6. Transmissão
6
Via respiratória
Caso fonte elimina bacilos no ambiente
Inalação de aerossóis eliminados por tosse, fala ou espirro
Gotículas de Pfluger núcelos de Wells (1-2 bacilos) em
suspensão por muitas horas( infectantes)
Fatores: infectividade; duração do contato; tipo de ambiente
100-200 horas de contato
Maior risco: contatos íntimos e intra domiciliares,
aglomerados urbanos, condições precárias de moradia.
10. 10
Epidemiologia no Brasil
O Brasil está entre os 30 países de alta carga para TB e TB- HIV.
71 mil novos casos nos últimos 10 anos.
Brasil ocupa 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% de TB no
mundo
Populações de risco: PVHIV; situação de rua, privadas de liberdade, indígenas,
aqueles que vivem em aglomerados e situação de pobreza.
PNCT Metas até 2035: menos de 10 casos/ 100 mil habitante e menos de 1
óbito/ 100 mil habitantes
Estratégias em todos os níveis de atenção á saúde ( prevenção, diagnóstico e
tratamento).
11. 11
A determinação Social da
tuberculose
Problema de saúde pública ( notificação compulsória)
Retrato da exclusão e da desigualdade social
Determinantes: COMUNIDADE – AMBIENTE DOMICILIAR- INDIVÍDUO
Demográficos ( urbanização crescente e desordenada)
Sociais ( baixa escolaridade, insegurança alimentar)
Econômicos ( desigualdade de renda,)
Solução: Estratégias articuladas com as demais políticas públicas ações para
os mais vulneráveis
13. Fisiopatologia
13
FASE
SIMBIÓTICA
• Partículas vencem a barreira mucociliar
• Invasão dos alvéolos pelo MO multiplicação
• Macrófagos fagocitose
• Mecanismos de escape pelo MO MO cresce no macrófago ( parasitismo intracelular
facultativo.
FASE
DISSEMINAÇÃO
• MO vence o macrógafo rompe a célula multiplicação lesão do tecido
• Resposta imune inespecífica
• Disseminação hematogênica primária
GRANULOMAS
• Acúmulo de macrófagos e linfócitos T ao redor das bactérias ( conter a disseminação)
• Dois caminhos: INFECÇÃO LATENTE – bacilos inativados por tempo indeterminado
• DISSEMINAÇÃO LINFO – HEMATOGÊNICA :MO viajam pela corrente linfática linfodos
hilares ducto torácico corrente sanguínea
• Linfócitos T helper específicos + macrófagos ativados granuloma caesoso( foco primário ou
nódulo de Ghon
14. Fisiopatologia
14
Mecanismo da doença: Foco progressivo
Alta carga bacilar Cáseo exacerbado ( granuloma) liquefação do cáseo meio de cultura para o
MO caverna tuberculosa TB progressiva ou TB pós primaria
19. Diagnóstico Clínico
19
Tuberculose primária
Primeiro contato com o bacilo
Mais comum em crianças
Febre baixa, irritabilidade, sudorese noturna, inapetência.
Tosse pode não estar presente.
Ocorre dentro dos primeiros 3 anos
Tuberculose pós- primária ( secundária)
Adolescente e adulto jovem
Após 3 anos da primo infecção
Reativação ou reinfecção
Tosse seca ou produtiva, purulenta, mucoide
Febre vespertina
Sudorese noturna e anorexia
Ausuculta pulmonar: diminuição do MV, sopro
anfórico ou normal.
21. Diagnóstico Clínico
21
Tuberculose Miliar
Aspecto radiológico pulmonar específico
Pode ocorrer nas duas formas de TB
Forma grave
Geralmente se desenvolve em pacientes
imunocomprometidos
Quadro: febre, astenia, tosse e emagrecimento
Hepatomegalia; SNC; alterações cutâneas
24. Baciloscopia do Escarro
24
Método simples e seguro
BAAR pelo método Ziehl- Nielsen é a técnica mais utilizada
Detecta 60-80% dos casos de TB pulmonar em adultos
Indicações:
Sintomáticos respiratórios
Suspeita clínica/ radiológico de TB pulmonar
Acompanhamento e controle de cura
25. Baciloscopia do Escarro
25
Devem ser coletadas 2 amostras( uma no momento da consulta e outra no dia
seguinte, ao despertar )
Volume ideal: 5-10 ml
Obtida da árvore brônquica
Pode conservar em refrigeração na unidade por até 7 dias
Padrão ouro: cultura de escarro e testes moleculares
27. Baciloscopia do Escarro
27
Baciloscopia negativa em pacientes com TB pulmonar
Dificuldade para obtenção do meterial
Pequeno tamanho da população bacilar
Dificuldades técnicas ( laboratório)
Dificuldades do paciente para tossir
28. Teste rápido molecular para
TB- TRM-TB
28
Teste de amplificação de ácidos nucleicos
Detecta DNA dos bacilos do complexo M. tuberculosis
Triagem para cepas resistentes a rifampicina ( sensibilidade de 95%)
Necessária apenas 1 amostra de escarro
Resultado em 2 horas
Sensibilidade superior á baciloscopia ( 90%).
29. Teste rápido molecular para
TB- TRM-TB
29
Indicações:
Diagnóstico de TB pulmonar e laríngea em adultos e adolescentes
Triagem de resistência á rifampicina
Diagnóstico de TB extra pulmonar( líquor, gânglios linfáticos)
Geralmente não recomendado para diagnóstico em crianças ( < 10 anos)
Incapacidade de expectorar; abaciflíferas
32. Cultura para Micobactéria,
Identificação e Teste de
Sensibilidade
32
Elevada sensibilidade e especificidade
Aumenta em 30% o diagnóstico em baciloscopia negativa
Quando realizar?
Todos os casos com diagnóstico de TB por meio do TRM-TB
Todos os casos supeitos com TRM-TB negativo + persistência o quadro clínico
Locais sem acesso ao TRM-TB Realizar baciloscopia de escarro+ cultura + TS
33. Diagnóstico por imagem
33
Radiografia de tórax é o exame de escolha na avaliação inicial e
acompanhamento
Objetivos: excluir outra doença pulmonar associada
Avaliar extensão do acometimento
Evolução radiológica durante o tratamento
TC de tórax
Indicada quando radiografia normal
Pacientes imunossuprimidos ( avaliar outros tecidos e órgãos)
37. Prova tuberculínica
37
A tuberculina é um produto esterilizado e concentrado, obtido de 7 cepas do M. tuberculosis
Líquido injetável, límpido, incolor ou levemente amarelado
Brasil: PPD- RT 23
É um teste diagnóstico de ILTB no adulto e ILTB e TB em crianças
Fundamento: hipersensibilidade cutânea tardia após aplicação do PPD via intradérmica
Reação antígeno- anticorpo reação local com edema e hiperemia
Leitura: 48-72h após a aplicação
40. Prova tuberculínica- Ténica de
aplicação
40
Injeção intra dérmica de 0,1 ml de PPD
Terço médio da face anterior do antebraço esquerdo
Angulação de 5-15 graus
A tuberculina deve ser aspirada e aplicada imediatamente
45. IGRA- Ensaio de liberação de
INF GAMA
45
Novo teste laboratorial
Coleta de sangue antígeno do M. tuberculosis mede a produção de
INF-gama
ILTB
Metodologia altamente específica ( >95%)
Não influcenciado pela BCG – não produz falso positivo
46. Diagnóstico de TB na infância
46
Menores de 10 anos e adolescentes
Geralmente abacilífera ( negativa ao exame bacteriológico)
Dificuldade de expectoração
Tríade: tosse crônica > 2 semanas, perda de peso e hiporexia
PAC que não melhora com o tratamento habitual
47. Diagnóstico de TB na infância
47
Diagnóstico pelo sistema de escore
Baseia-se em critérios clínicos, epidemiológicos, teste imunológico não específico e
radiografia e tórax
49. Diagnóstico de TB em PVHIV
49
Apresentação clínica depende do grau de imunossupressão
Questionar sintomas: tosse/ febre/ adinamia / perda ponderal/ sudorese noturna
Coleta de escarro: BACILOSCOPIA + TRM-TB + CULTURA + TESTE DE SENSIBILIDADE
50. Diagnóstico de ILTB
50
Indivíduo infectado, porém sem sintomatologia
OMS: ¼ da população mundial tem ILTB
Não transmitem a doença
Período de latência pode se estender por anos.
Fatores de risco para reativação: HIV, idade<2 anos e > 60 anos, DM, desnutrição
52. Diagnóstico de ILTB
52
Prova tuberculínica
ILTB em crianças e adultos
TB ativa em crianças
Alta especificidade : 97%. Apenas 3% falso positivo
10 anos após BCD apenas 1% das PTS são positivas
Regra geral: PT positiva+ = ILTB
53. Tratamento
53
É uma doença 100% curável em praticamente todos os casos
Prioridade: tratamento dos bacilíferos ( cadeia de transmissão)
Tratamento ambulatorial em UBS, com acompanhamento regular
58. Tratamento
58
FASE INTENSIVA- 2 meses
•Redução rápida dos bacilos
•Eliminação dos bacilos com resistência natural
•Diminuição da contagiosidade
•Medicamento de alto poder bactericida
FASE MANUTENÇÃO- 4 meses
•Eliminar bacilos latentes/ persistentes
•Medicamentos bactericida e esterilizante
66. Seguimento do Tratamento
66
Acompanhamento clínico mensal + controle radiológico
Monitoramento do peso
Sinais e sintomas
Reações adversas
Exames laboratoriais de rotina
Testagem para HIV
Baciloscopia mensal ( negativa a partir da 2ª semana )
Cura: 2 baciloscopias negativas na fase de Manutenção
72. Tratamento ILTB
72
Prevenção primária ou Quimioprofilaxia primária :
RN coabitantes do caso índice bacilífero
Não realizar vacinação BCG
Iniciar Isoniazida (H) 10 mg/kg/ dia por 03 meses.
Realizar PT PT>=5mm manter por mais 3 meses.
PT<=5 mm interromper Isoniazida e vacinar BCG
78. Até 2021, mais de 76 mil pessoas em
tratamento da Infecção Latente por
Mycobacterium tuberculosis (ILTB)
estavam notificadas
57,3% das pessoas em tratamento da ILTB
eram contatos de pessoas com TB;
Das pessoas que iniciaram o tratamento da
ILTB, 63,1% foram encerrados como tratamento
completo.
Oferta de novo tratamento (3HP*) menor
tempo de administração das doses, melhor
adesão.
TRATAMENTO DA ILTB
Tratar a ILTB
pode reduzir
em até 90%
o risco de
desenvolvimento
de TB ativa
* 3HP: rifapentina + isoniazida
78
80. PLANO BRASIL LIVRE DA TUBERCULOSE
Brasil livre da tuberculose
Alcançar menos
de 230 mortes
por TB até 2035
Reduzir o
coeficiente de
incidência da
TB em 90%*
Reduzir o número
de mortes por
TB em 95%*
Alcançar menos de
10 casos por 100 mil
habitantes até 2035
Portaria GM/MS nº 154, de 26 de janeiro de 2022 (publicada em 10 de
fevereiro de 2022 no DOU), aprova o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose
como Problema de Saúde Pública - Estratégias para os anos 2021 a 2025
*quando comparado com dados de 2015
80
81. IGRA – Detecção da infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis
(ILTB).
Alternativa à prova tuberculínica (PT) para o rastreio da ILTB em populações
específicas.
Disponível no SUS a partir de março de 2022.
LF-LAM – Diagnóstico inicial rápido de TB na PVHIV com
imunodepressão.
Agiliza o diagnóstico e otimiza o tratamento da TB.
Disponível no SUS a partir do 2º Semestre de 2022.
LPA (Line Probe Assay) – Diagnóstico rápido da TBDR.
Otimiza a prescrição do tratamento medicamentoso com base nos resultados
laboratoriais e auxilia no controle dos casos de resistência no país.
Disponível no SUS a partir do 2º Semestre de 2022.
MGIT – Cultura e teste de sensibilidade em meio líquido automatizado
Reduz o tempo para a confirmação laboratorial dos casos de TB sensível e
resistente aos fármacos.
Disponível no SUS a partir do 1º Semestre de 2022
NOVAS TECNOLOGIAS DISPONIBILIZADAS EM 2022
81
83. GUIA ORIENTADOR:
PROMOÇÃO DA
PROTEÇÃO SOCIAL
PARA AS PESSOAS
ACOMETIDAS PELA
TUBERCULOSE
MANUAL DE
RECOMENDAÇÕES
PARA O DIAGNÓSTICO
LABORATORIAL DE
TUBERCULOSE E
MICOBACTÉRIAS NÃO
TUBERCULOSAS DE
INTERESSE EM SAÚDE
PÚBLICA NO BRASIL
TUDO QUE VOCÊ
PRECISA SABER SOBRE
A TUBERCULOSE:
ÁLBUM SERIADO DA TB
LANÇAMENTO DE PUBLICAÇÕES
TUBERCULOSE NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À
SAÚDE: PROTOCOLO
DE ENFERMAGEM
GUIA DE
ORIENTAÇÕES
PARA PREVENÇÃO
E DIAGNÓSTICO DA
TUBERCULOSE EM
PROFISSIONAIS DE
SAÚDE
PANORAMA DOS
INDICADORES
LABORATORIAIS DA
TUBERCULOSE NO
BRASIL
83