2. PAUTA
• Leitura Deleite. O Caso da Professora Rosa;
• Considerações sobre a proposta de rede apresentada no
encontro anterior;
• Proposta de Coordenação nas escolas: Por fazer? Como
fazer?
• Vídeo: Função do coordenador na escola;
• Discussão das questões trazidas pelo texto “Parceiro do
grupo”.
• Considerações sobre os encontros e os conteúdos a serem
discutidos;
• Planejamento para a próxima formação;
• Avaliação do encontro.
3. O caso da professora Rosa - 1ª Parte
Desconheço a autoria
• Rosa é uma jovem professora de 25 anos, que
assumiu no Magistério há apenas 15 dias. A
escola situa-se na periferia de uma cidade
grande.
• O comportamento dos alunos desta escola é
tido como bastante indisciplinado.
• A seguir, o relato do que aconteceu no dia X,
segundo diversas pessoas.
4. Relato da diretora
• Rosa veio falar comigo, quase chorando, ontem à tarde. Disse
que essa primeira quinzena de trabalho estava lhe custando
anos de saúde. Disse que não podia mais com a indisciplina de
seus alunos e que tinha medo do que pudesse acontecer.
Mencionou principalmente o aluno Rodrigo como incitador da
desordem, agindo como líder e levando toda a turma a ponto
deles quebrarem classes e dizerem nomes feios uns aos
outros e à professora. Ela tremia tanto que, segurando sua
mão, disse-lhe para ter calma, mas ela levantou-se e saiu sem
dizer mais nada.
• Esta professora sabia da fama da escola quando veio pra cá.
Não sei porque me mandam gente sem equilíbrio necessário.
5. Relato do marido de Rosa
• Rosa não dormiu bem esta noite. Chegou do
trabalho ontem com dor de cabeça e inquieta,
dizendo que alguma coisa iria mudar, mas não
explicou bem o que. Eu mesmo preparei a janta
para poupá-la, quando notei seu estado de
nervos. Quando ela está assim, faço tudo para
acalmá-la. Hoje pela manhã, quando acordei, ela
já não estava. Notei os papéis dela jogados pela
sala e os recolhi. É verdade que às vezes ela fica
um pouco nervosa, mas desta vez estava
realmente agitada e eu não pude imaginar a
causa. Fiquei apreensivo ao imaginá-la sozinha na
rua.
6. Relato do cobrador do ônibus
• Esta moça não costuma pegar o ônibus neste
horário. Eu notei porque estava toda despenteada
e quando foi passar na roleta disse que tinha
esquecido a carteira. Para mim, ela não tinha
dinheiro mesmo quis dar um golpe, mas com
aquele jeito ela não me engana. Não deixei ela
passar. Ela me olhou como se fosse me atacar. Um
senhor ofereceu-se para pagar-lhe a passagem e
ela nem sequer agradeceu. Parecia muito
esquisita...
• Eu conheço este tipo de gente! No meu trabalho
aprendi a lidar com loucos de todos os tipos.
7. Relato da zeladora da escola
• Quando passei na frente da sala de aula da
professora Rosa, ouvi um barulho horrível e
entrei. A professora lá estava com o aluno
Rodrigo erguido no ar, junto da janela e o
alvoroço de gritos dos demais alunos ecoava
por toda sala. Corri imediatamente, largando o
balde e a vassoura no chão e supliquei de
joelhos à professora que não cometesse
tamanha maldade.
• Sempre achei que essa professora não era
muito equilibrada, mas isso foi demais!
8. 2ª Parte: Relato da professora Rosa
• Eu esperei anos pela oportunidade de dar aula, pois é o que eu
sempre desejei fazer. Quando iniciei nesta escola deram-me esta
turma, dizendo que com minha vontade e dedicação seria capaz de
fazer um ótimo trabalho.
• Eu estava confiante e esperançosa até que no primeiro dia de aula
não consegui controlar meus alunos, o Rodrigo especialmente,
apesar de muito esperto provoca todas as algazarras...
• Ontem concluí que alguma coisa devia mudar depois de conversar
com a diretora. Que muito me ajudou. Fui para casa sem parar de
pensar no que poderia fazer para modificar aquela situação. Meu
marido fez a janta porque ele adora cozinhar, e eu permaneci
pensando quase toda a noite no problema. Levantei cedo com a
ideia de chegar um pouco antes na escola e arrumar a sala de um
modo diferente.
• Quando abri a janela de minha casa, meus papéis voaram todos,
mas como estava com pressa, deixei para recolhê-los na volta.
Como era muito cedo, não acordei meu marido.
9. • Acho que estava tão preocupada com a nova atitude que iria tomar
que esqueci a carteira em casa e não tinha como pagar o ônibus. O
cobrador disse-me não sei o que, mas um senhor muito gentil
ofereceu-se para pagar minha passagem. Agradeci discretamente.
• Cheguei na sala de aula e mudei a posição das carteiras, colocando-
as em círculo. Iria trabalhar assim agora. Quando as crianças
chegaram, olharam, olharam-se, e indiquei que se sentassem em
seus lugares. Havia planejado uma técnica de ensino que, embora
ruidosa, deveria motivar os alunos para a aprendizagem. Propus um
jogo, pedindo que os alunos sentassem no chão comigo. A
atividade provocou grande interesse e os alunos participavam
alegremente quando um deles, o Rodrigo, tentando trocar de lugar,
pulou por cima da carteira e tropeçou. Corri para ampará-lo,
mesmo porque estava perto da janela e poderia cair.
• A zeladora chegou nesta hora gritando para que eu não fizesse esta
loucura.
• Será que ela pensou que eu ia jogar o menino pela
janela??!?!?!
10.
11. Considerações sobre a Proposta
apresentada no encontro anterior
• De posse dos objetivos e estratégias, em
pequenos grupos, analisar as possibilidades
de ajustes, incluir/excluir/modificar... ações
necessárias às escolas de modo geral.
• SOCIALIZAR E AJUSTAR AS ALTERAÇÕES
NECESSÁRIAS PARA APROVAÇÃO DO GRUPO
12. TAREFA
Tendo como parâmetro a Proposta em nível
municipal, buscar organizar a proposta em nível
escolar.
• PARA DISCUTIR: O que deve conter na
proposta de modo que nos seja útil?
13. Sugestão para organização da proposta
• Capa (nome da escola, endereço, “Coordenação Pedagógica – plano 2015”, nome do
coordenador); Sumário;
• Caracterização dos recursos humanos e dos espaços (nº
de alunos por ano/série, atuação e formação dos professores por área, ano...)
• Caracterização da Gestão Pedagógica: diagnóstico do espaço e
ambiente pedagógico da escola, apontando ao final do diagnóstico as prioridades deste
setor na escola.
• Objetivo Geral (considerando as prioridades apontadas, dizer de
forma breve o que se quer para a escola diante das necessidades
pedagógicas e para que se quer);
• Objetivos específicos seguido das estratégias (o que fazer e
como fazer)
• Avaliação ( de que forma perceber se o que foi proposto obteve resultado)
Objetivos Estratégias
14.
15. Considerando as questões do texto “Parceiro do Grupo”: Quais destas
questões são também nossa preocupação?
Como podemos discutir e ampliar a resolução de tais problemáticas?
- Como fazer para receber bem o professor novato e integrá-lo ao grupo?
- Como legitimar meu papel de formador junto aos professores? Afinal até
pouco tempo, eu estava em sala de aula como eles.
- Como lidar com a resistência de alguns professores às mudanças
propostas?
-De que maneira posso ajudar o professor que tem dificuldades em
comunicar o conteúdo?
- Um professor vive encaminhando os alunos indisciplinados para mim. O
que devo fazer?
- Como fazer para integrar um professor que não tem um bom
relacionamento com os colegas?
- O que fazer para evitar a alta rotatividade dos professores?
- O que fazer com os docentes que faltam muito?
- O que fazer com os docentes que só reclamam do trabalho?
- Gostaria de acompanhar o trabalho em sala de aula para ser um bom
formador, mas não quero parecer um fiscal. Como agir?
16. Os conteúdos elencados na proposta estão de
acordo com as necessidades do grupo?
- Funções do coordenador pedagógico no contexto da gestão
escolar ;
- Coordenador Pedagógico na relação com os diferentes
setores da escola e aplicabilidade do Projeto Político-
Pedagógico;
- Coordenador X Professor;
- Planejamento da escola e planejamento da sala de aula
(relações e consequências);
- Reuniões administrativas e reuniões pedagógicas;
- Ações específicas do coordenador no cotidiano da escola;
- Racionalização dos tempos e espaços escolares para as
ações pedagógicas.
17. A proposta das nossas formações estão de acordo com as
nossas necessidade?
• Discutir o planejamento e da ações da escola;
• Trocas periódicas entre os coordenadores sobre projetos didáticos e de
acompanhamento e auxílio ao fazer do professor (ações específicas principalmente
com os alunos que possuem maiores dificuldades de aprendizagem - controle
destas ações e do processo evolutivo dos alunos - auxílio ao professor no repensar
e organizar e/ou rever estratégias com o intuito de favorecer a aprendizagem);
• Discutir a sobre a necessidade de adequação da proposta de instrumentos de
avaliação da escola em relação a proposta das avaliações externas (análise de
provas e questões que na maioria das vezes objetivam perceber a formação do
sujeito na sua integralidade- saber-saber fazer- saber ser e saber conviver);
• Proposta metodológica integrada nas escolas e a relação com a proposta do
NATFAR;
• Atividade constante de incentivo à leitura;
• Elaboração de estratégias anuais coletivas dos coordenadores pedagógicos da rede
municipal de ensino.
• Auxiliar-se mutuamente na elaboração do plano anual do coordenador de cada
escola. Este documento deverá ser elaborado por cada coordenador em discussão
com o seu grupo de escola/gestores e terá o objetivo de dar visibilidade as ações
do coordenador pedagógico, facilitando o processo avaliativo de tais ações.
18. Combinações para o próximo encontro
• Solicitar a leitura do texto digitalizado que seguirá
por email;
• Definir quem irá fazer a redação da ata;
• Trazer elementos da caracterização e diagnóstico
da escola bem como as prioridades pedagógicas,
mais emergentes e que se parecem nas escolas,
para que possamos traçar alternativas e
promover trocas. Tais elementos já poderão fazer
parte das estratégias para o projeto da
coordenação.
19. Avaliação do Encontro
Reflexão pessoal: O que eu aprendi? Como
aprendi e com quem eu aprendi?
Para que eu pudesse ter aprendido mais e
melhor o que poderia ter sido diferente?