2. Liberdade significa o direito de agir
segundo o seu livre arbítrio, de
acordo com a própria vontade, desde
que não prejudique outra pessoa, é a
sensação de estar livre e não depender
de ninguém.
3. A liberdade ocupa um lugar de primeira grandeza nas
reflexões dos filósofos. Com efeito, ela é o princípio e o fim
de toda a filosofia. Que a liberdade se situe no princípio da
filosofia, isso é uma evidência: filosofar é pensar por si
mesmo, isto é, exercer livremente o seu juízo, submeter
todas as questões a um exame livre, recusar qualquer
autoridade estranha à razão. A filosofia certifica a liberdade
pelo próprio exercício de pensar. Mas a liberdade não está
só no princípio da filosofia. Ela está também no centro da
sua reflexão e dos seus debates. É que a liberdade é o ideal
que a filosofia procura e se propõe, na prática, realizar. O
facto de a liberdade estar no princípio e no fim de toda a
filosofia testemunha a sua inscrição no coração das
preocupações essenciais da humanidade. Pois para todos os
homens a liberdade é encarada como o primeiro de todos os
bens. E se a liberdade é, antes de tudo o mais, apreendida
como uma exigência e um direito inalienável, é porque é ela
que dá sentido e valor à vida humana.
4. Liberdade, em filosofia, pode ser compreendida tanto
negativa quanto positivamente. Sob a primeira
perspectiva denota a ausência de submissão, servidão e
de determinação; isto é, qualifica
a independência do ser humano. Na segunda, liberdade
é a autonomia e a espontaneidade de
um sujeito racional; elemento qualificador e
constituidor da condição dos
comportamentos humanos voluntários.
5. Diversos filósofos estudaram e publicaram suas
obras sobre a liberdade, como Marx, Sartre,
Descartes, Kant, e outros. Para Descartes a
liberdade é motivada pela decisão do próprio
indivíduo, mas muitas vezes essa vontade
depende de outros fatores, como dinheiro ou
bens materiais.
6. Segundo Kant, liberdade está relacionado com atonia,
é o direito do indivíduo dar suas próprias regras, que
devem ser seguidas racionalmente. Essa liberdade só
ocorre realmente, através do conhecimento das leis
morais e não apenas pela própria vontade da pessoa.
Kant diz que a liberdade é o livre arbítrio e não deve
ser relacionado com as leis.
Para Sartre, a liberdade é a condição de vida do ser
humano, o princípio do homem é ser livre. O homem é
livre por si mesmo, independente dos fatores do
mundo, das coisas que ocorrem, ele é livre para fazer o
que tiver vontade.
7. A história desse conceito perpassa os estudos de épocas
e pensadores diversos e registra a interpretação de
doutrinas sociais bastante variadas. Podemos fazer uma
distinção inicial entre o que se convencionou chamar de
concepção “negativa” e “positiva” da liberdade. Em seu
sentido negativo, liberdade significa a ausência de
restrições ou de interferência. O sentido positivo de
liberdade significa a posse de direitos, implicando o
estabelecimento de um amplo âmbito de direitos civis,
políticos e sociais. O crescimento da liberdade é
concebido como uma conquista da cidadania.
8. A profundeza da liberdade, começar com aquilo que
está mais perto: nós mesmos. A grandeza da
liberdade, a verdadeira liberdade, a dignidade, a sua
beleza, está em nós quando a ordem é completa. E
essa ordem só vem quando somos uma luz para nós
mesmos. Liberdade para fazer o que quisermos, para
ter o emprego de que gostamos, liberdade para
escolher uma pessoa, liberdade para ler qualquer
livro, ou liberdade para não ler absolutamente nada.
9. Em um sentido ético, trata-se do direito de escolha pelo
indivíduo de seu modo de agir, independentemente de
qualquer determinação externa. "A liberdade consiste
unicamente em que, ao afirmar ou negar, realizar ou
enviar o que o entendimento nos prescreve, agimos de
modo a sentir que, em nenhum momento, qualquer
força exterior nos constrange" (Descartes).
De maneira geral, a liberdade de indivíduos ou grupos
sempre sugere, ou tem a possibilidade de implicar, a
limitação da liberdade de outros.