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Professor Paulo Souto
QUESTÕES CORRIGIDAS
COMPOSIÇÃO DE MOVIMENTOS e VELOCIDADE RELATIVA
ÍNDICE
COMPOSIÇÃO DE MOVIMENTOS........................................................................................................................................1
VELOCIDADE RELATIVA.....................................................................................................................................................14
Composição de Movimentos
1. (UFMG – 2006) Clarissa chuta, em seqüência, três bolas. P, Q e R, cujas trajetórias estão representadas
nesta figura:
Sejam tP, tQ e tR os tempos gastos, respectivamente, pelas bolas P, Q e R, desde o momento do chute até
o instante em que atingem o solo. Considerando-se essas informações, é CORRETO afirmar que
a) tQ > tP = tR
b) tB
RB > tB
QB = tB
PB
c) tB
QB > tB
RB > tB
PB
d) tB
RB > tB
Q B> tB
PB
CORREÇÃO: questão tradicional de Composição de Movimentos. Na vertical, temos um MRUV
(e, embora a questão não diga explicitamente, podemos desconsiderar os atritos). Na horizontal,
temos um MRU. A bola se move na vertical e horizontal, simultaneamente. Movimentos
perpendiculares são independentes e podemos nos ater apenas à subida e descida da bola, que
determina sua permanência no ar. Assim, a que vai mais alto demora mais: Q. As outras duas
subiram o mesmo, e demoram o mesmo!
OPÇÃO: A.
2. (UFMG-1998-modificada) Um cano de irrigação, enterrado no solo, ejeta água a uma
taxa de 15 litros por minuto com uma velocidade de 10 m/s. A saída do cano é
apontada para cima fazendo um ângulo de 30º com o solo, como mostra a figura.
Despreze a resistência do ar e considere g = 10 m/s2
, sen 30º = 0,50 e cos 30º = 0,87.
paulosoutocamilo@gmail.com
1
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a) CALCULE quanto tempo uma gota de água permanece no ar a partir do momento em que
sai da boca do cano.
b) CALCULE quantos litros de água estarão no ar na situação em que o jato d'água é
contínuo, do cano ao solo.
CORREÇÃO
a) É um problema tradicional de Composição de Movimentos, travestido numa idéia mais
interessante. Primeiramente, vamos decompor o Vetor Velocidade e tecer alguns comentários.
Vemos que quanto ao tempo para a altura máxima só importa a Velocidade Y, de subida e
descida! Vy está na frente, oposta ao ângulo de 300
.
Vy = V.sen300
= 10.0,5 = 5m/s.
Entendendo o que significa uma aceleração da gravidade de 10 m / s2
, fazemos a conta de
cabeça: demora 0,5, meio segundo, para desacelerar uma velocidade de 5m/s até zero.
Ora, se demora meio segundo para subir, mais meio então para descer! Tempo = 1,0s.
b) O resto do problema é uma regra de três: 15 litros em 1 minuto = 60s, x em 1s!
paulosoutocamilo@gmail.com
2
300
hmáx→
V y
→
V
→
V x
→
V x
0=V y
Professor Paulo Souto
X =
60
15
=0,25 litros (ou 250ml, sem levar em conta os algarismos significativos).
3. ( UFMG – 2001 – modificada ) Um canhão está montado em uma plataforma com rodas, de
forma que ele pode se deslocar livremente após cada disparo, como mostrado nesta
figura:
A soma das massas do canhão e da plataforma é 2,0x103
kg. A abertura do canhão está a
5,0 m acima do solo. O canhão dispara, horizontalmente, uma bala de massa igual a 5,0 kg,
que sai com velocidade de 400 m/s.
Despreze qualquer tipo de atrito.
Com base nessas informações:
a) CALCULE o tempo que a bala gasta, desde o instante do disparo, até atingir o solo.
Considere g = 10
s
m
2 .
b) EXPLIQUE O PRINCÍPIO FÍSICO utilizado na solução do problema.
CORREÇÃO
a) Várias maneiras de resolver... Se eu não estivesse com preguiça, desenhava um gráfico V x t e
resolvia por ele. Para Casa: faça isto!
Por fórmula: s
g
h
t
g
h
g
th tt
v 0,1
10
5.22
2
.
2
.
.
22
0
===⇒=⇒+=
Lembre-se: a bala não começa CAINDO, APENAS “ANDANDO” PARA FRENTE ⇒ V 0 = 0.
b) MOVIMENTOS PERPENDICULARES SÃO INDEPENDENTES! Difícil é acreditar nisto!
4. (UFV) Um menino chuta uma bola de futebol segundo um ângulo θ com a horizontal, com uma velocidade inicial vo = 20m/s,
como mostra a figura abaixo. Considere a aceleração da gravidade g = 10 m/s2
. Sendo sen θ = 0,80 e cos θ = 0,60 , a altura
máxima h de um obstáculo colocado a 12 m do menino, a fim de que a bola consiga ultrapassá-lo, é:
paulosoutocamilo@gmail.com
3
Professor Paulo Souto
a) 6,0 m
b) 8,0 m
c) 11 m
d) 14 m
e) 21 m
CORREÇÃO
Entendo sua dificuldade, por ser um problema incomum. Porém, é uma decomposição de
vetores, como tantos outros, mais simples que este. Veja o esquema:
A diferença é que temos um obstáculo, vermelho, a 12 metros de distância. E observe que,
neste instante, a bola já começou a cair.
Decompondo os vetores:
Vy = V.senθ = 20.0,8 = 16m/s.
VX = V.cosθ = 20.0,6 = 12m/s.
Agora, com esta velocidade, calculamos o tempo que a bola gasta para percorrer os 12m na
horizontal, VX.
s
d
t
V X
0,1
12
12
===
Finalmente, a que altura a bola estará após 1s? Vamo vê...
Aliás, retiro o que disse: pelo tempo, a bola ainda estará é subindo! Quase na altura máxima!
O desenho engana... Para casa: por quê?
m
g
th tv y
11
2
.10
1.16
2
.
. 1
22
0
=−=+=
OPÇÃO: C.
5. Um corpo é atirado de uma mesa horizontal com velocidade inicial ov
uur
conforme a
figura abaixo.
paulosoutocamilo@gmail.com
4
θ
hmáx→
V y
→
V
→
V x
→
V x
0=V y
→
V y
v0
v0y
 = 0
v0x
 = v0
v0
parábolaaltura h
alcance A
Professor Paulo Souto
Despreze todos os atritos. Sobre o seu alcance, podemos afirmar corretamente que:
a) só depende da altura da mesa.
b) só depende do módulo da velocidade inicial vo.
c) depende tanto da altura da mesa quanto do módulo da velocidade inicial vo.
d) não depende da aceleração da gravidade local.
CORREÇÃO
Quanto mais tempo fica no ar, mais longe vai. Depende da altura. Quanto maior a
velocidade de lançamento, mais longe vai. Depende de vo. E também depende da
gravidade. Na Lua, com os mesmos parâmetros iniciais, tem-se outro resultado.
OPÇÃO: C.
6. Um corpo é atirado para frente, a partir do repouso e horizontalmente, a uma velocidade de
4 m/s. Observe a figura abaixo. Despreze os atritos e considere
g = 10 m/s2
. CALCULE o alcance horizontal do corpo no momento em que ele atinge o solo.
CORREÇÃO
Como sabemos, movimentos perpendiculares são independentes. Assim, para frente (eixo x)
temos um movimento uniforme, no qual a gravidade não atua. Para baixo (eixo y), sem atritos, temos
uma queda livre.
Primeiro, calculamos o tempo de queda. Podemos usar as fórmulas do MUV, mas prefiro o gráfico Vxt.
O gráfico mostra, pela área do triângulo,
b.h/2, que em 1 s, como g = 10 m/s2
, o
corpo cai a altura de 5 m.
Então, movendo-se a 4 m/s para frente:
paulosoutocamilo@gmail.com
5
m
V = 4 m/s
ALCANCE
h = 5 m
v (m/s)
t (s)
1
10
Professor Paulo Souto
d = Alcance = v.t = 4.1= 4 m .
7. Um corpo é atirado para frente, a partir do repouso e horizontalmente, a uma velocidade de
6 m/s. Observe a figura abaixo. Despreze os atritos e considere
g = 10 m/s2
. CALCULE o alcance horizontal do corpo no momento em que ele atinge o solo.
CORREÇÃO
Como sabemos, movimentos perpendiculares são independentes. Assim, para frente (eixo x)
temos um movimento uniforme, no qual a gravidade não atua. Para baixo (eixo y), sem atritos, temos
uma queda livre.
Primeiro, calculamos o tempo de queda. Podemos usar as fórmulas do MUV, mas prefiro o gráfico Vxt.
O gráfico mostra, pela área do triângulo,
b.h/2, que em 2 s, como g = 10 m/s2
, o
corpo cai a altura de 20 m.
Então, movendo-se a 6 m/s para frente:
d = Alcance = v.t = 6.2= 12 m .
8. (UFSJ/2008)
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6
m
V = 6 m/s
ALCANCE
h = 20 m
v (m/s)
t (s)
2
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CORREÇÃO
Por incrível que pareça, é outra questão de Cinemática: Lançamento Horizontal. Com a
Física tão vasta, é estranho ficar batendo na mesma tecla numa prova de apenas 5 questões. A teoria
do lançamento é a seguinte:
→ movimentos perpendiculares são independentes;
→ a gravidade só atua na direção y, vertical;
→ na horizontal temos um Movimento Uniforme;
→ na vertical, um Movimento Uniformemente Variado.
É isto... Com uma sofisticação: como se quer o módulo da velocidade resultante, temos que
usar, como na primeira questão, o conceito de Vetor Resultante. Poderia resolver utilizando apenas
fórmulas da Cinemática, mas para variar e por questão de facilidade, vou resolver utilizando o conceito
de Conservação da Energia Mecânica: a Energia Potencial Gravitacional no início, a uma altura h,
será convertida em Energia Cinética durante a queda. Neste caso, temos que desprezar o atrito, o
que também seria necessário para aplicar as relações do MRUV.
Calculando vy:
C G
m
E E= ⇒
2
2
yv
m= 2
2ygh v gh⇒ = .
O esquema abaixo mostra a variação das velocidades x e y e o cálculo da Velocidade
Resultante.
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7
Professor Paulo Souto
Como se vê, a velocidade y aumenta sob ação da gravidade e a x permanece constante (k). A
Velocidade Resultante vem por Pitágoras:
22
Re R
2
e
2 2
2s y x sv v gh v gv hv v= + = + ⇒ = + .
Ficamos sem resposta no gabarito! Mas, o oficial, que baixei em 20/07/2008 não mostra esta
questão como anulada! Dá como resposta oficial a letra C! Seria esta, desprezando os atritos e
soltando a bola de uma altura h a partir do repouso, não rolando sobre a mesa com velocidade de
módulo v! Veja que a resposta dada à questão contradiz o bom senso: por ela, a velocidade com que
a bola bate no chão, alvo da pergunta, só depende da gravidade e da altura.
Ora, se a velocidade inicial x, v = vx , for maior ou menor, a bola irá bater mais longe ou mais
perto. Veja:
Desprezando os atritos, o tempo de queda e o valor da velocidade y são os mesmos, em
qualquer caso! E, claro, 2yv gh= . Por sinal, resultado bem conhecido. Porém, ao se considerar
correta a resposta do gabarito, se você jogar uma pedra para frente ou der um tiro de fuzil horizontal
da mesma altura que jogou a pedra, ambos, pedra e projétil, baterão no chão com a mesma
velocidade, o que sabemos que não ocorre!
Resolvendo a questão por Conservação da Energia Mecânica, sem atritos, o erro do gabarito foi
não considerar que no início, sobre a mesa, a bola tinha Energia Potencial Gravitacional e Energia
Cinética, devido ao seu rolar inicial com velocidade de módulo v. A resolução assim está abaixo.
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8
0yv =
xv v k= =
r uur
Resv
uuur
g
ur
yv
uur
yv
uur
xv v=
r uur
Professor Paulo Souto
Cfinal Ginicial Cinicial
m
E E E= + ⇒
2
2
finalv
m=
m
gh +
2
2
2
2
inicial
final inicial
v
v gh v
⇒
= +
.
OPÇÃO: oficial do gabarito C (20/07/2008), mas SEM RESPOSTA!
9. (UFMG/2009) Uma bola é lançada horizontalmente, de certa altura, e cai sobre uma
superfície rígida, plana e horizontal. Uma parte da trajetória dessa bola está mostrada nesta
fotografia estroboscópica, que consiste na superposição de diversas imagens registradas
em instantes consecutivos:
Nessa figura, tanto na escala horizontal quanto na vertical, cada divisão mede 10 cm. A massa da
bola é de 0,20 kg e, na foto, o intervalo de tempo entre uma exposição e outra é de 0,020 s.
Considerando essas informações,
1. DETERMINE o módulo da velocidade da bola no instante em que ela é lançada
horizontalmente.
JUSTIFIQUE sua resposta.
CORREÇÃO
Questão interessante, que envolve CINEMÁTICA VETORIAL e CONSERVAÇÃO DA
ENERGIA.
O item 1 trata da Composição de Movimentos. Veja na figura. Podemos separar o movimento
da bola em duas direções: na horizontal, que nos interessa para cálculo da velocidade de lançamento
solicitada, e desprezando-se os atritos, o que deve ser justificado na questão, a gravidade não atua
e teremos um Movimento Retilíneo Uniforme.
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9
Professor Paulo Souto
Na vertical, com atuação da aceleração da gravidade, o movimento é Uniformemente
Variado. Embora não iremos utilizar as equações deste na resolução desta questão. Discutidos os
conceitos e analisada a figura, partimos para a solução.
Veja que, separando a distância d e contando, uma por uma, as posições ocupadas pela
bolinha, encontramos 9 posições. Sabemos, do enunciado, que a escala horizontal é de 10 cm e
que o intervalo entre as fotos foi de 0,020 s. 9x0,02=0,18 s. Como o movimento é uniforme, temos:
10
55,555 55 0,55
0,18
d cm cm m
v
t s s s
= = = = = .
10. (CF – C6 – H20) Um corpo é atirado de uma superfície horizontal com velocidade
inicial ov
uur
ao mesmo tempo em que outro é solto, da mesma altura, com velocidade
inicial igual a zero, conforme a figura abaixo.
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10
lançamentov
uuuuuuuur
g
ur
d
∆h ≅ 18 cm
v0
v0y
 = 0
v0x
 = v0
v0
 parábolaaltura h
alcance A
v0
 = 0
Professor Paulo Souto
Despreze todos os atritos e considere g = 10 m/s2
. Qual dos dois corpos atinge o chão
primeiro? JUSTIFIQUE.
CORREÇÃO
Como a gravidade é a mesma para os dois e, lembrando, movimentos
perpendiculares são independentes, eles caem juntos. Da mesma altura, sob a
mesma gravidade e sem atritos, não importa a velocidade vx , para frente.
11. (CF – C6 – H20) Dois projéteis I e II são atirados com a mesma velocidade inicial
vo, sob ângulos 30º e 60º, respectivamente, conforme a figura abaixo.
Considerando-os livres da resistência do ar, qual deles terá o maior alcance? Justifique.
CORREÇÃO
É possível demonstrar que o maior alcance se dá para um ângulo de 45º. Para outros
ângulos, há uma simetria em relação a 45º. Como nesta questão, 30 = 45 – 15 e 60 =
45 + 15, ou seja, ambos os ângulos têm uma diferença de 15º em relação ao de 45º.
Logo, o alcance será o mesmo. Um sobe pouco, tendo pouco tempo para andar para
frente e o outro sobe muito, andando pouco para frente. Dá o mesmo resultado...
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11
Vo
Vo
30º
60º I
II
Vo
Vo
30º
60º I
II
Professor Paulo Souto
12. (SP – C6 – H20) Considere na sitação anterior que a velocidade inicial vox do corpo
lançado para frente seja igual a 4 m/s. A altura h é igual a 20 m. Nestas
circunstâncias, calcule o tempo de queda do corpo.
CORREÇÃO
A velocidade para frente não influi no tempo de queda. Logo, devemos considerar
uma queda livre de 5 m de altura, apenas. E, voy=0. Fórmula e conta...
oh v t=
2
20
2
gt
+ ⇒
4
10
=
5
2
.
2
t
2t s⇒ = .
13. (SP – C6 – H20) Finalmente, considerando os dados da questão anterior,
determine o alcance do corpo.
CORREÇÃO
Já sabemos que o tempo de queda foi de 2 s. E o alcance leva em conta, apenas, a
velocidade vox=4 m/s, para frente. A gravidade não influi, pois é para baixo. Temos um
Movimento Uniforme, de solução simples.
. 4.2 8xd Alcance v t m= = = = .
14. (CF – C6 – H20) Dois projéteis I e II são atirados com a mesma velocidade inicial
vo, sob ângulos 28º e 62º, respectivamente, conforme a figura abaixo.
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12
v0
v0y
 = 0
v0x
 = v0
v0
 parábolaaltura h
alcance A
Professor Paulo Souto
Considerando-os livres da resistência do ar, qual deles terá o maior alcance? Justifique.
CORREÇÃO
É possível demonstrar que o maior alcance se dá para um ângulo de 45º. Para outros
ângulos, há uma simetria em relação a 45º. Como nesta questão, 28 = 45 – 17 e 62 =
45 + 17, ou seja, ambos os ângulos têm uma diferença de 17º em relação ao de 45º.
Logo, o alcance será o mesmo. Um sobe pouco, tendo pouco tempo para andar para
frente e o outro sobe muito, andando pouco para frente. Dá o mesmo resultado...
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13
Vo
Vo
28º
62º I
II
Vo
Vo
28º
62º I
II
Professor Paulo Souto
Velocidade Relativa
15. (UFMG/2007) Dois barcos – I e II – movem-se, em um lago, com velocidade constante, de
mesmo módulo, como representado nesta figura:
Em relação à água, a direção do movimento do barco I é perpendicular à do barco II e as linhas
tracejadas indicam o sentido do deslocamento dos barcos.
Considerando-se essas informações, é CORRETO afirmar que a velocidade do barco II, medida
por uma pessoa que está no barco I, é mais bem representada pelo vetor
A) P .
B) Q .
C) R .
D) S .
CORREÇÃO
Essa já é uma questão mais interessante. Não é igual ao que se viu na UFMG nos últimos 10
anos. Poderia ser classificada como de velocidade relativa, mas não consta do programa. Eu
também, em sala de aula, prefiro encarar a pergunta como uma mudança de referencial. Ao contrário
de pensar que o barco de baixo se move para cima em relação à água, como queremos a velocidade
de II vista por I, podemos pensar o seguinte: o barco I está parado e a água é que desce trazendo
com ela o barco II, este por sinal se move para esquerda em relação à água. Veja o efeito:
paulosoutocamilo@gmail.com
14
Professor Paulo Souto
A composição das velocidades para baixo e para a esquerda do barco II dá uma
velocidade resultante inclinada para sudoeste.
OPÇÃO: C.
16.(UFMG/2009) Numa corrida, Rubens Barrichelo segue atrás de Felipe Massa, em um trecho da pista reto e plano.
Inicialmente, os dois carros movem-se com velocidade constante, de mesmos módulo, direção e sentido. No
instante t1, Felipe aumenta a velocidade de seu carro com aceleração constante; e, no instante t2, Barrichelo
também aumenta a velocidade do seu carro com a mesma aceleração. Considerando essas informações,
assinale a alternativa cujo gráfico melhor descreve o módulo da velocidade relativa entre os dois veículos, em
função do tempo.
paulosoutocamilo@gmail.com
15
e 0R lv v v Repouso= − = ⇒
Professor Paulo Souto
CORREÇÃO
Questão de CINEMÁTICA, envolvendo o conceito de VELOCIDADE RELATIVA. Há várias
maneiras de encará-la.
Primeiramente, notamos que no começo, os dois têm a mesma velocidade. Isto faz com que um
esteja, inicialmente, em repouso em relação ao outro. Veja:
Como o da frente começa a acelerar primeiro, a velocidade relativa aumenta. Porém, a partir
do momento que o de trás adquire a mesma aceleração, a velocidade relativa se estabiliza, pára
de aumentar. Este raciocínio leva ao gráfico da letra A.
Outra maneira que pensei de resolver a questão seria montando uma tabela. Observe que
colocamos a velocidade de Massa na primeira linha, de Barrichelo na segunda e a velocidade
relativa (diferença entre as duas) na última. Como exemplo, escolhi uma suposta aceleração de 2
m/s 2
.
V (m/s) t1 t2
VMassa 10 10 10 12 14 16 18 20 22
Vbarrichelo 10 10 10 10 10 10 12 14 16
VRelativa 0 0 0 2 4 6 6 6 6
Veja que a partir do momento t1 que Massa acelera, a velocidade relativa aumenta,
uniformemente (aceleração constante). Porém, quando Barrichelo adquire a mesma aceleração
em t2, a velocidade relativa pára de aumentar e, a partir daí, permanece constante.
OPÇÃO: A.
17. (UFMG/03-modificado) Um pequeno bote, que navega a uma velocidade de 2,0 m/s em relação à margem de um rio, é
alcançado por um navio de 50 m de comprimento, que se move paralelamente a ele, no mesmo sentido, como mostrado
na figura:
paulosoutocamilo@gmail.com
v
rv
r
16
Professor Paulo Souto
Esse navio demora 20 segundos para ultrapassar o bote. Ambos movem-se com velocidades constantes. Nessas condições,
despreze o comprimento do próprio bote e calcule a velocidade do navio em relação à margem.
CORREÇÃO
Pelo conceito de velocidade relativa, o navio ultrapassa o bote devido à velocidade
que ele tem a mais, isto é, devido
à velocidade relativa do navio para o
bote. Para você imaginar
melhor, suponha que bote e navio
tivessem exatamente a
mesma velocidade. Um ficaria em
repouso em relação ao outro! Assim,
a ultrapassagem é devida
apenas à parte da velociade – em
relação à margem – que o navio
tem a mais que o bote.
Vetorialmente:
vnavio em relação à margem = vbote + vRelativa do navio para o bote .
Pela relação do Movimento uniforme:
Re
50
l
d
v
t
= =
2 0
2,5
m
s
=
Logo, a velocidade resultante – para a margem - do navio vale:
vRes = 2+2,5 = 4,5 m/s.
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botev
uuur botev
uuur
Relv
uuur
RRe ebote ls vvv = +
uuuuuur r uuur
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  • 1. Professor Paulo Souto QUESTÕES CORRIGIDAS COMPOSIÇÃO DE MOVIMENTOS e VELOCIDADE RELATIVA ÍNDICE COMPOSIÇÃO DE MOVIMENTOS........................................................................................................................................1 VELOCIDADE RELATIVA.....................................................................................................................................................14 Composição de Movimentos 1. (UFMG – 2006) Clarissa chuta, em seqüência, três bolas. P, Q e R, cujas trajetórias estão representadas nesta figura: Sejam tP, tQ e tR os tempos gastos, respectivamente, pelas bolas P, Q e R, desde o momento do chute até o instante em que atingem o solo. Considerando-se essas informações, é CORRETO afirmar que a) tQ > tP = tR b) tB RB > tB QB = tB PB c) tB QB > tB RB > tB PB d) tB RB > tB Q B> tB PB CORREÇÃO: questão tradicional de Composição de Movimentos. Na vertical, temos um MRUV (e, embora a questão não diga explicitamente, podemos desconsiderar os atritos). Na horizontal, temos um MRU. A bola se move na vertical e horizontal, simultaneamente. Movimentos perpendiculares são independentes e podemos nos ater apenas à subida e descida da bola, que determina sua permanência no ar. Assim, a que vai mais alto demora mais: Q. As outras duas subiram o mesmo, e demoram o mesmo! OPÇÃO: A. 2. (UFMG-1998-modificada) Um cano de irrigação, enterrado no solo, ejeta água a uma taxa de 15 litros por minuto com uma velocidade de 10 m/s. A saída do cano é apontada para cima fazendo um ângulo de 30º com o solo, como mostra a figura. Despreze a resistência do ar e considere g = 10 m/s2 , sen 30º = 0,50 e cos 30º = 0,87. paulosoutocamilo@gmail.com 1
  • 2. Professor Paulo Souto a) CALCULE quanto tempo uma gota de água permanece no ar a partir do momento em que sai da boca do cano. b) CALCULE quantos litros de água estarão no ar na situação em que o jato d'água é contínuo, do cano ao solo. CORREÇÃO a) É um problema tradicional de Composição de Movimentos, travestido numa idéia mais interessante. Primeiramente, vamos decompor o Vetor Velocidade e tecer alguns comentários. Vemos que quanto ao tempo para a altura máxima só importa a Velocidade Y, de subida e descida! Vy está na frente, oposta ao ângulo de 300 . Vy = V.sen300 = 10.0,5 = 5m/s. Entendendo o que significa uma aceleração da gravidade de 10 m / s2 , fazemos a conta de cabeça: demora 0,5, meio segundo, para desacelerar uma velocidade de 5m/s até zero. Ora, se demora meio segundo para subir, mais meio então para descer! Tempo = 1,0s. b) O resto do problema é uma regra de três: 15 litros em 1 minuto = 60s, x em 1s! paulosoutocamilo@gmail.com 2 300 hmáx→ V y → V → V x → V x 0=V y
  • 3. Professor Paulo Souto X = 60 15 =0,25 litros (ou 250ml, sem levar em conta os algarismos significativos). 3. ( UFMG – 2001 – modificada ) Um canhão está montado em uma plataforma com rodas, de forma que ele pode se deslocar livremente após cada disparo, como mostrado nesta figura: A soma das massas do canhão e da plataforma é 2,0x103 kg. A abertura do canhão está a 5,0 m acima do solo. O canhão dispara, horizontalmente, uma bala de massa igual a 5,0 kg, que sai com velocidade de 400 m/s. Despreze qualquer tipo de atrito. Com base nessas informações: a) CALCULE o tempo que a bala gasta, desde o instante do disparo, até atingir o solo. Considere g = 10 s m 2 . b) EXPLIQUE O PRINCÍPIO FÍSICO utilizado na solução do problema. CORREÇÃO a) Várias maneiras de resolver... Se eu não estivesse com preguiça, desenhava um gráfico V x t e resolvia por ele. Para Casa: faça isto! Por fórmula: s g h t g h g th tt v 0,1 10 5.22 2 . 2 . . 22 0 ===⇒=⇒+= Lembre-se: a bala não começa CAINDO, APENAS “ANDANDO” PARA FRENTE ⇒ V 0 = 0. b) MOVIMENTOS PERPENDICULARES SÃO INDEPENDENTES! Difícil é acreditar nisto! 4. (UFV) Um menino chuta uma bola de futebol segundo um ângulo θ com a horizontal, com uma velocidade inicial vo = 20m/s, como mostra a figura abaixo. Considere a aceleração da gravidade g = 10 m/s2 . Sendo sen θ = 0,80 e cos θ = 0,60 , a altura máxima h de um obstáculo colocado a 12 m do menino, a fim de que a bola consiga ultrapassá-lo, é: paulosoutocamilo@gmail.com 3
  • 4. Professor Paulo Souto a) 6,0 m b) 8,0 m c) 11 m d) 14 m e) 21 m CORREÇÃO Entendo sua dificuldade, por ser um problema incomum. Porém, é uma decomposição de vetores, como tantos outros, mais simples que este. Veja o esquema: A diferença é que temos um obstáculo, vermelho, a 12 metros de distância. E observe que, neste instante, a bola já começou a cair. Decompondo os vetores: Vy = V.senθ = 20.0,8 = 16m/s. VX = V.cosθ = 20.0,6 = 12m/s. Agora, com esta velocidade, calculamos o tempo que a bola gasta para percorrer os 12m na horizontal, VX. s d t V X 0,1 12 12 === Finalmente, a que altura a bola estará após 1s? Vamo vê... Aliás, retiro o que disse: pelo tempo, a bola ainda estará é subindo! Quase na altura máxima! O desenho engana... Para casa: por quê? m g th tv y 11 2 .10 1.16 2 . . 1 22 0 =−=+= OPÇÃO: C. 5. Um corpo é atirado de uma mesa horizontal com velocidade inicial ov uur conforme a figura abaixo. paulosoutocamilo@gmail.com 4 θ hmáx→ V y → V → V x → V x 0=V y → V y v0 v0y  = 0 v0x  = v0 v0 parábolaaltura h alcance A
  • 5. Professor Paulo Souto Despreze todos os atritos. Sobre o seu alcance, podemos afirmar corretamente que: a) só depende da altura da mesa. b) só depende do módulo da velocidade inicial vo. c) depende tanto da altura da mesa quanto do módulo da velocidade inicial vo. d) não depende da aceleração da gravidade local. CORREÇÃO Quanto mais tempo fica no ar, mais longe vai. Depende da altura. Quanto maior a velocidade de lançamento, mais longe vai. Depende de vo. E também depende da gravidade. Na Lua, com os mesmos parâmetros iniciais, tem-se outro resultado. OPÇÃO: C. 6. Um corpo é atirado para frente, a partir do repouso e horizontalmente, a uma velocidade de 4 m/s. Observe a figura abaixo. Despreze os atritos e considere g = 10 m/s2 . CALCULE o alcance horizontal do corpo no momento em que ele atinge o solo. CORREÇÃO Como sabemos, movimentos perpendiculares são independentes. Assim, para frente (eixo x) temos um movimento uniforme, no qual a gravidade não atua. Para baixo (eixo y), sem atritos, temos uma queda livre. Primeiro, calculamos o tempo de queda. Podemos usar as fórmulas do MUV, mas prefiro o gráfico Vxt. O gráfico mostra, pela área do triângulo, b.h/2, que em 1 s, como g = 10 m/s2 , o corpo cai a altura de 5 m. Então, movendo-se a 4 m/s para frente: paulosoutocamilo@gmail.com 5 m V = 4 m/s ALCANCE h = 5 m v (m/s) t (s) 1 10
  • 6. Professor Paulo Souto d = Alcance = v.t = 4.1= 4 m . 7. Um corpo é atirado para frente, a partir do repouso e horizontalmente, a uma velocidade de 6 m/s. Observe a figura abaixo. Despreze os atritos e considere g = 10 m/s2 . CALCULE o alcance horizontal do corpo no momento em que ele atinge o solo. CORREÇÃO Como sabemos, movimentos perpendiculares são independentes. Assim, para frente (eixo x) temos um movimento uniforme, no qual a gravidade não atua. Para baixo (eixo y), sem atritos, temos uma queda livre. Primeiro, calculamos o tempo de queda. Podemos usar as fórmulas do MUV, mas prefiro o gráfico Vxt. O gráfico mostra, pela área do triângulo, b.h/2, que em 2 s, como g = 10 m/s2 , o corpo cai a altura de 20 m. Então, movendo-se a 6 m/s para frente: d = Alcance = v.t = 6.2= 12 m . 8. (UFSJ/2008) paulosoutocamilo@gmail.com 6 m V = 6 m/s ALCANCE h = 20 m v (m/s) t (s) 2 20
  • 7. Professor Paulo Souto CORREÇÃO Por incrível que pareça, é outra questão de Cinemática: Lançamento Horizontal. Com a Física tão vasta, é estranho ficar batendo na mesma tecla numa prova de apenas 5 questões. A teoria do lançamento é a seguinte: → movimentos perpendiculares são independentes; → a gravidade só atua na direção y, vertical; → na horizontal temos um Movimento Uniforme; → na vertical, um Movimento Uniformemente Variado. É isto... Com uma sofisticação: como se quer o módulo da velocidade resultante, temos que usar, como na primeira questão, o conceito de Vetor Resultante. Poderia resolver utilizando apenas fórmulas da Cinemática, mas para variar e por questão de facilidade, vou resolver utilizando o conceito de Conservação da Energia Mecânica: a Energia Potencial Gravitacional no início, a uma altura h, será convertida em Energia Cinética durante a queda. Neste caso, temos que desprezar o atrito, o que também seria necessário para aplicar as relações do MRUV. Calculando vy: C G m E E= ⇒ 2 2 yv m= 2 2ygh v gh⇒ = . O esquema abaixo mostra a variação das velocidades x e y e o cálculo da Velocidade Resultante. paulosoutocamilo@gmail.com 7
  • 8. Professor Paulo Souto Como se vê, a velocidade y aumenta sob ação da gravidade e a x permanece constante (k). A Velocidade Resultante vem por Pitágoras: 22 Re R 2 e 2 2 2s y x sv v gh v gv hv v= + = + ⇒ = + . Ficamos sem resposta no gabarito! Mas, o oficial, que baixei em 20/07/2008 não mostra esta questão como anulada! Dá como resposta oficial a letra C! Seria esta, desprezando os atritos e soltando a bola de uma altura h a partir do repouso, não rolando sobre a mesa com velocidade de módulo v! Veja que a resposta dada à questão contradiz o bom senso: por ela, a velocidade com que a bola bate no chão, alvo da pergunta, só depende da gravidade e da altura. Ora, se a velocidade inicial x, v = vx , for maior ou menor, a bola irá bater mais longe ou mais perto. Veja: Desprezando os atritos, o tempo de queda e o valor da velocidade y são os mesmos, em qualquer caso! E, claro, 2yv gh= . Por sinal, resultado bem conhecido. Porém, ao se considerar correta a resposta do gabarito, se você jogar uma pedra para frente ou der um tiro de fuzil horizontal da mesma altura que jogou a pedra, ambos, pedra e projétil, baterão no chão com a mesma velocidade, o que sabemos que não ocorre! Resolvendo a questão por Conservação da Energia Mecânica, sem atritos, o erro do gabarito foi não considerar que no início, sobre a mesa, a bola tinha Energia Potencial Gravitacional e Energia Cinética, devido ao seu rolar inicial com velocidade de módulo v. A resolução assim está abaixo. paulosoutocamilo@gmail.com 8 0yv = xv v k= = r uur Resv uuur g ur yv uur yv uur xv v= r uur
  • 9. Professor Paulo Souto Cfinal Ginicial Cinicial m E E E= + ⇒ 2 2 finalv m= m gh + 2 2 2 2 inicial final inicial v v gh v ⇒ = + . OPÇÃO: oficial do gabarito C (20/07/2008), mas SEM RESPOSTA! 9. (UFMG/2009) Uma bola é lançada horizontalmente, de certa altura, e cai sobre uma superfície rígida, plana e horizontal. Uma parte da trajetória dessa bola está mostrada nesta fotografia estroboscópica, que consiste na superposição de diversas imagens registradas em instantes consecutivos: Nessa figura, tanto na escala horizontal quanto na vertical, cada divisão mede 10 cm. A massa da bola é de 0,20 kg e, na foto, o intervalo de tempo entre uma exposição e outra é de 0,020 s. Considerando essas informações, 1. DETERMINE o módulo da velocidade da bola no instante em que ela é lançada horizontalmente. JUSTIFIQUE sua resposta. CORREÇÃO Questão interessante, que envolve CINEMÁTICA VETORIAL e CONSERVAÇÃO DA ENERGIA. O item 1 trata da Composição de Movimentos. Veja na figura. Podemos separar o movimento da bola em duas direções: na horizontal, que nos interessa para cálculo da velocidade de lançamento solicitada, e desprezando-se os atritos, o que deve ser justificado na questão, a gravidade não atua e teremos um Movimento Retilíneo Uniforme. paulosoutocamilo@gmail.com 9
  • 10. Professor Paulo Souto Na vertical, com atuação da aceleração da gravidade, o movimento é Uniformemente Variado. Embora não iremos utilizar as equações deste na resolução desta questão. Discutidos os conceitos e analisada a figura, partimos para a solução. Veja que, separando a distância d e contando, uma por uma, as posições ocupadas pela bolinha, encontramos 9 posições. Sabemos, do enunciado, que a escala horizontal é de 10 cm e que o intervalo entre as fotos foi de 0,020 s. 9x0,02=0,18 s. Como o movimento é uniforme, temos: 10 55,555 55 0,55 0,18 d cm cm m v t s s s = = = = = . 10. (CF – C6 – H20) Um corpo é atirado de uma superfície horizontal com velocidade inicial ov uur ao mesmo tempo em que outro é solto, da mesma altura, com velocidade inicial igual a zero, conforme a figura abaixo. paulosoutocamilo@gmail.com 10 lançamentov uuuuuuuur g ur d ∆h ≅ 18 cm v0 v0y  = 0 v0x  = v0 v0  parábolaaltura h alcance A v0  = 0
  • 11. Professor Paulo Souto Despreze todos os atritos e considere g = 10 m/s2 . Qual dos dois corpos atinge o chão primeiro? JUSTIFIQUE. CORREÇÃO Como a gravidade é a mesma para os dois e, lembrando, movimentos perpendiculares são independentes, eles caem juntos. Da mesma altura, sob a mesma gravidade e sem atritos, não importa a velocidade vx , para frente. 11. (CF – C6 – H20) Dois projéteis I e II são atirados com a mesma velocidade inicial vo, sob ângulos 30º e 60º, respectivamente, conforme a figura abaixo. Considerando-os livres da resistência do ar, qual deles terá o maior alcance? Justifique. CORREÇÃO É possível demonstrar que o maior alcance se dá para um ângulo de 45º. Para outros ângulos, há uma simetria em relação a 45º. Como nesta questão, 30 = 45 – 15 e 60 = 45 + 15, ou seja, ambos os ângulos têm uma diferença de 15º em relação ao de 45º. Logo, o alcance será o mesmo. Um sobe pouco, tendo pouco tempo para andar para frente e o outro sobe muito, andando pouco para frente. Dá o mesmo resultado... paulosoutocamilo@gmail.com 11 Vo Vo 30º 60º I II Vo Vo 30º 60º I II
  • 12. Professor Paulo Souto 12. (SP – C6 – H20) Considere na sitação anterior que a velocidade inicial vox do corpo lançado para frente seja igual a 4 m/s. A altura h é igual a 20 m. Nestas circunstâncias, calcule o tempo de queda do corpo. CORREÇÃO A velocidade para frente não influi no tempo de queda. Logo, devemos considerar uma queda livre de 5 m de altura, apenas. E, voy=0. Fórmula e conta... oh v t= 2 20 2 gt + ⇒ 4 10 = 5 2 . 2 t 2t s⇒ = . 13. (SP – C6 – H20) Finalmente, considerando os dados da questão anterior, determine o alcance do corpo. CORREÇÃO Já sabemos que o tempo de queda foi de 2 s. E o alcance leva em conta, apenas, a velocidade vox=4 m/s, para frente. A gravidade não influi, pois é para baixo. Temos um Movimento Uniforme, de solução simples. . 4.2 8xd Alcance v t m= = = = . 14. (CF – C6 – H20) Dois projéteis I e II são atirados com a mesma velocidade inicial vo, sob ângulos 28º e 62º, respectivamente, conforme a figura abaixo. paulosoutocamilo@gmail.com 12 v0 v0y  = 0 v0x  = v0 v0  parábolaaltura h alcance A
  • 13. Professor Paulo Souto Considerando-os livres da resistência do ar, qual deles terá o maior alcance? Justifique. CORREÇÃO É possível demonstrar que o maior alcance se dá para um ângulo de 45º. Para outros ângulos, há uma simetria em relação a 45º. Como nesta questão, 28 = 45 – 17 e 62 = 45 + 17, ou seja, ambos os ângulos têm uma diferença de 17º em relação ao de 45º. Logo, o alcance será o mesmo. Um sobe pouco, tendo pouco tempo para andar para frente e o outro sobe muito, andando pouco para frente. Dá o mesmo resultado... paulosoutocamilo@gmail.com 13 Vo Vo 28º 62º I II Vo Vo 28º 62º I II
  • 14. Professor Paulo Souto Velocidade Relativa 15. (UFMG/2007) Dois barcos – I e II – movem-se, em um lago, com velocidade constante, de mesmo módulo, como representado nesta figura: Em relação à água, a direção do movimento do barco I é perpendicular à do barco II e as linhas tracejadas indicam o sentido do deslocamento dos barcos. Considerando-se essas informações, é CORRETO afirmar que a velocidade do barco II, medida por uma pessoa que está no barco I, é mais bem representada pelo vetor A) P . B) Q . C) R . D) S . CORREÇÃO Essa já é uma questão mais interessante. Não é igual ao que se viu na UFMG nos últimos 10 anos. Poderia ser classificada como de velocidade relativa, mas não consta do programa. Eu também, em sala de aula, prefiro encarar a pergunta como uma mudança de referencial. Ao contrário de pensar que o barco de baixo se move para cima em relação à água, como queremos a velocidade de II vista por I, podemos pensar o seguinte: o barco I está parado e a água é que desce trazendo com ela o barco II, este por sinal se move para esquerda em relação à água. Veja o efeito: paulosoutocamilo@gmail.com 14
  • 15. Professor Paulo Souto A composição das velocidades para baixo e para a esquerda do barco II dá uma velocidade resultante inclinada para sudoeste. OPÇÃO: C. 16.(UFMG/2009) Numa corrida, Rubens Barrichelo segue atrás de Felipe Massa, em um trecho da pista reto e plano. Inicialmente, os dois carros movem-se com velocidade constante, de mesmos módulo, direção e sentido. No instante t1, Felipe aumenta a velocidade de seu carro com aceleração constante; e, no instante t2, Barrichelo também aumenta a velocidade do seu carro com a mesma aceleração. Considerando essas informações, assinale a alternativa cujo gráfico melhor descreve o módulo da velocidade relativa entre os dois veículos, em função do tempo. paulosoutocamilo@gmail.com 15
  • 16. e 0R lv v v Repouso= − = ⇒ Professor Paulo Souto CORREÇÃO Questão de CINEMÁTICA, envolvendo o conceito de VELOCIDADE RELATIVA. Há várias maneiras de encará-la. Primeiramente, notamos que no começo, os dois têm a mesma velocidade. Isto faz com que um esteja, inicialmente, em repouso em relação ao outro. Veja: Como o da frente começa a acelerar primeiro, a velocidade relativa aumenta. Porém, a partir do momento que o de trás adquire a mesma aceleração, a velocidade relativa se estabiliza, pára de aumentar. Este raciocínio leva ao gráfico da letra A. Outra maneira que pensei de resolver a questão seria montando uma tabela. Observe que colocamos a velocidade de Massa na primeira linha, de Barrichelo na segunda e a velocidade relativa (diferença entre as duas) na última. Como exemplo, escolhi uma suposta aceleração de 2 m/s 2 . V (m/s) t1 t2 VMassa 10 10 10 12 14 16 18 20 22 Vbarrichelo 10 10 10 10 10 10 12 14 16 VRelativa 0 0 0 2 4 6 6 6 6 Veja que a partir do momento t1 que Massa acelera, a velocidade relativa aumenta, uniformemente (aceleração constante). Porém, quando Barrichelo adquire a mesma aceleração em t2, a velocidade relativa pára de aumentar e, a partir daí, permanece constante. OPÇÃO: A. 17. (UFMG/03-modificado) Um pequeno bote, que navega a uma velocidade de 2,0 m/s em relação à margem de um rio, é alcançado por um navio de 50 m de comprimento, que se move paralelamente a ele, no mesmo sentido, como mostrado na figura: paulosoutocamilo@gmail.com v rv r 16
  • 17. Professor Paulo Souto Esse navio demora 20 segundos para ultrapassar o bote. Ambos movem-se com velocidades constantes. Nessas condições, despreze o comprimento do próprio bote e calcule a velocidade do navio em relação à margem. CORREÇÃO Pelo conceito de velocidade relativa, o navio ultrapassa o bote devido à velocidade que ele tem a mais, isto é, devido à velocidade relativa do navio para o bote. Para você imaginar melhor, suponha que bote e navio tivessem exatamente a mesma velocidade. Um ficaria em repouso em relação ao outro! Assim, a ultrapassagem é devida apenas à parte da velociade – em relação à margem – que o navio tem a mais que o bote. Vetorialmente: vnavio em relação à margem = vbote + vRelativa do navio para o bote . Pela relação do Movimento uniforme: Re 50 l d v t = = 2 0 2,5 m s = Logo, a velocidade resultante – para a margem - do navio vale: vRes = 2+2,5 = 4,5 m/s. paulosoutocamilo@gmail.com botev uuur botev uuur Relv uuur RRe ebote ls vvv = + uuuuuur r uuur 17