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Administração Estratégica – Aula 5 – Capítulos 8 e 9 do livro Imagens da Organização.
Rafael Desconsi – Ideu-Uninter – Mestrado em Administração
O capítulo 8 do livro inicia falando do tema “a organização como Fluxo e Transformação”. Faz uma
pergunta sobre o que ganhamos quando analisamos abaixo da superfície das organizações. A ideia é de que para
entender-se as empresas, devemos entender os processos geradores.
Abaixo o autor remete a quatro lógicas da mudança. A primeira na teoria da autopoieses, a segunda da
teoria do caos e complexidade, a terceira em cibernética e a quarta de tensões dialéticas. A teoria da autopoiese
aceita, segundo o autor, que os sistemas podem ser reconhecidos como tendo “ambientes”, mas insiste em que as
relações com qualquer ambiente são internamente determinadas. A autopoiese é uma forma de confinamento
autorreferencial. As organizações podem ver através dessa metodologia, a dificuldade em lidar com seus ambientes
e ajuda a ver como a evolução, sistema precisam dar atenção especial aos fatores que determinam padrões.
As organizações, como relata o autor, tem uma identidade e confinamento. Egocentrismo versus sabedoria
sistêmica. O Egocentrismo traz perigos para as organizações que subestimam o ambiente onde vivem. Já as que tem
uma sabedoria sistêmica, tem sua identidade em evolução, acompanhando as mudanças no ambiente e no mercado.
O autor também salienta que o surgimento da ordem vem do caos. Em simulações de computadores, nota-
se que há padrões de agrupamento dinâmico com padrões se formando e reformando-se continuamente. Também a
auto-organização espontânea é citada que seus sistemas sociais são transformados ao passar do tempo.
A lógica da causalidade mútua em o circuito em vez de linhas traz uma relevância para o entendimento dos
eventos e processos que afetam as organizações. Ela pode explicar diferentes problemas que afetam organizações.
Também é demonstrado o poder de circuitos de feedback. O feedback positivo, como apresentado no caso da vaca
louca, evidenciou o poder desse processo que fez com que o governo britânico perdesse o controle da situação,
ocasionando em perdas para o país. Além desse exemplo, é citado no livro os casos de Watergate, erros de
negligência que levaram ao desastre a nave Challenger, o colapso na URSS, a queda do muro de Berlim, dentre
outros. Em escala menor, os fenômenos são produzidos e experimentados por milhões de pessoas e organizações.
Padrões chave demonstram que analisando como no caso da vaca louca, grandes oscilações num sistema
podem ser evitadas tomando precauções a tempo. No caso da vaca louca abatendo milhares de cabeças de gado,
milhões poderiam ter sido poupadas. Os sistemas possuem limites que devem, no caso, ser obedecidos para não
beirar o caos construtivo. Em outras situações, demorar para uma tomada de decisão e melhor do que tomar logo de
imediato. Existem outros modelos onde sistemas podem eliminar ou destruir o todo.
A análise de circuitos possui vantagens e desvantagens. Ajuda a entender os padrões-chave, encoraja a
abordar problemas organizacionais, ajuda a encontrar padrões e recursos para mudar os padrões, fornece uma
metodologia para agir sobre ideias e aprofunda a compreensão de pequenas mudanças e grandes efeitos.
Além disso, tem-se a contradição e crise, a lógica da mudança dialética, com o estudo dos opostos e os efeitos na
tomada de decisão das organizações, os três princípios dialéticos de Marx como a luta mútua ou unidade dos
opostos, a negação da negação e transformação de quantidade em qualidade.
Também Marx é citado nas contradições da organização do trabalho. Significados que para ele divergem da
organização do trabalho. Marx explica que os interesses do trabalhador e do capitalista divergem dialeticamente.
A dialética na administração traz também duas importantes contribuições para a análise estratégica do
ambiente: Ela nos encoraja a olhar acima do fluxo e ver as contradições da vida organizacional. Também demonstra
que reconhecer o corte de pessoal das empresas e os programas de reestruturação não são soluções para os
problemas. Também oferece ideias e métodos para a micro-administração do capitalismo num nível organizacional.
O gerenciamento do paradoxo demonstra que o paradoxo é uma das principais forças que, segundo o autor,
impedem a mudança em todos os níveis de uma organização. Ele tende a imobilizar os níveis psicológicos e da
ação. Mas pode ser utilizado como uma grande alavanca de progresso. Um exemplo disso é o paradoxo entre a
baixa e a alta qualidade, no modelo just-in-time.
A inovação também pode ser vista como uma destruição criativa. Como a visão compartilhada pelo
economista Joseph Schumpeter que demonstra a inovação destruindo e criando novas inovações.
As inovações da teoria da metáfora e do fluxo da transformação estão descritos que a metáfora oferece uma nova
compreensão da natureza e fonte da mudança. A autopoiese, o caos e complexidade, a causalidade mutua e a
análise dialética constam nesse item. A metáfora oferece novos horizontes de pensamento que podem ser usados
para enriquecer nosso entendimento da administração. Os líderes e gerentes ganham uma perspectiva nova e
poderosa sobre seu papel de facilitadores da mudança emergente.
Entretanto, as limitações encontradas nesta teoria trazem a tona alguns questionamentos:
O poder impotente: os administradores realmente querem ouvir esta mensagem? O livro relata que apesar da força
das ideias serem salientadas pelo autor, os administradores talvez não queiram a mudança. Isso porque o poder
impotente faz com que os gerentes tenham o poder de realizar e modificar situações com as teorias aqui lançadas.
Entretanto pode-se ser impossível aplicar esse poder em determinada situação.
O capítulo 9 inicia com o tópico “a face repulsiva”, enfatizando as organizações como instrumentos de
dominação.
As organizações quando vistas como instrumentos de exploração, como no caso da construção das grandes
pirâmides, o foco salientado no livro volta-se para como a dominação foi utilizada para organizar a força de
trabalho. Também o vício de se trabalhar em excesso, stress social e mental passa a ser visto como um preço
imposto a um grupo de pessoas para atender aos interesses de outras.
Essa metáfora foca mais na consciência social e a compreensão dos porquês. As organizações estão
matando. Conforme a revista Ramparts, há alguns anos o mundo ocidental está envenenando-se. O comércio e as
vendas são priorizadas a qualquer custo para fazer com que a consciência do consumidor seja levada a adquirir um
produto ou serviço. Bilhões de dólares são empregados para que seja mudado um ponto de vista. Poluição,
degradação ambiental, acidentes de trabalho, investimento em países subdesenvolvidos para utilizar a mão de obra
barata disponível, tudo isso são alguns temas abordados na visão das organizações como instrumentos de
dominação. A face negativa das organizações é posta e clarificada para que o leitor possa obter consciência do que
ocorre.
As pirâmides do Egito demonstram uma beleza inigualável. Mas por outro ponto de vista o autor demonstra
que foi um cruel e organizada forma de exploração. Dez mil homens foram utilizados durante vinte anos. Dois
milhões de blocos de pedras foram utilizadas tendo que ser cortada, transportada devidamente para conseguir o
feito da construção.
Weber colabora com sua visão de dominação. A dominação mais estudada por ele, é a dominação que é
vista como alguém tendo o direito de fazê-la. Além disso, outros tem o dever de obedecer. Weber demonstra que
existem alguns tipos de dominação. A dominação carismática, quando o líder domina em virtude de suas qualidades
pessoais, que são vistas pelos seguidores como algo extraordinário, como se o líder fosse um profeta ou herói.
Dominação tradicional, quando os seguidores aceitam o comando como sendo o costume ou direito adquirido a
tempo. Dominação racional legal ocorre quando leis, regras e regulamentações legitimam o poder de mando.
Já a visão de dominação de Michels pela famosa lei de ferro da oligarquia sugere que as organizações em
geral acabam sob o controle de grupos reduzidos. Já para Marx, a dominação sugere a ideia da busca pela mais
valia.
Na teoria organizacional radical onde o autor demonstra como as organizações usam e exploram seus
empregados. É contada a história de Wily que dedicou 34 anos de sua vida a empresa Wagner. Desde o início da
empresa ele havia dado o seu melhor e percorrido em viagens muitos clientes para a empresa. Entretanto ele
necessita ficar mais próximo de sua casa e sugere ao dono da empresa que consiga uma vaga perto de sua casa. Ao
invés disso o proprietário acaba que fazendo ofertas de redução de salário. Mesmo argumentando sobre o pai do
dono da empresa e das relações de confiança que ele tinha, o dono etá irredutível e despede o funcionário. Esse
acaba cometendo suicídio. Nas organizações isso acontece com muita frequência. Os principais anos da vida de um
trabalhador são ocupados e depois ele é acaba sendo jogado fora pois a organização não precisa mais de seus
serviços.
No tópico organização, classe e controle, é ressaltado a importante contribuição gerada pela escravidão
para o crescimento das organizações, em contrapartida com a relação de exploração e subjugação do trabalhador
daquele cenário. O trabalhador assalariado é também salientado pois gera eficiência tem condições de ser
controlado. O enfoque dado pelo empregador é no uso do tempo e mão de obra, para gerar eficiência e mais lucro.
Também o autor cita o mercado primário e secundário de trabalho e caracteriza o primário por cargos que
exigem mais especialização, enquanto que o secundário, de trabalhadores com baixa qualificação. Também é
relatado o sistema de classes.
O livro também cita condições de trabalho e acidentes de trabalho em meio aos trabalhadores. Marx
comenta que o capital suga os trabalhadores como vampiro, não levando em conta a saúde ou o tempo de vida do
trabalhador.
É notável também no ponto em que o autor fala sobre as limitações da legislação, que existem ainda muitos
problemas de saudê relacionados ao trabalho. Algumas empresas adotam atitudes para proteger o trabalhador, mas
isso sempre é balizado pelo custo que a empresa terá em adotar tais medidas. Algumas empresas buscam cumprir a
legislação e fazem lobby para poder permanecer agindo conforme determinada lei ou para que possam se eximir de
cumprir mais responsabilidades. Stress e vício de trabalhar e stress e riscos no trabalho. O impacto estressante da
informática, o vício de trabalhar como uma doença ocupacional, são tópicos relatados para que se possa repensar o
caso da relação entre empregador e empregado e suas consequências para a saúde humana.
Também vê-se as multinacionais como instrumento de dominação mundial, o impacto que empresas de
grande porte podem ter ao unir-se, os fatores políticos da dominação de empresas mundiais, e também contesta
sobre as multinacionais e um histórico de dominação.
As vantagens dessa metáfora estão basicamente que a racionalidade é uma forma de dominação, os
aspectos ideológicos tornam-se preocupações centrais, a metáfora pode ser intrínseca a dominação dentre outros.
As limitações estão no aumento de polarização que podem ensejar os grupos sociais, sentimento de culpa dos
administradores, pode levar a perda de oportunidades de criação de novas organizações.

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Resumo aula 05

  • 1. Administração Estratégica – Aula 5 – Capítulos 8 e 9 do livro Imagens da Organização. Rafael Desconsi – Ideu-Uninter – Mestrado em Administração O capítulo 8 do livro inicia falando do tema “a organização como Fluxo e Transformação”. Faz uma pergunta sobre o que ganhamos quando analisamos abaixo da superfície das organizações. A ideia é de que para entender-se as empresas, devemos entender os processos geradores. Abaixo o autor remete a quatro lógicas da mudança. A primeira na teoria da autopoieses, a segunda da teoria do caos e complexidade, a terceira em cibernética e a quarta de tensões dialéticas. A teoria da autopoiese aceita, segundo o autor, que os sistemas podem ser reconhecidos como tendo “ambientes”, mas insiste em que as relações com qualquer ambiente são internamente determinadas. A autopoiese é uma forma de confinamento autorreferencial. As organizações podem ver através dessa metodologia, a dificuldade em lidar com seus ambientes e ajuda a ver como a evolução, sistema precisam dar atenção especial aos fatores que determinam padrões. As organizações, como relata o autor, tem uma identidade e confinamento. Egocentrismo versus sabedoria sistêmica. O Egocentrismo traz perigos para as organizações que subestimam o ambiente onde vivem. Já as que tem uma sabedoria sistêmica, tem sua identidade em evolução, acompanhando as mudanças no ambiente e no mercado. O autor também salienta que o surgimento da ordem vem do caos. Em simulações de computadores, nota- se que há padrões de agrupamento dinâmico com padrões se formando e reformando-se continuamente. Também a auto-organização espontânea é citada que seus sistemas sociais são transformados ao passar do tempo. A lógica da causalidade mútua em o circuito em vez de linhas traz uma relevância para o entendimento dos eventos e processos que afetam as organizações. Ela pode explicar diferentes problemas que afetam organizações. Também é demonstrado o poder de circuitos de feedback. O feedback positivo, como apresentado no caso da vaca louca, evidenciou o poder desse processo que fez com que o governo britânico perdesse o controle da situação, ocasionando em perdas para o país. Além desse exemplo, é citado no livro os casos de Watergate, erros de negligência que levaram ao desastre a nave Challenger, o colapso na URSS, a queda do muro de Berlim, dentre outros. Em escala menor, os fenômenos são produzidos e experimentados por milhões de pessoas e organizações. Padrões chave demonstram que analisando como no caso da vaca louca, grandes oscilações num sistema podem ser evitadas tomando precauções a tempo. No caso da vaca louca abatendo milhares de cabeças de gado, milhões poderiam ter sido poupadas. Os sistemas possuem limites que devem, no caso, ser obedecidos para não beirar o caos construtivo. Em outras situações, demorar para uma tomada de decisão e melhor do que tomar logo de imediato. Existem outros modelos onde sistemas podem eliminar ou destruir o todo. A análise de circuitos possui vantagens e desvantagens. Ajuda a entender os padrões-chave, encoraja a abordar problemas organizacionais, ajuda a encontrar padrões e recursos para mudar os padrões, fornece uma metodologia para agir sobre ideias e aprofunda a compreensão de pequenas mudanças e grandes efeitos. Além disso, tem-se a contradição e crise, a lógica da mudança dialética, com o estudo dos opostos e os efeitos na tomada de decisão das organizações, os três princípios dialéticos de Marx como a luta mútua ou unidade dos opostos, a negação da negação e transformação de quantidade em qualidade. Também Marx é citado nas contradições da organização do trabalho. Significados que para ele divergem da organização do trabalho. Marx explica que os interesses do trabalhador e do capitalista divergem dialeticamente. A dialética na administração traz também duas importantes contribuições para a análise estratégica do ambiente: Ela nos encoraja a olhar acima do fluxo e ver as contradições da vida organizacional. Também demonstra que reconhecer o corte de pessoal das empresas e os programas de reestruturação não são soluções para os problemas. Também oferece ideias e métodos para a micro-administração do capitalismo num nível organizacional. O gerenciamento do paradoxo demonstra que o paradoxo é uma das principais forças que, segundo o autor, impedem a mudança em todos os níveis de uma organização. Ele tende a imobilizar os níveis psicológicos e da ação. Mas pode ser utilizado como uma grande alavanca de progresso. Um exemplo disso é o paradoxo entre a baixa e a alta qualidade, no modelo just-in-time. A inovação também pode ser vista como uma destruição criativa. Como a visão compartilhada pelo economista Joseph Schumpeter que demonstra a inovação destruindo e criando novas inovações. As inovações da teoria da metáfora e do fluxo da transformação estão descritos que a metáfora oferece uma nova compreensão da natureza e fonte da mudança. A autopoiese, o caos e complexidade, a causalidade mutua e a análise dialética constam nesse item. A metáfora oferece novos horizontes de pensamento que podem ser usados para enriquecer nosso entendimento da administração. Os líderes e gerentes ganham uma perspectiva nova e poderosa sobre seu papel de facilitadores da mudança emergente. Entretanto, as limitações encontradas nesta teoria trazem a tona alguns questionamentos: O poder impotente: os administradores realmente querem ouvir esta mensagem? O livro relata que apesar da força das ideias serem salientadas pelo autor, os administradores talvez não queiram a mudança. Isso porque o poder impotente faz com que os gerentes tenham o poder de realizar e modificar situações com as teorias aqui lançadas. Entretanto pode-se ser impossível aplicar esse poder em determinada situação. O capítulo 9 inicia com o tópico “a face repulsiva”, enfatizando as organizações como instrumentos de dominação.
  • 2. As organizações quando vistas como instrumentos de exploração, como no caso da construção das grandes pirâmides, o foco salientado no livro volta-se para como a dominação foi utilizada para organizar a força de trabalho. Também o vício de se trabalhar em excesso, stress social e mental passa a ser visto como um preço imposto a um grupo de pessoas para atender aos interesses de outras. Essa metáfora foca mais na consciência social e a compreensão dos porquês. As organizações estão matando. Conforme a revista Ramparts, há alguns anos o mundo ocidental está envenenando-se. O comércio e as vendas são priorizadas a qualquer custo para fazer com que a consciência do consumidor seja levada a adquirir um produto ou serviço. Bilhões de dólares são empregados para que seja mudado um ponto de vista. Poluição, degradação ambiental, acidentes de trabalho, investimento em países subdesenvolvidos para utilizar a mão de obra barata disponível, tudo isso são alguns temas abordados na visão das organizações como instrumentos de dominação. A face negativa das organizações é posta e clarificada para que o leitor possa obter consciência do que ocorre. As pirâmides do Egito demonstram uma beleza inigualável. Mas por outro ponto de vista o autor demonstra que foi um cruel e organizada forma de exploração. Dez mil homens foram utilizados durante vinte anos. Dois milhões de blocos de pedras foram utilizadas tendo que ser cortada, transportada devidamente para conseguir o feito da construção. Weber colabora com sua visão de dominação. A dominação mais estudada por ele, é a dominação que é vista como alguém tendo o direito de fazê-la. Além disso, outros tem o dever de obedecer. Weber demonstra que existem alguns tipos de dominação. A dominação carismática, quando o líder domina em virtude de suas qualidades pessoais, que são vistas pelos seguidores como algo extraordinário, como se o líder fosse um profeta ou herói. Dominação tradicional, quando os seguidores aceitam o comando como sendo o costume ou direito adquirido a tempo. Dominação racional legal ocorre quando leis, regras e regulamentações legitimam o poder de mando. Já a visão de dominação de Michels pela famosa lei de ferro da oligarquia sugere que as organizações em geral acabam sob o controle de grupos reduzidos. Já para Marx, a dominação sugere a ideia da busca pela mais valia. Na teoria organizacional radical onde o autor demonstra como as organizações usam e exploram seus empregados. É contada a história de Wily que dedicou 34 anos de sua vida a empresa Wagner. Desde o início da empresa ele havia dado o seu melhor e percorrido em viagens muitos clientes para a empresa. Entretanto ele necessita ficar mais próximo de sua casa e sugere ao dono da empresa que consiga uma vaga perto de sua casa. Ao invés disso o proprietário acaba que fazendo ofertas de redução de salário. Mesmo argumentando sobre o pai do dono da empresa e das relações de confiança que ele tinha, o dono etá irredutível e despede o funcionário. Esse acaba cometendo suicídio. Nas organizações isso acontece com muita frequência. Os principais anos da vida de um trabalhador são ocupados e depois ele é acaba sendo jogado fora pois a organização não precisa mais de seus serviços. No tópico organização, classe e controle, é ressaltado a importante contribuição gerada pela escravidão para o crescimento das organizações, em contrapartida com a relação de exploração e subjugação do trabalhador daquele cenário. O trabalhador assalariado é também salientado pois gera eficiência tem condições de ser controlado. O enfoque dado pelo empregador é no uso do tempo e mão de obra, para gerar eficiência e mais lucro. Também o autor cita o mercado primário e secundário de trabalho e caracteriza o primário por cargos que exigem mais especialização, enquanto que o secundário, de trabalhadores com baixa qualificação. Também é relatado o sistema de classes. O livro também cita condições de trabalho e acidentes de trabalho em meio aos trabalhadores. Marx comenta que o capital suga os trabalhadores como vampiro, não levando em conta a saúde ou o tempo de vida do trabalhador. É notável também no ponto em que o autor fala sobre as limitações da legislação, que existem ainda muitos problemas de saudê relacionados ao trabalho. Algumas empresas adotam atitudes para proteger o trabalhador, mas isso sempre é balizado pelo custo que a empresa terá em adotar tais medidas. Algumas empresas buscam cumprir a legislação e fazem lobby para poder permanecer agindo conforme determinada lei ou para que possam se eximir de cumprir mais responsabilidades. Stress e vício de trabalhar e stress e riscos no trabalho. O impacto estressante da informática, o vício de trabalhar como uma doença ocupacional, são tópicos relatados para que se possa repensar o caso da relação entre empregador e empregado e suas consequências para a saúde humana. Também vê-se as multinacionais como instrumento de dominação mundial, o impacto que empresas de grande porte podem ter ao unir-se, os fatores políticos da dominação de empresas mundiais, e também contesta sobre as multinacionais e um histórico de dominação. As vantagens dessa metáfora estão basicamente que a racionalidade é uma forma de dominação, os aspectos ideológicos tornam-se preocupações centrais, a metáfora pode ser intrínseca a dominação dentre outros. As limitações estão no aumento de polarização que podem ensejar os grupos sociais, sentimento de culpa dos administradores, pode levar a perda de oportunidades de criação de novas organizações.