O documento descreve a vida e carreira da escritora Alice Vieira. Começou a escrever aos 14 anos para jornais, casou-se com o jornalista Mário Castrim que foi a pessoa mais importante em sua vida, e publicou mais de 70 livros que venderam quase 2 milhões de cópias. Atualmente continua escrevendo e dividindo seu tempo entre várias editoras.
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
Alice pdf
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Alice
Vieira
Só gosto da minha vida
a partir dos 20 e tal anos
Começou no jornalismo e entrou pela literatura. Primeiro para crianças e jovens, depois para
os outros. Poesia incluída. Diz-se “amigodependente”, recebe e faz chamadas às três da manhã.
Já foi menos católica, pensa por frases e fala sozinha na rua. Não entra em cemitérios
e tem poucas memórias de infância. Hoje vai a uma festa temática: 30 Anos de Livros
de muitos telefonemas e cartas, toda a vida”, diziam-lhe. “Afinal”, sou, aquilo que faço, aquilo que a recordações e não a deixa lembrar-
Rita Pimenta
quando a escritora foi trabalhar, conta, “quando tive o ‘cancro da escrevo, foi muito obra dele. Sinto, se de quando era criança. “Recordo-
a Há 30 anos que escreve livros. como jornalista, para o Diário de praxe’ e fui operada, ele é que foi o no entanto, algum remorso por me de muito pouca coisa da minha
Mas foi há mais tempo que Alice Lisboa. Pouco depois, iria para o meu enfermeiro. A quimioterapia ele se ter afastado da escrita por infância. Lembro-me assim de
Vieira enviou o primeiro texto Diário Popular. “As pessoas, quando custou-me muito. Há 20 anos, os minha causa. Para eu poder fazer momentos do género: eu estou aqui
para um jornal. Não o publicaram. têm um relacionamento, não devem produtos eram mais agressivos e eu a vida que fiz, ele não publicou sentada ao pé de alguém. Mas não
Tinha 14 anos e recebeu uma carta trabalhar no mesmo sítio. Seja vomitava bastante. Ele obrigava-me tanto como devia. Escrever escrevia me lembro de mim. Acho que é uma
do Diário de Lisboa a pedir que marido e mulher, pai e filho. Por a ir imediatamente para o jornal (tenho muitos inéditos), mas não defesa.”
não desistisse. Assinatura: Mário isso, atravessei a rua e fui para o trabalhar. Acho que nem estive um publicava.” No entanto, quando se pergunta
Castrim. Tentou uma e outra vez e Diário Popular.” Seguiu-se o Record mês de baixa. E ainda bem que me E repete várias vezes: “Tive sorte, se era maltratada, responde:
viu muitos textos serem impressos. e o Diário de Notícias. obrigou. Se não fosse isso, eu podia tive sorte”. E ele? “Acho que sim. Ele “Não. Eu era super bem tratada.
Casou com ele, o remetente. Castrim foi a pessoa mais ter ido abaixo. Assim, tinha mais que também teve.” Mas maltratar não é só andar ao
Uma paixão de 40 anos. “Mas importante da sua vida. Toda a fazer do que estar infeliz.” estalo às crianças. Eu vivi sempre
paixão mesmo”, diz Alice quando gente a desaconselhou a viver com E recorda como sempre a “Não me lembro de mim” com pessoas que me diziam (e era
fala do jornalista e escritor. Tinham ele, pela diferença de idades e estimulou a escrever, nunca Alice Vieira, de 66 anos, passou verdade) que não eram nem o meu
23 anos de diferença de idades e pelos problemas de saúde que lhe deixando de ser muito crítico. “Não a infância com tias velhas e não pai nem a minha mãe. E portanto
só se conheceram “ao vivo” depois adivinhavam. “Vais ser a enfermeira tenho dúvida de que aquilo que gostou. A memória decidiu poupá-la eu não era filha deles e não tinham
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na altura a actual licenciatura em Estou a trabalhar no horário de
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Línguas e Literaturas Modernas, outras pessoas. Vou porque gosto,
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variante de Inglês e Alemão, a porque vejo satisfação nos olhos
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escolha de ser jornalista não foi dos miúdos e isso é bom. Mas não
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lá muito bem vista pela família. tenho obrigação de fazer com que
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“Quando acabei o curso, já era os meninos gostem de ler. Noventa
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maior e vacinada. Jurei e cumpri por cento das escolas nem sequer
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que fazia a faculdade. Tinham de compram os meus livros. E pagam
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aceitar a minha escolha, mas nunca as minhas visitas a contragosto.
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foi profissão de que gostassem Quando eu quiser dar o meu
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muito. Nós ainda hoje rimos porque, trabalho, dou, mas sou eu que
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quando se falava das sobrinhas, escolho.”
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as tias diziam: a fulana é médica, No entanto, tem muita dificuldade
a outra é advogada e a Alice, essa, em dizer “não” quando a convidam,
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lá anda na vida que ela escolheu... mesmo se o pagamento não está
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Parecia que eu era uma perdida”, previsto. “Agora, felizmente, a Leya
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diz, no meio de uma gargalhada. trata disso. Gere a minha agenda e
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Mas o jornalismo era, desde eu já não tenho de andar a negociar
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cedo, uma paixão, não o escolheu com as escolas. O ano de 2010 já está
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para contrariar as tias. “Ver as completo. A Leya foi o melhor que
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coisas publicadas, com o nome me aconteceu.” Mas não só por isto.
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cá em baixo. Eu assinava Alice
Vassalo Pereira. E, depois, o R
Romance em Porto Santo
cheiro do chumbo conquistou-me A escritora divide-se entre quatro
definitivamente.” Até hoje. Continua editoras (Caminho, Texto, Casa
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a escrever crónicas para o Jornal de das Letras, Oficina do Livro e Dom
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Notícias e para as revistas Activa, Quixote) e o facto de pertencerem
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Audácia e Tempo Livre. “E ainda todas ao mesmo grupo facilita-lhe
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adoro fazer entrevistas.” a vida. “No outro dia, o patrão
Os livros vieram mais tarde, em da Leya dizia-me: quer trabalhar
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resultado do prémio da Gulbenkian, em mais alguma editora? Diga,
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em 1979, de Literatura Infantil Ano que a gente compra. Eu dou-me
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Internacional da Criança pela obra bem com eles porque sou muito
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Rosa, Minha Irmã Rosa. Na altura, profissional e cumpridora. Eu
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ganhou 75 contos (375 euros) e levou preciso de prazos. Se não me põem
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os filhos a Atenas: Catarina, hoje prazos, não faço nada. E trabalho
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com 40 anos, e André, com 39. muito mais e até melhor se tiver
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“Às vezes, penso: eu comecei a muitas coisas para fazer ao mesmo
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escrever tarde, podia ter começado tempo. Isso vem do jornalismo.
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mais cedo. Mas depois penso Há uma sobrecarga de trabalho e
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que não. Se eu tivesse começado a gente despacha tudo ( jornalismo
antes… mas eu não sou nada a favor diário, claro).
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de quem começa muito cedo. As Há autores que me dizem: ‘Como
pessoas têm de viver um bocadinho, é que tu podes saber que daqui
têm de crescer. Quando digo que a uns dias tens um livro pronto?
podia ter começado uns anos antes, E se não consegues?’ Tenho de
se calhar não podia. Ou tinha conseguir. Essa relação de trabalho
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começado pior, não sei.” para mim é boa. Por exemplo, agora
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Em 30 anos, já publicou mais sei, mas sei rigorosamente que até
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de 70 livros, vendeu perto de 2 dia 16 [hoje], mesmo dia 16, tenho
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milhões de exemplares e ganhou de entregar um romance.” Chama-
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dez dos mais significativos se Meia Hora para Mudar a Minha
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prémios literários da literatura Vida, “como a cantiga da Adriana
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infantil e juvenil. Foi nomeada Calcanhotto”.
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este ano para o Astrid Lindgren Será mais um romance juvenil
Memorial Award, um dos mais com uma rapariga de 16 anos como
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importantes prémios nesta protagonista. Uma actriz de teatro
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área, com o valor de 500 mil amador. Passa-se em Lisboa, sempre
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euros. Lisboa. “Sou muito lisboeta e não
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Não escreve por dinheiro, gosto de escrever sobre coisas que
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mas gosta de ser paga pelo seu não conheço. Não dá para chegar a
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trabalho. Irrita-se que lhe digam um sítio, estar lá dois dias e escrever
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que a escrita é um hobby. “Vou uma história. Ou é um romance
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a escolas quase todos os dias e histórico ou então não consigo.
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durante as horas em que estou Só tenho um romance juvenil que
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lá não estou a desenvolver é metade em Lisboa, metade na
o meu trabalho zona das Gafanhas, Aveiro, que é
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de escrita. donde eu sou: Viagem à Roda do Meu
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nada de fazer aquilo que
a Nome.”
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estavam a fazer. Foi sempre
vam Hoje, depois da festa (e de
um relacionamento um bocado entregar o livro), ficará mais liberta
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frio, uma coisa entre velhos. Eu só
, para pensar num romance de base
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encontrei miúdos da minha idade
ontrei histórica que lhe anda a passear na
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quando entrei para o liceu. Até aí,
ndo cabeça há uns tempos. “Passa-se na
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nunca tinha tido gente da minha
ca ilha de Porto Santo, no séc. XVI. Fui
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idade ao pé de mim. Roubarem-me
de à Madeira e aproveitei para recolher
essa parte, foi complicado. Isso pode
a umas informações que faltavam. Em
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dar cabo de uma pessoa”. Não deu. 1533, houve uma heresia, a heresia
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Depois de conseguir ter amigos,
epois dos profetas, que pôs a ilha a ferro
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tornou-se, como diz, numa
nou-se, e fogo. Só no Porto Santo, nem
verdadeira “amigodependente”. E
dadeira eram bons.” chegou à Madeira. Quando estava
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alguns até a fizeram ser de novo mais
uns Esta é das suas a escrever sobre os Açores, sobre
católica. Porque são padres, poetas
ólica. poucas memórias uma heroína de Angra do Heroísmo,
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ou missionários. “É impossível não claras de infância. descobri esta história. Por isso,
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se ficar tocado por estas pessoas.” “Isso [o passado] serviu-me para a palavra ‘profeta’ é um bocado
Pode telefonar a um amigo “às três
e ser a pessoa que sou hoje, para ser pejorativa na ilha. E não digo mais
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da manhã”. Mas também os atende a profundamente optimista, acreditar nada.” Não é preciso.
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todos e a qualquer hora. Eles sabem
os que as coisas se resolvem desde Alice Vieira tem quatro netos
ILUSTRAÇÃO: BERNARDO CARVALHO
que os acompanha até ao fim. Só não que queiramos. Não podemos estar (Adriana, de 14 anos; Diogo, 10;
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entra no cemitério. “Eu tinha uma
ra à espera que as soluções caiam do Pedro, nove; Isabel, cinco), muitos
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tia muito mórbida. Todas as quartas- céu, do céu só cai a chuva. Mas só amigos, muitos leitores e um
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feiras, íamos para o Alto de São João
as, gosto da minha vida a partir dos namorado. Às 17h, têm encontro
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limpar as campas. E logo ela, que
par vinte e tal anos.” marcado no Jardim de Inverno
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era má para as pessoas e lhes fazia a Depois do curso tirado, do Teatro de São Luiz, em Lisboa.
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vida negra. Depois de mortos é que
a negra Germânicas, como se designava
Germânicas Porque está de parabéns.
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