. Deus me perdoe, mas não tive em toda a minha
existência acontecimento que deixasse tão amarga recordação como o saque do
Imaruí.”
 Destaque para o turismo religioso: Festa do Senhor Bom Jesus dos Passos (uma das
maiores de Santa Catarina, reunindo 50 mil pessoas) e a Beata Albertina.
Igreja Matriz em 1941. (Foto: Clélio Barreto)
Igreja Matriz, após reforma de 2010.
Albertina Berkenbrock
 Beatificada em 2007.
 Nasceu no dia 11 de abril de 1919, na comunidade
de São Luís, paróquia São Sebastião de Vargem do
Cedro.
 Filha de imigrantes alemães, a jovem foi
assassinada aos doze anos de idade ao resistir uma
tentativa de estupro.
O primeiro sinal de sua suposta santidade ocorreu
no dia de sua morte. Segundo consta, o sangue
jorrava de seu pescoço sempre que o agressor, ex-
empregado do seu pai, aproximava-se do caixão.
Túmulo e santuário de Albertina Berkenbrock

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História de Garopaba, Imbituba e Imaruí

  • 1. HISTÓRIA LOCAL GAROPABA, IMBITUBA E IMARUÍ Profº Viegas Fernandes da Costa
  • 2. Vila Nova: 1752 Garopaba: 1793/1795 Imaruí: 1833
  • 3. Conta-se que em 1525 uma expedição naval espanhola, comandada por Dom Henrico de Acuña, que se dirigia às Molucas, passando pelo estreito de Fernão de Magalhães, foi obrigada a se refugiar de um temporal na Baía de Garopaba.
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  • 5. Fonte: BESEN, José Artulino. São Joaquim de Garopaba: 1830-1980. 1996, p. 55-56.
  • 6. QUILOMBO DO FORTUNATO FORTUNATO JUSTINO MACHADO Míriam Furtado Hartung Nos primeiros dias que sucederam a minha chegada ao Morro do Fortunato, o tema principal nas conversas com os moradores girou em torno da história do grupo. Os relatos remetiam incondicionalmente ao nome de Fortunato Justino Machado, chamado de pai Nato, como sendo o primeiro morador do lugar e o fundador do grupo. "O premero morador que eu conheci lá era o pai do Anastácio, o Fortunato ", diz uma senhora de 84 anos, antiga moradora do Morro, viúva de um dos filhos de Fortunato Justino Machado. Esta é uma verdade entre os moradores do Morro e das proximidades. Fortunato possuía uma grande plantação de café e com a venda desse produto ganhou tanto dinheiro que, na região, ficou conhecido como Fortunat, o rico. (...)
  • 7. A versão dos moradores do Vale, apresenta Fortunato como escravo de Marcos Vieira e filho deste mesmo homem. A condição de Fortunato não é posta em dúvida. Afirma-se categoricamente que ele foi escravo. Pergunto se não estaria esta versão e, consequentemente, este modo de perceber os membros do grupo do Fortunato, muito próximo daquele que, durante a escravidão, conforme mostra Cunha (1985), considerava escravo e negro como "categorias coextensivas"? Dentro dessa lógica da coextensividade das categorias escravo e negro, se o grupo do Morro do Fortunato é de origem africana, logo, seu ancestral era escravo. No entanto, isto não diz nada se não for considerado, como se viu acima, que, igualmente coextensivos a estas duas categorias -negro e escravo -, é o conjunto de adjetivos que qualificam depreciativamente esse segmento. (...) (Excertos extraídos de: Hartung, Míriam Furtado. Nascidos na Fortuna – O grupo do Fortunato: identidade e relações interétnicas entre descendentes de africanos e europeus no litoral catarinense. Florianópolis: PPGAS/UFSC, 1992, p. 36-45)
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  • 11. Em 1793 foi criada a Armação de São Joaquim de Garopaba, que em 1830 foi elevada à condição de freguesia. O município de Garopaba só foi instituído de forma definitiva em 1961.
  • 13. ESTRUTURA DE UMA ARMAÇÃO BALEEIRA (Adaptado de Bitencourt, Fernando. Armações baleeiras: da Costa Brava a Garopaba, 2005)  Paredão: de pedra seca, penetrando o mar, onde se escoravam as casas dos baleeiros.  Rampa: construída com pedras secas rejuntadas com uma mistura de conchas trituradas, areia grossa e borra do derretimento do toucinho da baleia.  Trapiche: em madeira. O trapiche de Garopaba possuía 123 metros.  Casa dos tanques: localizada próxima ao mar e protegida pelo paredão, armazenava para o embarrilhamento o óleo que escorria por calhas de madeira do engenho de frigir.  Engenho de frigir: abrigava o açougue e a oficina das fornalhas, onde o toucinho era picado e aquecido em tachos de cobre até ser transformado em óleo.  Casa Grande: residência do administrador. A de Garopaba é construída em pedra e cal. No pavimento inferior funcionava o armazém e cozinha, e no superior os aposentos privados.
  • 14. O Casarão foi construído entre 1793-1795 e destinado para moradia e atuação do Administrador da Armação Baleeiira. Além de residência, segundo Mirian Ellys, em A Baleia no Brasil Colonial, o prédio servia para depósito de mercadorias e outros bens destinados à utilização nas atividades na Armação. Sua localização estratégica facilitava a observação e fiscalização das atividades. (João Pacheco, 2015)
  • 15.  Capela: No interior da capela de Garopaba está enterrado o primeiro administrador da Armação, Manoel Marques Guimarães.  Casas dos feitores: Garopaba mantinha uma fileira de casas ao longo do caminho do morro, totalizando oito unidades.  Senzala: Em Garopaba estava situadas entre o caminho do morro e o costão a beira mar, hoje conhecido por beco do Baú.  Beneficiamento da Baleia: De uma baleia produzia-se uma média de 18 pipas de óleo, cada pipa correspondendo a 424 litros. O óleo era utilizado na iluminação. As barbatanas na confecção de espartilhos. A carne (3 mil Kg) vendida ou distribuída à população mais pobre. A borra (resíduos ou mucilagem acumulada no fundo dos tanques) era utilizada como componente de argamassa na construção civil.
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  • 26. Fonte da foto: http://condutorambiental.blogspot.com.br/
  • 27.  1930: Um piquete Getulista instala-se em Garopaba, e a cidade é bombardeada por um destróier da Marinha Brasileira. O episódio é cantado nos versos do poeta popular Manoel Valentim: “Treze de outubro às nove horas. O povo se apavorou. Quando um destróier da Marinha. A vila bombardeou// Chegaram do Sul os gaúchos. A notícia correu certa. Muita gente fugiu para o mato, Ficou a Vila quase deserta// Os bois vieram churrascos, Cavalos foram levados” (VALENTIM, 1993)  1964: encalhe do navio mercante Brasil Mar, trazendo mergulhadores a Garopaba. Inaugurado o 1º hotel.  Década de 1960: governador Ivo Silveira contrata Manfredo Hubner para fotografar a sede da colônia de pescadores, que volta diversas vezes à cidade, até instalar-se definitivamente na década de 1980. Traz consigo jornalistas gaúchos de Correio do Povo, Folha da Tarde e A Rua Grande, que fazem reportagens sobre Garopaba, Na perspectiva da fruição romântica do litoral.  Década de 1970: chegada da família Gerdau Johampeter, que se instala no acesso à Praia Vermelha. Os irmãos Gerdau figuram como precursores do surf no Rio Grande do Sul. / Chegada do médico Marco Aurélio Raymundo, que passou a produzir roupas para a prática do surf, criando a Mormai.  Referências culturais do período: conto “Mon amour Garopaba”, de Caio Fernando Abreu, publicado em 1977. / Canção “Deu pra ti”, de Kleiton e Kledir (1981). / Filme “Deu pra ti anos 70”, de Giba Assis Brasil e Nelson Nadotti (1981).
  • 28. Morro da Silveira, 1977. Fonte: http://camerasurf.com.br/camerasurf/surfreporter/index/cod/1001/morro-da-silveiragaropaba-sc-1977.html
  • 30. ORIGEM TOPONÍMICA DO TERMO IMBITUBA “O topônimo ‘Imbituba’ provém do indígena “embetuba” ou “imbituba”, que significa: região com imensa quantidade de imbé, uma espécie de cipó escuro roxo, muito resistente, usado para a confecção de cordas.” (MARTINS, Manoel de Oliveira. Imbituba: história e desenvolvimento)
  • 31. "Barco em Chamas - Batalha de Imbituba", de Willy Zumblic (1980 ) A BATALHA DE IMBITUBA
  • 32.  A Batalha Naval de Imbituba (1839) é considerado o batismo de fogo de Anita Garibaldi, e aconteceu na praia do porto de Imbituba.  Anita lutava ao lado do companheiro Giuseppe Garibaldi, contra as forças do governo brasileiro, no contexto da Guerra dos Farrapos (ou Rev. Farroupilha).  Santa Catarina havia sido declarado país independente (República Juliana), com sede em Laguna. A esquadra dos farrapos era composta pelas embarcações Rio Pardo e Seival, e foi atacada por tropas terrestres e pelos 3 principais navios da marinha imperial.  Giuseppe ordenou que Anita ficasse nos porões, mas esta não obedeceu, e lutou com os demais. É desta batalha o episódio no qual Anita, depois de desmaiar em combate, respondeu a Giuseppe, quando este mais uma vez lhe ordenara que descesse ao porão, que desceria para buscar os covardes que lá estavam escondidos. Os farrapos saíram vitoriosos nesta batalha.
  • 33. CRONOLOGIA DE IMBITUBA (Construída a partir do blog “memoriaimbitubense.blogspot.com.br”) 1622 – Chegam os primeiros missionários pertencentes ao Colégio do Rio de Janeiro, Padres Antônio Araújo e Pedro da Mota, para catequizar os índios Carijós que habitavam o litoral catarinense. Permaneceram na Vila Nova até 1624, quando seguiram para a região de Santo Antônio dos Anjos da Laguna. 1715 – início do povoamento de Imbituba, com a chegada do Capitão Manoel Gonçalves de Aguiar que, por determinação do Governador do Rio de Janeiro, realizava viagem de inspeção às colonizações do Sul do Brasil. 1720 – chegam os primeiros colonizadores açorianos e madeirenses. 1747 – construção da primeira capela de Vila Nova para abrigar a imagem de Santa Ana, trazida dos Açores. 1796 – Fundação da Armação para a pesca da baleia (a estação baleeira de Imbituba foi a última a deixar de operar no Sul do Brasil).  1821 – nasce em Morrinhos, Freguesia de Santana de Mirim, Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi (existem controvérsias).
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  • 36.  1826 – D. Pedro I, em viagem para a cidade de Rio Grande onde iria verificar as necessidades do Exército Brasileiro, desembarca em Garopaba da Frota Imperial que havia deixado o Rio de Janeiro e segue à cavalo para a localidade de Araçatuba. De lá seguiu para Vila Nova, onde às 16 horas do dia 2/12/1856 ele e sua comitiva param e fazem uma ligeira refeição, saindo em seguida, ainda a cavalo, pelas praias, passando por Itapirubá, Praia do Gi até chegar em Laguna, onde pernoitou. 1839 – Batalha de Imbituba na Praia do Porto.  1856 – Criação da Freguesia do Mirim.  1871 – construção do primeiro trapiche do Porto de Imbituba, com extensão de 70 metros. A obra foi realizada por engenheiros ingleses em ferro e madeira.  1882 – inaugurado o farolete na extremidade do Morro de Imbituba (Ponta de Imbituba). Extinto em 1911 por ter sido inaugurado nesse dia o novo farolete da Ilha das Araras. Em 1918 foi inaugurado novo farol, automático, com coluna de alvenaria de 7 metros de altura, pintada de branco, sobre a qual foi colocado o aparelho de luz, automático. Reformado em 1937, sendo que em 1968 foi terminado o azulejamento da torre .  1912 – Henrique Lage desembarca em Laguna.
  • 37.  1919 – Início das obras de construção do porto e da Cerâmica Imbituba.  1919/1920 – Construção do Imbituba Hotel.  1920 – início da construção da Usina Termelétrica.  1922 – criada a Companhia Docas de Imbituba, tendo Álvaro Catão como diretor. Todos os navios de carga ou passageiros da Companhia Nacional de Navegação Costeira passaram a fazer escala no Porto de Imbituba.  1923 - criação do Município de Imbituba, deixando de pertencer a Laguna. Em 1930, atropelada pela Revolução Getulista, Imbituba deixou de ser Município, voltando a pertencer ao Município de Laguna.  1935- primeira viagem de ônibus realizada em Imbituba, tendo como destino a cidade de Laguna. A linha era operada pela Empresa Auto Viação Glória, de propriedade de Manoel Florentino Machado.  1941 – falecimento de Henrique Lage e inauguração do porto.  1949 – Imbituba passa a se chamar Henrique Lage.
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  • 39.  1954 – Inaugurada a Igreja Matriz.  1958 – emancipado o distrito de Henrique Lage.  1959 – o município de Henrique Lage passa a se chamar Imbituba.  1966 – ocorre o primeiro suposto milagre atribuído a Madre Paulina, que curou a imbitubense Eluiza Rosa de Souza, desenganada pelos médicos após intensa hemorragia e parada cardíaca.  1981 - criado por um grupo de cientistas e voluntários o Projeto Baleia Franca, com o objetivo de pesquisar e monitorar o ressurgimento das baleias, promover a educação ambiental e fomentar a cultura preservacionista junto às comunidades da costa sul- brasileira.
  • 40. IGREJA SANTA ANA DO MIRIM A igreja em 1912. A construção iniciou em 1844.
  • 41. 1938
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  • 44. RUA DE BAIXO (1ª rua da cidade – organizada na década de 1880)
  • 45. HENRIQUE LAGE (1881 – 1941) Industrial brasileiro e principal idealizador do Porto de Imbituba. Fundou a Companhia Docas de Imbituba em 1922. Na cidade, além do porto, montou uma cerâmica e uma granja de grandes proporções. Incentivador de diversos setores da indústria nacional, como a mineração e a aeronáutica. Pioneiro na extração salineira no nordeste do Brasil e, na década de 1920, mandou sondar a existência de petróleo no município de Campos dos Goytacazes. Foi casado com a cantora lírica italiana Gabriella Besanzoni. Criou, em 1935, a Companhia Nacional de Navegação Aérea, primeira fábrica de aviões no Brasil. Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
  • 46. Rua de Baixo (Presidente Vargas) na década de 50. Em primeiro plano os trilhos da Estrada de Ferro D. Tereza Cristina . Foto de Iza Soares
  • 47. Capela Imaculada Conceição (década de 1910) (Localizava-se próximo ao porto)
  • 48. Inauguração da Igreja Matriz (1954)
  • 49. Porto de Imbituba em suas instalações iniciais (final do séc. XIX)
  • 50. Obras no porto (1938)
  • 52. Navios aguardando o carregamento de carvão e madeira.
  • 53. Antigo Barracão da Baleia,. Foto publicada no livro Romanceiro Açoriano, de Almir Martins.
  • 54. Interior da antiga armação baleeira, atualmente transformado em Museu da Baleia (reinaugurado em 2015). Foto: Liliane Miguel
  • 55. ANTIGA USINA TERMELÉTRICA  Foi construída em 1917 e ampliada em 1949. Utilizava a queima de carvão para produção de energia elétrica, e abastecia o porto e a cidade de Imbituba. Funcionou de 1923 a 1963. Sua desativação aconteceu quando a cidade começou a adquirir energia elétrica da SOLTECA – Sociedade Termelétrica de Capivari. Possuía uma chaminé de 40 metros de altura e um porão para recolhimento das cinzas de carvão.
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  • 61.  Construído entre 1919/1920.  Arquitetura colonial inglesa. Era considerado um dos mais luxuosos do Sul do Brasil.  Segundo Maria Aparecida Pamato Santana: “A recepção e os corredores eram cobertos por tapetes “Persa” vermelhos. No salão de refeições, belíssimas cristaleiras, com espelhos e vidros de cristal, repletas de louças (porcelanas inglesas), copos e taças de cristal importados e talheres de prata. Membros da Família Imperial do Brasil, Pedro Gastão e João d´Orleans e Bragança, estiveram hospedados por oito dias no Hotel Imbituba, em fevereiro de 1935. Chamado de Hotel Grande possuía, também, um salão de festas, com piano e um bem aparelhado bar; um salão de jogos no piso superior; no centro, um aconchegante jardim de inverno, com um caramanchão florido e bancos de ferro pintados de branco. A recepção, os quartos e o salão de festas eram ladeados por espaçosa varanda. Aos fundos, ficava a ampla e bem equipada cozinha.”
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  • 67. “Contavam seus funcionários, que na revolução de trinta, os oficiais dos “maragatos” tomaram o hotel; alguns deles entraram, com seus belos cavalos, selados com arreios de prata, pelos corredores, até os quartos. Uma bagunça generalizada. Disseram que depois o hotel ficou assombrado. Altas horas da noite acordaram com passadas e o tilintar dos arreios dos cavalos. Um dos últimos gerentes contava que, às vezes, acordava com barulho de louças quebrando e panelas rolando no chão da cozinha. Levantava-se ia até a cozinha, acendia a luz e... tudo estava no seu lugar! A senhora Itália de Bona, primeira telefonista de Imbituba e vizinha do Hotel, contou, nos seus noventa anos, que Dona Zita Catão organizava bailes luxuosos, para casais amigos de Laguna e Tubarão. Chegavam de trem e saltavam em frente ao hotel, cantando, alegres: “Viva, Dona Zita, viva, Dr Catão, ela é tão gentil; nos convidou para vir dançar cá no hotel”. (Maria Aparecida Pamato Santana)
  • 69. Criada por Henrique Lage no ano de 1919 com a finalidade de fabricar louças para suprir os navios passageiros da Organização Henrique Lage que na época faziam a linha Rio-Imbituba-Porto Alegre. Foi a 1ª indústria de cerâmica da região Sul.  Logo passou a produzir azulejos. As matérias-primas vinham de Içara (argila) e de Orleans (caulim). Aqui dispunha de carvão e lenha para os fornos; sarrafos e palha tinham em abundância para a embalagem da produção. Calcário, talco, vidro especial e corantes eram provenientes de São Paulo e Paraná. (Maria Aparecida Pamato Santana) Encerrou suas atividades em 2009.
  • 70. VILA OPERÁRIA  Construída em 1916 para abrigar operários de Henrique Lage. Formavam um Um conjunto de casas geminadas, de madeira, compondo 6 lotes, com 4 casas cada, num total de vinte e quatro.
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  • 72. COOPERATIVA DE IMBITUBA Conjunto de armazéns, lojas de ferragem, armarinho, (roupas de cama, mesa e banho), açougue, padaria e farmácia. O prédio dividia-se em duas alas separadas internamente pela linha da malha ferroviária central. Essa linha era usada para a descarga dos produtos que chegavam de navio, de trem ou por terra. O charque vinha de navio do Rio Grande do Sul. Outras mercadorias como o sal, vinham do Rio de Janeiro. Lençóis, fronhas, toalhas de banho, rosto e mesa eram trazidos das confecções catarinenses(Brusque e Blumenau). Os produtos a granel, como farinhas de mandioca, de trigo, de milho e açucares, feijão e outros, eram vendidos a quilo e empacotados em papel pardo.
  • 73. Antigo Grupo Escolar Henrique Lage, na Av. Dr. João Rimsa (o prédio é de 1934)
  • 74. 1º ônibus a fazer a linha Imbituba – Laguna.
  • 75. Antiga locomotiva utilizada para o transporte de carvão.
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  • 77. O DISCURSO DO PROGRESSO EM IMBITUBA
  • 78.  Ainda que surja como armação baleeira em 1715, o núcleo urbano de Imbituba começa a se desenvolver a partir da segunda metade do século XIX, com a construção do Porto de Imbituba como alternativa para o escoamento do carvão mineral explorado mais ao sul, em regiões como Lauro Müller e Tubarão.  Portanto, o porto não foi consequência do desenvolvimento da Vila, mas resultado de um fator externo ao seu território (a descoberta do carvão).  Em sua primeira fase, o porto desenvolve-se com capital e projeto ingleses.  Imbituba apresentava-se como uma alternativa ao porto de Laguna, cujo assoreamento não permitia a ancoragem de navios de grande calado.  Interesses político-econômicos levaram a diversos conflitos entre Laguna e Imbituba. Após a saída dos ingleses, em 1902, o porto de Imbituba é praticamente abandonado. Outro argumento era o risco que o porto de Imbituba oferecia às embarcações, já que os fortes ventos, o mar aberto e a falta de um quebra-mar representavam a possibilidade de acidentes e naufrágios.
  • 79.  Em 1919 Henrique Lage obteve a concessão de exploração do porto.  A eclosão da I Guerra Mundial, que dificultou a importação de carvão, deu novo impulso à exploração carvoeira em Santa Catarina.  Em 1931 Vargas (nacionalista) institui a obrigatoriedade de que 10% do consumo de carvão no Brasil seja de produto nacional. Com a II Guerra a demanda pelo carvão aumenta.  Em 1969, foi fundada a ICC (Indústria Carboquímica Catarinense), empresa pertencente ao Grupo Petrofértil, que produzia insumos para indústria de fertilizantes a partir do enxofre extraído da pirita carbonosa (rejeito do carvão) derivando o ácido sulfúrico somado ao ácido fosfórico.  A construção da ICC, inaugurada em 1979, fazia parte dos objetivos do II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento). Para descarregar a rocha fosfática, matéria- prima para a produção do ácido fosfórico, e para escoar toda a produção de ácido sulfúrico e fosfórico, o porto de Imbituba deveria ampliar suas instalações. (Alcides Goularti Filho).  Em 1990, o governo Collor liberou por completo a importação do carvão metalúrgico e fechou as minas da CSN.
  • 80. Obras de ampliação do porto de Imbituba. Possivelmente década de 1930. (Foto: www.portogente.com.br)
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  • 82. Composição da EFDTC na estação de Imbituba. (Foto:
  • 83. Caixa de embarque de carvão, com capacidade para 3 mil toneladas. (Foto: http://www.cdiport.com.br/porto/historia3.htm )
  • 84. ICC - Tanques para armazenamento de ácidos (Foto: Blog Pena Digital)
  • 85. Folha de S. Paulo, 02/02/1994.
  • 86. O forte vento nordeste espalha o óxido de ferro. A substância é consequência da primeira etapa do beneficiamento da pirita carbonosa, parte do processo de fabricação do ácido sulfúrico. Esta notícia podia ser ouvida na década de 80 e início de 90, quando a Indústria Carboquímica Catarinense – ICC, ainda funcionava, mas ainda há relatos da intitulada na época “maldição da fumaça vermelha”, nos dias de hoje. (Foto e texto – com adaptações: http://www.bandeirantes1010.com.br/artigo/po- vermelho-ainda-incomoda-imbitubenses )
  • 87. Montanhas de óxido de ferro (resíduo da ICC). (Foto: Blog Pena Digital)
  • 88. Toneladas do óxido de ferro foram depositadas a céu aberto no bairro Vila Nova Alvorada. Além do pó vermelho, outro resíduo da ICC é o gesso, também depositado a céu aberto no local e em área contígua à da ICC. Com o fechamento da ICC, a empresa Engessul, hoje, Sul Gesso, adquiriu essas áreas onde estão depositados os resíduos e desde 2011 iniciou a exportação do óxido de ferro para o mercado siderúrgico chinês, tornando-se uma das maiores movimentadoras de cargas do Porto de Imbituba. Desde então a comunidade de Ribanceira de Cima vem sofrendo quando o vento nordeste atinge o município, levantando nuvens de pó vermelho que entram nas casas, cobrem os veículos e plantas. Sendo uma substância muito fina, se espalha muito rápido. A Senhora Maria Farias, 80 anos, já está cansada de limpar sua casa. “Para este natal, tivemos que limpar com um jato toda a casa, e pintá-la da cor do pó, porque a sujeira é demais e sempre volta”, comenta Maria. Fonte: http://www.bandeirantes1010.com.br/artigo/po-vermelho-ainda- incomoda-imbitubenses, 20/12/2013.
  • 89. Água com resíduos do óxido de ferro. (Foto: Blog Pena Digital)
  • 90. Mãos com resíduos do óxido de ferro. (Foto: Blog Pena Digital)
  • 91. Manifestação organizada pela ACORDI (Associação Comunitária Rural de Imbituba) contra a instalação da Votorantim na Ribanceira. Em julho de 2010 houve a desapropriação da área, vendida a 11 centavos o m² e a expulsão de um morador local. Foto: http://passapalavra.info/2010/08/27188.
  • 94. A primeira colonização da região de Imaruí ocorreu antes de 1800 e foi realizada por um grupo de pescadores oriundos de Laguna. Em 1833, foi criada a Freguesia de São João Batista do Imaruí, que se tornou distrito de Laguna.  Imaruí passou à categoria de município em 27 de agosto de 1890, e o nome foi dado pelos de indígenas que habitava o local: vem do mosquito “maruim”, comum na região.  Massacre de Imaruí: Com a tomada de Laguna pelos farrapos, adeptos do Império fugiram para Imaruí e resistiram às imposições de David Canabarro, que esperava que a Freguesia fornecesse víveres as suas tropas, o que acabou não acontecendo. Diante disto, ordenou a Garibaldi que saqueasse e destruísse a freguesia, o que aconteceu em 1839. A cidade foi pilhada e seus habitantes mutilados e mortos. Sobre o episódio, escreveu Garibaldi em suas memórias: “Desejo, não só para mim, mas para todos os homens que jamais recebam uma ordem igual a esta que era de tal modo terminante que não havia modo de a iludir. Ainda que existam longas e prolixas narrativas de não acontecimentos, julgo impossível que a mais terrível se aproxime da realidade. Deus me perdoe, mas não tive em toda a minha existência acontecimento que deixasse tão amarga recordação como o saque do Imaruí.”
  • 95.  Destaque para o turismo religioso: Festa do Senhor Bom Jesus dos Passos (uma das maiores de Santa Catarina, reunindo 50 mil pessoas) e a Beata Albertina. Igreja Matriz em 1941. (Foto: Clélio Barreto)
  • 96. Igreja Matriz, após reforma de 2010.
  • 97. Albertina Berkenbrock  Beatificada em 2007.  Nasceu no dia 11 de abril de 1919, na comunidade de São Luís, paróquia São Sebastião de Vargem do Cedro.  Filha de imigrantes alemães, a jovem foi assassinada aos doze anos de idade ao resistir uma tentativa de estupro. O primeiro sinal de sua suposta santidade ocorreu no dia de sua morte. Segundo consta, o sangue jorrava de seu pescoço sempre que o agressor, ex- empregado do seu pai, aproximava-se do caixão.
  • 98. Túmulo e santuário de Albertina Berkenbrock

Notas do Editor

  1. 17e7