O documento resume os principais resultados do Recenseamento Agrícola de 2009 em Portugal. O recenseamento mostrou que houve uma diminuição de 111.000 explorações agrícolas e das terras aráveis entre 1999-2009, enquanto as pastagens permanentes aumentaram. A maioria das explorações tem menos de 5 hectares, mas 2/3 da terra agrícola é gerida por explorações maiores de 50 hectares.
2. O Recenseamento
Agrícola contribui de
forma decisiva para
a caracterização:
da agricultura do
país
das estruturas de
produção
da população
rural
dos modos de
produção
agrícola.
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3. Importância dos recenseamentos agrícolas
São de carácter obrigatório
Caracterizam a estrutura das explorações agrícolas e
analisam a sua evolução;
Analisam a evolução dos sistemas de produção
agrícola;
Dão a conhecer as principais práticas culturais;
Caracterizam a população agrícola familiar e a mão-
de-obra agrícola; (…).
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5. De 1999 para 2009 constata-se que:
Desapareceram 111 000 explorações
Predominam as explorações de pequena
dimensão.
2/3 da SAU é gerida por explorações de dimensão
superior a 50 hectares.
Aumentou a dimensão média das explorações de
9,3 hectares para cerca de 12 hectares.
Cresceu o número de sociedades agrícolas em
23%
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6. Alterou-se a paisagem agrícola reorientando-se
para sistemas de
produção extensivos.
Diminuíram as terras aráveis.
Aumentaram as pastagens
permanentes.
Reduziu-se o número
de efetivos pecuários.
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7. Decresceu 23% a superfície regada.
Duplicou a dimensão média das explorações com
efetivos bovinos e suínos.
Aumentou em 10% o número de tratores.
1/3 dos produtores agrícolas são mulheres
Aumentou 4 anos a
média de idade dos
produtores agrícolas.
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8. O produtor agrícola tipo:
A dimensão das explorações agrícolas em Portugal
é, em média, 5 hectares inferior à da UE.
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Dinheiro Vivo 2013. Infografia: Luísa Sousa
9. Ler, analisar e interpretar são atividades
fundamentais quando nos debruçamos sobre
dados estatísticos.
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10. Número de explorações e SAU, por classes de SAU
(variação 1999-2009)
Classes de SAU
(hectares)
Explorações
(%)
SAU
(%)
Variação 1999/2009
Nºexpl.(%) SAU (%)
Total 100,0 100,0 -26,6 -5,0
< 1 21,6 1,0 -40,9 -40,0
1 a 5 54,0 9,9 -23,7 -23,7
5 a 20 17,1 13,4 -20,0 -19,4
20 a 50 3,8 9,8 -10,3 -9,7
50 a 100 1,4 8,3 -0,8 0,7
100 a 500 1,6 29,9 6,0 5,3
500 a 1000 0,3 15,8 5,8 5,2
>= 1 000 0,1 12,0 -0,4 -0,3
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12. Repartição do número de
explorações, por classes de
SAU
(1999-2009)
Repartição da SAU, por classes
de SAU
(1999-2009)
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
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15. Valor de Produção Padrão (VPP): é o valor
monetário médio da produção agrícola numa dada
região. É expresso em hectare ou cabeça de gado,
conforme o sistema de produção.
Valor de Produção Total (VPT) ou Valor de
Produção Padrão Total (VPPT) da exploração:
corresponde à soma dos diferentes VPP obtidos
para cada atividade, multiplicando os VPP pelo
número de unidades (de área ou de efetivo)
existentes dessa atividade na exploração.
Dimensão Económica (DE): é definida com base
no VPPT da exploração, sendo expressa em euros.
Orientação Técnico-Económica (OTE) de uma
exploração: determina- -se, avaliando a contribuição
de cada atividade para a soma do VP total dessa
exploração.
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16. Explorações segundo a OTE – Orientação
Técnico-Económica
OTE especializadas em:
Culturas arvenses (cereais), oleaginosas,
proteaginosas, batata, horticultura extensiva e
tabaco; Horticultura intensiva e floricultura; vinha;
olival; bovinos de leite; bovinos para carne; ovinos
e caprinos; granívoros; suínos; aves.
OTE indiferenciadas ou combinadas:
Policultura
Polipecuária
Mistas de culturas e criação do gado.
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17. Explorações segundo a dimensão económica:17
Dimensão económica expressa em euros (€)
18. O que mudou na agricultura nos últimos 10
anos
Alterou-se a ocupação cultural
Decréscimo generalizado de culturas industriais
(-67%), batata (-63%), leguminosas secas (-49%) e
cereais para grão (-43%);
Aumento relativo das áreas com culturas
forrageiras, bem como das hortícolas, flores e
plantas ornamentais, ao ar livre e em estufa.
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19. Decréscimo de 25% das áreas de pomares de
frutos frescos, 28% da área de citrinos e 19% da
área de vinha.
Acréscimos de área nos frutos subtropicais (+17%),
em particular do kiwi.
A superfície de olival modificou significativamente
as suas características mais de 30 mil hectares de
olivais com densidades de plantação superiores a
300 oliveiras por hectare.
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20. Acentuada redução do número de explorações
pecuárias
Diminuição do número de explorações agrícolas
(sobretudo pelo desaparecimento de unidades de menor dimensão
com efetivos pecuários)
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21. Aumentou a dimensão dos efetivos por cada
exploração com animais:
o número médio de bovinos por exploração
mais que duplicou, passando de 13,8 cabeças
para as 28,2
o número médio de suínos por exploração
passaram,
em média,
das 18,2 cabeças
para as 37,5.
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22. Produtores agrícolas, de 1999
para 2009:
1/3 dos produtores agrícolas são mulheres
+8%
48% dos produtores com + 65 anos +4 anos
52% dos produtores com o 1ºCiclo
89% dos produtores tem formação agrícola
prática
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23. 1/5 dos produtores trabalha a tempo inteiro nas
atividades da exploração + 5%
6% dos produtores têm rendimento
exclusivamente da exploração -2%
64% dos produtores recebem pensões e
reformas
84% dos produtores têm rendimento formado
maioritariamente por outras origens.
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24. Comparação entre empresas agrícolas e
explorações agrícolas
Empresas
agrícolas
Explorações
agrícolas
Indicadores técnicos:
Efetivo por exploração pecuária (CN/expl)
Tratores por 100 ha de SAU (Nº/100 ha)
278
1
22
5
Indicadores estruturais:
SAU média por exploração (ha)
Volume de trabalho por exploração
(UTA/expl)
SAU por unidade de trabalho (ha/UTA)
142
5
29
12
1
10
Indicadores sociais:
Idade média do dirigente
Dirigentes com 65 e mais anos (%)
Dirigentes mulheres (%)
50
15
12
62
47
29
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UTA - Unidade de trabalho agrícola equivalente ao trabalho de uma pessoa a tempo
completo realizado num ano, medido em horas (1 UTA = 275 dias de trabalho a 8 horas
por dia).
25. Fonte – RA 2009, Destaque
25
Trabalho elaborado a
partir do ra2009.
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