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REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 18 - Número 1 - 1º Semestre 2018
HERPETOFAUNA ENCONTRADA NO PROJETO ARATAMA, REFÚGIO DA VIDA
SELVAGEM, MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY, ESTADO DO TOCANTINS,
BRASIL.
Camila Moreira Barreto Gomes1*
, Marissônia Lopes de Almeida2
, Bruna Rafaella de Almeida3
, Miguel Soares4
, João
Pedro Neves5
, e Bruno Senna Corrêa6
RESUMO
O Cerrado pode ser proporcionalmente comparado à Amazônia em relação à herpetofauna, por
encontrarmos uma grande riqueza de espécies. Tal riqueza é atribuída à ocorrência de diferentes
fitofisionomias justapostas no bioma. As atuais revisões taxonômicas e as constantes descobertas de
espécies pelos pesquisadores têm demonstrado que a herpetofauna do Cerrado é regionalmente e
localmente muito rica, podendo haver um número subestimado de riqueza e endemismo. Mas, o bioma
vem sofrendo perdas com substituição de paisagens naturais por atividade agrícola levando à perda do
habitat de espécies recentemente descobertas. O Instituto Ecos do Cerrado-Brasil/ IECOS, criou o
Projeto Aratama e Refúgio da Vida Selvagem, entre os municípios de Presidente Kennedy e Guaraí no
Estado do Tocantins, sendo instituída com uma das áreas prioritárias para conservação da
biodiversidade. Este artigo teve por objetivo listar as espécies de herpetofauna presentes na área e
entorno do Projeto Aratama, totalizada em 43 espécies. Esta amostragem reforça a necessidade de que
pesquisadores e/ou estudantes realizem pesquisas científicas para qualificar, bem como, quantificar a
diversidade, abundância e riqueza de espécies da área, englobando não só a herpetofauna, como a
avifauna e mastofauna fornecendo base para ações de conservação e proteção da biodiversidade da
região.
Palavras-chave: herpetofauna, Cerrado, conservação e proteção da fauna.
HERPETOFAUNA FOUND IN ARATAMA PROJECT, WILDLIFE REFUGE,
MUNICIPALITY OF PRESIDENT KENNEDY, THE STATE OF TOCANTINS, BRAZIL.
ABSTRACT
The Cerrado biome may be compared proportionally to the Amazon in relation to herpetofauna, due to
both harbor high species richness. This richness is attributed to the occurrence of many different types
of vegetation. The current taxonomic revisions and constant discoveries of species by researchers have
shown that the herpetofauna of Cerrado is regionally and locally very rich, and there may be an
underestimated number of richness and endemism. However, the biome has suffered losses due to
conversion of natural landscapes for agriculture leading to species habitat loss recently discovered. The
Ecos do Cerrado-Brasil Institute – IECOS- created the Aratama Project and Wildlife Refuge, in
President Kennedy and Guaraí city, in Tocantins State, one of the priority areas for biodiversity
conservation. This article aims to list herpetofauna species present in the area and surrounding Aratama
Project, summing 43 species. This sampling reinforces the necessity of to carry scientific research to
qualify and quantify the diversity, abundance and species richness of area poorly studied, encompassing
not only herpetofauna, but also others groups such as birds and mammals, providing basis for
conservation action and protection of biodiversity in the region.
Keywords: herpetofauna, Cerrado, conservation and wildlife protection.
34
INTRODUÇÃO
A herpetofauna brasileira apresenta uma
das maiores riquezas do mundo, com
aproximadamente 1.026 espécies de anfíbios e
760 espécies de répteis, das quais possuem
várias espécies endêmicas, onde muitas
encontram-se ameaçadas de extinção
(SEGALLA, et.al. (org.). SBH. 2014;
BÉRNILS, & COSTA, (org.). SBH. 2014).
Várias pesquisas sobre a diversidade de
herpetofauna foram feitas em regiões do
Cerrado produzindo listas locais e regionais
(COLLI, et al., 2002; MARQUES, et.al., 2001;
2005; PAVAN, 2007; FREITAS & SILVA,
2007; SAWAYA, MARQUES & MARTINS,
2008; SANTOS, et al., 2008; VALDUJO, et.al.
2011). O Cerrado pode ser comparado à
herpetofauna da Amazônia (proporcional aos
biomas), por encontrarmos uma grande riqueza
de espécies. São descritas, segundo Pavan
(2007), 223 espécies (34 endêmicas)
distribuídas em 142 serpentes, 60 lagartos e 21
anfisbenídeos.
Um dos fatores atribuídos a considerável
riqueza de espécies está relacionado à
ocorrência de diferentes fitofisionomias
justapostas nesse bioma, gerando subsídios para
existência de diferentes grupos de espécies,
sendo consideradas ainda novas, havendo
necessidades de estudos a nível biogeográfico
(COLLI et al., 2002; RECODER &
NOGUEIRA, 2007; MACHADO et al., 2008;
RECODER et al., 2011). As atuais revisões
taxonômicas e as constantes descobertas de
espécies (COLLI et al. 2003; MACHADO et
al., 2008; RECODER et al., 2011), têm
demonstrado que a herpetofauna do Cerrado é
regionalmente e localmente muito rica, podendo
haver um número subestimado de riqueza e
endemismos (COLLI et al., 2002; RECODER
& NOGUEIRA, 2007; MACHADO et al., 2008;
RECODER et al., 2011). O cerrado ao longo
dos anos vem sendo destruído, dando espaço a
expansão agrícola e muitas espécies
recentemente descobertas, ocorrem em regiões
destruídas pela agricultura (COLLI et al., 2002;
RECODER & NOGUEIRA, 2007; RECODER
et al., 2011).
O Programa de Conservação e Utilização
Sustentável da Diversidade Biológica
Brasileira/PROBIO, criado pelo Ministério do
Meio Ambiente/MMA, apoiou cinco
subprojetos para avaliar as áreas e ações
prioritárias para conservação dos biomas
brasileiros (MMA, 2007). Definiu-se 87 áreas
prioritárias para conservação da biodiversidade
dos biomas, e, de acordo com sua categoria de
importância biológica, indicadas ações para
conservação dessas áreas e do Cerrado como um
todo. As áreas de maior importância biológica
concentram-se nos Estados de Goiás, Bahia,
Mato Grosso e Tocantins (MMA, 2007).
O Instituto Ecos do Cerrado-Brasil/
IECOS, criou o Projeto Aratama e Refúgio da
Vida Selvagem em 2010, com uma área de
1.000 hectares e outra reserva legal averbada
com mais de 3.500 hectares. Devido à
localização, entre os municípios de Presidente
Kennedy e Guaraí no Estado do Tocantins,
foram instituídos com uma das áreas prioritárias
para conservação da biodiversidade (MMA,
2007; ALMEIDA, 2013).
Com a homologação (Processo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos
Naturais Renováveis /IBAMA, autorização nº
02029.000660/2010-88, Mantenedouro de
Fauna Silvestre – Nº de Registro – 4.871.645), o
Refúgio da Vida Selvagem é destinado como
área de soltura e monitoramento de animais
silvestres, vinculado ao Projeto Aratama
atuando na reabilitação dos animais silvestres,
vítimas de tráfico, atropelamento e mesmo da
captura ilegal. Recebendo os devidos cuidados e
tratamentos para que possam ser reabilitados e
retornar à natureza com segurança, e, assim
cumprir com seu papel ecológico (ALMEIDA,
2013).
Na área do Refúgio da Vida Selvagem,
destinada à soltura e monitoramento de animais
silvestres carece de pesquisas e estudos da fauna
presentes. Sabe-se da existência de algumas
espécies indicadas pela população regional de
todos os grupos taxonômicos; rastros, fezes,
carcaças de mamíferos; encontros com alguns
mamíferos, aves no geral, assim como répteis e
anfíbios.
Considerada área prioritária, o IECOS,
possibilita pesquisas que poderão subsidiar
políticas públicas de proteção à fauna silvestre
(MMA, 2007; ALMEIDA, 2013).
Este artigo tem por objetivo listar as
Figura 1. O Refúgio da Vida Selvagem/Projeto Aratama está localizado entre os municípios de
Presidente Kennedy e Guaraí no Estado do Tocantins, Brasil
Figura 2. O Refúgio da Vida Selvagem/Projeto Aratama está localizado entre os municípios de
Presidente Kennedy e Guaraí no Estado do Tocantins, Brasil.
espécies de herpetofauna a nível qualitativo,
presentes na área e entorno do Projeto Aratama.
MATERIAIS E MÉTODOS
Local de estudo
O Refúgio da Vida Selvagem
(48°27'18.24"W, 08°34'41.29"S) / Projeto
Aratama (48o
28’39.9’’W, 08o
34’47.9’’S) está
localizado entre os municípios de Presidente
Kennedy e Guaraí no Estado do Tocantins, na
propriedade rural denominada Fazenda Água
Fria (Figuras 1 e 2). O presente estudo tem por
objetivo listar as espécies de répteis e anfíbios, a
nível qualitativo, presentes na área e entorno do
Projeto Aratama.
A área é um mosaico de fitofisionomias
(formações florestais - mata ciliar, formações
savânicas – cerrado strictu sensu, formações
campestres – campo sujo) (MMA, 2007).
Dentro da área do Projeto, é constituída, pela
casa sede e os recintos dos animais silvestres.
Entretanto, no entorno, encontra-se vegetação
formada por gramíneas para pastagem e
atividades pecuárias, gado de corte (ambiente
antropizado) como mostra nas figuras 3 a 5.
Cerca de 200m da área do Projeto,
encontramos como características
fitofisionômica (WALTER, 2006; MMA, 2007;
RECODER & NOGUEIRA, 2007;
NASCIMENTO, 2007; MAMEDE & ALHO,
2008; IGAM, 2008), figuras 6 a 8:
 Reservatório artificial denominado
açude, formado por um manancial
(escoamento de água superficial) com a
função de abastecimento doméstico,
gado; o açude possui solo arenoso, água
turva/barrenta devido ao período
chuvoso, ambiente lêntico;
 Córrego Água Fria e Córrego São Bento,
formação florestal Mata Ciliar,
caracterizada pela vegetação florestal
acompanhar os cursos d’água, por uma
faixa estreita de vegetação que não
forma galerias as espécies vegetais
apresentam diferentes graus de
caducifólia. Córrego possui solo
arenoso, água semi-transparente devido
ao período chuvoso, ambiente lótico;
 Floresta secundária (regenerada),
formação campestre denominada campo
sujo; composto por gramíneas em grande
densidade, com a presença irregular de
arbustos, palmeiras e pequenas árvores
esparsa, predominando vegetação
herbácia. Ambiente com solo arenoso
coberto por pequena quantidade de
serapilheira;
 Formação savânica, caracterizada pelo
Cerrado strictu sensu (transição do
campo sujo) onde predomina espécies
arbustivas e árvores baixas, inclinadas,
tortuosas, com ramificações irregulares e
retorcidas, estrato herbáceo com
algumas sombras além da serrapilheira
bastante frequente. Os arbustos e
subarbustos encontram se espalhados,
com algumas espécies apresentando
órgãos subterrâneos perenes que
permitem a rebrota após a ocorrência de
queimadas ou corte. Nesta formação
ocorre presença marcante de vários tipos
de palmeiras. No bioma Cerrado podem
ser encontrados diferentes subtipos de
palmeirais, que variam em estrutura de
acordo com a espécie dominante. Nesta
fitofisionomia, algumas denominadas de
Palmeirais, ocorrem em terrenos bem
drenados ou acompanham as linhas de
drenagem. Palmeirais comumente são
formados pelas espécies de: macaúba,
gueroba, babaçu (a presença do babaçu
parece associar-se fortemente a áreas
antropizadas) e buriti. Outra formação
encontrada neste tipo de Cerrado (strictu
sensu) são as Veredas, marcada pelo
buriti em meio a agrupamentos mais ou
menos densos de espécies arbustivas
herbáceas;
 Floresta primária, que fica para além do
Refúgio pelo fato de não ter sido sujeita
a qualquer intervenção humana.
Figura 3. Vista geral da casa sede e entorno área do
Projeto Aratama, pastagem.
Figura 4. Vista da Alameda dos Psitacídeos
Figura 5. Cerrado caracterizado como campo sujo
(regeneração), antropização (plantação, recinto de
animais silvestres e linha de transmissão de energia ao
fundo)
Figura 6. Oriundo do Córrego Água Fria, reservatório
artificial, denominado “Aratama”, nas Palmeiras há
agrupamentos de vários psitacídeos e ramphatídeos.
Figura 7. Oriundo do Córrego Água Fria, reservatório
artificial, denominado “Aratama”, nas Palmeiras há
agrupamentos de vários psitacídeos e ramphatídeos.
Figura 8. Cerrado caracterizado como campo sujo
(regeneração), ao fundo transição de cerrado strictu
sensu.
Coleta de dados
Os dados foram adquiridos ad libitum e
por encontros ocasionais de alguns autores
(Gomes, Camila Moreira Barreto; Soares,
Miguel & Neves, João Pedro), entre setembro e
outubro de 2011, início do período chuvoso.
Utilizou-se também de busca ativa e manual
captura. Para anfíbios foi realizou-se
reconhecimento visual e vocal no período
noturno (AURICCHIO & SALOMÃO, 2002;
CULLEM Jr. et.al. 2006). Para os outros grupos
taxonômicos (serpentes, lagartos, quelônios), foi
baseada na procura visual no período matutino e
vespertino, sendo que grande parte dos
encontros, principalmente com as serpentes,
foram ocasionais (AURICCHIO & SALOMÃO,
2002; CULLEM Jr. et.al. 2006).
As espécies foram identificadas ao
menor nível taxonômico mediante bibliografia
especializada. Devido à grande diversidade de
fauna, utilizaram-se, além de consultas em sites
especializados, de chaves específicas,
levantamento bibliográfico e referências de
trabalhos de pesquisadores e/ou consultores,
como: BARTLETT E BARTLETT (1938),
PETERS E DONOSO-BARROS (1970),
PETERS E OREJAS-MIRANDA (1970),
MARQUES; ETEROVIC; SAZIMA; et.al.
(2001 e 2005), RIBEIRO; EGIT E HADDAD
(2005), MIRALLES; RIVAS FUENMAYOR E
BARRIO-AMORÓS (2005), FREITAS E
SILVA (2007), DEIQUES; STAHNKE;
REINKE; et.al. (2007), PAVAN (2007),
RUEDA-ALMONACID; CARR E
MITTERMEIER (2007), MAMEDE E ALHO
(2008), IBAMA (2008), LIMA;
MAGNUNSSON; MENIN; et.al. (2008), VITT;
MAGNUSSON; AVILA-PIRES E
LIMA(2008), ORTEGA-ANDRADE (2010),
MAFFEI; UBAID E JIM (2011), MENDES-
PINTO; BERNHARD; VOGT; et.al. (2011),
RECODER, et.al.2011; IUCN (2012),
SEGALLA; et.al. (2014), BÉRNILS, RENATO
SILVEIRA & COSTA, (org.). SBH. 2014.
A nomenclatura taxonômica segue a
adotada pela Sociedade Brasileira de
Herpetologia/SBH (SEGALLA; et.al. (2014),
BÉRNILS, RENATO SILVEIRA & COSTA,
(org.). SOCIEDADE BRASILEIRA DE
HERPETOLOGIA/SBH, 2014.). Os espécimes
foram soltos imediatamente após a identificação
e registro fotográfico.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Encontradas e identificadas, nas
imediações do Projeto Aratama / Refúgio da
Vida Selvagem, o total 43 espécies da
herpetofauna.
Para a herpetofauna representada por
répteis, foram descritos 23 indivíduos, sendo
mais abundante a ordem Squamata com 20
espécies diferentes em 13 famílias
(Amphisbaenidae, Boidae, Colubridae,
Dactyloide, Dipsadidae, Gekkonidae,
Gymnophthalmidae, Iguanidae, Mabuyidae,
Teiidae, Tropiduridae e Viperidae), para a
ordem Testudines com 2 (duas) espécies
diferentes em 2 (duas) famílias e Crocodylia
representada por (1) uma família Aligatoridae
(figura 9 e tabela 1).
As famílias dentro da ordem Squamata
que obtiveram mais encontros foi Dipsadidae
com 4 (quatro) espécies observadas, seguidas de
Colubridae e Teiidae cada qual com 3 (três)
espécies (tabela 1).
A herpetofauna, representada por
anfíbios, o número de indivíduos identificados
foram 20 (figura 10 e tabela 2). Enquadrada na
ordem Anura, identificou-se, 20 espécies
diferentes, divididas em 3 (três) famílias:
Bufonidae, Hylidae e Leptodactylidae.
A família que mais se destacou com
maior número de indivíduos foi Hylidae,
apresentando 12 espécies. (tabela 2).
Figura 9. Espécies de répteis presentes na área e entorno
do Projeto Aratama, município de Presidente Kennedy,
Estado do Tocantins, Brasil. (A) Amphisbaena kraoh (B)
Boa constrictor; (C) Chironius exoletus; (D) Leptodeira
annulata; (E) Oxyrhopus trigeminus; (F) Philodryas
nattereri; (G) Chelonoidis carbonarius; (H) Phrynops
geoffroanus; (I) Norops chrysolepis; (J) Notomabuya
frenata; (K) Iguana iguana. Fotografias de Camila
Gomes, Miguel Soares & João Neves.
Tabela 1. Espécies de répteis, presentes na área e entorno do Projeto Aratama, município de Presidente
Kennedy, Estado do Tocantins, Brasil.
Fonte: Projeto Aratama, 2011.
Tabela 2. Espécies de anfíbios, presentes na área e entorno do Projeto Aratama, município de
Presidente Kennedy, Estado do Tocantins, Brasil.
Figura 10. Espécies de anfíbios presentes na área e entorno do Projeto Aratama, município de Presidente
Kennedy, Estado do Tocantins, Brasil. (A) Dendropsophus minutus (B) Physalaemus nattereri; (C)
Leptodactylus fuscus; (D) Leptodactylus labyrinthicus; (E) Leptodactylus latrans; (F) Osteocephalus sp.;
(G) Phyllomedusa azurea; (H) Physalaemus cuvieri; (I) Rhinella granulosa; (J) Rhinella margaritifera;
(K) Rhinella schneideri; (L) Scinax fuscovarius; (M) Scinax gr. catharinae; (N) Scinax sp.(O) Scinax v-
signatus (P) Trachycephalus typhonius. Fotografias de: Camila Gomes, Miguel Soares & João Neves.
Fonte: Projeto Aratama, 2011.
Segundo, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA
(2008) no, Livro Vermelho da fauna ameaçada
de Extinção, com citações do Instituto
Internacional para a Conservação da Natureza e
dos Recursos Naturais - IUCN (2012), as
espécies acima relacionadas e identificadas, não
foram categorizadas como espécies migratórias,
ameaçadas e/ou endêmicas da região.
Entretanto, podemos referenciar algumas
espécies de répteis que sofrem influência direta
da caça por subsistência e venda ilegal da carne
como é o caso de quelônios como a espécie
Chelonoidis denticulata (citado em répteis,
página 333) que encontra-se VU-vulnerável pela
IUCN, mas não a espécie Chelonoidis
carbonarius. Geralmente esta espécie é criada
em cativeiro ilegalmente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nas últimas décadas, a nível global, o
estado da biodiversidade (tendências
populacionais, risco de extinção de espécies,
extensão e condição dos habitats naturais) vem
decaindo de forma agravante (PALAZZI, et.al.,
2013). Em conjunto, segundo Palazzi, et.al.
(2013) a pressão sobre a biodiversidade,
apresentada em desmatamentos, áreas
antropizadas (por plantios/agrotóxicos, gado),
espécies exóticas, clima continuam elevados.
Em relação ao Cerrado, encontra-se
entre as taxas mais elevadas de desmatamento
dentre todas as regiões naturais do mundo
(PALAZZI, et.al., 2013). Na pesquisa de
Palazzi (2013), mesmo com ações de
conservação no Cerrado (insuficientes) apenas
estão protegidos por unidades de conservação
de proteção integral 3% da área original. Parte
da vegetação primária de Cerrado encontram-se
ao norte, onde vem ocorrendo o alto índice de
desmatamento por expansão agrícola,
principalmente nos Estados da Bahia,
Maranhão, Tocantins e Piauí (PALAZZI, et.al.,
2013).
Por tanto, observamos de forma
enriquecedora, a nível qualitativo, à diversidade
de espécies de herpetofauna (43sp.) encontradas
em curto espaço de tempo (dois meses), início
do período chuvoso na área e entorno do Projeto
Aratama / Refúgio da Vida Selvagem.
Esta amostra é o comprobatório para que
pesquisadores e/ou estudantes realizem
pesquisas científicas para qualificar, bem como,
quantificar a diversidade, abundância e riqueza
de espécies da área do Refúgio da Vida
Selvagem. O estudo deve-se englobar não só a
herpetofauna como a avifauna e mastofauna
(pequeno e grande porte) presentes na área, que
se fazem essenciais no processo de equilíbrio
biológico e ecológico do Cerrado.
Pretende-se demonstrar com este artigo
científico, a importância de que sejam feitos
esforços das instituições de pesquisas e órgãos
ambientais para o incentivo e financiamento de
projetos de pesquisas vinculados ao Instituto
Ecos do Cerrado – Brasil/IECOS no trabalho
que é executado com a fauna local e regional,
dentre outros que, estão em execução.
Poderemos assim, aprimorar nosso
conhecimento, sobre distribuição, dinâmica das
populações, conservação da biodiversidade
dentre outras informações relevantes que dizem
respeito ao Cerrado, que é escasso e requer mais
informações e estudos desta rica biodiversidade
existente na referida área para criar mecanismos
de conservação e proteção da fauna da região.
AGRADECIMENTOS
Agradecimento especial a Coordenadora de
Pesquisas e Projetos do Instituto Ecos do
Cerrado – Brasil / IECOS, Marissônia Lopes de
Almeida, pelo trabalho maravilhoso de muita
luta, resignação e coragem que vem sendo
executado em prol dos animais silvestres, no
Projeto Aratama/Refúgio da Vida Selvagem. Ao
Professor Doutor Bruno Senna Corrêa meus
agradecimentos pelo incentivo a Publicação
Científica e ao Biólogo Felipe Fernandes pelo
auxílio.
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Ecologia. UNB. Universidade de Brasília. 2006.
Disponível em:
<http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/3086/
1/2006_BrunoMachadoTelesWalter.pdf>
Acesso: 28 de janeiro de 2015
_____________________________________
1 Bióloga, Lic., Consultora Ambiental,
Colaboradora em 2011 do Instituto Ecos do
Cerrado – Brasil / IECOS. Caixa Postal 005,
CEP 77.745-000, Presidente Kennedy, TO,
Brasil.
*autor para correspondência:
camila.biologia@hotmail.com
2 Bióloga, Me., Responsável Técnica,
Coordenadora de Pesquisas e Projetos do
Instituto Ecos do Cerrado – Brasil / IECOS.
Caixa Postal 005, CEP 77.745-000, Presidente
Kennedy, TO, Brasil.
3 Bióloga, Me., Instituto Ecos do Cerrado –
Brasil / IECOS. Caixa Postal 005, CEP 77.745-
000, Presidente Kennedy, TO, Brasil.
4 e 5 Doutorandos, Biólogos, Universidade de
Aveiro/UA. Código postal 3810-193, Aveiro,
Portugal.
6 Biólogo, Dr., Professor Efetivo de Ensino
Básico Técnico e Tecnológico (D-401), Chefe
de Departamento da Formação Geral,
Coordenador de Pólo de Ensino a Distância
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  • 1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 18 - Número 1 - 1º Semestre 2018 HERPETOFAUNA ENCONTRADA NO PROJETO ARATAMA, REFÚGIO DA VIDA SELVAGEM, MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY, ESTADO DO TOCANTINS, BRASIL. Camila Moreira Barreto Gomes1* , Marissônia Lopes de Almeida2 , Bruna Rafaella de Almeida3 , Miguel Soares4 , João Pedro Neves5 , e Bruno Senna Corrêa6 RESUMO O Cerrado pode ser proporcionalmente comparado à Amazônia em relação à herpetofauna, por encontrarmos uma grande riqueza de espécies. Tal riqueza é atribuída à ocorrência de diferentes fitofisionomias justapostas no bioma. As atuais revisões taxonômicas e as constantes descobertas de espécies pelos pesquisadores têm demonstrado que a herpetofauna do Cerrado é regionalmente e localmente muito rica, podendo haver um número subestimado de riqueza e endemismo. Mas, o bioma vem sofrendo perdas com substituição de paisagens naturais por atividade agrícola levando à perda do habitat de espécies recentemente descobertas. O Instituto Ecos do Cerrado-Brasil/ IECOS, criou o Projeto Aratama e Refúgio da Vida Selvagem, entre os municípios de Presidente Kennedy e Guaraí no Estado do Tocantins, sendo instituída com uma das áreas prioritárias para conservação da biodiversidade. Este artigo teve por objetivo listar as espécies de herpetofauna presentes na área e entorno do Projeto Aratama, totalizada em 43 espécies. Esta amostragem reforça a necessidade de que pesquisadores e/ou estudantes realizem pesquisas científicas para qualificar, bem como, quantificar a diversidade, abundância e riqueza de espécies da área, englobando não só a herpetofauna, como a avifauna e mastofauna fornecendo base para ações de conservação e proteção da biodiversidade da região. Palavras-chave: herpetofauna, Cerrado, conservação e proteção da fauna. HERPETOFAUNA FOUND IN ARATAMA PROJECT, WILDLIFE REFUGE, MUNICIPALITY OF PRESIDENT KENNEDY, THE STATE OF TOCANTINS, BRAZIL. ABSTRACT The Cerrado biome may be compared proportionally to the Amazon in relation to herpetofauna, due to both harbor high species richness. This richness is attributed to the occurrence of many different types of vegetation. The current taxonomic revisions and constant discoveries of species by researchers have shown that the herpetofauna of Cerrado is regionally and locally very rich, and there may be an underestimated number of richness and endemism. However, the biome has suffered losses due to conversion of natural landscapes for agriculture leading to species habitat loss recently discovered. The Ecos do Cerrado-Brasil Institute – IECOS- created the Aratama Project and Wildlife Refuge, in President Kennedy and Guaraí city, in Tocantins State, one of the priority areas for biodiversity conservation. This article aims to list herpetofauna species present in the area and surrounding Aratama Project, summing 43 species. This sampling reinforces the necessity of to carry scientific research to qualify and quantify the diversity, abundance and species richness of area poorly studied, encompassing not only herpetofauna, but also others groups such as birds and mammals, providing basis for conservation action and protection of biodiversity in the region. Keywords: herpetofauna, Cerrado, conservation and wildlife protection. 34
  • 2. INTRODUÇÃO A herpetofauna brasileira apresenta uma das maiores riquezas do mundo, com aproximadamente 1.026 espécies de anfíbios e 760 espécies de répteis, das quais possuem várias espécies endêmicas, onde muitas encontram-se ameaçadas de extinção (SEGALLA, et.al. (org.). SBH. 2014; BÉRNILS, & COSTA, (org.). SBH. 2014). Várias pesquisas sobre a diversidade de herpetofauna foram feitas em regiões do Cerrado produzindo listas locais e regionais (COLLI, et al., 2002; MARQUES, et.al., 2001; 2005; PAVAN, 2007; FREITAS & SILVA, 2007; SAWAYA, MARQUES & MARTINS, 2008; SANTOS, et al., 2008; VALDUJO, et.al. 2011). O Cerrado pode ser comparado à herpetofauna da Amazônia (proporcional aos biomas), por encontrarmos uma grande riqueza de espécies. São descritas, segundo Pavan (2007), 223 espécies (34 endêmicas) distribuídas em 142 serpentes, 60 lagartos e 21 anfisbenídeos. Um dos fatores atribuídos a considerável riqueza de espécies está relacionado à ocorrência de diferentes fitofisionomias justapostas nesse bioma, gerando subsídios para existência de diferentes grupos de espécies, sendo consideradas ainda novas, havendo necessidades de estudos a nível biogeográfico (COLLI et al., 2002; RECODER & NOGUEIRA, 2007; MACHADO et al., 2008; RECODER et al., 2011). As atuais revisões taxonômicas e as constantes descobertas de espécies (COLLI et al. 2003; MACHADO et al., 2008; RECODER et al., 2011), têm demonstrado que a herpetofauna do Cerrado é regionalmente e localmente muito rica, podendo haver um número subestimado de riqueza e endemismos (COLLI et al., 2002; RECODER & NOGUEIRA, 2007; MACHADO et al., 2008; RECODER et al., 2011). O cerrado ao longo dos anos vem sendo destruído, dando espaço a expansão agrícola e muitas espécies recentemente descobertas, ocorrem em regiões destruídas pela agricultura (COLLI et al., 2002; RECODER & NOGUEIRA, 2007; RECODER et al., 2011). O Programa de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira/PROBIO, criado pelo Ministério do Meio Ambiente/MMA, apoiou cinco subprojetos para avaliar as áreas e ações prioritárias para conservação dos biomas brasileiros (MMA, 2007). Definiu-se 87 áreas prioritárias para conservação da biodiversidade dos biomas, e, de acordo com sua categoria de importância biológica, indicadas ações para conservação dessas áreas e do Cerrado como um todo. As áreas de maior importância biológica concentram-se nos Estados de Goiás, Bahia, Mato Grosso e Tocantins (MMA, 2007). O Instituto Ecos do Cerrado-Brasil/ IECOS, criou o Projeto Aratama e Refúgio da Vida Selvagem em 2010, com uma área de 1.000 hectares e outra reserva legal averbada com mais de 3.500 hectares. Devido à localização, entre os municípios de Presidente Kennedy e Guaraí no Estado do Tocantins, foram instituídos com uma das áreas prioritárias para conservação da biodiversidade (MMA, 2007; ALMEIDA, 2013). Com a homologação (Processo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis /IBAMA, autorização nº 02029.000660/2010-88, Mantenedouro de Fauna Silvestre – Nº de Registro – 4.871.645), o Refúgio da Vida Selvagem é destinado como área de soltura e monitoramento de animais silvestres, vinculado ao Projeto Aratama atuando na reabilitação dos animais silvestres, vítimas de tráfico, atropelamento e mesmo da captura ilegal. Recebendo os devidos cuidados e tratamentos para que possam ser reabilitados e retornar à natureza com segurança, e, assim cumprir com seu papel ecológico (ALMEIDA, 2013). Na área do Refúgio da Vida Selvagem, destinada à soltura e monitoramento de animais silvestres carece de pesquisas e estudos da fauna presentes. Sabe-se da existência de algumas espécies indicadas pela população regional de todos os grupos taxonômicos; rastros, fezes, carcaças de mamíferos; encontros com alguns mamíferos, aves no geral, assim como répteis e anfíbios. Considerada área prioritária, o IECOS, possibilita pesquisas que poderão subsidiar políticas públicas de proteção à fauna silvestre (MMA, 2007; ALMEIDA, 2013). Este artigo tem por objetivo listar as
  • 3. Figura 1. O Refúgio da Vida Selvagem/Projeto Aratama está localizado entre os municípios de Presidente Kennedy e Guaraí no Estado do Tocantins, Brasil Figura 2. O Refúgio da Vida Selvagem/Projeto Aratama está localizado entre os municípios de Presidente Kennedy e Guaraí no Estado do Tocantins, Brasil. espécies de herpetofauna a nível qualitativo, presentes na área e entorno do Projeto Aratama. MATERIAIS E MÉTODOS Local de estudo O Refúgio da Vida Selvagem (48°27'18.24"W, 08°34'41.29"S) / Projeto Aratama (48o 28’39.9’’W, 08o 34’47.9’’S) está localizado entre os municípios de Presidente Kennedy e Guaraí no Estado do Tocantins, na propriedade rural denominada Fazenda Água Fria (Figuras 1 e 2). O presente estudo tem por objetivo listar as espécies de répteis e anfíbios, a nível qualitativo, presentes na área e entorno do Projeto Aratama.
  • 4. A área é um mosaico de fitofisionomias (formações florestais - mata ciliar, formações savânicas – cerrado strictu sensu, formações campestres – campo sujo) (MMA, 2007). Dentro da área do Projeto, é constituída, pela casa sede e os recintos dos animais silvestres. Entretanto, no entorno, encontra-se vegetação formada por gramíneas para pastagem e atividades pecuárias, gado de corte (ambiente antropizado) como mostra nas figuras 3 a 5. Cerca de 200m da área do Projeto, encontramos como características fitofisionômica (WALTER, 2006; MMA, 2007; RECODER & NOGUEIRA, 2007; NASCIMENTO, 2007; MAMEDE & ALHO, 2008; IGAM, 2008), figuras 6 a 8:  Reservatório artificial denominado açude, formado por um manancial (escoamento de água superficial) com a função de abastecimento doméstico, gado; o açude possui solo arenoso, água turva/barrenta devido ao período chuvoso, ambiente lêntico;  Córrego Água Fria e Córrego São Bento, formação florestal Mata Ciliar, caracterizada pela vegetação florestal acompanhar os cursos d’água, por uma faixa estreita de vegetação que não forma galerias as espécies vegetais apresentam diferentes graus de caducifólia. Córrego possui solo arenoso, água semi-transparente devido ao período chuvoso, ambiente lótico;  Floresta secundária (regenerada), formação campestre denominada campo sujo; composto por gramíneas em grande densidade, com a presença irregular de arbustos, palmeiras e pequenas árvores esparsa, predominando vegetação herbácia. Ambiente com solo arenoso coberto por pequena quantidade de serapilheira;  Formação savânica, caracterizada pelo Cerrado strictu sensu (transição do campo sujo) onde predomina espécies arbustivas e árvores baixas, inclinadas, tortuosas, com ramificações irregulares e retorcidas, estrato herbáceo com algumas sombras além da serrapilheira bastante frequente. Os arbustos e subarbustos encontram se espalhados, com algumas espécies apresentando órgãos subterrâneos perenes que permitem a rebrota após a ocorrência de queimadas ou corte. Nesta formação ocorre presença marcante de vários tipos de palmeiras. No bioma Cerrado podem ser encontrados diferentes subtipos de palmeirais, que variam em estrutura de acordo com a espécie dominante. Nesta fitofisionomia, algumas denominadas de Palmeirais, ocorrem em terrenos bem drenados ou acompanham as linhas de drenagem. Palmeirais comumente são formados pelas espécies de: macaúba, gueroba, babaçu (a presença do babaçu parece associar-se fortemente a áreas antropizadas) e buriti. Outra formação encontrada neste tipo de Cerrado (strictu sensu) são as Veredas, marcada pelo buriti em meio a agrupamentos mais ou menos densos de espécies arbustivas herbáceas;  Floresta primária, que fica para além do Refúgio pelo fato de não ter sido sujeita a qualquer intervenção humana. Figura 3. Vista geral da casa sede e entorno área do Projeto Aratama, pastagem. Figura 4. Vista da Alameda dos Psitacídeos
  • 5. Figura 5. Cerrado caracterizado como campo sujo (regeneração), antropização (plantação, recinto de animais silvestres e linha de transmissão de energia ao fundo) Figura 6. Oriundo do Córrego Água Fria, reservatório artificial, denominado “Aratama”, nas Palmeiras há agrupamentos de vários psitacídeos e ramphatídeos. Figura 7. Oriundo do Córrego Água Fria, reservatório artificial, denominado “Aratama”, nas Palmeiras há agrupamentos de vários psitacídeos e ramphatídeos. Figura 8. Cerrado caracterizado como campo sujo (regeneração), ao fundo transição de cerrado strictu sensu. Coleta de dados Os dados foram adquiridos ad libitum e por encontros ocasionais de alguns autores (Gomes, Camila Moreira Barreto; Soares, Miguel & Neves, João Pedro), entre setembro e outubro de 2011, início do período chuvoso. Utilizou-se também de busca ativa e manual captura. Para anfíbios foi realizou-se reconhecimento visual e vocal no período noturno (AURICCHIO & SALOMÃO, 2002; CULLEM Jr. et.al. 2006). Para os outros grupos taxonômicos (serpentes, lagartos, quelônios), foi baseada na procura visual no período matutino e vespertino, sendo que grande parte dos encontros, principalmente com as serpentes, foram ocasionais (AURICCHIO & SALOMÃO, 2002; CULLEM Jr. et.al. 2006). As espécies foram identificadas ao menor nível taxonômico mediante bibliografia especializada. Devido à grande diversidade de fauna, utilizaram-se, além de consultas em sites especializados, de chaves específicas, levantamento bibliográfico e referências de trabalhos de pesquisadores e/ou consultores, como: BARTLETT E BARTLETT (1938), PETERS E DONOSO-BARROS (1970), PETERS E OREJAS-MIRANDA (1970), MARQUES; ETEROVIC; SAZIMA; et.al. (2001 e 2005), RIBEIRO; EGIT E HADDAD (2005), MIRALLES; RIVAS FUENMAYOR E BARRIO-AMORÓS (2005), FREITAS E SILVA (2007), DEIQUES; STAHNKE; REINKE; et.al. (2007), PAVAN (2007), RUEDA-ALMONACID; CARR E
  • 6. MITTERMEIER (2007), MAMEDE E ALHO (2008), IBAMA (2008), LIMA; MAGNUNSSON; MENIN; et.al. (2008), VITT; MAGNUSSON; AVILA-PIRES E LIMA(2008), ORTEGA-ANDRADE (2010), MAFFEI; UBAID E JIM (2011), MENDES- PINTO; BERNHARD; VOGT; et.al. (2011), RECODER, et.al.2011; IUCN (2012), SEGALLA; et.al. (2014), BÉRNILS, RENATO SILVEIRA & COSTA, (org.). SBH. 2014. A nomenclatura taxonômica segue a adotada pela Sociedade Brasileira de Herpetologia/SBH (SEGALLA; et.al. (2014), BÉRNILS, RENATO SILVEIRA & COSTA, (org.). SOCIEDADE BRASILEIRA DE HERPETOLOGIA/SBH, 2014.). Os espécimes foram soltos imediatamente após a identificação e registro fotográfico. RESULTADOS E DISCUSSÕES Encontradas e identificadas, nas imediações do Projeto Aratama / Refúgio da Vida Selvagem, o total 43 espécies da herpetofauna. Para a herpetofauna representada por répteis, foram descritos 23 indivíduos, sendo mais abundante a ordem Squamata com 20 espécies diferentes em 13 famílias (Amphisbaenidae, Boidae, Colubridae, Dactyloide, Dipsadidae, Gekkonidae, Gymnophthalmidae, Iguanidae, Mabuyidae, Teiidae, Tropiduridae e Viperidae), para a ordem Testudines com 2 (duas) espécies diferentes em 2 (duas) famílias e Crocodylia representada por (1) uma família Aligatoridae (figura 9 e tabela 1). As famílias dentro da ordem Squamata que obtiveram mais encontros foi Dipsadidae com 4 (quatro) espécies observadas, seguidas de Colubridae e Teiidae cada qual com 3 (três) espécies (tabela 1). A herpetofauna, representada por anfíbios, o número de indivíduos identificados foram 20 (figura 10 e tabela 2). Enquadrada na ordem Anura, identificou-se, 20 espécies diferentes, divididas em 3 (três) famílias: Bufonidae, Hylidae e Leptodactylidae. A família que mais se destacou com maior número de indivíduos foi Hylidae, apresentando 12 espécies. (tabela 2). Figura 9. Espécies de répteis presentes na área e entorno do Projeto Aratama, município de Presidente Kennedy, Estado do Tocantins, Brasil. (A) Amphisbaena kraoh (B) Boa constrictor; (C) Chironius exoletus; (D) Leptodeira annulata; (E) Oxyrhopus trigeminus; (F) Philodryas nattereri; (G) Chelonoidis carbonarius; (H) Phrynops geoffroanus; (I) Norops chrysolepis; (J) Notomabuya frenata; (K) Iguana iguana. Fotografias de Camila Gomes, Miguel Soares & João Neves.
  • 7. Tabela 1. Espécies de répteis, presentes na área e entorno do Projeto Aratama, município de Presidente Kennedy, Estado do Tocantins, Brasil. Fonte: Projeto Aratama, 2011.
  • 8. Tabela 2. Espécies de anfíbios, presentes na área e entorno do Projeto Aratama, município de Presidente Kennedy, Estado do Tocantins, Brasil. Figura 10. Espécies de anfíbios presentes na área e entorno do Projeto Aratama, município de Presidente Kennedy, Estado do Tocantins, Brasil. (A) Dendropsophus minutus (B) Physalaemus nattereri; (C) Leptodactylus fuscus; (D) Leptodactylus labyrinthicus; (E) Leptodactylus latrans; (F) Osteocephalus sp.; (G) Phyllomedusa azurea; (H) Physalaemus cuvieri; (I) Rhinella granulosa; (J) Rhinella margaritifera; (K) Rhinella schneideri; (L) Scinax fuscovarius; (M) Scinax gr. catharinae; (N) Scinax sp.(O) Scinax v- signatus (P) Trachycephalus typhonius. Fotografias de: Camila Gomes, Miguel Soares & João Neves. Fonte: Projeto Aratama, 2011.
  • 9. Segundo, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA (2008) no, Livro Vermelho da fauna ameaçada de Extinção, com citações do Instituto Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais - IUCN (2012), as espécies acima relacionadas e identificadas, não foram categorizadas como espécies migratórias, ameaçadas e/ou endêmicas da região. Entretanto, podemos referenciar algumas espécies de répteis que sofrem influência direta da caça por subsistência e venda ilegal da carne como é o caso de quelônios como a espécie Chelonoidis denticulata (citado em répteis, página 333) que encontra-se VU-vulnerável pela IUCN, mas não a espécie Chelonoidis carbonarius. Geralmente esta espécie é criada em cativeiro ilegalmente. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nas últimas décadas, a nível global, o estado da biodiversidade (tendências populacionais, risco de extinção de espécies, extensão e condição dos habitats naturais) vem decaindo de forma agravante (PALAZZI, et.al., 2013). Em conjunto, segundo Palazzi, et.al. (2013) a pressão sobre a biodiversidade, apresentada em desmatamentos, áreas antropizadas (por plantios/agrotóxicos, gado), espécies exóticas, clima continuam elevados. Em relação ao Cerrado, encontra-se entre as taxas mais elevadas de desmatamento dentre todas as regiões naturais do mundo (PALAZZI, et.al., 2013). Na pesquisa de Palazzi (2013), mesmo com ações de conservação no Cerrado (insuficientes) apenas estão protegidos por unidades de conservação de proteção integral 3% da área original. Parte da vegetação primária de Cerrado encontram-se ao norte, onde vem ocorrendo o alto índice de desmatamento por expansão agrícola, principalmente nos Estados da Bahia, Maranhão, Tocantins e Piauí (PALAZZI, et.al., 2013). Por tanto, observamos de forma enriquecedora, a nível qualitativo, à diversidade de espécies de herpetofauna (43sp.) encontradas em curto espaço de tempo (dois meses), início do período chuvoso na área e entorno do Projeto Aratama / Refúgio da Vida Selvagem. Esta amostra é o comprobatório para que pesquisadores e/ou estudantes realizem pesquisas científicas para qualificar, bem como, quantificar a diversidade, abundância e riqueza de espécies da área do Refúgio da Vida Selvagem. O estudo deve-se englobar não só a herpetofauna como a avifauna e mastofauna (pequeno e grande porte) presentes na área, que se fazem essenciais no processo de equilíbrio biológico e ecológico do Cerrado. Pretende-se demonstrar com este artigo científico, a importância de que sejam feitos esforços das instituições de pesquisas e órgãos ambientais para o incentivo e financiamento de projetos de pesquisas vinculados ao Instituto Ecos do Cerrado – Brasil/IECOS no trabalho que é executado com a fauna local e regional, dentre outros que, estão em execução. Poderemos assim, aprimorar nosso conhecimento, sobre distribuição, dinâmica das populações, conservação da biodiversidade dentre outras informações relevantes que dizem respeito ao Cerrado, que é escasso e requer mais informações e estudos desta rica biodiversidade existente na referida área para criar mecanismos de conservação e proteção da fauna da região. AGRADECIMENTOS Agradecimento especial a Coordenadora de Pesquisas e Projetos do Instituto Ecos do Cerrado – Brasil / IECOS, Marissônia Lopes de Almeida, pelo trabalho maravilhoso de muita luta, resignação e coragem que vem sendo executado em prol dos animais silvestres, no Projeto Aratama/Refúgio da Vida Selvagem. Ao Professor Doutor Bruno Senna Corrêa meus agradecimentos pelo incentivo a Publicação Científica e ao Biólogo Felipe Fernandes pelo auxílio. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, M. L. DE. V - Relatório referente ao segundo semestre do ano de 2013. Área de soltura e monitoramento de animais silvestres. Refúgio da Vida Selvagem-Aratama. Presidente Kennedy, 2013. Disponível em: <http://iecosbrasil.org/programas-e- projetos/relatorio-de-atividades/> Acesso: 28 de janeiro de 2015.
  • 10. AURICCHIO, P. & SALOMÃO, M. DA G. Técnicas de coleta e preparação de vertebrados para fins científicos e didáticos. São Paulo: Arujá: Pau Brasil de História Natural. 348p. 2002. BARTLETT, R. D; e BARTLETT, P. Reptiles and amphinians of the amazona: na ecotourist’s guide. University Press Florida. 291p. 1938. BERNARDE, P. S. Anfíbios e répteis: introdução ao Estudo da Herpetofauna Brasileira. Curitiba: Anolisbooks. 320p. 2012. BÉRNILS, R. S. & COSTA, H. C. (ORG.). SBH. Brazilian reptiles – List of species. Sociedade Brasileira de Herpetologia. Disponível em: <http://www.sbherpetologia.org.br>. Acesso: 29 de janeiro de 2015. 2014. COLLI, G. R. et al. A new species of Cnemidophorus (Squamata, Teiidae) from the Cerrado Biome in Central Brasil. Oklahoma Museum of Natural History, v.4, 1-14p. 2003. COLLI, G. R.; BASTOS, R. P. & ARAUJO, A. F. B. The character and dynamics of the Cerrado Herpetofauna. In: The Cerrados of Brazil: Ecology and Natural History of a Neotropical Savanna. (Oliveira, P.S. & Marquis, R.J., eds.). Columbia University Press, New York. 12:223-241p. 2002. CULLEN JR., L.; VALLADARES-PADUA, C.; RUDRAN, R.; SANTOS, A. J. DOS; et.al. Métodos de estudos em Biologia da Conservação e Manejo da Vida Silvestre. Curitiba: Ed. UFPA, 2a.ed. 652p. 2006. DEIQUES, Clarice H.; STAHNKE, Leonardo F.; REINKE, Meriele; SCHMITT, Paula. Guia Ilustrado: Anfíbios e Répteis do Parque Nacional de aparados da Serra Rio Grande do Sul, Santa Catarina-Brasil. Pelotas-RS: USEB. 120p. 2007. FREITAS, M. A. DE & SILVA, T. F. S. Guia Ilustrado: A Herpetologia das Caatingas e Áreas de Altitudes do Nordeste Brasileiro. Pelotas-RS: USEB. 388p. 2007. IBAMA/Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis. Livro vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção / editores Angelo Barbosa Monteiro Machado, Gláucia Moreira Drummond, Adriano Pereira Paglia. v.2, 1a. ed. Brasília, DF: MMA; Belo Horizonte, MG: Fundação Biodiversitas. 1420 p. 2008. IGAM/Instituto Mineiro de Gestão das Águas. Glossário de termos relacionados à Gestão de Recursos Hídricos. In: I Oficina do Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos, 2008. 85p. 2008. Disponível em: <http://www.em.ufop.br/ceamb/petamb/cariboo st_files/glossario_20recursos_20hidricos.pdf> Acesso: 28 de janeiro de 2015. IUCN/International Union for Conservation of Nature and Natural Resources. 2012. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2012.1. Disponível em: <www.iucnredlist.org>. Acesso29 de janeiro de 2015. LIMA, A. P.; MAGNUNSSON, W. E.; MENIN, M.; ERDTMANN, L. K.; RODRIGUES, D. J.; KELLER, C.; HÖDI, W. Guia de sapos da Reserva Adolpho Ducke, Amazônia Central. Manaus: Áttema Design Editorial. 184p. 2008. MACHADO, R. B.; AGUIAR, L. M.A DE S.; CASTRO, A. A. J. F.; NOGUEIRA, C. DE C. Capítulo 9. Estudo de Perda de Espécies do Cerrado. In IX Simpósio Nacional Cerrado, II Simpósio Internacional Savanas Tropicais. Outubro de 2008. Brasília_DF. Caracterização da fauna e flora do Cerrado. Brasília_DF, 2008. p.35-50. 2008. Disponível em: <http://www.conservation.org.br/arquivos/estud operdaespecies_Cerrado.pdf> Acesso: 28 de janeiro de 2015. MAFFEI, F., UBAID, F. K. & JIM, J. (in memoriam). Anfíbios da Fazenda Rio Claro, Lençóis Paulista, SP. Bauru: Canal6. 125p. 2011. MAMEDE, S. B. & ALHO, C. J. R. Impressões do Cerrado e Pantanal. Campo Grande: UFMS, 2ª.ed., p.37-46. 2008.
  • 11. MARQUES, O. A.V.; ETEROVIC, A.; SAZIMA, I.; STRÜSSMANN, C. Serpentes do Pantanal: Guia Ilustrado. Ribeirão Preto: Holos. 184p. 2005. MARQUES, O. A.V.; ETEROVIC, A.; SAZIMA, I. Serpentes da Mata Atlântica: Guia Ilustrado para a Serra do Mar. Ribeirão Preto: Holos. 184p. 2001. MENDES-PINTO, T. J.; BERNHARD, R.; VOGT, R.; PEDRETT; RONNEZZA; C. L. C.; GARCIA, R. S.A collection of Amphibians and Reptiles of he National Institute of Research of the Amazon. Revista Colombiana Ciência Animal. 3(2): 238-252. 2011. Disponível em:<http://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?co digo=3817108> Acesso: 29 de janeiro de 2015. MIRALLES, A.; RIVAS FUENMAYOR, G. e BARRIO-AMORÓS, C. L. Taxonomy of the genus Mabuya (Reptilia, Squamata, Scincidae) in Venezuela. Revista Zoosystema 27(4): 825- 837. 2005. Disponível em: <http://www.mnhn.fr/museum/front/medias/pub lication/6895_z05n4a6.pdf> Acesso: 18 de janeiro de 2015. MMA/Ministério do Meio Ambiente. Biodiversidade do Cerrado e Pantanal: áreas e ações prioritárias para conservação. Ministério do Meio Ambiente. Brasília: MMA. 398p. 2007.Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arqui vos/cerrado_pantanal.pdf> Acesso: 18 de janeiro de 2015. MMA/Ministério do Meio Ambiente. 2007. Áreas Prioritárias para Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira: Atualização - Portaria MMA n°9, de 23 de janeiro de 2007. / Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Biodiversidade e Florestas. – Brasília: MMA, p.55-62. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arqui vos/biodiversidade31.pdf> Acesso: 18 de janeiro de 2015. NASCIMENTO, J. B. Cerrado: nosso bioma, nossa riqueza. Palmas, Kelps, p.23-33. 2007. ORTEGA-ANDRADE, H. M. Anfibios y reptiles de la centro-amazonia de ecuador: Los Territorios indígenas Achuar, Shiwiar y Sápara de la Cuenca del río Pastaza. Rapid Color Guide # 259. División de Herpetología-Museo Ecuatoriano de Ciencias Naturales y Fundación Ecociencia, Quito Ecuadoror. Instituto de Ecología, A.C. Biología y Conservación de Vertebrados, Xalapa, Veracruz, México Environmental & Conservation Programs, The Field Museum, Chicago, IL 60605 USA. <www.fmnh.org/animalguides> versión 1., 2010. Disponível em: <http://fm2.fieldmuseum.org/plantguides/guide _pdfs/259%20Anf%20Rept%20CAmaz.pdf> Acesso: 18 de janeiro de 2015. PALAZZI, G.; PAMPLONA C. M. P. ; CREMA, A.; CAMPOS, C. DE; PINHEIRO, M. Relatório do Projeto - Subsídios para o Plano Estratégico do Mosaico do Jalapão. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio. 2013. Disponível em: <www.icmbio.gov.br/projetojalapao> Acesso: 01 de fevereiro de 2015. PAVAN, D. Assembléia de répteis e anfíbios do cerrado ao longo da bacia do rio Tocantins e o impacto do aproveitamento hidrelétrico da região na sua conservação. Tese de Doutorado. Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo. São Paulo. 414p. 2007. Disponível em:<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/4 1/41133/tde-05032008-095752/pt-br.php>. Acesso em: 28 de janeiro de 2015. PETERS, J. A. & DANOSO-BARROS, R. Catalogue of the Neotropical Squamata: Parte II-Lizards and Amphisbaenians. United States National Museum Bulletin. Wachington, D. C.; London: Smithsonian Institution Press. 297:312p. 1970. Disponível em: <http://ia600503.us.archive.org/18/items/catalog ueofneotr21970pete/catalogueofneotr21970pete. pdf> Acesso: 30 de janeiro de 2015. PETERS, J. A. & OREJAS-MIRANDA, B. Catalogue of the Neotropical Squamata: Parte I-Snakes. United States National Museum Bulletin. Wachington, D. C.; London: Smithsonian Institution Press. 297: 330p. 1970. Disponível em:
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  • 13. _____________________________________ 1 Bióloga, Lic., Consultora Ambiental, Colaboradora em 2011 do Instituto Ecos do Cerrado – Brasil / IECOS. Caixa Postal 005, CEP 77.745-000, Presidente Kennedy, TO, Brasil. *autor para correspondência: camila.biologia@hotmail.com 2 Bióloga, Me., Responsável Técnica, Coordenadora de Pesquisas e Projetos do Instituto Ecos do Cerrado – Brasil / IECOS. Caixa Postal 005, CEP 77.745-000, Presidente Kennedy, TO, Brasil. 3 Bióloga, Me., Instituto Ecos do Cerrado – Brasil / IECOS. Caixa Postal 005, CEP 77.745- 000, Presidente Kennedy, TO, Brasil. 4 e 5 Doutorandos, Biólogos, Universidade de Aveiro/UA. Código postal 3810-193, Aveiro, Portugal. 6 Biólogo, Dr., Professor Efetivo de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (D-401), Chefe de Departamento da Formação Geral, Coordenador de Pólo de Ensino a Distância (EAD-Etec) e Pesquisador do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais/CEFET. CEP 37250-000. Nepomuceno, MG, Brasil. 46