O documento discute a importância da dimensão social no desenvolvimento sustentável da sociedade. Afirma que o crescimento econômico isolado não é suficiente e que é necessário investir no ser humano em áreas como educação, saúde e cultura. Também defende a articulação entre o setor produtivo, infraestrutura e serviços com o social, e o papel da responsabilidade social das empresas nesse processo de transformação.
13. A essência do enfoque é que não se trata de optar pelo supermercado ou pelo livro, pelo interesse econômico ou pelo social: trata-se de articulá-los. E em numerosos países, a articulação destes interesses já foi incorporada nas práticas correntes de gestão da sociedade, na chamada governança. Em um supermercado em Toronto, se encontra uma sala repleta de livros. Explicaram que se tratava de uma seção da biblioteca municipal, que funciona dentro do supermercado. A lógica é simples: quando uma pessoa vai fazer compras, aproveita para pegar um livro para a semana, devolvendo o da semana anterior. Em termos micro-econômicos, de faturamento, não há dúvida que o supermercado preferiria ter uma seção de cremes de beleza. Mas em termos de qualidade de vida e de cidadania, ter essa facilidade de acesso aos livros, poder folheá-los com as crianças, gerando interesse pela cultura, aumenta indiscutivelmente a produtividade social.