SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
História da Música – 4ª aula
             Polifonia
            Ars Antiqua
       Escola de Notre Dame
Idade Média (séc. IV – séc. XIV)

         Monodia                 Polifonia
 séc. IV – séc. XIII       séc.XI – séc. XIV
 Cantochão                 Ars Antiqua;
 Monodia não               Organum;
  litúrgica e secular:      Conductus;
a) Goliardos;               Moteto;
b) Menestréis;              Leonin;
c) Trobadours e             Pérotin;
     Trouvéres;             Ars Nova;
d) Minnesinger e
     Meistersinger.         Machaut.
Séc XI – contexto histórico
    Crescimento econômico europeu;

    Crescimento da população;

    Desenvolvimento das cidades;

    Cultura:

a)    Desenvolvimento da literatura em língua vernáculo;
b)    Desenvolvimento da arquitetura românica;
c)    Surgimento das primeiras universidades (1088 –
      Universidade de Bolonha;1090 – Universidade de
      Paris; 1096 – Universidade de Oxford).
Séc. XI - Música
   A substituição da improvisação pela
    composição;

   Desenvolvimento da notação;

   Sistematização dos elementos musicais
    (tratados);

   Polifonia;

   França: centro do conhecimento musical.
Ars Antiqua
   Séc. XII – XIII: Escola de Notre Dame (primeira
    “escola” de composição conhecida – Paris,
    França);

   Uso dos Modos Rítmicos: elementos rítmicos
    baseados na poesia francesa e latina (pés
    métricos).

   A polifonia se baseava nas melodias do
    cantochão.

   Desenvolvimento de três gêneros polifônicos:
    organum, o conductus e o moteto.
Organum
   Final do séc. IX: Musica Enchiriadis (primeira
    sistematização da polifonia).

   Organum: Técnica de colocar uma segunda
    melodia (segunda voz) acima ou abaixo do
    cantochão (primeira voz). A melodia gregoriana
    (cantochão) passou a se chamar vox principalis e
    a voz acrescentada vox organalis.

   Organum Paralelo: vox organalis se movimenta em
    paralelo em intervalos de quartas, quintas e
    oitavas.
Organum Paralelo
Organum livre
-   Ao longo do desenvolvimento do Organum , outros
    movimentos (oblíquo e contrário) foram introduzidos
    dando origem ao Organum livre. Neste Organum, as
    dissonâncias aparecem como intervalos de passagem
    entre os intervalos de 4ª e uníssono. A partir daí as
    linhas melódicas ficam mais independentes.

- No repertório, o Organum Paralelo estava presente nas
  seções corais da liturgia (missa) e o Organum Livre era
  empregado somente nas partes solos dos cantos
  (Alleluias). (Cf. Carvalho, 2006, p.17)
Organum Melismático
-   No séc. XII a vox organalis fica mais
    independente, as dissonâncias aparecem
    com mais freqüência. Neste período surge
    outra modalidade de polifonia : Organum
    Melismático ou Florido.

- Neste Organum é formado por melismas na
  voz superior (vox organalis) sustentadas
  por notas longas na voz principal. A vox
  principalis recebe o nome de Tenor (do
  latim “tenere”, sustentar). Assim o tenor
  perde o seu caráter melódico. (Cf. Carvalho,
  2006, p. 18)
No final do séc. XII surge o estilo discanto, que se difere do
Organum Melismático pelo ritmo mais movido na voz inferior,
dando-o um caráter mais melódico.
Escola de Notre Dame
   Leonin (c.a.1159 – c.a. 1201): o primeiro
    compositor conhecido da Escola de
    Notre Dame. Foi mestre de capela da
    catedral de Notre Dame.

   Composições: uso dos modos rítmicos,
    e a alternância entre o organum
    melismático e o discante (cláusula).

   Composições: Magnus liber a duas
    vozes (ciclos de graduais, aleluias e
    responsórios para o ano litúrgico)
Escola de Notre Dame
   Perotin (c.a. 1170 – 1236): compositor
    mais conhecido da Escola de Notre
    Dame.

   A expansão do organum de duas vozes
    (duplum) para três (triplum) e quatro
    (quadruplum) vozes.

   Influência: a música de Perótin
    influenciou a obra minimalista de Steve
    Reich (Proverb). (exemplo musical)
Ars Antiqua
   Conductus ( se desenvolveu até aproximadamente
    1250)

-   Não se baseava em melodias do cantochão (todas as
    vozes eram compostas).

-   Escrito a duas, três e quatro vozes;

-   Ritmo e texto homogêneo entre as vozes;

-   Predominância do ritmo silábico;

-   Considerada o primeiro gênero de composição
    inteiramente original da História da Música ocidental.
Ars Antiqua
   Moteto: surgiu por volta de 1200 em
    Paris.
   Do francês “mot” = palavra.
   Surgiu a partir da cláusula;
   Pluritextualidade (um texto diferente
    para cada voz);
   Séc. XIII: textos em latim (cantochão) e
    em francês (canções de amor –profano).
   Independência entre as vozes.
Notação
   Franco de Cologne: teórico alemão, o primeiro a
    tentar fixar o valor rítmico das notas (ligaduras e
    pausas);

   Notas isoladas: máxima, longa, breve e a
    semibreve.

   Ars cantus mesurabiblis (A arte da música
    mensurável) : c.a. 1250 – séc XIV.

   Emprego da barra de compasso: séc XV;

   Emprego das notas brancas e pretas (séc. XV) e
    a notação atual (séc. XVI).
   Hoqueto: técnica no qual a melodia é
    interrompida por pausa e reiniciada por outra
    voz (assim a melodia é repartida em várias
    vozes). Efeito de soluço (ochetus em latim)

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Teoria musical
Teoria musicalTeoria musical
Teoria musical
 
Cluny
ClunyCluny
Cluny
 
02 arquitetura gótica
02 arquitetura gótica02 arquitetura gótica
02 arquitetura gótica
 
01 cultura da catedral
01 cultura da catedral01 cultura da catedral
01 cultura da catedral
 
Arte renascentista
Arte renascentistaArte renascentista
Arte renascentista
 
Módulo 4 - Pintura Gótica
Módulo 4 - Pintura GóticaMódulo 4 - Pintura Gótica
Módulo 4 - Pintura Gótica
 
04 escultura renascentista
04 escultura renascentista04 escultura renascentista
04 escultura renascentista
 
Escultura e pintura românica
Escultura e pintura românicaEscultura e pintura românica
Escultura e pintura românica
 
A Cultura do Salão
A Cultura do SalãoA Cultura do Salão
A Cultura do Salão
 
A escultura gótica
A escultura góticaA escultura gótica
A escultura gótica
 
A música clássica (Classicismo)
A música clássica (Classicismo)A música clássica (Classicismo)
A música clássica (Classicismo)
 
História da música i – 10ª aula
História da música i – 10ª aulaHistória da música i – 10ª aula
História da música i – 10ª aula
 
Arte do Renascimento - Pintura
Arte do Renascimento - PinturaArte do Renascimento - Pintura
Arte do Renascimento - Pintura
 
Escultura romana
Escultura romanaEscultura romana
Escultura romana
 
Giotto
GiottoGiotto
Giotto
 
Brunelleschi- Santa Maria del Fiore
Brunelleschi- Santa Maria del FioreBrunelleschi- Santa Maria del Fiore
Brunelleschi- Santa Maria del Fiore
 
A arquitetura gótica
A arquitetura góticaA arquitetura gótica
A arquitetura gótica
 
Cultura do senado resumos
Cultura do senado   resumosCultura do senado   resumos
Cultura do senado resumos
 
A pintura gótica ii
A pintura gótica iiA pintura gótica ii
A pintura gótica ii
 
01 cultura da catedral
01 cultura da catedral01 cultura da catedral
01 cultura da catedral
 

Semelhante a História da Música I: 4ª aula

Musica Medieval
Musica MedievalMusica Medieval
Musica MedievalHOME
 
História da Música I - 7ª e 8ª aulas (Renascimento)
História da Música I - 7ª e 8ª aulas (Renascimento)História da Música I - 7ª e 8ª aulas (Renascimento)
História da Música I - 7ª e 8ª aulas (Renascimento)Leonardo Brum
 
Música, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e Barroco
Música, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e BarrocoMúsica, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e Barroco
Música, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e BarrocoGabriel Resende
 
Breve HistóRia Da MúSica Erudita
Breve HistóRia Da MúSica EruditaBreve HistóRia Da MúSica Erudita
Breve HistóRia Da MúSica EruditaHOME
 
História da Música I - 6ª aula
História da Música I - 6ª aulaHistória da Música I - 6ª aula
História da Música I - 6ª aulaLeonardo Brum
 
Música Medieval - Prof.Altair Aguilar
Música Medieval -  Prof.Altair AguilarMúsica Medieval -  Prof.Altair Aguilar
Música Medieval - Prof.Altair AguilarAltair Moisés Aguilar
 
Histriadamsicai5 aula-120422125754-phpapp02
Histriadamsicai5 aula-120422125754-phpapp02Histriadamsicai5 aula-120422125754-phpapp02
Histriadamsicai5 aula-120422125754-phpapp02Fabio Novaes
 
A HistóRia Da MúSic1
A HistóRia Da MúSic1A HistóRia Da MúSic1
A HistóRia Da MúSic1HOME
 
A Música no período de Da Vinci e o seu Desenvolvimento
A Música no período de Da Vinci e o seu DesenvolvimentoA Música no período de Da Vinci e o seu Desenvolvimento
A Música no período de Da Vinci e o seu DesenvolvimentoJofran Lirio
 
Os Modos Antigos Musica
Os Modos Antigos MusicaOs Modos Antigos Musica
Os Modos Antigos MusicaHOME
 
Historia da musica
Historia da musicaHistoria da musica
Historia da musicadiogo_lopes
 
Powerpoint musica antiga - barroco i
Powerpoint   musica antiga - barroco iPowerpoint   musica antiga - barroco i
Powerpoint musica antiga - barroco iRicardo Catete
 
A Orquestra
A OrquestraA Orquestra
A OrquestraHOME
 
O Que é Uma Obra GêNeros Eruditos
O Que é Uma Obra GêNeros EruditosO Que é Uma Obra GêNeros Eruditos
O Que é Uma Obra GêNeros EruditosHOME
 
A música e o ruído (aula interativa)
A música e o ruído (aula interativa)A música e o ruído (aula interativa)
A música e o ruído (aula interativa)Marcos Feitosa
 

Semelhante a História da Música I: 4ª aula (20)

Musica Medieval
Musica MedievalMusica Medieval
Musica Medieval
 
História da Música I - 7ª e 8ª aulas (Renascimento)
História da Música I - 7ª e 8ª aulas (Renascimento)História da Música I - 7ª e 8ª aulas (Renascimento)
História da Música I - 7ª e 8ª aulas (Renascimento)
 
Música, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e Barroco
Música, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e BarrocoMúsica, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e Barroco
Música, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e Barroco
 
Canto na história
Canto na históriaCanto na história
Canto na história
 
Breve HistóRia Da MúSica Erudita
Breve HistóRia Da MúSica EruditaBreve HistóRia Da MúSica Erudita
Breve HistóRia Da MúSica Erudita
 
História da Música I - 6ª aula
História da Música I - 6ª aulaHistória da Música I - 6ª aula
História da Música I - 6ª aula
 
Musica medieval
Musica medievalMusica medieval
Musica medieval
 
Música Medieval - Prof.Altair Aguilar
Música Medieval -  Prof.Altair AguilarMúsica Medieval -  Prof.Altair Aguilar
Música Medieval - Prof.Altair Aguilar
 
Histriadamsicai5 aula-120422125754-phpapp02
Histriadamsicai5 aula-120422125754-phpapp02Histriadamsicai5 aula-120422125754-phpapp02
Histriadamsicai5 aula-120422125754-phpapp02
 
A HistóRia Da MúSic1
A HistóRia Da MúSic1A HistóRia Da MúSic1
A HistóRia Da MúSic1
 
A Música no período de Da Vinci e o seu Desenvolvimento
A Música no período de Da Vinci e o seu DesenvolvimentoA Música no período de Da Vinci e o seu Desenvolvimento
A Música no período de Da Vinci e o seu Desenvolvimento
 
A música barroca
A música barrocaA música barroca
A música barroca
 
Os Modos Antigos Musica
Os Modos Antigos MusicaOs Modos Antigos Musica
Os Modos Antigos Musica
 
Historia da musica
Historia da musicaHistoria da musica
Historia da musica
 
Powerpoint musica antiga - barroco i
Powerpoint   musica antiga - barroco iPowerpoint   musica antiga - barroco i
Powerpoint musica antiga - barroco i
 
Parfor aula 7 classicismo
Parfor aula 7 classicismoParfor aula 7 classicismo
Parfor aula 7 classicismo
 
A Orquestra
A OrquestraA Orquestra
A Orquestra
 
M6 - A canção na virada do século XVI.PPT
M6 - A canção na virada do século XVI.PPTM6 - A canção na virada do século XVI.PPT
M6 - A canção na virada do século XVI.PPT
 
O Que é Uma Obra GêNeros Eruditos
O Que é Uma Obra GêNeros EruditosO Que é Uma Obra GêNeros Eruditos
O Que é Uma Obra GêNeros Eruditos
 
A música e o ruído (aula interativa)
A música e o ruído (aula interativa)A música e o ruído (aula interativa)
A música e o ruído (aula interativa)
 

Mais de Leonardo Brum

Protótipo de sintetizador de voz cantada
Protótipo de sintetizador de voz cantadaProtótipo de sintetizador de voz cantada
Protótipo de sintetizador de voz cantadaLeonardo Brum
 
História da música i – 11ª aula
História da música i – 11ª aulaHistória da música i – 11ª aula
História da música i – 11ª aulaLeonardo Brum
 
História da música i – 12ª aula
História da música i – 12ª aulaHistória da música i – 12ª aula
História da música i – 12ª aulaLeonardo Brum
 
"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade
"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade
"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de AndradeLeonardo Brum
 
História da filarmônica Nossa Senhora da Conceição entre 1898 e 1915
História da filarmônica Nossa Senhora da Conceição entre 1898 e 1915História da filarmônica Nossa Senhora da Conceição entre 1898 e 1915
História da filarmônica Nossa Senhora da Conceição entre 1898 e 1915Leonardo Brum
 
História da Música no Brasil
História da Música no BrasilHistória da Música no Brasil
História da Música no BrasilLeonardo Brum
 
História da Música I: aula inaugural
História da Música I:   aula inauguralHistória da Música I:   aula inaugural
História da Música I: aula inauguralLeonardo Brum
 
Um seqüenciador alternativo para o doodle "Les Paul", da Google
Um seqüenciador alternativo para o doodle "Les Paul", da GoogleUm seqüenciador alternativo para o doodle "Les Paul", da Google
Um seqüenciador alternativo para o doodle "Les Paul", da GoogleLeonardo Brum
 

Mais de Leonardo Brum (10)

Protótipo de sintetizador de voz cantada
Protótipo de sintetizador de voz cantadaProtótipo de sintetizador de voz cantada
Protótipo de sintetizador de voz cantada
 
História da música i – 11ª aula
História da música i – 11ª aulaHistória da música i – 11ª aula
História da música i – 11ª aula
 
História da música i – 12ª aula
História da música i – 12ª aulaHistória da música i – 12ª aula
História da música i – 12ª aula
 
O Acorde Tristão
O Acorde TristãoO Acorde Tristão
O Acorde Tristão
 
"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade
"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade
"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade
 
História da filarmônica Nossa Senhora da Conceição entre 1898 e 1915
História da filarmônica Nossa Senhora da Conceição entre 1898 e 1915História da filarmônica Nossa Senhora da Conceição entre 1898 e 1915
História da filarmônica Nossa Senhora da Conceição entre 1898 e 1915
 
História da Música no Brasil
História da Música no BrasilHistória da Música no Brasil
História da Música no Brasil
 
História da Música I: aula inaugural
História da Música I:   aula inauguralHistória da Música I:   aula inaugural
História da Música I: aula inaugural
 
Período Romântico
Período RomânticoPeríodo Romântico
Período Romântico
 
Um seqüenciador alternativo para o doodle "Les Paul", da Google
Um seqüenciador alternativo para o doodle "Les Paul", da GoogleUm seqüenciador alternativo para o doodle "Les Paul", da Google
Um seqüenciador alternativo para o doodle "Les Paul", da Google
 

Último

Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptjricardo76
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPaulaYaraDaasPedro
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*Viviane Moreiras
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...PatriciaCaetano18
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.denisecompasso2
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...andreiavys
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxFlviaGomes64
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLidianePaulaValezi
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfamarianegodoi
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxReinaldoMuller1
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 

Último (20)

Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 

História da Música I: 4ª aula

  • 1. História da Música – 4ª aula Polifonia Ars Antiqua Escola de Notre Dame
  • 2. Idade Média (séc. IV – séc. XIV)  Monodia  Polifonia  séc. IV – séc. XIII  séc.XI – séc. XIV  Cantochão  Ars Antiqua;  Monodia não  Organum; litúrgica e secular:  Conductus; a) Goliardos;  Moteto; b) Menestréis;  Leonin; c) Trobadours e  Pérotin; Trouvéres;  Ars Nova; d) Minnesinger e Meistersinger.  Machaut.
  • 3. Séc XI – contexto histórico  Crescimento econômico europeu;  Crescimento da população;  Desenvolvimento das cidades;  Cultura: a) Desenvolvimento da literatura em língua vernáculo; b) Desenvolvimento da arquitetura românica; c) Surgimento das primeiras universidades (1088 – Universidade de Bolonha;1090 – Universidade de Paris; 1096 – Universidade de Oxford).
  • 4. Séc. XI - Música  A substituição da improvisação pela composição;  Desenvolvimento da notação;  Sistematização dos elementos musicais (tratados);  Polifonia;  França: centro do conhecimento musical.
  • 5. Ars Antiqua  Séc. XII – XIII: Escola de Notre Dame (primeira “escola” de composição conhecida – Paris, França);  Uso dos Modos Rítmicos: elementos rítmicos baseados na poesia francesa e latina (pés métricos).  A polifonia se baseava nas melodias do cantochão.  Desenvolvimento de três gêneros polifônicos: organum, o conductus e o moteto.
  • 6. Organum  Final do séc. IX: Musica Enchiriadis (primeira sistematização da polifonia).  Organum: Técnica de colocar uma segunda melodia (segunda voz) acima ou abaixo do cantochão (primeira voz). A melodia gregoriana (cantochão) passou a se chamar vox principalis e a voz acrescentada vox organalis.  Organum Paralelo: vox organalis se movimenta em paralelo em intervalos de quartas, quintas e oitavas.
  • 8. Organum livre - Ao longo do desenvolvimento do Organum , outros movimentos (oblíquo e contrário) foram introduzidos dando origem ao Organum livre. Neste Organum, as dissonâncias aparecem como intervalos de passagem entre os intervalos de 4ª e uníssono. A partir daí as linhas melódicas ficam mais independentes. - No repertório, o Organum Paralelo estava presente nas seções corais da liturgia (missa) e o Organum Livre era empregado somente nas partes solos dos cantos (Alleluias). (Cf. Carvalho, 2006, p.17)
  • 9. Organum Melismático - No séc. XII a vox organalis fica mais independente, as dissonâncias aparecem com mais freqüência. Neste período surge outra modalidade de polifonia : Organum Melismático ou Florido. - Neste Organum é formado por melismas na voz superior (vox organalis) sustentadas por notas longas na voz principal. A vox principalis recebe o nome de Tenor (do latim “tenere”, sustentar). Assim o tenor perde o seu caráter melódico. (Cf. Carvalho, 2006, p. 18)
  • 10. No final do séc. XII surge o estilo discanto, que se difere do Organum Melismático pelo ritmo mais movido na voz inferior, dando-o um caráter mais melódico.
  • 11. Escola de Notre Dame  Leonin (c.a.1159 – c.a. 1201): o primeiro compositor conhecido da Escola de Notre Dame. Foi mestre de capela da catedral de Notre Dame.  Composições: uso dos modos rítmicos, e a alternância entre o organum melismático e o discante (cláusula).  Composições: Magnus liber a duas vozes (ciclos de graduais, aleluias e responsórios para o ano litúrgico)
  • 12. Escola de Notre Dame  Perotin (c.a. 1170 – 1236): compositor mais conhecido da Escola de Notre Dame.  A expansão do organum de duas vozes (duplum) para três (triplum) e quatro (quadruplum) vozes.  Influência: a música de Perótin influenciou a obra minimalista de Steve Reich (Proverb). (exemplo musical)
  • 13. Ars Antiqua  Conductus ( se desenvolveu até aproximadamente 1250) - Não se baseava em melodias do cantochão (todas as vozes eram compostas). - Escrito a duas, três e quatro vozes; - Ritmo e texto homogêneo entre as vozes; - Predominância do ritmo silábico; - Considerada o primeiro gênero de composição inteiramente original da História da Música ocidental.
  • 14. Ars Antiqua  Moteto: surgiu por volta de 1200 em Paris.  Do francês “mot” = palavra.  Surgiu a partir da cláusula;  Pluritextualidade (um texto diferente para cada voz);  Séc. XIII: textos em latim (cantochão) e em francês (canções de amor –profano).  Independência entre as vozes.
  • 15. Notação  Franco de Cologne: teórico alemão, o primeiro a tentar fixar o valor rítmico das notas (ligaduras e pausas);  Notas isoladas: máxima, longa, breve e a semibreve.  Ars cantus mesurabiblis (A arte da música mensurável) : c.a. 1250 – séc XIV.  Emprego da barra de compasso: séc XV;  Emprego das notas brancas e pretas (séc. XV) e a notação atual (séc. XVI).
  • 16. Hoqueto: técnica no qual a melodia é interrompida por pausa e reiniciada por outra voz (assim a melodia é repartida em várias vozes). Efeito de soluço (ochetus em latim)