Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Abuso sexual contra crianças e adolescentes
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Problemas sexuais no
ABUSO SEXUAL INFANTIL DSM.IV
Disfunções Sexuais
Seja qual for o número de abusos sexuais em crianças Desejo Sexual Hipoativo
que se vê nas estatísticas, seja quantos milhares forem, Aversão Sexual
devemos ter em mente que, de fato, esse número pode ser Transtornos da Excitação
bem maior. A maioria desses casos não é reportada, tendo Sexual
em vista que as crianças têm medo de dizer a alguém o que Transtornos Orgásmicos
se passou com elas. E o dano emocional e psicológico, em Ejaculação Precoce
longo prazo, decorrente dessas experiências pode ser Transtornos de Dor
devastador. Sexual
Dispareunia
Vaginismo
O abuso sexual às crianças pode ocorrer na família,
Parafilias
através do pai, do padrasto, do irmão ou outro parente Exibicionismo
qualquer. Outras vezes ocorre fora de casa, como por Pedofilia
exemplo, na casa de um amigo da família, na casa da Transvéstico
pessoa que toma conta da criança, na casa do vizinho, de Transtornos da Identidade
um professor ou mesmo por um desconhecido. de Gênero
Em tese, define-se Abuso Sexual como qualquer Problemas sexuais no
conduta sexual com uma criança levada a cabo por um CID.10
adulto ou por outra criança mais velha. Isto pode significar, Disfunção Sexual Não-
além da penetração vaginal ou anal na criança, também Orgânica
tocar seus genitais ou fazer com que a criança toque os Disfunção Orgásmica
genitais do adulto ou de outra criança mais velha, ou o
contacto oral-genital ou, ainda, roçar os genitais do adulto
com a criança.
Às vezes ocorrem outros tipos de abuso sexual que
chamam menos atenção, como por exemplo, mostrar os
genitais de um adulto a um criança, incitar a criança a ver
revistas ou filmes pornográficos, ou utilizar a criança para
elaborar material pornográfico ou obsceno.
.....
Veja um trecho da página
A Criança Abusada
2. de André Salame Seabra
sobre abuso sexual:
"O abuso sexual infantil Devido ao fato da criança muito nova não ser preparada psicologicamente
(ASI) é definido como a para o estímulo sexual, e mesmo que não possa saber da conotação ética e
exposição de uma criança moral da atividade sexual, quase invariavelmente acaba desenvolvendo
a estímulos sexuais problemas emocionais depois da violência sexual, exatamente por não ter
impróprios para sua idade, habilidade diante desse tipo de estimulação.
seu nível de
desenvolvimento
A criança de cinco anos ou pouco mais, mesmo conhecendo e apreciando a
psicossocial e seu papel na
família. A vítima é forçada
pessoa que o abusa, se sente profundamente conflitante entre a lealdade para
fisicamente ou coagida com essa pessoa e a percepção de que essas atividades sexuais estão sendo
verbalmente a participar da terrivelmente más. Para aumentar ainda mais esse conflito, pode experimentar
relação sem ter, profunda sensação de solidão e abandono.
necessariamente, a
capacidade emocional ou Quando os abusos sexuais ocorrem na família, a criança pode ter muito medo
cognitiva para consentir ou da ira do parente abusador, medo das possibilidades de vingança ou da
julgar o que está
vergonha dos outros membros da família ou, pior ainda, pode temer que a
acontecendo.
família se desintegre ao descobrir seu segredo.
The American Humane
Association, em seus mais A criança que é vítima de abuso sexual prolongado, usualmente desenvolve
recentes estudos, estima o uma perda violenta da auto-estima, tem a sensação de que não vale nada e
abuso sexual de crianças e adquire uma representação anormal da sexualidade. A criança pode tornar-se
adoslecentes nos Estados muito retraída, perder a confiaça em todos adultos e pode até chegar a
Unidos em 450 mil casos considerar o suicídio, principalmente quando existe a possibilidade da pessoa
por ano. Apesar desses que abusa ameaçar de violência se a criança negar-se aos seus desejos.
números serem altos, é
consenso que o número de
casos não relatados seja
Algumas crianças abusadas sexualmente podem ter dificuldades para
maior que o número de estabelecer relações harmônicas com outras pessoas, podem se transformar em
casos notificados, devido adultos que também abusam de outras crianças, podem se inclinar para a
ao segredo e vergonha que prostituição ou podem ter outros problemas sérios quando adultos.
são inerentes ao ASI.
Estima-se que uma em Comumente as crianças abusadas estão aterrorizadas, confusas e muito
cada três mulheres e um temerosas de contar sobre o incidente. Com freqüência elas permanecem
de cada seis homens
silenciosas por não desejarem prejudicar o abusador ou provocar uma
passem por um episódio de
abuso sexual.
desagregação familiar ou por receio de serem consideradas culpadas ou
castigadas. Crianças maiores podem sentir-se envergonhadas com o incidente,
Estudos têm revelado que principalmente se o abusador é alguém da família.
os homens se abstêm de
notificar o abuso sexual, Mudanças bruscas no comportamento, apetite ou no sono pode ser um indício
devido ao medo e à de que alguma coisa está acontecendo, principalmente se a criança se mostrar
vergonha de serem curiosamente isolada, muito perturbada quando deixada só ou quando o
rotulados como abusador estiver perto.
homossexuais. Sabe-se,
também, que 80% das
vítimas de ASI conhecem
O comportamento das crianças abusadas sexualmente pode incluir:
seus abusadores. Desse
grupo, aproximadamente 1.Interesse excessivo ou evitação de natureza sexual;
68% é membro da própria 2.Problemas com o sono ou pesadelos;
família. 80% dos 3.Depressão ou isolamento de seus amigos e da família;
abusadores são homens e 4.Achar que têm o corpo sujo ou contaminado;
20% mulheres. A média de 5.Ter medo de que haja algo de mal com seus genitais;
idade do início do ASI é de
6.Negar-se a ir à escola,
9,2 anos para as mulheres
e 7,8 a 9,7 para os
7.Rebeldia e Delinqüência;
homens. 8.Agressividade excessiva;
9.Comportamento suicida;
Dos casos de ASI 10. Terror e medo de algumas pessoas ou alguns lugares;
intrafamiliar, 75% é pai-filha 11. Retirar-se ou não querer participar de esportes;
(incluindo padrastos, 12. Respostas ilógicas (para-respostas) quando perguntamos
namorados da genitora sobre alguma ferida em seus genitais;
3. 13. Temor irracional diante do exame físico;
morando na mesma casa, 14. Mudanças súbitas de conduta.
ou outros que tenham
Algumas vezes, entretanto, crianças ou adolescentes portadores de
papel paternal), enquanto
25% dos casos são de Transtorno de Conduta severo fantasiam e criam falsas informações em relação
mulheres-criança ou irmã- ao abuso sexual.
irmã.
Quem é o Agressor Sexual
Esses estudos indicam que
meninas são mais
abusadas sexualmente Mais comumente quem abusa sexualmente de crianças são pessoas que a
dentro do ambiente criança conhece e que, de alguma forma, podem controla-la. De cada 10 casos
familiar, enquanto garotos registrados, em 8 o abusador é conhecido da vítima. Esta pessoa, em geral, é
e crianças maiores são alguma figura de quem a criança gosta e em quem confia. Por isso, quase
mais abusados fora da sempre acaba convencendo a criança a participar desses tipos de atos por meio
família. de persuasão, recompensas ou ameaças.
No Brasil, O Serviço de
Advocacia da Criança
(SAC), entidade ligada à
Mas, quando o perigo não está dentro de casa, nem na casa do amiguinho,
Ordem dos Advogados do ele pode rondar a creche, o transporte escolar, as aulas de natação do clube, o
Brasil, fez uma pesquisa a consultório do pediatra de confiança e, quase impossível acreditar, pode estar
partir de processos nas aulas de catecismos da paróquia. Portanto, o mais sensato será acreditar
registrados em 1988,1991 que não há lugar absolutamente seguro contra o abuso sexual infantil.
e 1992 para chegar à
seguinte cifra: das 20.400 Segundo a Dra. Miriam Tetelbom, o incesto pode ocorrer em até 10% das
denúncias de maus-tratos
famílias. Os adultos conhecidos e familiares próximos, como por exemplo o pai,
`a criança que chegam
anualmente ao
padrasto ou irmão mais velho são os agressores sexuais mais freqüentes e mais
conhecimento da Justiça, desafiadores. Embora a maioria dos abusadores seja do sexo masculino, as
13% referem-se a mulheres também abusam sexualmente de crianças e adolescentes.
situações de abuso sexual,
o que resulta em 2.700 Esses casos começam lentamente através de sedução sutil, passando a
novos casos a cada 12 prática de "carinhos" que raramente deixam lesões físicas. É nesse ponto que a
meses. criança se pergunta como alguém em quem ela confia, de quem ela gosta, que
cuida e se preocupa com ela, pode ter atitudes tão desagradáveis.
O ASI pode ser intrafamiliar
ou extrafamiliar; este, por
sua vez, pode ser com A Família da Criança Abusada Sexualmente
adultos conhecidos ou
desconhecidos. Menção A primeira reação da família diante da notícia de abuso sexual pode ser de
especial deve ser feito aos
incredulidade. Como pode ser comum crianças inventarem histórias, de fato elas
abusos sexuais
institucionais, os quais são
podem informar relações sexuais imaginárias com adultos, mas isso não é a
perpetrados em instituições regra. De modo geral, mesmo que o suposto abusador seja alguém em quem se
encarregadas de zelar pelo vinha confiando, em tese a denúncia da criança deve ser considerada.
bem-estar da criança.
Em geral, aqueles que abusam sexualmente de crianças podem fazer com
O ASI intrafamiliar é que suas vítimas fiquem extremamente amedrontadas de revelar suas ações,
definido como qualquer incutindo nelas uma série de pensamentos torturantes, tais como a culpa, o
forma de atividade sexual medo de ser recriminada, de ser punida, etc. Por isso, se a criança diz ter sido
entre uma criança e um
molestada sexualmente, os pais devem fazê-la sentir que o que passou não foi
membro imediato da família
sua culpa, devem buscar ajuda médica e levar a criança para um exame com o
( pai, padrasto, irmão ),
extensivo ( tio, avô, tia, psiquiatra.
primo )ou parentes
substitutos ( um adulto o Os psiquiatras da infância e adolescência podem ajudar crianças abusadas a
qual a criança considere recuperar sua auto-estima, a lidar melhor com seus eventuais sentimentos de
como um membro da culpa sobre o abuso e a começar o processo de superação do trauma. O abuso
família ). sexual em crianças é um fato real em nossa sociedade e é mais comum do que
O ASI intrafamiliar também
muita gente pensa. Alguns trabalhos afirmam que pelo menos uma a cada cinco
é conhecido com incesto.
mulheres adultas e um a cada 10 homens adultos se lembra de abusos sexuais
Existem cinco tipos de
relações incestuosas: pai- durante a infância.
filha, irmão-irmã, mãe-filha,
pai-filho, mãe-filho. Destes, O tratamento adequado pode reduzir o risco da criança desenvolver sérios
4. problemas no futuro, mas a prevenção ainda continua sendo a melhor atitude.
é possível que irmão-irmã
Algumas medidas preventivas que os pais podem tomar, fazendo com que essas
seja o tipo mais comum.
regras de conduta soem tão naturais quanto as orientações para atravessar uma
Entretanto, o mais relatado
é entre pai e filha (75% dos rua, afastar-se de animais ferozes, evitar acidentes, etc. Se considerar que a
casos ). Mãe-filho é criança ainda não tem idade para compreender com adequação a questão
considerado o tipo mais sexual, simplesmente explique que algumas pessoas podem tentar tocar as
patológico, sendo freqüente partes íntimas (apelidadas carinhosamente de acordo com cada família), de
sua associação com forma que se sintam incomodadas.
psicose. Por outro lado, o
do tipo irmão-irmã
1.Dizer às crianças que "se alguém tentar tocar-lhes o corpo e fazer coisas que a
provavelmente acarrete
façam sentir desconfortável, afaste-se da pessoa e conte em seguida o que
menores seqüelas." veja a
página toda aconteceu."
2.Ensinar às crianças que o respeito aos maiores não quer dizer que têm que
obedecer cegamente aos adultos e às figuras de autoridade. Por exemplo, dizer
que não têm que fazer tudo o que os professores, médicos ou outros cuidadores
mandarem fazer, enfatizando a rejeição daquilo que não as façam sentir-se bem.
3.Ensinar a criança a não aceitar dinheiro ou favores de estranhos.
4.Advertir as crianças para nunca aceitarem convites de quem não conhecem.
5.A atenta supervisão da criança é a melhor proteção contra o abuso sexual pois,
muito possivelmente, ela não separa as situações de perigo à sua segurança
sexual.
6.Na grande maioria dos casos os agressores são pessoas conhecem bem a
criança e a família, podem ser pessoas às quais as crianças foram confiadas.
7.Embora seja difícil proteger as crianças do abuso sexual de membros da família
ou amigos íntimos, a vigilância das muitas situações potencialmente perigosas é
uma atitude fundamental.
8.Estar sempre ciente de onde está a criança e o que está fazendo.
9.Pedir a outros adultos responsáveis que ajudem a vigiar as crianças quando os
pais não puderem cuidar disso intensivamente.
10.Se não for possível uma supervisão intensiva de adultos, pedir às crianças que
fiquem o maior tempo possível junto de outras crianças, explicando as vantagens
do companheirismo.
11.Conhecer os amigos das crianças, especialmente aqueles que são mais velhos
que a criança.
12.Ensinar a criança a zelar de sua própria segurança.
13.Orientar sempre as crianças sobre opções do que fazer caso percebam más
intenções de pessoas pouco conhecidas ou mesmo íntimas.
14.Orientar sempre as crianças para buscarem ajuda com outro adulto quando se
sentirem incomodadas.
15.Explicar as opções de chamar atenção sem se envergonhar, gritar e correr em
situações de perigo.
16.Orientar as crianças que elas não devem estar sempre de acordo com
iniciativas para manter contacto físico estreito e desconfortável, mesmo que sejam
por parte de parentes próximos e amigos.
17.Valorizar positivamente as partes íntimas do corpo da criança, de forma que o
contacto nessas partes chame sua atenção para o fato de algo incomum e
estranho estar acontecendo.
5. ABUSO SEXUAL INTRAFAMILIAR
AGRESSOR
No.
%
PAI
77
52
PADRASTO
47
32
TIO
10
8
MÃE
4
4
AVÔ
3
2
PRIMO
2
1
CUNHADO
6. Que fazer Ilana Casoy em seu
livro Serial Killer: louco
Uma falsa crença é esperar que a criança abusada avise sempre sobre o que ou cruel? relata que
está acontecendo. Entretanto, na grande maioria das vezes, as vítimas de abuso tradicionalmente, o
são convencidas pelo abusador de que não devem dizer nada a ninguém. A comportamento do
primeira intenção da criança é, de fato, avisar a alguém sobre seu drama mas, em adulto psicopata pode
geral, nem sempre ela consegue fazer isso com facilidade, apresentando um ser conseqüência de
discurso confuso e incompleto. Por isso os pais precisam estar conscientes de que abusos sofridos na
as mudanças na conduta, no humor e nas atitudes da criança podem indicar que infância, abusos
sexuais, físicos ou
ela é vítima de abuso sexual.
emocionais ou, ainda,
conseqüência de
Muitos pais se sentem totalmente despreparados e pegos de surpresa quando
traumas relacionados
sua criança é abusada, mas sempre devemos ter em mente que as reações ao abandono infantil.
emocionais da família serão muito importante na recuperação da criança. Estudando matadores
seriais, Ilana reconhece
Quando uma criança confia a um adulto que sofreu abuso sexual, o adulto pode serem raros os casos
sentir-se muito incomodado e não saber o que dizer ou fazer. Vejamos algumas que não tenham uma
sugestões (American Academy of Child and Adolescent Psychiatry): história de abuso ou
negligência dos pais,
1.Incentivar a criança a falar livremente o que se passou, sem porém, ressalta que
externar comentários de juízo. isso não significa que
2.Demonstrar que estamos compreendendo a angústia da toda criança com
criança e levando muito a sério o que esta dizendo. As crianças e história de algum tipo
adolescentes que encontram quem os escuta com atenção e de abuso seja um
compreensão, reagem melhor do que aquelas que não encontram matador em potencial.
esse tipo de apoio.
3.Assegurar à criança que fez muito bem em contar o ocorrido
pois, se ela tiver uma relação muito próxima com quem a abusa,
normalmente se sentirá culpada por revelar o segredo ou com
muito medo de que sua família a castigue por divulgar o fato.
4.Dizer enfaticamente à criança que ela não tem culpa pelo
abuso sexual. A maioria das crianças vítimas de abuso pensa que
elas foram a causa do ocorrido ou podem imaginar que isso é um
castigo por alguma coisa má que tenham feito.
Finalmente, oferecer proteção à criança, e prometer que fará de imediato tudo o
que for necessário para que o abuso termine.
No momento em que esse incidente vem à tona, devemos considerar que o bem
estar da criança é a prioridade. Se os familiares estão emocionalmente muito
perturbados nesse momento, o assunto deve ser interrompido para que as
emoções e idéias possam ser mais bem organizadas. Depois disso, deve-se voltar
a tratar do assunto com a criança, explicando sempre que as emoções negativas
são dirigidas ao agressor e nunca contra a criança.
Não devemos apressar insensivelmente a criança para relatar tudo de uma só
vez, principalmente se ela estiver muito emocionada. Mas, por outro lado, devemos
encorajá-la a falar com liberdade tudo o que tenha acontecido, escutando-a
carinhosamente para que se sinta confiante. Responda a qualquer pergunta que a
esteja angustiando e esclareça qualquer mal entendido, enfatizando sempre que é
o abusador e não a criança o responsável por tudo.
Se o abusador é um familiar a situação é bastante difícil para a criança e para
demais membros da família. Embora possam existir fortes conflitos e sentimentos
sobre o abusador, a proteção da criança deve continuar sendo a prioridade.
Abaixo, algumas condutas que devem ser pensadas nos casos de violência sexual
contra crianças.
7. 1. Informe as autoridades qualquer suspeita séria de abuso
sexual.
2.Consultar imediatamente um pediatra ou médico de família
para atestar a veracidade da agressão (quando houver sido
concretizada). O exame médico pode avaliar as condições físicas e
emocionais da criança e indicar um tratamento adequado.
3.A criança abusada sexualmente deve submeter-se a uma
avaliação psiquiátrica por ou outro profissional de saúde mental
qualificado, para determinar os efeitos emocionais da agressão
sexual, bem como avaliar a necessidade de ajuda profissional para
superar o trauma do abuso.
4. Ainda que a maior parte das acusações de abuso sejam
verdadeiras, pode haver falsas acusações em casos de disputas
sobre a custódia infantil ou em outras situações familiares
complicadas.
5. Quando a criança tem que testemunhar sobre a identidade de
seu agressor, deve-se preferir métodos indiretos e especiais
sempre que possível, tais como o uso de vídeo, afastamento de
expectadores dispensáveis ou qualquer outra opção de não ter que
encarar o acusado.
6.Quando a criança faz uma confidência a alguém sobre abuso
sexual, é importante dar-lhe apoio e carinho; este é o primeiro
passo para ajudar no restabelecimento de sua autoconfiança, na
confiança nos outros adultos e na melhoria de sua auto-estima.
7.Normalmente, devido ao grande incômodo emocional que os
pais experimentam quando ficam sabendo do abuso sexual em
seus filhos, estes podem pensar, erroneamente, que a raiva é
contra eles. Por isso, deve ficar muito claro que a raiva manifestada
não é contra a criança abusada.
Seqüelas
Felizmente, os danos físicos permanentes como conseqüência do abuso sexual
são muito raros. A recuperação emocional dependerá, em grande parte, da
resposta familiar ao incidente (Embarazada.Com). As reações das crianças ao
abuso sexual diferem com a idade e com a personalidade de cada uma, bem como
com a natureza da agressão sofrida. Um fato curioso é que, algumas (raras) vezes,
as crianças não são tão perturbadas por situações que parecem muito sérias para
seus pais.
O período de readaptação depois do abuso pode ser difícil para os pais e para a
criança. Muitos jovens abusados continuam atemorizados e perturbados por várias
semanas, podendo ter dificuldades para comer e dormir, sentindo ansiedade e
evitando voltar à escola.
As principais seqüelas do abuso sexual são de ordem psíquica, sendo um
relevante fator na história da vida emocional de homens e mulheres com
problemas conjugais, psicossociais e transtornos psiquiátricos.
Antecedentes de abuso sexual na infância estão fortemente relacionados a
comportamento sexual inapropriado para idade e nível de desenvolvimento,
quando comparado com a média das crianças e adolescentes da mesma faixa
etária e do mesmo meio sócio-cultural sem história de abuso.
Em nível de traços no desenvolvimento da personalidade, o abuso sexual infantil
pode estar relacionado a futuros sentimentos de traição, desconfiança, hostilidade
e dificuldades nos relacionamentos, sensação de vergonha, culpa e auto-
desvalorização, à baixa autoestima à distorção da imagem corporal, Transtorno