O documento discute as transformações econômicas nas regiões rurais do Brasil e Estados Unidos, com a migração da população para as cidades e a concentração da produção agrícola em poucas propriedades. Também aborda os desafios enfrentados pelos pequenos produtores rurais devido à complexidade do sistema agroindustrial moderno.
1. AGRISSÊNIOR
NOTICIAS
Pasquim informativo e virtual.
Opiniões, humor e mensagens
EDITORES: Luiz Ferreira da Silva
(luizferreira1937@gmail.com) e
Jefferson Dias (jeffcdiass@gmail.com)
Edição 496 – ANO XI Nº 10 – 08 de outubro de 2014
A EBULIÇÃO ECONÔMICA DAS REGIÕES RURAIS
Zander Navarro e Eliseu Alves
Zander Navarro e Eliseu Alves são pesquisadores da Embrapa. Eliseu foi presidente da empresa
(1979-1984)
Entre 1940 e 1980 os Estados Unidos
perderam 61% dos seus imóveis rurais, pois
as famílias migraram para as cidades. Em
uma geração tudo mudou, emergindo a
agricultura mais poderosa do mundo, embora
produzindo num interior esvaziado. Ainda que
a população rural residente seja maior, menos
de 2% trabalham diretamente nas atividades
agrícolas. A literatura intitulou aqueles anos
de "a grande transformação". Contudo
ninguém bradou contra essa fuga
populacional, sendo mudança espacial que
quase passou despercebida.
No Brasil, é preciso alertar o novo governo
que surgirá das urnas para as profundas
transformações rurais em curso, pois as
similaridades com o caso estadunidense são
nítidas. Três grandes processos reconfiguram
o campo em nossos dias, repetindo a história
rural daquele país.
Primeiramente, chegamos à fase financeira
de um ciclo de modernização da produção,
cujas raízes foram lançadas no final dos anos
1960. A atividade agropecuária saltou para
um nível financeiro bem mais elevado, em
função dos investimentos necessários. Em
segundo lugar, ampliam-se as inovações em
todo o sistema agroindustrial, introduzindo
impressionante densidade tecnológica nas
operações produtivas, além de inúmeras
mudanças organizacionais. Se não incorporar
essas inovações, também o produtor se
arrisca a perder o seu lugar. O terceiro vetor
ativa dramáticas implicações sociais: ante os
impactos decorrentes do acirramento
concorrencial, está em operação um inédito
processo seletivo, e os produtores
despreparados estão sendo rapidamente
alijados.
Tudo somado, interpretar o atual
desenvolvimento agrário e agrícola tornou-se
um grande desafio. E para a vasta maioria
das famílias rurais surgiu um ameaçador
mundo novo de espantosa complexidade.
Não surpreende, portanto, que quase todos
os mitos do passado estejam sendo
demolidos pela crueza dos fatos e, cada vez
mais, os processos econômicos e financeiros
estejam encurralando os produtores de menor
porte. Não é fenômeno apenas nosso:
praticamente 90% do total da produção, em
valor, se originou em apenas 12% a 14% dos
estabelecimentos, no Brasil e nos Estados
Unidos, mas também na União Europeia dos
atuais 27 países que a formam. Ou seja, a
forte concentração da produção agropecuária
é apanágio do capitalismo avançado. No caso
brasileiro, metade do valor da produção
decorre de apenas 27 mil estabelecimentos,
de um total de 4,4 milhões! É por isso que um
estudo recente demonstrou que a agricultura
familiar responde, de fato, por apenas 22% do
total dos alimentos produzidos.
2. A extrema assimetria de resultados
econômicos decorre do também desigual
acesso à melhor tecnologia existente, sendo
essa uma faceta que se espalha por todo o
território. São tendências que pressionam os
produtores mais pobres, mais
descapitalizados e com escassos recursos, os
quais se tornaram demasiadamente frágeis
para se integrarem às cadeias agroindustriais
e são presas fáceis das imperfeições dos
mercados. Sob este contexto, ao contrário do
passado, o acesso à terra tornou-se variável
menor, pois outros recursos têm sido mais
decisivos.
Tome-se o caso do semiárido nordestino. É
bioma que engloba 9 Estados e 1.134
municípios, habitado por pouco mais de 21
milhões de brasileiros em 2010. A população
rural, mesmo sob o sol cada vez mais
inclemente, é ainda de quase 40% do total,
mas vai também caindo - nos últimos 20 anos
1,2 milhão de pessoas deixaram o campo. As
famílias tornaram-se envelhecidas e vivem
especialmente de transferências sociais e das
aposentadorias rurais.
A análise dos dados censitários mostra que
hoje o fator terra é marginal, pois a principal
característica no mundo rural do semiárido é a
pobreza generalizada, até entre os moradores
dos estabelecimentos de maior tamanho. O
que faz a diferença é o acesso à água, pois
uma seca destrói com a renda do ano. Já a
seca prolongada liquida o patrimônio
acumulado em animais, que vão sendo
vendidos, e, assim, qualquer iniciativa de
reconstrução produtiva se torna quase
impossível.
Por isso o semiárido irrigado dedicado à
fruticultura é um caso de sucesso na
agricultura brasileira. Promove a prosperidade
das cidades vizinhas, emprega mais de 1
milhão de pessoas somente nas atividades
agrícolas e está consolidado. O que falta é
uma ação ousada na ampliação dos sistemas
de irrigação. Atualmente, aproximados 150 mil
hectares estariam com suas obras "em
andamento", mas com conclusão sempre
adiada.
São evidências e contextos que comprovam o
sufocamento econômico e financeiro da vasta
maioria dos pequenos estabelecimentos
rurais e, por decorrência, a falência da ação
governamental a eles dirigida. Desde a
criação de programas específicos de
financiamento para os pequenos produtores,
em 1995, os resultados têm sido magros e
insuficientes, realçando a necessidade de
mudanças na forma como o Estado brasileiro
interpreta o desenvolvimento agrário e
formula suas políticas. É urgente um cardápio
de ações mais inteligentes, que garantam
maiores chances de sobrevivência a quase 3
milhões de estabelecimentos rurais (66% do
total), cuja renda bruta média mensal não
passa de meio salário mínimo. São famílias
rurais condenadas à desistência, sem
mudanças urgentes na política
governamental.
Ao contrário dos Estados Unidos, a nossa
"grande transformação" não está articulada a
um período de expansão da economia, nem
vem propiciando empregos urbanos de
qualidade à enorme população que vai
abandonando as regiões rurais. Mas é
transição que se associará à inacreditável
concentração da riqueza que vai fincando
suas raízes no vasto interior do País. Por que
não somos capazes de discutir essas
tendências com grandeza de espírito,
desprendimento político e pluralidade
analítica?
Fonte:
http://opiniao.estadao.com.br/noticias/gera
l,a-ebulicao-economica-das-regioes-rurais-imp-,
1567381
CAPITAL DE GIRO
Aloísio Guimarães
Na semana passada, recebi um texto muito
interessante sobre Economia, cuja autoria eu
desconheço. Como ele se parece muito mais
como uma dessas “pegadinhas”, vou publicá-lo
a seguir, esperando que gostem:
Um viajante chega numa cidade e entra num
pequeno hotel. Na recepção, entrega uma
nota de R$ 100,00 e pede para ver um quarto.
Enquanto o viajante inspeciona os quartos, o
gerente do hotel sai correndo com a nota de
3. R$ 100,00 e vai até o açougue pagar suas
dívidas com o açougueiro. Este pega o
dinheiro e vai até um criador de suínos a
quem, coincidentemente, deve R$ 100,00 e
quita a sua dívida. O criador, por sua vez,
pega também a nota e corre ao veterinário
para liquidar uma dívida de R$ 100,00. O
veterinário, com a cédula em mãos, vai até a
zona quitar a dívida com uma prostituta.
Coincidentemente, a dívida era de R$ 100,00.
A prostituta sai com o dinheiro em direção ao
mesmo hotel, lugar onde leva seus clientes, e
paga pelas acomodações que estavam
atrasadas, cuja dívida era também de R$
100,00. Ela avisa ao gerente que está
pagando a conta, coloca a nota em cima do
balcão e vai embora. Assim que ela sai, o
viajante retorna dos quartos e diz ao gerente
que o hotel não era o que ele esperava. Em
seguida, ele pega os R$ 100,00 que estava
em cima do balcão, agradece ao gerente e vai
embora.
Ninguém ganhou ou gastou nenhum centavo,
mas todo mundo pagou o que devia. Agora,
todos na cidade vivem sem dívidas, com o
crédito restaurado e começam a ver o futuro
com confiança!
MORAL DA HISTÓRIA: Não queira entender
de economia
Como eu tenho o defeito de querer entender
de tudo, tenho a minha opinião sobre esta
situação inusitada.
Aqui está:
Antes da existência do dinheiro, a economia
funcionava na base da troca de um objeto por
outro, chamada de “Escambo”. Como era
trabalhoso, por exemplo, você andar com um
saco de batatas e depois trocá-lo por um boi,
foi necessário criar algum mecanismo para
evitar este desconforto. O dinheiro foi criado
apenas para isso e nunca para que ninguém
lucrasse com ele!
O texto em análise reflete essa situação
hipotética que no fundo representaria a
estagnação da economia. E isso somente não
acontece no cotidiano porque entram no
circuito os maus pagadores, os bancos, os
avarentos, os agiotas...
Para ser mais claro, tentando mostrar como a
economia realmente funciona, faça a seguinte
experiência:
Coloque R$ 100,00 na Poupança da Caixa
Econômica Federal (uma instituição financeira
oficial) e, no mesmo dia, tome emprestado, na
mesma agência, na forma de Cartão de
Crédito, R$ 100,00, e veja o que vai acontecer se
você deixar para fechar a conta no fim do ano!
E o pior: ninguém faz nada.
(In:www.terradosxucurus.blogspot.com.br)
TEMPOS IDOS
Todos os anos, uma ou duas vezes, reunimos
colegas do antigo Liceu Alagoano, a nossa
turma: 1951-1957.
O Colégio Estadual de Alagoas era uma
referência no Ensino Público, pelo grau de
ensinamento e pelo rigor nas aprovações. A
maioria era de alunos pobres ou da classe
média que, obtendo êxitos, estavam
preparados para prosseguir nas Faculdades
em todo o Brasil e nas Escolas Militares.
Dessa forma, o CEA possibilitava uma
ascensão dos menos abastados a uma classe
socioeconômica mais elevada, formando uma
classe média competente e originada de
esforços próprios. Hoje, infelizmente, tal não
acontece, e o governo tenta escamotear com
bolsas, por não fornecer um ensino público de
qualidade.
No último dia 27, 5 que residem aqui em
Maceió, relembraram mais uma vez os
tempos lúdicos vividos (Luiz Ferreira (Eng.
Agrônomo), Walter Toledo de Lima
(Odontólogo), Perillo Rostam (Geólogo), José
Nelson (Engenheiro Civil) e Carlos Alberto
Prazeres (Odontólogo).
4. TEIA DE ARANHA
Nenita Madeiro Campos
A tua vida é uma teia de aranha
Cheia de traços e perfis marcantes,
Entrelaçados de serena paz.
Por duros, grossos e forte barbantes!
Barbantes que não se partem. Sequer
Afrouxam-se no perpassar do tempo.
Entrecruzados tal teia de aranha,
Em todo cálido ou doce momento!
És forte, destemido, incomparável
Intrépido, guerreiro, admirável.
Dos meus sonhos de mulher, guardião!
Teu amor envolve-me todo o ser
Te és a aranha do meu bem querer
Tu és a teia da minha paixão.
CARTA QUE O APRESENTADOR FLAVIO CAVALCANTI (1923-1986)
ESCREVEU A SEU NETO
Meu neto:
Pelo que você já me disse com o seu sotaque
de anjo, percebo que você me considera uma
criança grandona e desajeitada, e me acha,
mesmo assim, seu melhor companheiro de
brinquedos.
Pena que tenhamos tão pouco tempo para
brincar, tão pouco porque só sei brincar de
passado, e você só sabe brincar de futuro. E
ainda estarei brincando de recordação
quando você começar a brincar de esperança.
Mas antes que termine o nosso recreio juntos,
antes que eu me torne apenas um retrato na
parede, uma referência do meu genro, ou
quem sabe até uma lágrima de minha filha,
quero lhe dizer meu neto, que vale a pena.
Vale a pena crescer e estudar. Vale a pena
conhecer pessoas, ter namoradas, sofrer
ingratidões, chorar algumas decepções. E, a
despeito de tudo isso, ir renovando todos os
dias a sua fé e a bondade essencial da
criatura humana, e o seu deslumbramento
diante da vida.
Vale a pena verificar que não há trabalho que
não traga sua recompensa; que não há livro
que não traga ensinamentos; que os amigos
têm mais para dar que os inimigos para tirar;
que se formos bons observadores,
aprenderemos tanto com a obra do sábio
quanto com a vida do ignorante.
Vale a pena casar e ter filhos. Filhos, que nos
escravizaram com o seu amor.
Vale a pena viver nesses assombrosos
tempos modernos, em que milagres
acontecem ao virar de um botão; em que se
pode telefonar da Terra para a Lua; lançar
sondas espaciais, máquinas pensantes à
fronteira de outros mundos, e descobrir na
humildade que toda essa maravilha
tecnológica não consegue, entretanto, atrasar
ou adiantar um segundo sequer a chegada da
primavera.
Vale a pena, meu neto, mesmo quando você
descobrir que tudo isso que estou tentando
ensinar é de pouca valia, porque a teoria não
substitui a prática, e cada um tem que aprender
por si mesmo que o fogo queima, que o vinagre
amarga, que o espinho fere, e que o pessimismo
não resolve rigorosamente nada.
Vale a pena, até mesmo, envelhecer como eu
e ter um neto como você, que me devolveu a
infância.
Vale a pena, ainda que eu parta cedo e a sua
lembrança de mim se torne vaga. Mas,
quando os outros disserem coisas boas de
seus avós, quero que você diga de mim,
simplesmente isso:
“Meu avô foi aquele que me disse que valia a
pena. E não é que ele tinha razão?!”
Fonte: Internet
A PRECIOSA PÉROLA DO CONHECIMENTO
Bill Gates foi convidado por uma escola
secundária para uma palestra. Chegou de
helicóptero, tirou o papel do bolso onde havia
escrito onze itens. Leu tudo em menos de 5
minutos, foi aplaudido por mais de 10 minutos
sem parar, agradeceu e foi embora em seu
5. helicóptero. O que estava escrito é muito
interessante, leiam:
1. A vida não é fácil — acostume-se com isso.
2. O mundo não está preocupado com a sua
auto-estima. O mundo espera que você faça
alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se
bem com você mesmo.
3. Você não ganhará R$ 20.000 por mês
assim que sair da escola. Você não será vice-presidente
de uma empresa com carro e
telefone à disposição antes que você tenha
conseguido comprar seu próprio carro e
telefone.
4. Se você acha seu professor rude, espere
até ter um chefe. Ele não terá pena de você.
5. Vender jornal velho ou trabalhar durante as
férias não está abaixo da sua posição social.
Seus avós têm uma palavra diferente para
isso: eles chamam de oportunidade.
6. Se você fracassar, não é culpa de seus
pais. Então não lamente seus erros, aprenda
com eles.
7. Antes de você nascer, seus pais não eram
tão críticos como agora. Eles só ficaram
assim por pagar as suas contas, lavar suas
roupas e ouvir você dizer que eles são
“ridículos”. Então antes de salvar o planeta
para a próxima geração querendo consertar
os erros da geração dos seus pais, tente
limpar seu próprio quarto.
8. Sua escola pode ter eliminado a distinção
entre vencedores e perdedores, mas a vida
não é assim. Em algumas escolas você não
repete mais de ano e tem quantas chances
precisar até acertar. Isto não se parece com
absolutamente NADA na vida real. Se pisar
na bola, está despedido… RUA!!! Faça certo
da primeira vez!
9. A vida não é dividida em semestres. Você
não terá sempre os verões livres e é pouco
provável que outros empregados o ajudem a
cumprir suas tarefas no fim de cada período.
10. Televisão NÃO é vida real. Na vida real,
as pessoas têm que deixar o barzinho ou a
boate e ir trabalhar.
11. Seja legal com os CDFs (aqueles
estudantes que os demais julgam que são uns
babacas). “Existe uma grande probabilidade
de você vir a trabalhar PARA um deles."
Fonte: Internet
A PIADA DA SEMANA
Já aconteceu de você, ao olhar para uma
pessoa da mesma idade, pensar: “eu não sou
assim tão velho”?
Veja o que conta uma amiga:
- Estava sentada na sala de espera para a
consulta com um novo dentista, quando
observei o seu diploma na parede.
Li o seu nome e recordei de um moreno alto
que tinha esse mesmo nome. Era da minha
classe do colegial, uns 30 anos atrás e eu me
perguntei:
"Seria o mesmo rapaz por quem eu
tinha me apaixonado à época?"
Entrei na sala de atendimento e,
imediatamente, afastei esse pensamento.
Esse homem grisalho, quase calvo, gordo,
enrugado, era demasiadamente velho e
desgastado pra ter sido o meu amor secreto.
Depois que ele examinou os meus dentes,
perguntei se ele tinha estudado no Colégio
Santa Cecília...
- Sim, respondeu-me.
- Quando se formou? perguntei.
- Em 1965 . Por que esta pergunta?
- É que...bem...você era da minha classe,
exclamei.
E então aquele velho horrível, cretino, careca,
barrigudo, flácido, lazarento, esclerosado,filho
da puta me perguntou:
- A senhora era professora de quê ?
oOo
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