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A Conservação do Cerrado brasileiro
 O termo Cerrado é comumente usado para
 designar um conjunto de ecossistemas
 (Savanas, Campos, Matas e Matas de
 galeria).
Cerrado Brasileiro: Área
 O Cerrado é o Segundo maior bioma brasileiro,
  sendo superado apenas pela Amazônia.
 Ocupa cerca de 21% do território nacional.
 Área nuclear
 Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, a região
  sul do Mato Grosso, o oeste e norte de Minas
  Gerais, oeste da Bahia e o Distrito Federal.
 Área Marginal - região centro sul do
 Maranhão e norte do Piauí, Rondônia, 1/5
 do estado de São Paulo e os estados de
 Roraima e Amapá.

 O cerrado tem em seu favor o fato de ser
 cortado por três das maiores bacias
 hidrográficas da América do Sul
 (Tocantins-Araguaia, São Francisco e
 Prata)
Clima
 O clima do bioma Cerrado é
  estacional, com um período chuvoso, que
  dura de outubro a março, seguido por um
  período seco, de abril a setembro.
 A precipitação média anual é de 1.500mm e
  as temperaturas são geralmente amenas ao
  longo do ano, entre 22ºC e 27°C em média.
Solo
 O Cerrado possui um solo de savana
  tropical, deficiente em nutrientes e rico em
  ferro e alumínio.
 Porém, a deficiência do solo não constitui
  um obstáculo para a exploração humana em
  grandes extensões de terras destinadas a
  agricultura e pastagens.
 Pois para torná-lo produtivo, aplicam-se
  fertilizantes e calcário.
Conseqüências das
transformações do Cerrado

 Fragmentação de hábitats;
 Extinção da biodiversidade;
 Invasão de espécies exóticas;
 Erosão dos solos;
 Poluição de aqüíferos,
 Alterações nos regimes de queimadas;
 Dentre outras.
Queimadas

 Embora o Cerrado seja um ecossistema
 naturalmente adaptado ao fogo, as queimadas
 utilizadas para o estímulo da rebrota das
 pastagens bem como para abrir novas áreas
 agrícolas culminam em sérios problemas
 ambientais como a perda de
 nutrientes, compactação e erosão dos
 solos, ocorridos especialmente nas regiões
 montanhosas do leste goiano e oeste mineiro.
 A eliminação total pelo fogo pode degradar completamente
  a biota nativa;
 Pois, o acúmulo de biomassa vegetal seca (material
  combustível) e a baixa umidade durante a época da seca,
  tende a gerar temperaturas extremamente altas em casos de
  eventuais queimadas, sendo portanto prejudiciais à flora e à
  fauna do solo.
Riqueza de espécies
 A biodiversidade do Cerrado é elevada, porém
 geralmente menosprezada. O número de plantas
 vasculares é superior àquele encontrada na maioria das
 regiões          do           mundo:          plantas
 herbáceas, arbustivas, arbóreas e cipós somam mais de
 7.000 espécies.
Ipê- amarelo cascudo
      (Tabebuia                 Pequi
    chrysotricha)        (Caryocar brasiliense)




                       Copaíba
                       (Copaifera landesdorffi.)
 Embora a mais recente revisão da fauna de mamíferos
 aponte um número de espécies maior do que as
 compilações anteriores – cerca de 199 espécies para o
 bioma, a riqueza do grupo ainda é relativamente
 pequena.
 A avifauna é rica (> 830 espécies), mas o nível de
  endemismo é baixo (3,4%).
 Os números de peixes, répteis e anfíbios são elevados.
 Apesar do número de peixes endêmicos não ser
  conhecido, a diversidade de formas endêmicas da
  herpetofauna é numericamente muito superior à das
  aves.
Piau
                 Astyanax spp
                                 Leporinus obtusidens

                                Ameiva ameiva
                                (Calango verde)


Jararaca rabo-de-osso
 (Bothrops neuwiedi
     pauloensis)




  Seriema (Cariama cristata)




                                       Ema (Rhea americana)
Tabela 2 – Cobertura de áreas protegidas nos principais biomas
brasileiros – unidades de conservação de proteção integral, de uso
sustentável e terras indígenas.


Bioma          Área (Km2)   Unidades de   Unidades de   Terras
                            proteção      uso           indígenas
                            integral      sustentável
Cerrado        2.116.000    2,2           1,9           4,1
Floresta       4.239.000    5,7           7,7           17,7
Amazônica
(incluindo
ecótonos)
Mata Atlântica 1.076.000    1,9           0,11          0,15
Pantanal       142.500      1,1           0             2,4
Caatinga       736.800      0,8           0,11          0,15
Brasil         8.534.000    3,5           3,4           8,8
 Os invertebrados são muito pouco conhecidos, mas
 estimativas sugerem uma riqueza em torno de 90.000
 espécies; outras indicam a presença de 13% das
 borboletas, 35% das abelhas e 23% dos cupins da região
 Neotropical.
O   Cerrado é um dos hotspots mundiais de
 biodiversidade. Pelo menos 137 espécies de animais
 que ocorrem no Cerrado estão ameaçadas de extinção
 em função da grande expansão da agricultura e intensa
 exploração local de produtos nativos.
 A perda de hábitat está causando o desaparecimento
 de variedades selvagens cultivares. Por exemplo o
 Cerrado é o centro de diversidades da mandioca
 (Manihot sp.), a maior fonte de alimento para mais de
 600 milhões de pessoas nos trópicos.
 Espécies selvagens de Manihot retêm variedades
  genéticas vitais para a seleção de, por exemplo,
  substâncias protéicas ou tolerância à estiagem.
 De um total de 41 localidades identificadas e
  amostradas no final dos anos 70 como centros de
  Manihot, somente uma permanece hoje em dia.
Principais Ameaças á Biodiversidade
 A degradação do solo e dos ecossistemas
  nativos e a dispersão de espécies exóticas são
  as maiores e mais amplas ameaças à
  biodiversidade.
 A partir de um manejo deficiente do solo, a
  erosão pode ser alta: em plantios convencionais
  de soja, a perda da camada superficial do solo
  é, em média, de 25ton/ha/ano, embora práticas
  de conservação, como o plantio direto, possam
  reduzir a erosão a 3ton/ha/ano.
Práticas agrícolas no Cerrado incluem o uso
extensivo de fertilizantes e calcário, os quais poluem
córregos e rios.


Além disto, o amplo uso de gramíneas africanas para
a formação de pastagens é prejudicial à
biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à
capacidade produtiva dos ecossistemas.
 As gramíneas africanas invasoras são os maiores
 agentes de mudanças no Cerrado. Uma das variedades
 mais utilizadas é o capim-gordura, altamente impactante
 para a biodiversidade e para o funcionamento dos
 ecossistemas.
Essas gramíneas podem alcançar biomassas
extremamente elevadas e, quando secas, são
altamente inflamáveis, iniciando uma interação
gramíneas-fogo capaz de impedir o brotamento
da vegetação nativa.

Incêndios de áreas dominadas pelo capim-gordura
são mais quentes, mais prolongados e possuem
chamas altas que podem alcançar o dossel das
árvores.
Desmatamentos amplos e ilegais das matas de galeria
reduzem os suprimentos de água doce para áreas
urbanas.
Ao considerar as extensas alterações na paisagem é
igualmente esperado que tenham ocorrido alterações no
estoque regional de carbono.

Os fluxos de CO2 dos pastos plantados para a
atmosfera são mais rápidos e sazonalmente mais
variáveis do que aqueles do Cerrado nativo.
Iniciativas para a conservação
                cerrado
 As amplas transformações ocorridas nas paisagens do
  Cerrado e o status de ameaça de muitas de suas espécies
  têm provocado o surgimento de iniciativas de conservação
  por parte do governo, de organizações não governamentais
  (ONGs), pesquisadores e do setor privado
 Uma rede de ONGs (a Rede Cerrado) foi estabelecida
    para promover localmente a adoção de práticas para o
    uso sustentável dos recursos naturais (Fundação Pro-
    Natureza, 2000).

 Em 2003, a Rede Cerrado encaminhou um documento
  conceitual ao Ministério do Meio Ambiente (MMA)
  com recomendações para a adoção de medidas
  urgentes para a conservação
 do Cerrado.
 O MMA conseqüentemente definiu um grupo de trabalho
 que, em 2004, propôs um programa de conservação
 denominado ‘Programa Cerrado Sustentável’,baseado nos
 resultados e proposições do seminário que definiu as
 prioridades para a conservação do Cerrado, em 1998
 (Fundação Pró-Natureza et al., 1999).

 A proposta visou também a integração de ações para
 conservação em regiões onde atividades agropecuárias são
 especialmente   intensas,   danosas     e   amplamente
 disseminadas.
 Como um importante passo inicial, Goiás preparou
  sua própria avaliação do ‘estado do meio ambiente.
 Com base no plano de trabalho do Global
  Environment Outlook do Programa das Nações Unidas
  para o Meio Ambiente, a avaliação identificou
  impactos sobre a biodiversidade e estabeleceu as ações
  estaduais,envolvimento da sociedade civil (por
  exemplo, a Agenda 21 de Goiás), uma base legal e
  recomendaçõesde prioridades (Galinkin, 2003).
Corredor de conservação da
Biodiversidade Emas-Taquari
Desafios Futuros: Como Conciliar Uso da
   Terra Com Conservação No Cerrado


 Um dos principais desafios na conservação do Cerrado
será demonstrar a importância que a biodiversidade
desempenha no funcionamento dos ecossistemas. O
conhecimento sobre a biodiversidade e as implicações
das alterações no uso da terra sobre o funcionamento
dos ecossistemas serão fundamentais para o debate
“desenvolvimento versus conservação”.
A falta de conhecimento e as incertezas sobre os
principais fatores que causavam o desmatamento no
Cerrado prejudicaram sua conservação e manejo.
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impacto ainda tem sido modesto na tomada de
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Conservação Cerrado: Biodiversidade Ameaçada

  • 1.
  • 2. A Conservação do Cerrado brasileiro  O termo Cerrado é comumente usado para designar um conjunto de ecossistemas (Savanas, Campos, Matas e Matas de galeria).
  • 3. Cerrado Brasileiro: Área  O Cerrado é o Segundo maior bioma brasileiro, sendo superado apenas pela Amazônia.  Ocupa cerca de 21% do território nacional.  Área nuclear  Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, a região sul do Mato Grosso, o oeste e norte de Minas Gerais, oeste da Bahia e o Distrito Federal.
  • 4.  Área Marginal - região centro sul do Maranhão e norte do Piauí, Rondônia, 1/5 do estado de São Paulo e os estados de Roraima e Amapá.  O cerrado tem em seu favor o fato de ser cortado por três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata)
  • 5. Clima  O clima do bioma Cerrado é estacional, com um período chuvoso, que dura de outubro a março, seguido por um período seco, de abril a setembro.  A precipitação média anual é de 1.500mm e as temperaturas são geralmente amenas ao longo do ano, entre 22ºC e 27°C em média.
  • 6. Solo  O Cerrado possui um solo de savana tropical, deficiente em nutrientes e rico em ferro e alumínio.  Porém, a deficiência do solo não constitui um obstáculo para a exploração humana em grandes extensões de terras destinadas a agricultura e pastagens.  Pois para torná-lo produtivo, aplicam-se fertilizantes e calcário.
  • 7. Conseqüências das transformações do Cerrado  Fragmentação de hábitats;  Extinção da biodiversidade;  Invasão de espécies exóticas;  Erosão dos solos;  Poluição de aqüíferos,  Alterações nos regimes de queimadas;  Dentre outras.
  • 8. Queimadas  Embora o Cerrado seja um ecossistema naturalmente adaptado ao fogo, as queimadas utilizadas para o estímulo da rebrota das pastagens bem como para abrir novas áreas agrícolas culminam em sérios problemas ambientais como a perda de nutrientes, compactação e erosão dos solos, ocorridos especialmente nas regiões montanhosas do leste goiano e oeste mineiro.
  • 9.  A eliminação total pelo fogo pode degradar completamente a biota nativa;  Pois, o acúmulo de biomassa vegetal seca (material combustível) e a baixa umidade durante a época da seca, tende a gerar temperaturas extremamente altas em casos de eventuais queimadas, sendo portanto prejudiciais à flora e à fauna do solo.
  • 10. Riqueza de espécies  A biodiversidade do Cerrado é elevada, porém geralmente menosprezada. O número de plantas vasculares é superior àquele encontrada na maioria das regiões do mundo: plantas herbáceas, arbustivas, arbóreas e cipós somam mais de 7.000 espécies.
  • 11. Ipê- amarelo cascudo (Tabebuia Pequi chrysotricha) (Caryocar brasiliense) Copaíba (Copaifera landesdorffi.)
  • 12.  Embora a mais recente revisão da fauna de mamíferos aponte um número de espécies maior do que as compilações anteriores – cerca de 199 espécies para o bioma, a riqueza do grupo ainda é relativamente pequena.
  • 13.
  • 14.  A avifauna é rica (> 830 espécies), mas o nível de endemismo é baixo (3,4%).  Os números de peixes, répteis e anfíbios são elevados.  Apesar do número de peixes endêmicos não ser conhecido, a diversidade de formas endêmicas da herpetofauna é numericamente muito superior à das aves.
  • 15. Piau Astyanax spp Leporinus obtusidens Ameiva ameiva (Calango verde) Jararaca rabo-de-osso (Bothrops neuwiedi pauloensis) Seriema (Cariama cristata) Ema (Rhea americana)
  • 16. Tabela 2 – Cobertura de áreas protegidas nos principais biomas brasileiros – unidades de conservação de proteção integral, de uso sustentável e terras indígenas. Bioma Área (Km2) Unidades de Unidades de Terras proteção uso indígenas integral sustentável Cerrado 2.116.000 2,2 1,9 4,1 Floresta 4.239.000 5,7 7,7 17,7 Amazônica (incluindo ecótonos) Mata Atlântica 1.076.000 1,9 0,11 0,15 Pantanal 142.500 1,1 0 2,4 Caatinga 736.800 0,8 0,11 0,15 Brasil 8.534.000 3,5 3,4 8,8
  • 17.  Os invertebrados são muito pouco conhecidos, mas estimativas sugerem uma riqueza em torno de 90.000 espécies; outras indicam a presença de 13% das borboletas, 35% das abelhas e 23% dos cupins da região Neotropical.
  • 18. O Cerrado é um dos hotspots mundiais de biodiversidade. Pelo menos 137 espécies de animais que ocorrem no Cerrado estão ameaçadas de extinção em função da grande expansão da agricultura e intensa exploração local de produtos nativos.
  • 19.  A perda de hábitat está causando o desaparecimento de variedades selvagens cultivares. Por exemplo o Cerrado é o centro de diversidades da mandioca (Manihot sp.), a maior fonte de alimento para mais de 600 milhões de pessoas nos trópicos.
  • 20.  Espécies selvagens de Manihot retêm variedades genéticas vitais para a seleção de, por exemplo, substâncias protéicas ou tolerância à estiagem.  De um total de 41 localidades identificadas e amostradas no final dos anos 70 como centros de Manihot, somente uma permanece hoje em dia.
  • 21. Principais Ameaças á Biodiversidade  A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade.  A partir de um manejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25ton/ha/ano, embora práticas de conservação, como o plantio direto, possam reduzir a erosão a 3ton/ha/ano.
  • 22. Práticas agrícolas no Cerrado incluem o uso extensivo de fertilizantes e calcário, os quais poluem córregos e rios. Além disto, o amplo uso de gramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dos ecossistemas.
  • 23.  As gramíneas africanas invasoras são os maiores agentes de mudanças no Cerrado. Uma das variedades mais utilizadas é o capim-gordura, altamente impactante para a biodiversidade e para o funcionamento dos ecossistemas.
  • 24. Essas gramíneas podem alcançar biomassas extremamente elevadas e, quando secas, são altamente inflamáveis, iniciando uma interação gramíneas-fogo capaz de impedir o brotamento da vegetação nativa. Incêndios de áreas dominadas pelo capim-gordura são mais quentes, mais prolongados e possuem chamas altas que podem alcançar o dossel das árvores.
  • 25. Desmatamentos amplos e ilegais das matas de galeria reduzem os suprimentos de água doce para áreas urbanas. Ao considerar as extensas alterações na paisagem é igualmente esperado que tenham ocorrido alterações no estoque regional de carbono. Os fluxos de CO2 dos pastos plantados para a atmosfera são mais rápidos e sazonalmente mais variáveis do que aqueles do Cerrado nativo.
  • 26. Iniciativas para a conservação cerrado  As amplas transformações ocorridas nas paisagens do Cerrado e o status de ameaça de muitas de suas espécies têm provocado o surgimento de iniciativas de conservação por parte do governo, de organizações não governamentais (ONGs), pesquisadores e do setor privado
  • 27.  Uma rede de ONGs (a Rede Cerrado) foi estabelecida para promover localmente a adoção de práticas para o uso sustentável dos recursos naturais (Fundação Pro- Natureza, 2000).   Em 2003, a Rede Cerrado encaminhou um documento conceitual ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) com recomendações para a adoção de medidas urgentes para a conservação  do Cerrado.
  • 28.  O MMA conseqüentemente definiu um grupo de trabalho que, em 2004, propôs um programa de conservação denominado ‘Programa Cerrado Sustentável’,baseado nos resultados e proposições do seminário que definiu as prioridades para a conservação do Cerrado, em 1998 (Fundação Pró-Natureza et al., 1999).  A proposta visou também a integração de ações para conservação em regiões onde atividades agropecuárias são especialmente intensas, danosas e amplamente disseminadas.
  • 29.  Como um importante passo inicial, Goiás preparou sua própria avaliação do ‘estado do meio ambiente.  Com base no plano de trabalho do Global Environment Outlook do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a avaliação identificou impactos sobre a biodiversidade e estabeleceu as ações estaduais,envolvimento da sociedade civil (por exemplo, a Agenda 21 de Goiás), uma base legal e recomendaçõesde prioridades (Galinkin, 2003).
  • 30. Corredor de conservação da Biodiversidade Emas-Taquari
  • 31. Desafios Futuros: Como Conciliar Uso da Terra Com Conservação No Cerrado Um dos principais desafios na conservação do Cerrado será demonstrar a importância que a biodiversidade desempenha no funcionamento dos ecossistemas. O conhecimento sobre a biodiversidade e as implicações das alterações no uso da terra sobre o funcionamento dos ecossistemas serão fundamentais para o debate “desenvolvimento versus conservação”.
  • 32. A falta de conhecimento e as incertezas sobre os principais fatores que causavam o desmatamento no Cerrado prejudicaram sua conservação e manejo. Apesar de avanços recentes na pesquisa científica, seu impacto ainda tem sido modesto na tomada de decisões, em parte pela inexistência de uma pesquisa mais orientada para a resolução de problemas, e em parte pela ausência de um programa regional de prioridades em pesquisa
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  • 40. COMPONENTES  Bruna Marlane  Ivonete Lúcia  Grace Kelly  Márcia Helena  Tatiane Santos