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TUBERCULOSE
Prof. Valdes R. Bollela
Moléstias Infecciosas e Tropicais
Departamento de Clínica Médica – FMRP-USP
Tuberculose
Epidemiologia
Epidemiologia
• WHO - 2015
– Estimativa de 9.6 milhões de casos
– 12% (1,2 milhão) co-infectados pelo HIV+
– .
• No ano de 2014 –1,5 milhão de óbitos
– 400.000 HIV+
WHO - Global Tuberculosis Report , 2015
Epidemiologia
• Tuberculose no Brasil – 2015
– 70.000 casos NOTIFICADOS
• Estimativa de 90.000 casos
•Está diminunido nas últimas décadas
– O Brasil é 18º país em número de casos no mundo
– 4.400 óbitos por TB/ano
Boletim Epidemiológico – SVS – MS. 47 - 2016
Tuberculose
Transmissão
Transmissão
• A transmissão ocorre através do ar, por meio de gotículas
contendo os bacilos expelidos por um doente ao tossir, espirrar
ou falar em voz alta.
A tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa através do ar.
Transmissão
• A propagação da
tuberculose está
intimamente ligada às
condições de vida da
população.
• Sua prevalência é maior
nas periferias das
grandes cidades.
Transmissão
• Contágio:
– As formas da doença que oferecem risco são:
• TB pulmonar
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– Caverna pulmonar  risco contágio
Complexo Primário
• Na primoinfecção
– Bacilo alcança o alvéolo
– Cancro de inoculação  Linfangite  Adenopatia satélite
– Disseminação hematogênica
Se autolimitado, teremos a
VIRAGEM TUBERCULÍNICA
Prova Tuberculínica
• A Prova Tuberculínica:
– A técnica de aplicação (Mantoux) e
o material utilizado são
padronizados pela OMS
– A injeção (INTRADÉRMICA) do PPD
faz aparecer uma pequena área de
limites precisos, pálida e de aspecto
pontilhado como casca de laranja.
Formação de pápula de inoculação.
Injeção intradérmica da tuberculina.
• REATOR:
• ≥5 mm (HIV, Tx, iTNF)
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Prova Tuberculínica
• A leitura deve ser realizada 72 a 96 horas após a aplicação,
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Tuberculose Primária
• TB PRIMÁRIA: (Primeiros 2 anos após primoinfecção)
– Indivíduo não imune
• Disseminação precoce (3 meses)
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– Tuberculose miliar
• Disseminação precoce com metástases orgânicas e
maior latência para doença (3 a 12 meses)
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– TB pulmonar
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INFECÇÃO
DOENÇA R. ENDÓGENA
R. EXÓGENA
5%
INFECTADOS
90%
Carga
Bacilar
Carga
Bacilar
Tempo (anos)
Tempo (anos)
TB pós primária
Tuberculose Pós Primária
• Reativação endógena X Reinfecção exógena
• Indivíduo imune
– Formas clínicas:
• Pulmonar (absoluta maioria, com até 90% dos casos)
• Extra pulmonares
– Pleural
– Óssea
– Renal
– Supra renal
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INFECÇÃO
DOENÇA
PRIMO
INFECÇÃO 5%
R. ENDÓGENA
R. EXÓGENA
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INFECTADOS
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Situação da Tuberculose (TB e TBL)
2 ,3 bilhões
9,6 milhões/ano
Doentes
Infectados
70 milhões
70 a 90 mil/ano
Tuberculose
Diagnóstico
Tuberculose Pulmonar Adulto
• DIAGNÓSTICO:
– Suspeita clínica e epidemiológica
– Estudo radiológico
– Análise Microbiológica /molecular
• Baciloscopia
• Cultura
• TB-TRM teste rápido molecular
– Teste tuberculínico/IGRA
Tuberculose Pulmonar Adulto
• Estudo radiológico (raio X de tórax)
Apresentação Radiológica
• TB primária:
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– consolidação no parênquima
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Apresentação Radiológica
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– doença pleural
– Alterações residuais:
• Fibrose
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• Bronquiectasias
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– Permite descobrir as fontes
mais importantes de infecção:
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pulmonar em uma comunidade.
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Tuberculose Pulmonar Adulto
• Análise Microbiológica
– O diagnóstico DEFINITIVO se
faz cultivando o bacilo nas
secreções pulmonares ou de
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Cultura
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– É o “gold standard” para o diagnóstico da tuberculose
– Método sensível (detecta até 10 bacilos/ml de escarro)
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• Após o cultivo é possível proceder a
identificação e o teste de sensibilidade às
drogas antimicobacterianas
Teste Rápido Molecular –TRM TB
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Teste Tuberculínico
• DIAGNÓSTICO:
– Teste tuberculínico (PPD)
• Resultado positivo isoladamente
significa apenas infecção e não é
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TB doença
Prova Terapêutica
• Diante da suspeita clínica e extensiva
investigação inconclusiva, é possível iniciar
terapêutica de prova
• Somente deve ser feita por um especialista
Tuberculose
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Tuberculose
• Diagnóstico Confirmado de Tuberculose Pulmonar:
O que fazer?
– Notificação do caso
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– Pesquisa dos contactantes
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Esquema Básico (EB) para TB
(adultos e adolescentes)
Fonte: Nota Técnica PNCT/DEVEP/SVS/MS
Rifampicina(R) + Isoniazida(hidrazida-H) + Pirazinamida(Z) + Etambutol(E)
Regime Prolongado e Bifásico
1om 2om
Objetivo: reduzir a
transmissibilidade, a
morbidade e a resistência
adquirida pela redução
da população bacilífera
Crescimento
geométrico
Fase intensiva
Tratamento prolongado e bifásico
3om 4om 5om 6om
Fase de manutenção
Crescimento lento
Objetivo: eliminar os bacilos persistentes
proporcionando uma cura efetiva
e duradoura da doença.
Novo Esquema Básico TB
Aspectos Importantes
Esquema (RHZ, sem EMB) para crianças até 10
anos
Esquema 2(RHZE) + 10 (RH) 12 meses
meningoencefalite Tuberculosa + corticóide
 TB óssea e articular (sem corticóide)
Efeitos colaterais
• Efeitos colaterais dos tuberculostáticos:
– Rifampicina (R)- vômitos, icterícia
– Isoniasida (H)- neuropatia periférica, hepatite
– Pirazinamida (Z)- artralgia, vômitos
– Etambutol (E)- neurite óptica e cegueira
– Estreptomicina (S)- perda equilíbrio e da audição
Adesão ao tratamento: DOTS/TDO
• O tratamento supervisionado requer a
supervisão da ingestão dos
medicamentos em uma única dose
diária.
• Deve-se explicar ao paciente e sua
família o porquê da necessidade do
tratamento supervisionado.
Tuberculose
Prevenção
Prevenção
1. Vacinação com BCG
2. Investigação e o acompanhamento dos contactantes
3. Quimioprofilaxia (tratamento da tuberculose latente)
4. Minimizar risco Ocupacional
TB Latente
• Indicação de tratamento:
1. Aqueles que tiveram viragem tuberculínica (infecção recente)
2. Pessoas com PPD reator e que são contatantes recentes de
pacientes portadores de TB ativa.
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• imunodeficientes (HIV, diabéticos, transplantados, em uso de
imunobiológicos inibidores de TNF-), etc..
Risco Ocupacional
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– Proteção respiratória
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  • 1. TUBERCULOSE Prof. Valdes R. Bollela Moléstias Infecciosas e Tropicais Departamento de Clínica Médica – FMRP-USP
  • 3. Epidemiologia • WHO - 2015 – Estimativa de 9.6 milhões de casos – 12% (1,2 milhão) co-infectados pelo HIV+ – . • No ano de 2014 –1,5 milhão de óbitos – 400.000 HIV+ WHO - Global Tuberculosis Report , 2015
  • 4. Epidemiologia • Tuberculose no Brasil – 2015 – 70.000 casos NOTIFICADOS • Estimativa de 90.000 casos •Está diminunido nas últimas décadas – O Brasil é 18º país em número de casos no mundo – 4.400 óbitos por TB/ano Boletim Epidemiológico – SVS – MS. 47 - 2016
  • 6. Transmissão • A transmissão ocorre através do ar, por meio de gotículas contendo os bacilos expelidos por um doente ao tossir, espirrar ou falar em voz alta. A tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa através do ar.
  • 7. Transmissão • A propagação da tuberculose está intimamente ligada às condições de vida da população. • Sua prevalência é maior nas periferias das grandes cidades.
  • 8. Transmissão • Contágio: – As formas da doença que oferecem risco são: • TB pulmonar • TB de laringe. – Caverna pulmonar  risco contágio
  • 9. Complexo Primário • Na primoinfecção – Bacilo alcança o alvéolo – Cancro de inoculação  Linfangite  Adenopatia satélite – Disseminação hematogênica Se autolimitado, teremos a VIRAGEM TUBERCULÍNICA
  • 10. Prova Tuberculínica • A Prova Tuberculínica: – A técnica de aplicação (Mantoux) e o material utilizado são padronizados pela OMS – A injeção (INTRADÉRMICA) do PPD faz aparecer uma pequena área de limites precisos, pálida e de aspecto pontilhado como casca de laranja. Formação de pápula de inoculação. Injeção intradérmica da tuberculina.
  • 11. • REATOR: • ≥5 mm (HIV, Tx, iTNF) • ≥ 10 mm (imunocompetente) • NÃO REATOR Prova Tuberculínica • A leitura deve ser realizada 72 a 96 horas após a aplicação, – Régua milimetrada – mede o maior diâmetro transverso da área de endurecimento palpável. • O resultado, registrado em milímetros classificava-se como: Mensuração Correta
  • 14. Tuberculose Primária • TB PRIMÁRIA: (Primeiros 2 anos após primoinfecção) – Indivíduo não imune • Disseminação precoce (3 meses) – Meningite tuberculosa – Tuberculose miliar • Disseminação precoce com metástases orgânicas e maior latência para doença (3 a 12 meses) – TB ganglionar – TB pulmonar – TB renal
  • 15. INFECÇÃO DOENÇA R. ENDÓGENA R. EXÓGENA 5% INFECTADOS 90% Carga Bacilar Carga Bacilar Tempo (anos) Tempo (anos) TB pós primária
  • 16. Tuberculose Pós Primária • Reativação endógena X Reinfecção exógena • Indivíduo imune – Formas clínicas: • Pulmonar (absoluta maioria, com até 90% dos casos) • Extra pulmonares – Pleural – Óssea – Renal – Supra renal – outras
  • 17. INFECÇÃO DOENÇA PRIMO INFECÇÃO 5% R. ENDÓGENA R. EXÓGENA 5% INFECTADOS 90% Carga Bacilar Carga Bacilar Tempo (anos) Tempo (anos) Evolução da Infecção
  • 18. Situação da Tuberculose (TB e TBL) 2 ,3 bilhões 9,6 milhões/ano Doentes Infectados 70 milhões 70 a 90 mil/ano
  • 20. Tuberculose Pulmonar Adulto • DIAGNÓSTICO: – Suspeita clínica e epidemiológica – Estudo radiológico – Análise Microbiológica /molecular • Baciloscopia • Cultura • TB-TRM teste rápido molecular – Teste tuberculínico/IGRA
  • 21. Tuberculose Pulmonar Adulto • Estudo radiológico (raio X de tórax)
  • 22. Apresentação Radiológica • TB primária: – linfadenopatia – consolidação no parênquima – padrão miliar – normal
  • 23. RX8
  • 24. RX1
  • 25. Apresentação Radiológica • TB pós primária – Adulto: – doença no parênquima e cavitação – doença pleural – Alterações residuais: • Fibrose • atelectasia cicatricial • Retração do hilo • Bronquiectasias
  • 27. Baciloscopia • Pesquisa de BAAR: – Permite descobrir as fontes mais importantes de infecção: os casos bacilíferos. – Permite detectar de 50 a 60% dos casos de tuberculose pulmonar em uma comunidade. – Positivo > 10.000/ml escarro
  • 28. Tuberculose Pulmonar Adulto • Análise Microbiológica – O diagnóstico DEFINITIVO se faz cultivando o bacilo nas secreções pulmonares ou de outras localizações
  • 29. Cultura • Lowenstein-Jensen: – É o “gold standard” para o diagnóstico da tuberculose – Método sensível (detecta até 10 bacilos/ml de escarro) – Pode demorar de 2 a 8 semanas para se obter resultados • Após o cultivo é possível proceder a identificação e o teste de sensibilidade às drogas antimicobacterianas
  • 32. Teste Tuberculínico • DIAGNÓSTICO: – Teste tuberculínico (PPD) • Resultado positivo isoladamente significa apenas infecção e não é o bastante para o diagnóstico de TB doença
  • 33. Prova Terapêutica • Diante da suspeita clínica e extensiva investigação inconclusiva, é possível iniciar terapêutica de prova • Somente deve ser feita por um especialista
  • 35. Tuberculose • Diagnóstico Confirmado de Tuberculose Pulmonar: O que fazer? – Notificação do caso – Tratamento efetivo – Pesquisa dos contactantes – Oferecer sorologia anti HIV
  • 36. Esquema Básico (EB) para TB (adultos e adolescentes) Fonte: Nota Técnica PNCT/DEVEP/SVS/MS Rifampicina(R) + Isoniazida(hidrazida-H) + Pirazinamida(Z) + Etambutol(E)
  • 37. Regime Prolongado e Bifásico 1om 2om Objetivo: reduzir a transmissibilidade, a morbidade e a resistência adquirida pela redução da população bacilífera Crescimento geométrico Fase intensiva Tratamento prolongado e bifásico 3om 4om 5om 6om Fase de manutenção Crescimento lento Objetivo: eliminar os bacilos persistentes proporcionando uma cura efetiva e duradoura da doença.
  • 39. Aspectos Importantes Esquema (RHZ, sem EMB) para crianças até 10 anos Esquema 2(RHZE) + 10 (RH) 12 meses meningoencefalite Tuberculosa + corticóide  TB óssea e articular (sem corticóide)
  • 40. Efeitos colaterais • Efeitos colaterais dos tuberculostáticos: – Rifampicina (R)- vômitos, icterícia – Isoniasida (H)- neuropatia periférica, hepatite – Pirazinamida (Z)- artralgia, vômitos – Etambutol (E)- neurite óptica e cegueira – Estreptomicina (S)- perda equilíbrio e da audição
  • 41. Adesão ao tratamento: DOTS/TDO • O tratamento supervisionado requer a supervisão da ingestão dos medicamentos em uma única dose diária. • Deve-se explicar ao paciente e sua família o porquê da necessidade do tratamento supervisionado.
  • 43. Prevenção 1. Vacinação com BCG 2. Investigação e o acompanhamento dos contactantes 3. Quimioprofilaxia (tratamento da tuberculose latente) 4. Minimizar risco Ocupacional
  • 44. TB Latente • Indicação de tratamento: 1. Aqueles que tiveram viragem tuberculínica (infecção recente) 2. Pessoas com PPD reator e que são contatantes recentes de pacientes portadores de TB ativa. 3. Pessoas com alto risco de desenvolver TB • imunodeficientes (HIV, diabéticos, transplantados, em uso de imunobiológicos inibidores de TNF-), etc..
  • 45. Risco Ocupacional • Medidas de Controle da transmissão da TB – Proteção respiratória • Máscaras cirúrgicas para os pacientes (quando sairem do quarto e máscara N95 para os profissionais)