2. Amamentar é muito mais
do que nutrir a criança. É
um processo que envolve
interação entre mãe e
filho, com repercussões no
estado nutricional da
criança, em sua habilidade
de se defender de
infecções, em sua fisiologia
e no seu desenvolvimento
cognitivo e emocional,
além de ter implicações na
saúde física e psíquica da
mãe.
4. Leite materno exclusivo até os seis meses de
idade
Leite materno complementado até os dois
anos de idade ou mais
5. Maior número de episódios de diarréia;
Maior número de hospitalizações por doença
respiratória;
Menor duração do aleitamento materno.
Menor absorção de nutrientes importantes do
leite materno, como o ferro e o zinco;
Menor eficácia da lactação como método
anticoncepcional;
Risco de desnutrição se os alimentos
introduzidos forem nutricionalmente inferiores ao
leite materno, como, por exemplo, quando os
alimentos são muito diluídos;
6. O leite materno tem composição
espécie-especícifa assegurando
um ótimo padrão de crescimento.
Evita mortes infantis: devido aos
fatores do leite materno que
evitam infecções.
Evita diarréia. Essa proteção
diminui quando amamentação
deixa de ser exclusiva(como
oferecer água e chás)
Evita infecção respiratória
7. Diminui riscos de alergias: como a
alergia à proteína do leite de vaca,
de dermatite atópica e outras
incluindo asma e sibilos recorrentes
Diminui o risco de hipertensão,
colesterol alto e diabetes: tanto no
amamentado como na
mãe(melhora a homeostase da
glicose na mulher)
Reduz chances de obesidade: pois
há melhor desenvolvimento da
auto-regulação de ingestão de
alimentos e a composição única do
leite materno participa no processo
de “programação metabólica”,
alterado pelo leite de vaca.
8. Efeitos positivos na inteligência:
Alguns defendem a presença de
substâncias no leite materno que
otimizam o desenvolvimento
cerebral; outros acreditam que
fatores comportamentais ligados
ao ato de amamentar e à
escolha do modo como
alimentar a criança são os
responsáveis.
Desenvolvimento da cavidade
bucal: propiciando uma melhor
conformação do palato duro, o
que é fundamental para o
alinhamento correto dos dentes e
uma boa oclusão dentária.
9. Proteção contra câncer de mama: Pois
aumentando hormônio ocitocina na mulher,
diminui o estrogênio e progesterona.
Método anticoncepcional: evita gravidez na
mulher que amamenta pelos mesmos
motivos do item acima
Menores custos financeiros
Vinculo afetivo entre mãe e filho: é um meio
de comunicação que traz benefícios
psicológicos para ambos.
10. Nos primeiros dias, o leite materno é
chamado colostro: contém mais proteínas e
menos gorduras do que o leite maduro
O leite de mães de recém-nascidos
prematuros é diferente do de mães de bebês
a termo, como mostrado na tabela a seguir
O leite de vaca possui proteínas diferentes
das do leite materno. A principal proteína do
leite materno é a lactoalbumina e a do leite
de vaca é a caseína, de difícil digestão para
a espécie humana.
11. Composição do colostro e do leite
materno maduro de mães de
crianças a termo e pré-termo e do leite de
vaca
12. A concentração de gordura no leite aumenta
no decorrer de uma mamada. Assim, o leite do
final da mamada (chamado leite posterior) é
mais rico em calorias e sacia melhor a criança,
daí a importância de a criança esvaziar bem a
mama.
O leite humano possui numerosos fatores
imunológicos que protegem a criança contra
infecções: como IgA, principal anticorpo, IgM,
IgG, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T,
lactoferrina, lisosima e fator bífido(favorece o
crescimento do Lactobacilus bifidus, uma
bactéria não patogênica que acidifica as fezes,
dificultando a instalação de bactérias que
causam diarreia, tais como Shigella, Salmonella
e Escherichia coli.
13. Ambiente adequado
A retirada do leite pelo bebe é feita pela
língua, graças a um movimento peristáltico
rítmico da ponta da língua para trás, que
comprime suavemente o mamilo.
Posição confortavelmente apoiada, sem
curvar para tras ou para frente
14. Apesar de a sucção do bebê ser um ato
reflexo, ele precisa aprender a retirar o leite
do peito de forma eficiente, que requer
uma abertura ampla da boca,
abocanhando não apenas o mamilo, mas
também parte da aréola(lacre entre boca
e mama que forma o vácuo, indispensável
para que o mamilo e a aréola se
mantenham dentro da boca do bebê)
15. Além de dificultar a retirada do
leite, a má pega machuca os
mamilos. Quando o
bebê tem uma boa pega, o
mamilo fica em uma posição
dentro da boca da criança que
o protege da fricção e
compressão, prevenindo, assim,
lesões mamilares.
16. A OMS destaca 4 pontos-chave para o
posicionamento e pega adequados:
Pontos-chave do posicionamento adequado
1. Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na
altura do mamilo;
2. Corpo do bebê próximo ao da mãe;
3. Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não
torcido);
4. Bebê bem apoiado(nádegas bem apoiadas)
Pontos-chave da pega adequada
1. Mais aréola visível acima da boca do bebê;
2. Boca bem aberta;
3. Lábio inferior virado para fora;
4. Queixo tocando a mama.
17. Livre demanda nos primeiros
meses; é normal que a criança
mame com frequência e sem
horários regulares, de 8 a 12 vezes
ao dia
Mamas de diferentes tamanhos
tem a capacidade de produzirem
a mesma quantidade de leite ao
dia, porém armazenando em
quantidade diferente
18. O tempo para esvaziar uma mama
varia para cada dupla mãe/bebe
Depende da fome da criança, do
tempo passado desde a ultima
mamada e do volume de leite
armazenado na mama.
O bebe deve esvaziar a mama para
que receba o leite final, para o ganho
adequado de peso e para a
manutenção de produção de leite
suficiente
19. O volume de leite varia de acordo com o
quanto a criança mama e a frequencia. Pois
grande parte do leite é produzido enquanto
a criança mama, sob estimulo da prolactina
e ocitocina, liberadas com a sucção
Nos primeiros dias pós parto a mãe produz
cerca de 100ml/dia, já no quarto dia produz
em média 600ml/dia, e no 6º mês é capaz de
produzir 800ml/dia.
20. Muitos fatores emocionais, como insegurança,
estresse por voltar ao trabalho, dor, medo,
entre outros podem inibir a produção de
ocitocina e dificultar a saída do leite da mama
Bebê que não possui sucção ou a tem fraca:
Deve-se fazer estimulação manual ou por
bomba de sucção; acalmar o bebê;
suspender chupetas e insistir na mamada por
alguns minutos. Causas: má posicionamento,
uso de chupetas, bebe não abrir a boca
suficientemente, fluxo forte de leite. Mamas
tensas e mamilos invertidos
21. Demora na descida(apojadura após
4ºdia): muitas vezes ocorre por falta de
segurança ou outros fatores emocionais da
mãe. Deve-se desenvolver confiança na
mesma e orientar medidas de estimulação
da mama
Mamilo invertido: devem ser feitas
manobras que aumentam os mamilos e
mantem as mamas macias, para facilitar a
pega; como estimulação por toque,
compressas frias, sucção por bomba
manual ou seringas, antes das mamadas e
em seus intervalos.
22. Mamilo machucado: geralmente devido
a posicionamento e pega inadequados.
Pouco leite: fatores emocionais e
hormonais interligados
23. Para quem não foi amamentado:
Deve-se evitar leite de vaca não modificado. Risco de
anemia, alergias alimentares, distúrbios hidroeletrolíticos e
predisposição a obesidade, pois há pouco ferro e proteínas
distintas as do bebe. Sistema imune não maturado
24. Caso não haja amamentação nem banco de
leite disponível, até os 4 meses de idade é
necessário que haja reconstituição do leite de
vaca integral, com diluições de acordo com a
tabela abaixo. Após essa idade não se deve
mais diluir.
25. Orientação de alimentação de acordo com
idade
Repercussão ao longo da vida; Prevenção de doenças
26. Fortalecimento da alimentação
complementar com micronutrientes
Programa Nacional de Suplementação de
Ferro(6 a 18 meses de idade;Sulfato ferroso)
Programa Nacional de Suplementação de
Vitamina A(6 a 11 e 12 a 59 meses de idade, a
cada 6 meses)
Vitamina D e outras
27. Dez passos para alimentação saudável
preconizados pelo Ministério da Saúde e o
Programa de Promoção e Proteção a Saúde da
Organização Pan-Americana de Saúde
Passo 1 “Dar somente leite materno até os seis
meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro
alimento.”
Passo 2 “A partir dos seis meses, introduzir de
forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo
o leite materno até os dois anos de idade ou
mais.”
Passo 3 “após seis meses dar alimentos
complementares(cereais, tubérculos, carnes,
leguminosas, frutas, legumes) três vezes ao dia, se
a criança receber leite materno, e cinco vezes ao
dia, se estiver desmamada.”
28. Passo 4 “A alimentação complementar deve ser
oferecida de acordo com os
horários de refeição da família, em intervalos
regulares e de forma a respeitar
o apetite da criança.”
Passo 5:”A alimentação complementar deve ser
espessa desde o início e oferecida de colher;
começar com consistência pastosa e
gradativamente aumentar a consistência até
chegar a alimentação da família.”
Passo 6: “Oferecer à criança diferentes alimentos
ao dia. Uma alimentação
variada é uma alimentação colorida.”
29. Passo 7 “Estimular o consumo diário de frutas,
verduras e legumes nas
refeições.”
Passo 8 “Evitar açúcar, café, enlatados, frituras,
refrigerantes, balas, salgadinhos
e outras guloseimas nos primeiros anos de vida.
Usar sal com moderação.”
Passo 9 “Cuidar da higiene no preparo e manuseio
dos alimentos: garantir o seu armazenamento e
conservação adequados.”
Passo 10: “Estimular a criança doente e
convalescente a se alimentar, oferecendo sua
alimentação habitual e seus alimentos preferidos,
respeitando sua alimentação
30. Bibliografia
Ministério da Saúde. Caderno de Atenção
Básica nº 23- Saúde da Criança: Nutrição
Infantil Aleitamento Materno e
Alimentação Complementar
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoe
s/saude_crianca_nutricao_aleitamento_ali
mentacao.pdf