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PRIMEIRA MANHÃ
DALCIDIO JURANDIR
Dalcídio Jurandir Pereira (Vila de Ponta de Pedras PA 1909 - Rio de Janeiro RJ
1979).
 Romancista, jornalista e professor. Comunista declarado, participante ativo da
Aliança Libertadora Nacional - ALN, na década de 1930, enfrenta perseguições
políticas, é preso duas vezes.
 Em 1940 0publica seu primeiro romance, Chove nos Campos de
Cachoeira, iniciando uma série de relatos ficcionais que fica conhecida como
Extremo Norte.
 Em 1952, viaja para a União Soviética e, apresentado e promovido pelo
romancista Jorge Amado (1912 - 2001), tem uma de suas obras traduzidas para o
russo.
 Embora citado entre autores de tendência regionalista, essa é certamente uma
das características de sua obra, focada na Região Norte do Brasil.
 Dalcídio se destaca pela complexa construção interior de seus
personagens, individualizando a trama e valorizando as transformações pessoais em
seus romances. Anuncia sua aposentadoria como escritor em 1971.
PRIMEIRA MANHÃ - Dalcídio Jurandir
A obra de Dalcídio Jurandir, compõe-se de
onze romances, entre os quais dez são de
ambientação amazônica. Desses dez
romances, que formam a chamada “Ciclo do
Extremo Norte”, o personagem Alfredo é
uma espécie de fio condutor, com seu
percurso inquieto pela cidade e pelo interior
do Pará, desvelando, especialmente, o
complexo espaço urbano de Belém, além de
participar ou acompanhar os dramas de
vários outros personagens que cruzam seu
caminho.
Características do Romance
1- Romance enquadrado na segunda geração modernista;
2- Universaliza a cultura amazônica;
3- Mostra o falar regional do povo amazônico;
4- Dá relevância às crendices do povo amazônico
(simpatias, benzedeiras, folclore, causos etc.);
5- Utiliza das rememorações e digressões (desvio de rumo ou de
assunto, evasiva);
6- Utiliza recursos poéticos na sua prosa
(rimas, aliterações, metáforas, antíteses, pleonasmos etc.);
7- O foco narrativo passa da voz de um narrador externo para a voz interna da
personagem, causando a quebra na temporalidade e no espaço da narrativa;
8- O enredo deve localizar-se entre 1926, aproximadamente;
9- Mostra diversas temáticas: a descoberta da sexualidade, a adversa realidade
escolar, a vida de aparências, a infidelidade amorosa etc.;
10- Enredo quase todo desprovido de ação (as personagens mais pensam que
agem);
11- Romance-rito, rito de passagem, romance-grito dos excluídos;
Temática: Os primeiros dias do jovem Alfredo no
colegial,descobertas e frustrações em um verdadeiro ritual de
passagem do menino para o rapaz.
Espaço: Ruas e bairros principais de Belém o Liceu e a casa da
José Pio. No campo da memória Cachoeira e Muaná no
Marajó.
Tempo: psicológico, utiliza das rememorações e digressões.
Enredo Linear: O enredo é linear, apesar de um intenso flash-
back. O rommance é lento, pois temos pouca ação e muita
digressão.
Crítica social: O personagem Alfredo vive em um mundo cercado de
mulheres,porém limitadas pela pobreza,ausência,ou baixa
escolaridade,mulheres em torno,ou em busca de seus homens.
Alfredo representa o alter-ego do autor Dalcídio Jurandir.
Realidade e ficção se misturam em cada frase, pelas ruas de
Belém e nas memórias do Marajó.
Personagens
Alfredo: É o protagonista da história. O enredo tem
inicio a partir da narração do seu primeiro dia de aula
no ginasial. Das lembranças dos amigos que ficaram
em Muaná e as meninas quase namoradas.
Major Alberto – Pai de Alfredo, era advogado,
porém pouco advogava, quando o fazia,
geralmente não cobrava honorários. Era culto e
tinha biblioteca em sua casa.
Dona Amélia - A negra dona Amélia, mãe de
Alfredo que sempre sonhou vê-lo doutor. Fazia
esforço para manter o filho estudando na
capital. Não era casada com Major Alberto, o
pai de Alfredo.
Jovita – Cabocla do Marajó, esposa do
coronel. Analfabeta, mas soberba e
impiedosa. Ela surrou a filha Luciana,sem
piedade,queria marcar a menina com o ferro
quente de marcar o gado.
Coronel Braulino Amanajás Boaventura: Dono
da fazenda Comonono,casado com a cruel
Jovita, era “camuflado” mulherengo. Pai de
Luciana e Graziela. Era Intendente de
Cachoeira, porém era tosco para o trabalho
administrativo e deixava essa parte para o major
Alberto.
Luciana - A jovem filha do coronel Braulino e
da Jovita, dá “um mau passo” por isso é
severamente espancada pela mãe e recebeu um
banho de sal. Depois a tia traz a jovem para
Belém, mas ela foge e desaparece.
Graziela – Irmã de Luciana, segundo d.Santa
era invejosa, tinha inveja de Luciana. Queria
aprender vários instrumentos, mais faltava
talento, não era inteligente.
Dona Santa- Parteira, irmã do coronel
Braulino. Foi a senhora que narrou o drama da
jovem Luciana para o adolescente Alfredo.
Dona Dudu – Costureira, filha da parteira
d.Santa,sobrinha do coronel Braulino.Era uma
pessoa amarga,gostava das desgraças na família do
coronel.
Ana e Dalila – As órfãs que viveram no
orfanato. Agora viviam batendo pernas e
aprontado pelas ruas. A avó dona Santa não
enxergava a realidade, idealizava as netas. Para
a revolta de dona Dudu.
Abigail – Uma vizinha da José Pio. Junto com
a prima Ivaína convidaram Alfredo para fazer
companhia a dupla, enquanto elas procuravam
seus maridos que
estavam, provavelmente, aprontado em algum
cabaré.
Ivaína – A prima de Abgail, calada, séria, o
povo falava na José Pio, que o seu marido lhe
estuprara na noite de núpcias e ainda a ferida
não sarara.
Brasiliana – Mulata de um metro e oitenta,já
tinha sido mulher da vida, foi amante do ex-
governador, o amigo do coronel. Era
contrabandista e conhecia todo mundo no
fórum e na alfândega. Morava no anexo da
taberna do seu Antonico. Torcia para o coronel
ficar viúvo, para ser a dona dos bois do coronel.
Andreza – Amiga de Alfredo que morava em
Cachoeira, aparece apenas no plano da
memória do rapaz. Ele lembrou do quase beijo
que quando eram crianças quase aconteceu.
Doutor Gurgel – Advogado que a anos defendia o coronel na causa da disputa
de terra,contra a família Teixeira. Segundo Brasiliana, doutor Gurgel
sangrava o bolso do coronel, com essa causa interminável.
Celeste – Parente de D.Amélia, que falou para dona Dudu,que dona Amélia ficara
lhe devendo da época em que Alfredo morou em sua casa, algum tempo
atrás.Fato ocorrido no livro anterior,”Passagem dos Inocentes”.
Severino- Pastor Severino que pediu em casamento Luciana, diante da negativa de
dona Jovita,teria ficado louco,rasgando páginas da Bíblia. Jogou uma praga na
família do coronel.
Professor Benício – Aparece no campo da memória,quando Alfredo tinha quinze
anos, o procurou para ter aulas Falou para Alfredo que letras e números são
apenas letras e números. O difícil era a ciência do conhecimento feminino.
Antonico – comerciante desonesto,que roubava no peso e no preço.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
vestibularnopara.com.br/resumo-primeira-manha-dalcidio-jurandir

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Primeira Manhã - Dalcídio Jurandir

  • 2. Dalcídio Jurandir Pereira (Vila de Ponta de Pedras PA 1909 - Rio de Janeiro RJ 1979).  Romancista, jornalista e professor. Comunista declarado, participante ativo da Aliança Libertadora Nacional - ALN, na década de 1930, enfrenta perseguições políticas, é preso duas vezes.  Em 1940 0publica seu primeiro romance, Chove nos Campos de Cachoeira, iniciando uma série de relatos ficcionais que fica conhecida como Extremo Norte.  Em 1952, viaja para a União Soviética e, apresentado e promovido pelo romancista Jorge Amado (1912 - 2001), tem uma de suas obras traduzidas para o russo.  Embora citado entre autores de tendência regionalista, essa é certamente uma das características de sua obra, focada na Região Norte do Brasil.  Dalcídio se destaca pela complexa construção interior de seus personagens, individualizando a trama e valorizando as transformações pessoais em seus romances. Anuncia sua aposentadoria como escritor em 1971.
  • 3. PRIMEIRA MANHÃ - Dalcídio Jurandir A obra de Dalcídio Jurandir, compõe-se de onze romances, entre os quais dez são de ambientação amazônica. Desses dez romances, que formam a chamada “Ciclo do Extremo Norte”, o personagem Alfredo é uma espécie de fio condutor, com seu percurso inquieto pela cidade e pelo interior do Pará, desvelando, especialmente, o complexo espaço urbano de Belém, além de participar ou acompanhar os dramas de vários outros personagens que cruzam seu caminho.
  • 4. Características do Romance 1- Romance enquadrado na segunda geração modernista; 2- Universaliza a cultura amazônica; 3- Mostra o falar regional do povo amazônico; 4- Dá relevância às crendices do povo amazônico (simpatias, benzedeiras, folclore, causos etc.); 5- Utiliza das rememorações e digressões (desvio de rumo ou de assunto, evasiva); 6- Utiliza recursos poéticos na sua prosa (rimas, aliterações, metáforas, antíteses, pleonasmos etc.); 7- O foco narrativo passa da voz de um narrador externo para a voz interna da personagem, causando a quebra na temporalidade e no espaço da narrativa; 8- O enredo deve localizar-se entre 1926, aproximadamente; 9- Mostra diversas temáticas: a descoberta da sexualidade, a adversa realidade escolar, a vida de aparências, a infidelidade amorosa etc.; 10- Enredo quase todo desprovido de ação (as personagens mais pensam que agem); 11- Romance-rito, rito de passagem, romance-grito dos excluídos;
  • 5. Temática: Os primeiros dias do jovem Alfredo no colegial,descobertas e frustrações em um verdadeiro ritual de passagem do menino para o rapaz. Espaço: Ruas e bairros principais de Belém o Liceu e a casa da José Pio. No campo da memória Cachoeira e Muaná no Marajó. Tempo: psicológico, utiliza das rememorações e digressões. Enredo Linear: O enredo é linear, apesar de um intenso flash- back. O rommance é lento, pois temos pouca ação e muita digressão. Crítica social: O personagem Alfredo vive em um mundo cercado de mulheres,porém limitadas pela pobreza,ausência,ou baixa escolaridade,mulheres em torno,ou em busca de seus homens. Alfredo representa o alter-ego do autor Dalcídio Jurandir. Realidade e ficção se misturam em cada frase, pelas ruas de Belém e nas memórias do Marajó.
  • 6. Personagens Alfredo: É o protagonista da história. O enredo tem inicio a partir da narração do seu primeiro dia de aula no ginasial. Das lembranças dos amigos que ficaram em Muaná e as meninas quase namoradas. Major Alberto – Pai de Alfredo, era advogado, porém pouco advogava, quando o fazia, geralmente não cobrava honorários. Era culto e tinha biblioteca em sua casa. Dona Amélia - A negra dona Amélia, mãe de Alfredo que sempre sonhou vê-lo doutor. Fazia esforço para manter o filho estudando na capital. Não era casada com Major Alberto, o pai de Alfredo.
  • 7. Jovita – Cabocla do Marajó, esposa do coronel. Analfabeta, mas soberba e impiedosa. Ela surrou a filha Luciana,sem piedade,queria marcar a menina com o ferro quente de marcar o gado. Coronel Braulino Amanajás Boaventura: Dono da fazenda Comonono,casado com a cruel Jovita, era “camuflado” mulherengo. Pai de Luciana e Graziela. Era Intendente de Cachoeira, porém era tosco para o trabalho administrativo e deixava essa parte para o major Alberto. Luciana - A jovem filha do coronel Braulino e da Jovita, dá “um mau passo” por isso é severamente espancada pela mãe e recebeu um banho de sal. Depois a tia traz a jovem para Belém, mas ela foge e desaparece. Graziela – Irmã de Luciana, segundo d.Santa era invejosa, tinha inveja de Luciana. Queria aprender vários instrumentos, mais faltava talento, não era inteligente.
  • 8. Dona Santa- Parteira, irmã do coronel Braulino. Foi a senhora que narrou o drama da jovem Luciana para o adolescente Alfredo. Dona Dudu – Costureira, filha da parteira d.Santa,sobrinha do coronel Braulino.Era uma pessoa amarga,gostava das desgraças na família do coronel. Ana e Dalila – As órfãs que viveram no orfanato. Agora viviam batendo pernas e aprontado pelas ruas. A avó dona Santa não enxergava a realidade, idealizava as netas. Para a revolta de dona Dudu.
  • 9. Abigail – Uma vizinha da José Pio. Junto com a prima Ivaína convidaram Alfredo para fazer companhia a dupla, enquanto elas procuravam seus maridos que estavam, provavelmente, aprontado em algum cabaré. Ivaína – A prima de Abgail, calada, séria, o povo falava na José Pio, que o seu marido lhe estuprara na noite de núpcias e ainda a ferida não sarara. Brasiliana – Mulata de um metro e oitenta,já tinha sido mulher da vida, foi amante do ex- governador, o amigo do coronel. Era contrabandista e conhecia todo mundo no fórum e na alfândega. Morava no anexo da taberna do seu Antonico. Torcia para o coronel ficar viúvo, para ser a dona dos bois do coronel. Andreza – Amiga de Alfredo que morava em Cachoeira, aparece apenas no plano da memória do rapaz. Ele lembrou do quase beijo que quando eram crianças quase aconteceu.
  • 10. Doutor Gurgel – Advogado que a anos defendia o coronel na causa da disputa de terra,contra a família Teixeira. Segundo Brasiliana, doutor Gurgel sangrava o bolso do coronel, com essa causa interminável. Celeste – Parente de D.Amélia, que falou para dona Dudu,que dona Amélia ficara lhe devendo da época em que Alfredo morou em sua casa, algum tempo atrás.Fato ocorrido no livro anterior,”Passagem dos Inocentes”. Severino- Pastor Severino que pediu em casamento Luciana, diante da negativa de dona Jovita,teria ficado louco,rasgando páginas da Bíblia. Jogou uma praga na família do coronel. Professor Benício – Aparece no campo da memória,quando Alfredo tinha quinze anos, o procurou para ter aulas Falou para Alfredo que letras e números são apenas letras e números. O difícil era a ciência do conhecimento feminino. Antonico – comerciante desonesto,que roubava no peso e no preço.