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Revoltas e Rebeliões
do Período Colonial.
Aula do dia 12/06
Prof. Rodrigo Mothé
S2 Feliz dia dos namorados S2
2. Quando pensamos no período colonial geralmente nos
vem em mente a obrigatoriedade da colônia em
comercializar apenas com a sua metrópole (pacto colonial).
Quando chocam-se os interesses entre os colonos e a
metrópole presenciamos algumas revoltas.
Pacto Colonial
3. Observação: A historiografia exclui as revoltas indígenas e
negras do período, atendo-se apenas as revoltas de colonos
contra os abusos da metrópole.
4. Para facilitar os estudos, dividimos as revoltas do período colonial
em dois grupos:
REVOLTAS NATIVISTAS Possuem questionamentos imediatos,
como um imposto abusivo ou uma lei incômoda, ou seja, não
possuíam propostas de independência. Eram revoltas elitistas e
regionais.
REVOLTAS EMANCIPACIONISTA Possuem caráter
emancipatório, visando uma independência política, porém sem
perspectiva nacional, ou seja, sofre influência do Iluminismo
francês somente no âmbito da liberdade, mas não no culto ao
nacionalismo.
Tipos de Revoltas:
6. União Ibérica: Bandeirantes ganham a
permissão de aprisionar índios e vende-los
como escravos, gerando um alto lucro. Com
o retorno da monarquia Coroa Portuguesa,
este comércio foi proibido (para não
influenciar o lucro do comércio de escravos
africanos). Revoltados os bandeirantes
expulsam Jesuítas de São Paulo e buscam a
liderança do fazendeiro Amador Bueno, que
por medo de represália portuguesa não
adere ao movimento, enfraquecendo os
bandeirantes.
Aclamação de Amador
Bueno
(1641 – São Paulo)
7. Também conhecida como Revolta Filipe dos Santos, formou-se
contra a criação das Casas de Fundição em MG. A metrópole reage
rapidamente, matando e esquartejando o líder Filipe dos Santos.
Revolta de Vila Rica
(1720 – Minas Gerais)
8. Os colonos do Maranhão lutaram
contra o monopólio da CIA de
comércio do Maranhão, que além
de pagar pouco pelos produtos
maranhenses, não conseguia
atender a demanda de mão-de-obra
escrava. Como solução os revoltosos
queriam a liberação da escravidão
indígena (jesuítas eram contrários).
Governo de Portugal manda um
governador para o Maranhão,
prendendo os líderes, irmãos
Beckman e Jorge Sampaio, e
condenando à forca.
Revolta de Beckman
( 1684 – Maranhão)
9. Bandeirantes
Paulistas X Forasteiros (emboabas)
pelo direito da exploração do ouro
em MG.
Grande massacre dos paulistas que
retiram-se na sua grande maioria e
descobrem novas jazidas em Goiás
e Mato Grosso.
Guerra dos Emboabas
(1707 / 1709 – Minas Gerais
11. O ouro de MG estava mostrando indício de esgotamento, contudo a
crise econômica portuguesa exigia a exploração abusiva (impostos,
derrama, proibição de produção de manufaturados). A elite mineira
(influenciada pelo Iluminismo), composta por Manuel da Costa,
Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e Joaquim José da Silva
Xavier, tinham como objetivo proclamar a República Mineira,
acabando com o pacto colonial, estimular o desenvolvimento de
manufaturas e criar uma Universidade.
O movimento foi traído por Joaquim Silvério dos Reis e os líderes
foram presos e degradados para a África. Tiradentes é morto e
esquartejado para ser usado como exemplo.
Inconfidência Mineira
(1789 – Minas Gerais)
12.
13. Devido à extrema pobreza e desigualdade social na Bahia, a
Revolta dos Alfaiates contou com a presença da classe média e
do povo. Queria a independência da Bahia, liberdade de
comércio e igualdade em todos os níveis, inclusive defendendo
a abolição da escravidão. Seus líderes, João de Deus do
Nascimento, Luís Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas Amorim
Torres eram todos pobres. A repressão portuguesa foi intensa
Inconfidência Baiana
(1798 – Bahia)
14. Com a transferência da capital para o Rio de Janeiro, a crise de
Pernambuco, iniciada com o declínio da açúcar, piorou com os
aumentos dos impostos e dos privilégio concedidos aos
comerciantes portugueses. Rebeldes tomam a cidade por dois
meses, proclamando a independência de Pernambuco, permitindo
a liberdade de expressão e de religião, abolindo impostos sobre
gêneros básicos, mas permanecendo com a escravidão. Repressão
forte da coroa portuguesa.
Conjuração Pernambucana
(1817 – Pernambuco)
15. (Mackenzie) "A coalizão de magnatas comprometidos com a
revolução mineira não era monolítica, tendo na multiplicidade de
motivações e de elementos envolvidos uma debilidade potencial.
Os magnatas esperavam alcançar seus objetivos sob cobertura de
um levante popular".
(Kenneth Maxwell - "A devassa da devassa").
Assinale a interpretação correta sobre o texto referente à
Inconfidência Mineira.
a) A Inconfidência Mineira era um movimento de elite, com
propostas sociais indefinidas e que pretendia usar a derrama como
pretexto para o levante popular.
b) O movimento mineiro tinha sólido apoio popular e eclodiria com a
adesão dos dragões: a polícia local.
c) Os envolvidos não tinham motivos pessoais para aderir à revolta,
articulada em todo o país através de seus líderes.
d) A conspiração entrou na fase da luta armada, sendo derrotada por
tropas metropolitanas.
e) A segurança perfeita e o sigilo do movimento impediram que
delatores denunciassem a revolta ao governo.
16. (Fgv 2006) Antunes voltou ao capão e transmitiu a seus companheiros as promessas de Bento.
Os paulistas saíram dos matos aos poucos, depondo as armas. Muitos não passavam de
meninos; outros eram bastante velhos. Sujos, magros, cambaleavam, apoiavam-se em seus
companheiros. Estendiam a mão, ajoelhados, suplicando por água e comida. Bento fez com que
os paulistas se reunissem numa clareira para receber água e comida. Os emboabas saíram da
circunvalação, formando-se em torno dos prisioneiros. Bento deu ordem de fogo. Os paulistas
que não morreram pelos tiros foram sacrificados a golpes de espada. (Ana Miranda, O retrato
do rei)
O texto trata do chamado Capão da Traição, episódio que faz parte da Guerra dos
Emboabas, que se constituiu
a) em um conflito opondo paulistas e forasteiros pelo controle das áreas de
mineração e tensões relacionadas com o comércio e a especulação de artigos de
consumo como a carne de gado, controlada pelos forasteiros.
b) em uma rebelião envolvendo senhores de minas de regiões distantes dos maiores
centros - como Vila Rica - que não aceitavam a legislação portuguesa referente à
distribuição das datas e a cobrança do dízimo.
c) no primeiro movimento colonial organizado que tinha como principal objetivo
separar a região das Minas Gerais do domínio do Rio de Janeiro, assim como da
metrópole portuguesa, e que teve a participação de escravos.
d) no mais importante movimento nativista da segunda metade do século XVIII, que
envolveu índios cativos, escravos africanos e pequenos mineradores e faiscadores
contra a criação das Casas de Fundição.