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Amebas
• Subfilo: Sarcodina
• Superclasse: Rhizopoda
• Classe: Lobosea
• Locomoção: Pseudópodes
• Reprodução: Divisão binária simples
GÊNERO : Iodamoeba

FAMÍLIA ENDAMOEBIDAE
I. bütschlii

GÊNERO : Endolimax
E. nana
GÊNERO : Entamoeba
E. coli
E. hartmanni
E. dispar
E. histolytica

E. gingivalis

INTESTINO
GROSSO

BOCA
Amebas intestinais
Ordem: Amoebida

                                                                

 

Endolimax nana
 Entamoeba coli
Iodamoeba butschlii

    

    

 Entamoeba hartmanni
 Entamoeba dispar

Não patogênicas
Indicam contaminação
fecal

Entamoeba histolytica  

Patogênica
TROFOZOÍTO
 Forma vegetativa
 Ativa
 Alimentação
 Reprodução
 Movimentação

CISTO
 Forma infectante
 Não se locomove
 Não alimenta
 Resistente
Trofozoítos da Entamoeba histolytica
•
•
•
•
•
•

10-40um
Núcleo com cromatina periferica
Cariosomo central
Ingerem hemácias
Produzem lesões
Pseudopodes
Cistos da Entamoeba histolytica
Cistos jovens com 1-2 núcleos
Cistos maduros com 4 núcleos
10-40 micras diâmetro( 20 um)
Corpos cromatoidais elípticos
Núcleos - cromatina periférica e cariossomo central
Formados pela desidratação das fezes

CISTOS

Resistência
Sobrevivência no meio ambiente
Forma responsável pela transmissão  
Entamoeba histolytica e Entamoeba dispar são
morfologicamente idênticas
E. histolytica é patogênica
10% da população mundial infectada por E. dispar
e/ou E. histolytica
50 milhões de casos invasivos/ano principalmente
em países em desenvolvimento
Infecções são transmitidas por cistos através da via
fecal-oral
90% dos infectados podem eliminar o parasito
durante 12 meses
Transmissão da amebíase
oral

fecal-

Água e alimentos
contaminados com
cistos

forma de resistência do parasito
no meio ambiente
Ciclo de vida
1. CICLO NÃO INVASIVO
NÃO PATOGÊNICO
Ingestão de cistos
Trofozoítos liberados no final do íleo
Colonização do Intestino grosso
Multiplicação dos trofozoítos na
superfície da mucosa do I.grosso
Formação e eliminação do cistos

ASSINTOMÁTICO
COLITE NÃO
2. CICLO INVASIVO
PATOGÊNICO
Ingestão de cistos
Trofozoítos liberados no final do íleo
Colonização do Intestino grosso
Multiplicação dos trofozoítos e invasão
da mucosa e submucosa do I.grosso
Úlceras em botão de camisa
Localizações extra intestinais
(fígado, coração, pulmão, cérebro)
Disenteria amebiana aguda
Não há formação de cistos

Disenteria amebiana
aguda
Abscesso hepático
Manifestações clínicas
1. ASSINTOMÁTICO
Entamoeba dispar
não invasiva
Entamoeba histolytica
90% das infecções
 Autolimitada
 Recorrente
 Presença de cistos nas fezes
 Disseminadores da infecção
2. SINTOMÁTICO
2.1. Manifestações intestinais
Agudas
Disenteria amebiana aguda ou colite disentérica
Colite fulminante
Crônicas
Colite não disentérica
Ameboma

2.2. Extra intestinais
Abscesso hepático
Pulmão – Coração – Cérebro - Pele
Adesão e ativação das enzimas –
citólise direta

Lesão das células liberação de IL1,
IL8 e mediadores iflamatórios

COLITE AMEBIANA
INDUÇÃO DA INFLAMAÇÃO E LESÕES
TECIDUAIS

1. ADESÃO : Trofozoítos da E histolytica
aderem à mucosa do intestino grosso – Adesina
ou lectina de adesão (Galactosamina)
2. CITÓLISE DIRETA : Após adesão dos
trofozoítos ocorre ativação das enzimas - Lise
das células por ação de cisteína-proteinases
liberadas pelos amebaporos dos trofozoítos que
destroem a matriz extra celular

Migração de neutrófilos e
macrófagos – Citólise indireta

3. INFLAMAÇÃO: A necrose das células
epiteliais induz liberação de interleucina IL1 e
outras citocinas Atração de neutrófilos e
macrófagos (TNF alfa) - processo inflamatório
4. CITÓLISE INDIRETA: Os trofozoítos da
E.histolytica matam os neutrófilos liberação
de mediadores que lesam as células epiteliais
.

INVASÃO DA SUBMUCOSA
Amebíase intestinal
(A) Trofozoitos de E.
histolytica aderidos ao epitélio
interglandular
(B) Região de microinvasão
ulceração superficial
(C) Estágio avançado de
invasão tecidual, vários
trofozoítos penetrando na
úlcera.
(Microscopia eletrônica de varredura)
ÚLCERAS EM BOTÃO DE CAMISA

Bordas levantadas
e fundo necrótico
Pequena área de
lesão na superfície
da mucosa IG
Intensa destruição
da submucosa IG

Citólise direta por ação de enzimas da E. histolytica
Citólise indireta por ação de enzimas liberadas dos
neutrofilos destruídos pelas amebas
COLITE AMEBIANA AGUDA

Ulcerações
mucosa do intestino
grosso

Úlceras em botão de
camisa
Amebíase aguda
Úlceras em botão de camisa
Bordas arredondas e elevadas com centro necrótico
Áreas de mucosa normal ou mucosa edemaciada com
hiperemia
Disenteria aguda por E. histolytica
Ulcerações no intestino
grosso

Diarréia
Exsudativa
Muco
Sangue
Tenesmo
Puxo
Disenteria amebiana aguda
Diarréia hiperperistáltica – tenesmo, cólicas
intensas no quadrante inferior do abdome
Muco e sangue
Restos celulares e pouca matéria fecal
Presença de trofozoítos hematófagos
Lesões principalmente no ceco e retosigmoíde
Sem febre
Sem leucócitos nas fezes
Diferenciar de infecções bacterianas
Colite Fulminante
 Quadro grave da amebíase aguda
 Mulheres durante a gravidez e após parto
 Pacientes imunossuprimidos (corticoídes)
 Perfuração intestinal
 Necrose
 Hemorragia intestinal
 Febre, dores intensas
Complicações da amebíase aguda
•
•
•
•
•

Hemorragia
Peritonite
Apendicite
Perfurações
Associações bacterianas
Manifestações intestinais crônicas
1. Colite não disentérica
Manifestação clínica mais frequente
Quadros diarréicos de curta duração intercalados com períodos
de fezes normais ou de constipação intestinal sem sintomas
Inflamação dos cólons sem invasão de tecidos e situações
invasivas com ulcerações leves superficiais
Dor leve

2. Ameboma
Massa tumoral na mucosa intestinal
Tecido granulomatoso , crescimento contínuo
Reação de hipersensibilidade do hospedeiro
Diferenciar de tumores benignos, esquistossomose etc
Poucas amebas dificultam diagnóstico em biopsias
AMEBÍASE EXTRA INTESTINAL
Disseminação hematogênica
(veias do sistema porta)

Trofozoítos resistentes à lise
mediada por complemento

Fígado
Pulmão – coração- cérebro
Abscesso hepático amebiano
Material necrótico dentro do abscesso
cercado por uma borda fibrinosa
Parênquima hepático adjacente normal

Raio X de tórax de paciente com
abscesso hepático amebiano
Ruptura do abscesso para o espaço
pleural direito
Formação de fístula hepatobronquial
e elevação do hemidiafragma direito
(US Centers for Disease Control and Prevention)
Sintomatologia
Dor constante no quadrante superior direito ou
esquerdo de início súbito
30 – 40% história clínica de disenteria amebiana
3- 5 meses após quadro intestinal sem diarreía
concomitante
Febre
Hepatomegalia
Anorexia, naúseas , vômito
Maioria dos casos Maior frequência no sexo masculino
é raro em crianças
DIAGNÓSTICO DO
ABSCESSO
HEPÁTICO
AMEBIANO

Raio X de tórax
Ultrasonografia
Tomografia computadorizada
Sorologia – elevados títulos
e anticorpos
Punção não é indicada para
diagnóstico
Fatores que influem na
Patogenicidade
Cepas
Tipo e quantidade de enzimas produzidas pelas amebas
Zimodemas
Associação com bactérias
Alimentação do hospedeiro (carboidratos, colesterol, ferro)
Potencial de oxi-redução no intestino - stress
Estrógeno e progesterona
Corticoídes
Eritrofagocitose
Colesterol - amebaporos
Diagnóstico Parasitológico
Detecção de cistos e trofozoítos nas fezes
CISTOS:
- Tamanho, número de núcleos, presença ou não e

formato dos corpos cromatóides, características
da cromatina nuclear, localização do cariossoma,
etc.

TROFOZOÍTOS :
- Tamanho, características da cromatina nuclear,

localização do cariossoma, presença ou não de
hemácias internalizadas, etc.
Diagnóstico Parasitológico
Detecção de cistos e trofozoítos nas fezes
Exame parasitológico das fezes (EPF)
 Método de exame à fresco (solução salina)
 Métodos de concentração das fezes
Centrifugação: método de RITCHIE ou formol-éter
Flutuação: método de FAUST
Predomínio de cistos ou trofozoítos em
relação à consistência das fezes
Diagnóstico laboratorial

cistos em fezes formadas
trofozoítos hematófagos em fezes
diarréicas

Cistos de E. histolytica podem ser confundidos
com os de espécies comensais de Entamoeba sp

bastão

diferenciação pela morfologia
tamanho
número de núcleos
corpos cromatoídais em forma de
Curva de eliminação de cistos

Nº de cistos

Períodos de 7-12 dias
sem eliminação de
cistos nas fezes

dias durante um mês

Exame de fezes
negativo
Exame das fezes
 3 exames parasitológicos
Fezes coletadas com intervalo de três a quatro dias

Exame parasitológico seriado
1 exame parasitológico semanal durante 4 semanas

Amostras de fezes coletadas dias alternados
Uso de fixadores:

Formol 10%
MIF ( mertiolate, iodo e formol)
MÉTODOS DE CONCENTRAÇÃO DE FEZES
Método de FAUST
Flutuação em sulfato de zinco
1. Misturar aproximadamente 2 gramas de fezes com
15mL de solução de sulfato de zinco a 33% (33 g de
sulfato de zinco em 100mL de água destilada, gravidade
específica 1,18).
2. Filtrar a solução.
3. Colocar o filtrado num tubo de centrífuga de 15mL
(preferível usar tubos de plástico)
4. Colocar o tubo na centrífuga.
5. Centrifugar a 1 500 rpm por 3 a 5 minutos.
6. Retirar 1 a 2 gotas da superfície e colocar em
lâmina/lamínula. Visualizar em microscópio óptico.
Nos casos de esteatorréia realizar a sedimentação com éter
( Método de Ritchie).
Espécies com morfologia
semelhante
E. hartmanni
cistos e trofozoítos menores que 10 mm

E. histolytica / E. dispar
cistos e trofozoítos maiores que 10 mm
Recomendações da OMS
Resultado do EPF para cistos e trofozoítos
não hematófagos

Presença de cistos ou trofozoítos de
E. histolytica / E. dispar
Trofozoítos hematófagos

E. histolytica
ENTAMOEBA COLI
• Cistos esféricos
• 14-30 um (15-20)
• Cistos maduros com 8
núcleos
• Cromatina irregular e
cariosomo grande e
excêntrico

Corados pelo Lugol
Métodos para diferenciar
E. histolytica de E. dispar
• Exame Parasitológico das Fezes (EPF) :
Cistos ⇒ indistinguíveis à luz da MO
Trofozoítos ⇒ indistinguíveis
presença de hemácias internalizadas
hematofagismo da E. histolytica
⇒ falso-positivo: semelhança com
macrófagos e células de descamação
O EPF tem baixa sensibilidade (~60 %)
período de negativação dos cistos e trofozoítos
Cultivo de cistos e trofozoítos das
fezes
• Isolamento direto das
fezes em meio de cultura
(Pavlova, Jones, Robson,
etc.)
• Não permite um
diagnóstico diferencial
seguro
Perfil de isoenzimas (zimodema)
Hexoquinase (HK) e
Fosfoglicomutase (PGM)
diferenciam isolados de E.
histolytica e E. dispar

Execução demorada
Requer cultivo de trofozoítos
Métodos imunológicos
Pesquisa de Anticorpos no soro
- ELISA, Imunofluorescência indireta, Hemaglutinação
indireta, Contraimunoeletroforese, etc. Métodos sensíveis
e específicos.

-

-

Indicados em casos de suspeita de

Amebíase invasiva extra intestinal
Pesquisa de antígenos nas fezes
• Coproantígeno ou ELISA de captura
Detecta epítopos da Lectina de 170 kDa (reconhece galactose)
São usados anticorpos monoclonais epítopo-específicos contra a
Lectina de E. histolytica / E. dispar
Os resultados variam com a especificidade dos anticorpos utilizados
Tem demonstrado mais sensibilidade que o EPF
A execução é rápida e fácil (3 a 4 h) quando comparado com técnicas
de PCR, cultivo ou zimodema
Kit comercial (TechLab)
resultados promissores
estudos para confirmar a sensibilidade e a especificidade.
PCR nas fezes
DNA de cistos/trofozoítos
• PCR-SHELA (Solution Hybridization Enzime-Linked Immunoassay)
- PCR com iniciadores específicos de E. h e de E. d
- O produto da PCR é detectado por método colorimétrico baseado em ensaio
imunoabsorvente ligado à peroxidase

• NESTED PCR
- Utiliza dois ciclos de amplificação
- Amplifica um fragmento de DNA ribossomal (sub-unidade pequena) iniciadores comuns
à E. h e E. d
- nova PCR utilizando-se 2 pares de iniciadores
E. h - fragmento de 427 pb
E. d - fragmento de 195 pb

• MULTIPLEX PCR
A amplificação de DNA circular extra-cromossomal
E. h - fragmento de 132 pb
E. d - fragmento de 96 pb
OMS - Tratamento
Não tratar E.dispar ????
Decisão de tratar ou não o paciente
depende do médico
de acordo com clínica apresentada
TRATAMENTO
1. Medicamentos de ação sistêmica
Absorvidas pela mucosa agem nos tecidos

Indicação
Formas invasivas
intestinais
extra intestinais
Derivados nitroimidazólicos

Metronidazol
Tinidazol
2. Medicamentos de ação luminal
Agem na luz do IG
São pouco absorvidas
Devem ser administradas após tratamento de formas invasiva
(40-60% pacientes tratados persistem trofozoítos na mucosa)
Podem causar diarréia

Indicação
Assintomáticos
Colite não disentérica
Paramomicina
Etofamida
PREVENÇÃO DA AMEBÍASE
 melhoria de condições sanitárias
 destino adequado das fezes
 higiene dos alimentos e das mãos
 consumo de água fervida ou filtrada
 tratamento dos portadores
Medidas de Controle
1. GERAIS
Evitar contaminação fecal da água e alimentos
medidas de saneamento básico
eliminação sanitária das fezes água encanada
controle dos indivíduos que manipulam alimentos

2. ESPECÍFICAS
Lavar as mãos após uso do sanitário
Lavar vegetais com água potável e imersão em ácido acético
ou vinagre (15 minutos) eliminar os cistos
Evitar práticas sexuais que favoreçam o contato fecal-oral.
Investigação dos contatos e da fonte de infecção com exame
de fezes dos membros do grupo familiar e contatos
O diagnóstico de casos em quartéis, creches, orfanatos e
outras instituições indica a realização de inquérito
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  • 1. Amebas • Subfilo: Sarcodina • Superclasse: Rhizopoda • Classe: Lobosea • Locomoção: Pseudópodes • Reprodução: Divisão binária simples
  • 2. GÊNERO : Iodamoeba FAMÍLIA ENDAMOEBIDAE I. bütschlii GÊNERO : Endolimax E. nana GÊNERO : Entamoeba E. coli E. hartmanni E. dispar E. histolytica E. gingivalis INTESTINO GROSSO BOCA
  • 3. Amebas intestinais Ordem: Amoebida                                                                    Endolimax nana  Entamoeba coli Iodamoeba butschlii            Entamoeba hartmanni  Entamoeba dispar Não patogênicas Indicam contaminação fecal Entamoeba histolytica   Patogênica
  • 4. TROFOZOÍTO  Forma vegetativa  Ativa  Alimentação  Reprodução  Movimentação CISTO  Forma infectante  Não se locomove  Não alimenta  Resistente
  • 5. Trofozoítos da Entamoeba histolytica • • • • • • 10-40um Núcleo com cromatina periferica Cariosomo central Ingerem hemácias Produzem lesões Pseudopodes
  • 6. Cistos da Entamoeba histolytica Cistos jovens com 1-2 núcleos Cistos maduros com 4 núcleos 10-40 micras diâmetro( 20 um) Corpos cromatoidais elípticos Núcleos - cromatina periférica e cariossomo central Formados pela desidratação das fezes CISTOS Resistência Sobrevivência no meio ambiente Forma responsável pela transmissão  
  • 7. Entamoeba histolytica e Entamoeba dispar são morfologicamente idênticas E. histolytica é patogênica 10% da população mundial infectada por E. dispar e/ou E. histolytica 50 milhões de casos invasivos/ano principalmente em países em desenvolvimento Infecções são transmitidas por cistos através da via fecal-oral 90% dos infectados podem eliminar o parasito durante 12 meses
  • 8. Transmissão da amebíase oral fecal- Água e alimentos contaminados com cistos forma de resistência do parasito no meio ambiente
  • 9. Ciclo de vida 1. CICLO NÃO INVASIVO NÃO PATOGÊNICO Ingestão de cistos Trofozoítos liberados no final do íleo Colonização do Intestino grosso Multiplicação dos trofozoítos na superfície da mucosa do I.grosso Formação e eliminação do cistos ASSINTOMÁTICO COLITE NÃO
  • 10. 2. CICLO INVASIVO PATOGÊNICO Ingestão de cistos Trofozoítos liberados no final do íleo Colonização do Intestino grosso Multiplicação dos trofozoítos e invasão da mucosa e submucosa do I.grosso Úlceras em botão de camisa Localizações extra intestinais (fígado, coração, pulmão, cérebro) Disenteria amebiana aguda Não há formação de cistos Disenteria amebiana aguda Abscesso hepático
  • 11. Manifestações clínicas 1. ASSINTOMÁTICO Entamoeba dispar não invasiva Entamoeba histolytica 90% das infecções  Autolimitada  Recorrente  Presença de cistos nas fezes  Disseminadores da infecção
  • 12. 2. SINTOMÁTICO 2.1. Manifestações intestinais Agudas Disenteria amebiana aguda ou colite disentérica Colite fulminante Crônicas Colite não disentérica Ameboma 2.2. Extra intestinais Abscesso hepático Pulmão – Coração – Cérebro - Pele
  • 13. Adesão e ativação das enzimas – citólise direta Lesão das células liberação de IL1, IL8 e mediadores iflamatórios COLITE AMEBIANA INDUÇÃO DA INFLAMAÇÃO E LESÕES TECIDUAIS 1. ADESÃO : Trofozoítos da E histolytica aderem à mucosa do intestino grosso – Adesina ou lectina de adesão (Galactosamina) 2. CITÓLISE DIRETA : Após adesão dos trofozoítos ocorre ativação das enzimas - Lise das células por ação de cisteína-proteinases liberadas pelos amebaporos dos trofozoítos que destroem a matriz extra celular Migração de neutrófilos e macrófagos – Citólise indireta 3. INFLAMAÇÃO: A necrose das células epiteliais induz liberação de interleucina IL1 e outras citocinas Atração de neutrófilos e macrófagos (TNF alfa) - processo inflamatório 4. CITÓLISE INDIRETA: Os trofozoítos da E.histolytica matam os neutrófilos liberação de mediadores que lesam as células epiteliais . INVASÃO DA SUBMUCOSA
  • 14. Amebíase intestinal (A) Trofozoitos de E. histolytica aderidos ao epitélio interglandular (B) Região de microinvasão ulceração superficial (C) Estágio avançado de invasão tecidual, vários trofozoítos penetrando na úlcera. (Microscopia eletrônica de varredura)
  • 15. ÚLCERAS EM BOTÃO DE CAMISA Bordas levantadas e fundo necrótico Pequena área de lesão na superfície da mucosa IG Intensa destruição da submucosa IG Citólise direta por ação de enzimas da E. histolytica Citólise indireta por ação de enzimas liberadas dos neutrofilos destruídos pelas amebas
  • 16. COLITE AMEBIANA AGUDA Ulcerações mucosa do intestino grosso Úlceras em botão de camisa
  • 17. Amebíase aguda Úlceras em botão de camisa Bordas arredondas e elevadas com centro necrótico Áreas de mucosa normal ou mucosa edemaciada com hiperemia
  • 18. Disenteria aguda por E. histolytica Ulcerações no intestino grosso Diarréia Exsudativa Muco Sangue Tenesmo Puxo
  • 19. Disenteria amebiana aguda Diarréia hiperperistáltica – tenesmo, cólicas intensas no quadrante inferior do abdome Muco e sangue Restos celulares e pouca matéria fecal Presença de trofozoítos hematófagos Lesões principalmente no ceco e retosigmoíde Sem febre Sem leucócitos nas fezes Diferenciar de infecções bacterianas
  • 20. Colite Fulminante  Quadro grave da amebíase aguda  Mulheres durante a gravidez e após parto  Pacientes imunossuprimidos (corticoídes)  Perfuração intestinal  Necrose  Hemorragia intestinal  Febre, dores intensas
  • 21. Complicações da amebíase aguda • • • • • Hemorragia Peritonite Apendicite Perfurações Associações bacterianas
  • 22. Manifestações intestinais crônicas 1. Colite não disentérica Manifestação clínica mais frequente Quadros diarréicos de curta duração intercalados com períodos de fezes normais ou de constipação intestinal sem sintomas Inflamação dos cólons sem invasão de tecidos e situações invasivas com ulcerações leves superficiais Dor leve 2. Ameboma Massa tumoral na mucosa intestinal Tecido granulomatoso , crescimento contínuo Reação de hipersensibilidade do hospedeiro Diferenciar de tumores benignos, esquistossomose etc Poucas amebas dificultam diagnóstico em biopsias
  • 23. AMEBÍASE EXTRA INTESTINAL Disseminação hematogênica (veias do sistema porta) Trofozoítos resistentes à lise mediada por complemento Fígado Pulmão – coração- cérebro
  • 24. Abscesso hepático amebiano Material necrótico dentro do abscesso cercado por uma borda fibrinosa Parênquima hepático adjacente normal Raio X de tórax de paciente com abscesso hepático amebiano Ruptura do abscesso para o espaço pleural direito Formação de fístula hepatobronquial e elevação do hemidiafragma direito (US Centers for Disease Control and Prevention)
  • 25. Sintomatologia Dor constante no quadrante superior direito ou esquerdo de início súbito 30 – 40% história clínica de disenteria amebiana 3- 5 meses após quadro intestinal sem diarreía concomitante Febre Hepatomegalia Anorexia, naúseas , vômito Maioria dos casos Maior frequência no sexo masculino é raro em crianças
  • 26. DIAGNÓSTICO DO ABSCESSO HEPÁTICO AMEBIANO Raio X de tórax Ultrasonografia Tomografia computadorizada Sorologia – elevados títulos e anticorpos Punção não é indicada para diagnóstico
  • 27. Fatores que influem na Patogenicidade Cepas Tipo e quantidade de enzimas produzidas pelas amebas Zimodemas Associação com bactérias Alimentação do hospedeiro (carboidratos, colesterol, ferro) Potencial de oxi-redução no intestino - stress Estrógeno e progesterona Corticoídes Eritrofagocitose Colesterol - amebaporos
  • 28. Diagnóstico Parasitológico Detecção de cistos e trofozoítos nas fezes CISTOS: - Tamanho, número de núcleos, presença ou não e formato dos corpos cromatóides, características da cromatina nuclear, localização do cariossoma, etc. TROFOZOÍTOS : - Tamanho, características da cromatina nuclear, localização do cariossoma, presença ou não de hemácias internalizadas, etc.
  • 29. Diagnóstico Parasitológico Detecção de cistos e trofozoítos nas fezes Exame parasitológico das fezes (EPF)  Método de exame à fresco (solução salina)  Métodos de concentração das fezes Centrifugação: método de RITCHIE ou formol-éter Flutuação: método de FAUST
  • 30. Predomínio de cistos ou trofozoítos em relação à consistência das fezes
  • 31. Diagnóstico laboratorial cistos em fezes formadas trofozoítos hematófagos em fezes diarréicas Cistos de E. histolytica podem ser confundidos com os de espécies comensais de Entamoeba sp bastão diferenciação pela morfologia tamanho número de núcleos corpos cromatoídais em forma de
  • 32. Curva de eliminação de cistos Nº de cistos Períodos de 7-12 dias sem eliminação de cistos nas fezes dias durante um mês Exame de fezes negativo
  • 33. Exame das fezes  3 exames parasitológicos Fezes coletadas com intervalo de três a quatro dias Exame parasitológico seriado 1 exame parasitológico semanal durante 4 semanas Amostras de fezes coletadas dias alternados Uso de fixadores: Formol 10% MIF ( mertiolate, iodo e formol)
  • 34. MÉTODOS DE CONCENTRAÇÃO DE FEZES Método de FAUST Flutuação em sulfato de zinco 1. Misturar aproximadamente 2 gramas de fezes com 15mL de solução de sulfato de zinco a 33% (33 g de sulfato de zinco em 100mL de água destilada, gravidade específica 1,18). 2. Filtrar a solução. 3. Colocar o filtrado num tubo de centrífuga de 15mL (preferível usar tubos de plástico) 4. Colocar o tubo na centrífuga. 5. Centrifugar a 1 500 rpm por 3 a 5 minutos. 6. Retirar 1 a 2 gotas da superfície e colocar em lâmina/lamínula. Visualizar em microscópio óptico. Nos casos de esteatorréia realizar a sedimentação com éter ( Método de Ritchie).
  • 35. Espécies com morfologia semelhante E. hartmanni cistos e trofozoítos menores que 10 mm E. histolytica / E. dispar cistos e trofozoítos maiores que 10 mm
  • 36. Recomendações da OMS Resultado do EPF para cistos e trofozoítos não hematófagos Presença de cistos ou trofozoítos de E. histolytica / E. dispar Trofozoítos hematófagos E. histolytica
  • 37. ENTAMOEBA COLI • Cistos esféricos • 14-30 um (15-20) • Cistos maduros com 8 núcleos • Cromatina irregular e cariosomo grande e excêntrico Corados pelo Lugol
  • 38. Métodos para diferenciar E. histolytica de E. dispar • Exame Parasitológico das Fezes (EPF) : Cistos ⇒ indistinguíveis à luz da MO Trofozoítos ⇒ indistinguíveis presença de hemácias internalizadas hematofagismo da E. histolytica ⇒ falso-positivo: semelhança com macrófagos e células de descamação O EPF tem baixa sensibilidade (~60 %) período de negativação dos cistos e trofozoítos
  • 39. Cultivo de cistos e trofozoítos das fezes • Isolamento direto das fezes em meio de cultura (Pavlova, Jones, Robson, etc.) • Não permite um diagnóstico diferencial seguro
  • 40. Perfil de isoenzimas (zimodema) Hexoquinase (HK) e Fosfoglicomutase (PGM) diferenciam isolados de E. histolytica e E. dispar Execução demorada Requer cultivo de trofozoítos
  • 41. Métodos imunológicos Pesquisa de Anticorpos no soro - ELISA, Imunofluorescência indireta, Hemaglutinação indireta, Contraimunoeletroforese, etc. Métodos sensíveis e específicos. - - Indicados em casos de suspeita de Amebíase invasiva extra intestinal
  • 42. Pesquisa de antígenos nas fezes • Coproantígeno ou ELISA de captura Detecta epítopos da Lectina de 170 kDa (reconhece galactose) São usados anticorpos monoclonais epítopo-específicos contra a Lectina de E. histolytica / E. dispar Os resultados variam com a especificidade dos anticorpos utilizados Tem demonstrado mais sensibilidade que o EPF A execução é rápida e fácil (3 a 4 h) quando comparado com técnicas de PCR, cultivo ou zimodema Kit comercial (TechLab) resultados promissores estudos para confirmar a sensibilidade e a especificidade.
  • 43. PCR nas fezes DNA de cistos/trofozoítos • PCR-SHELA (Solution Hybridization Enzime-Linked Immunoassay) - PCR com iniciadores específicos de E. h e de E. d - O produto da PCR é detectado por método colorimétrico baseado em ensaio imunoabsorvente ligado à peroxidase • NESTED PCR - Utiliza dois ciclos de amplificação - Amplifica um fragmento de DNA ribossomal (sub-unidade pequena) iniciadores comuns à E. h e E. d - nova PCR utilizando-se 2 pares de iniciadores E. h - fragmento de 427 pb E. d - fragmento de 195 pb • MULTIPLEX PCR A amplificação de DNA circular extra-cromossomal E. h - fragmento de 132 pb E. d - fragmento de 96 pb
  • 44. OMS - Tratamento Não tratar E.dispar ???? Decisão de tratar ou não o paciente depende do médico de acordo com clínica apresentada
  • 45. TRATAMENTO 1. Medicamentos de ação sistêmica Absorvidas pela mucosa agem nos tecidos Indicação Formas invasivas intestinais extra intestinais Derivados nitroimidazólicos Metronidazol Tinidazol
  • 46. 2. Medicamentos de ação luminal Agem na luz do IG São pouco absorvidas Devem ser administradas após tratamento de formas invasiva (40-60% pacientes tratados persistem trofozoítos na mucosa) Podem causar diarréia Indicação Assintomáticos Colite não disentérica Paramomicina Etofamida
  • 47. PREVENÇÃO DA AMEBÍASE  melhoria de condições sanitárias  destino adequado das fezes  higiene dos alimentos e das mãos  consumo de água fervida ou filtrada  tratamento dos portadores
  • 48. Medidas de Controle 1. GERAIS Evitar contaminação fecal da água e alimentos medidas de saneamento básico eliminação sanitária das fezes água encanada controle dos indivíduos que manipulam alimentos 2. ESPECÍFICAS Lavar as mãos após uso do sanitário Lavar vegetais com água potável e imersão em ácido acético ou vinagre (15 minutos) eliminar os cistos Evitar práticas sexuais que favoreçam o contato fecal-oral. Investigação dos contatos e da fonte de infecção com exame de fezes dos membros do grupo familiar e contatos O diagnóstico de casos em quartéis, creches, orfanatos e outras instituições indica a realização de inquérito coproscópico para detecção e tratamento dos portadores de cistos Fiscalização dos prestadores de serviços na área de alimentos, pela vigilância sanitária.