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Fraturas em Traumatologia
    Buco Maxilo Facial

    PROF. MS. GUILHERME TERRA

     DISCIPLINA DE CLÍNICA DE
 PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS – CBMF
Fraturas em Traumatologia Buco Maxilo Facial




    Fraturas Mandibulares
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 Aberta
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 Fratura direta
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 Fratura indireta
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Classificação em relação à estabilidade


 Fraturas favoráveis
   Não ocorre deslocamento dos fragmentos na ação muscular.
       Quando o traço de fratura está contra a ação muscular.




 Fraturas desfavoráveis
   Ocorre deslocamento dos fragmentos na ação muscular.
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Classificação em relação ao traço

 Parcial ou incompleta
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Tratamento das fraturas mandibulares


 Posicionar cada segmento em correto
 relacionamento.

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    Redução da fratura.
      Aberta
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Redução aberta


 Fraturas desfavoráveis;




 Fraturas múltiplas;




 Formação inadequada do calo ósseo;
Redução fechada



 Fraturas favoráveis sem deslocamento dos
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 Fratura cominutiva;
FRATURAS EM CTBMF

 Acesso cirúrgico
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 Metálico
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Fraturas do terço médio da face

 Começaram a ser estudados por René Le Fort, em
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    Ponto de atuação do trauma;
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 Fratura Piramidal


 Le Fort III
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Le Fort I



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 Começa na base da abertura
 piriforme correndo pelos seios
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Fraturas mandibulares e terço médio

  • 1. Fraturas em Traumatologia Buco Maxilo Facial PROF. MS. GUILHERME TERRA DISCIPLINA DE CLÍNICA DE PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS – CBMF
  • 2. Fraturas em Traumatologia Buco Maxilo Facial Fraturas Mandibulares
  • 3. Classificação em relação ao meio  Aberta  Fratura exposta  Fechada  Não ocorre lesão nos tecidos externos
  • 4. Classificação em relação ao mecanismo  Fratura direta  Fratura no local onde ocorreu o trauma.  Fratura indireta  Fratura distante do local onde ocorreu o trauma.
  • 5. Classificação em relação à estabilidade  Fraturas favoráveis  Não ocorre deslocamento dos fragmentos na ação muscular.  Quando o traço de fratura está contra a ação muscular.  Fraturas desfavoráveis  Ocorre deslocamento dos fragmentos na ação muscular.  Quando o traço de fratura está a favor da ação muscular.
  • 6. Classificação em relação ao traço  Parcial ou incompleta  Fratura em galho verde.  Simples  Traço único.  Cominutiva  Vários fragmentos.  Composta  Vários traços de fratura.
  • 7. Classificação em relação à localização  Anterior  Corpo  Ângulo  Ramo  Condilar  Alveolar  Processo coronóide
  • 8. Tratamento das fraturas mandibulares  Posicionar cada segmento em correto relacionamento.  Restabelecer relacionamento oclusal.  Redução da fratura.  Aberta  Fechada
  • 9. Redução aberta  Fraturas desfavoráveis;  Fraturas múltiplas;  Formação inadequada do calo ósseo;
  • 10. Redução fechada  Fraturas favoráveis sem deslocamento dos segmentos ósseos;  Fratura cominutiva;
  • 11. FRATURAS EM CTBMF  Acesso cirúrgico  Intra-bucal  Extra-bucal  Tratamentos  Fixação rígida  Permite função mastigatória  Melhor conforto, higiene e nutrição.  Fixação não rígida  Permite função mastigatória  Bloqueio Maxilo-mandibular obrigatório
  • 12. Tipos de bloqueio maxilo mandibular  Fixação com brackets e fios ortodônticos  Barra de Erich;  Goteira;
  • 13. Tipos de fixações  Placas de reconstrução
  • 15. Tipos de materiais  Metálico  Titânio comercialmente puro.  Absorvíveis  Co-Polímeros Bio-inertes.  Sofre hidrólise e reabsorve entre 18 e 36 meses.  Indicada apenas em crianças.
  • 16. Fraturas do terço médio da face  Começaram a ser estudados por René Le Fort, em 1901.  Ponto de atuação do trauma;  Direção e caminho da fratura;  Aumentaram consideravelmente nas últimas três décadas.  Aprimoramento da tecnologia automotiva.  Violência física.  Aprimoramento físico dos esportistas.
  • 17. Fraturas Le Fort  Le Fort I  Fratura horizontal  Le Fort II  Fratura Piramidal  Le Fort III  Disjunção Crânio-facial
  • 18. Le Fort I  Fratura horizontal  Começa na base da abertura piriforme correndo pelos seios maxilares, bilateralmente, até a porção inferior da apófise pterigóide do osso esfenóide.
  • 19. Le Fort II  Fratura Piramidal.  Trauma na região da sutura fronto-nasal, onde a fratura desce pelo assoalho infra orbital, correndo para a parte posterior da maxila, até a fossa pterigomaxilar.
  • 20. Le Fort III  Disjunção Crânio-facial.  Trauma na região da sutura fronto-nasal, desce pelo assoalho da órbita, osso lacrimal, correndo pela sutura fronto-zigomática, passando pela parede posterior da maxila alcançando a fossa pterigóide.
  • 21. Tipos de tratamento Fraturas Le Fort  Fixação interna rígida; Uso de placas e parafusos.