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NOVAS TECNOLOGIAS
EDUCACIONAIS
ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA
DO ENSINO SUPERIOR
PROF.: MS. LAÉRCIO TORRES DE GÓES
O USO DO AUDIOVISUAL

NA

EDUCAÇÃO

Histórico
 A partir da década de 1910, quando se percebeu que o
cinema havia se transformado em um grande espetáculo
de massas, ele começou a ser pensado como algo que
poderia educar.




No Brasil, desde a década de 1930, o extinto INCE –
Instituto Nacional do Cinema Educativo desenvolvia
políticas educativas através do cinema



Humberto Mauro: um dos grandes produtores de filmes
educativos , ícone da produção cinematográfica voltada
para a educação. Entre os anos 30 e 60 ele produziu mais
de 300 curtas-metragens.
O USO DO AUDIOVISUAL

NA

EDUCAÇÃO



Facilidades técnicas: novas possibilidades, novos
suportes que facilitam o uso e permitem o acesso e o
baixo custo: TV, videocassete, DVD, Data-show, etc,
bem como o custo relativamente acessível, tornaram
viável o uso de vídeos na sala de aula.



Cultura audiovisual/potencial educativo: mundo
totalmente dominado por imagens audiovisuais. Desde
cedo as crianças são expostas às imagens televisivas, e
esta educação é feita à revelia, do indivíduo, da família
e da escola.
O USO DO AUDIOVISUAL

NA

EDUCAÇÃO



Comunicação/educação: A prática educativa é
por natureza um processo de comunicação. Esta
relação comunicativa-cognitiva propicia a
construção do sentido da vida, consciência da
própria existência e da existência alheia.



Ponte: Trata-se de um desafio que os meios de
comunicação de massa lançam à escola, propondo
um trabalho em conjunto. Entre um e outro
existe uma ponte entre os conhecimentos do
produto da comunicação e os conhecimentos
oferecidos pela escola.
O USO DO AUDIOVISUAL

NA

EDUCAÇÃO

Memória: Aciona operações articuladas de
memória, atenção, raciocínio e imaginação,
conduzindo a uma aprendizagem significativa,
em contraposição à memorização.
 Emoções: Na projeção de um filme, o professor
pode resgatar no íntimo do aluno aspectos que
não necessariamente estariam visíveis, mas que
podem vir à tona com as emoções suscitadas pelo
vídeo.
 Sedução/satisfação: O audiovisual trabalha nas
emoções, tentando seduzir o receptor. O objetivo é
oferecer ao público algo que ele busca ou de que
necessita, proporcionando-lhe assim
satisfação/conhecimento.

O USO DO AUDIOVISUAL

NA

EDUCAÇÃO



Desafio: manter a perspectiva do divertimento e do prazer
propiciados pela fruição do vídeo, aliando tal atividade ao
compromisso com a educação.



Pedagogia da imagem e pedagogia com a imagem: Uma
educação audiovisual coerente e integral deve abranger duas
dimensões. A primeira delas é a pedagogia com a imagem, processo
que usa o audiovisual como recurso didático. A segunda dimensão é a
pedagogia da imagem, que toma o audiovisual como objeto de análise.



Papel do professor: sua formação deve abarcar conhecimentos
específicos da linguagem audiovisual, mecanismos de funcionamento
dos meios de comunicação de massa e noções didáticas de como
educar os alunos neste âmbito.



Recortes do real: Deixar claro para o aluno que o filme de ficção, o
comercial de televisão, o documentário, as reportagens e as notícias
do telejornal são recortes do real. O professor pode, deve e precisa ser
um dos agentes da desmistificação da imagem como representação
fiel da realidade.
FATORES DA EFICÁCIA DO AUDIOVISUAL

NA SALA DE

AULA


Hoban Jr. e Van Ormer (1951) - “Programa de Pesquisa de Filmes
Instrutivos” da Universidade da Pennsylvania:



O valor dos filmes educativos: as pessoas aprendem mais em menos
tempo e são capazes de reter o conteúdo. Certos filmes facilitam o
pensamento crítico e a solução de problemas.



Princípios que determinam a influência dos filmes educativos: os
filmes têm máxima influência quando o seu conteúdo reforça e/ou amplia
conhecimentos, atitudes e motivações pré-existentes.



Princípio de especificidade: quanto mais específica for a determinação do
público alvo e dos objetivos propostos pelo filme, mais os receptores
aproveitarão o conteúdo.



Princípio de relevância: o alcance de um filme é maior quando seu
conteúdo tem relevância direta para o público alvo.
FATORES DA EFICÁCIA DO AUDIOVISUAL

NA SALA DE

AULA


Hoban Jr. e Van Ormer (1951) - “Programa de Pesquisa de Filmes
Instrutivos” da Universidade da Pennsylvania:



Princípio de variabilidade da audiência: as reações diante de um filme
variam em função de fatores como a alfabetização cinematográfica, a
inteligência abstrata, a experiência prévia em relação ao tema e os
preconceitos.



Princípios das variáveis de ensino: quando inserido de forma adequada
num projeto didático-pedagógico, o filme tende a ser mais eficaz como
instrumento de ensino-aprendizado.



Princípio da liderança do professor: as qualidades do educador e a
forma como ele apresenta o filme têm relação direta com a eficácia do
processo educativo.
FUNÇÕES DO USO DIDÁTICO

DO VÍDEO



Carneiro (2000) apresenta uma sistematização com base em quatro
funções básicas, mas que podem ocorrer simultaneamente:



Função de informação e de conteúdo: consiste em apresentar o
programa produzido para apresentar o conteúdo da aula (forma direta) ou
o programa produzido sem tratamento pedagógico específico (forma
indireta).



Função de motivação: significa utilizar o potencial motivacional do
meio audiovisual para problematizar conteúdos, aproximando a cultura do
aluno, com a emoção, com as imagens do mundo real.



Função de ilustração: consiste em apresentar documentos, imagens,
vozes ou até mesmo fatos e histórias para ilustrar aulas, ajudando na
compreensão de fatos, idéias e conceitos.



Função de meio de expressão: significa produzir mensagens
audiovisuais como modo de expressão.
PROPOSTAS DE USO DO AUDIOVISUAL - JOSÉ MANUEL
MORAN (1995)


Usos inadequados



Vídeo tapa-buracos: colocar vídeo quando há um problema
inesperado, como ausência do professor.



Vídeo-enrolação: exibir um vídeo sem muita ligação com a matéria.
O aluno percebe que o vídeo é usado como forma de camuflar a aula.



Vídeo-deslumbramento: O professor que acaba de descobrir o uso
do vídeo costuma empolgar-se e passa vídeo em todas as aulas,
esquecendo outras dinâmicas mais pertinentes.



Vídeo-perfeição: Os vídeos que apresentam conceitos problemáticos
podem ser usados para descobrí-los, junto com os alunos, e
questioná-los.



Só vídeo: não é satisfatório didaticamente exibir o vídeo sem discutilo, sem integrá-lo com o assunto de aula, sem voltar e mostrar alguns
momentos mais importantes.
PROPOSTAS DE USO DO AUDIOVISUAL - JOSÉ MANUEL
MORAN (1995)


Como utilizar



Audiovisual como sensibilização: Um bom vídeo é interessantíssimo
para introduzir um novo assunto, para despertar a curiosidade, a
motivação para novos temas.



Audiovisual como ilustração: O vídeo muitas vezes ajuda a mostrar o
que se fala em aula, a compor cenários desconhecidos dos alunos.



Audiovisual como simulação: O vídeo pode simular experiências de
química que seriam perigosas em laboratório ou que exigiriam muito
tempo e recursos.



Audiovisual como conteúdo de ensino: Vídeo que mostra
determinado assunto, de forma direta ou indireta.



Audiovisual como produção / intervenção: Como documentação,
registro de eventos, de aulas, de estudos do meio, de experiências, de
entrevistas, depoimentos. Como atividade complementar, a fim de
aguçar no aluno o olhar crítico de quem produz algo.
PROPOSTAS DE USO DO AUDIOVISUAL - JOSÉ MANUEL
MORAN (1995)


Como ver



Antes: Ver o filme, observar os dados gerais (autor, direção e gênero), não
prejulgar, checar o equipamento, observar a ambiência, diminuir a
iluminação, silenciar, fazer com que a sala de aula chegue o mais próximo
possível da sala de cinema, criar o clima, motivar os alunos para a
atividade, contextualizar a atividade ao assunto estudado.



Durante: Anotar as cenas mais importantes e observar as reações do
grupo.



Depois: Promover a análise do material audiovisual visto, estimular
discussões e indicar o caminho para a educação do olhar crítico.
MUITO OBRIGADO!

FIM

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Novas tecnologias educacionais 3

  • 1. NOVAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR PROF.: MS. LAÉRCIO TORRES DE GÓES
  • 2. O USO DO AUDIOVISUAL NA EDUCAÇÃO Histórico  A partir da década de 1910, quando se percebeu que o cinema havia se transformado em um grande espetáculo de massas, ele começou a ser pensado como algo que poderia educar.   No Brasil, desde a década de 1930, o extinto INCE – Instituto Nacional do Cinema Educativo desenvolvia políticas educativas através do cinema  Humberto Mauro: um dos grandes produtores de filmes educativos , ícone da produção cinematográfica voltada para a educação. Entre os anos 30 e 60 ele produziu mais de 300 curtas-metragens.
  • 3. O USO DO AUDIOVISUAL NA EDUCAÇÃO  Facilidades técnicas: novas possibilidades, novos suportes que facilitam o uso e permitem o acesso e o baixo custo: TV, videocassete, DVD, Data-show, etc, bem como o custo relativamente acessível, tornaram viável o uso de vídeos na sala de aula.  Cultura audiovisual/potencial educativo: mundo totalmente dominado por imagens audiovisuais. Desde cedo as crianças são expostas às imagens televisivas, e esta educação é feita à revelia, do indivíduo, da família e da escola.
  • 4. O USO DO AUDIOVISUAL NA EDUCAÇÃO  Comunicação/educação: A prática educativa é por natureza um processo de comunicação. Esta relação comunicativa-cognitiva propicia a construção do sentido da vida, consciência da própria existência e da existência alheia.  Ponte: Trata-se de um desafio que os meios de comunicação de massa lançam à escola, propondo um trabalho em conjunto. Entre um e outro existe uma ponte entre os conhecimentos do produto da comunicação e os conhecimentos oferecidos pela escola.
  • 5. O USO DO AUDIOVISUAL NA EDUCAÇÃO Memória: Aciona operações articuladas de memória, atenção, raciocínio e imaginação, conduzindo a uma aprendizagem significativa, em contraposição à memorização.  Emoções: Na projeção de um filme, o professor pode resgatar no íntimo do aluno aspectos que não necessariamente estariam visíveis, mas que podem vir à tona com as emoções suscitadas pelo vídeo.  Sedução/satisfação: O audiovisual trabalha nas emoções, tentando seduzir o receptor. O objetivo é oferecer ao público algo que ele busca ou de que necessita, proporcionando-lhe assim satisfação/conhecimento. 
  • 6. O USO DO AUDIOVISUAL NA EDUCAÇÃO  Desafio: manter a perspectiva do divertimento e do prazer propiciados pela fruição do vídeo, aliando tal atividade ao compromisso com a educação.  Pedagogia da imagem e pedagogia com a imagem: Uma educação audiovisual coerente e integral deve abranger duas dimensões. A primeira delas é a pedagogia com a imagem, processo que usa o audiovisual como recurso didático. A segunda dimensão é a pedagogia da imagem, que toma o audiovisual como objeto de análise.  Papel do professor: sua formação deve abarcar conhecimentos específicos da linguagem audiovisual, mecanismos de funcionamento dos meios de comunicação de massa e noções didáticas de como educar os alunos neste âmbito.  Recortes do real: Deixar claro para o aluno que o filme de ficção, o comercial de televisão, o documentário, as reportagens e as notícias do telejornal são recortes do real. O professor pode, deve e precisa ser um dos agentes da desmistificação da imagem como representação fiel da realidade.
  • 7. FATORES DA EFICÁCIA DO AUDIOVISUAL NA SALA DE AULA  Hoban Jr. e Van Ormer (1951) - “Programa de Pesquisa de Filmes Instrutivos” da Universidade da Pennsylvania:  O valor dos filmes educativos: as pessoas aprendem mais em menos tempo e são capazes de reter o conteúdo. Certos filmes facilitam o pensamento crítico e a solução de problemas.  Princípios que determinam a influência dos filmes educativos: os filmes têm máxima influência quando o seu conteúdo reforça e/ou amplia conhecimentos, atitudes e motivações pré-existentes.  Princípio de especificidade: quanto mais específica for a determinação do público alvo e dos objetivos propostos pelo filme, mais os receptores aproveitarão o conteúdo.  Princípio de relevância: o alcance de um filme é maior quando seu conteúdo tem relevância direta para o público alvo.
  • 8. FATORES DA EFICÁCIA DO AUDIOVISUAL NA SALA DE AULA  Hoban Jr. e Van Ormer (1951) - “Programa de Pesquisa de Filmes Instrutivos” da Universidade da Pennsylvania:  Princípio de variabilidade da audiência: as reações diante de um filme variam em função de fatores como a alfabetização cinematográfica, a inteligência abstrata, a experiência prévia em relação ao tema e os preconceitos.  Princípios das variáveis de ensino: quando inserido de forma adequada num projeto didático-pedagógico, o filme tende a ser mais eficaz como instrumento de ensino-aprendizado.  Princípio da liderança do professor: as qualidades do educador e a forma como ele apresenta o filme têm relação direta com a eficácia do processo educativo.
  • 9. FUNÇÕES DO USO DIDÁTICO DO VÍDEO  Carneiro (2000) apresenta uma sistematização com base em quatro funções básicas, mas que podem ocorrer simultaneamente:  Função de informação e de conteúdo: consiste em apresentar o programa produzido para apresentar o conteúdo da aula (forma direta) ou o programa produzido sem tratamento pedagógico específico (forma indireta).  Função de motivação: significa utilizar o potencial motivacional do meio audiovisual para problematizar conteúdos, aproximando a cultura do aluno, com a emoção, com as imagens do mundo real.  Função de ilustração: consiste em apresentar documentos, imagens, vozes ou até mesmo fatos e histórias para ilustrar aulas, ajudando na compreensão de fatos, idéias e conceitos.  Função de meio de expressão: significa produzir mensagens audiovisuais como modo de expressão.
  • 10. PROPOSTAS DE USO DO AUDIOVISUAL - JOSÉ MANUEL MORAN (1995)  Usos inadequados  Vídeo tapa-buracos: colocar vídeo quando há um problema inesperado, como ausência do professor.  Vídeo-enrolação: exibir um vídeo sem muita ligação com a matéria. O aluno percebe que o vídeo é usado como forma de camuflar a aula.  Vídeo-deslumbramento: O professor que acaba de descobrir o uso do vídeo costuma empolgar-se e passa vídeo em todas as aulas, esquecendo outras dinâmicas mais pertinentes.  Vídeo-perfeição: Os vídeos que apresentam conceitos problemáticos podem ser usados para descobrí-los, junto com os alunos, e questioná-los.  Só vídeo: não é satisfatório didaticamente exibir o vídeo sem discutilo, sem integrá-lo com o assunto de aula, sem voltar e mostrar alguns momentos mais importantes.
  • 11. PROPOSTAS DE USO DO AUDIOVISUAL - JOSÉ MANUEL MORAN (1995)  Como utilizar  Audiovisual como sensibilização: Um bom vídeo é interessantíssimo para introduzir um novo assunto, para despertar a curiosidade, a motivação para novos temas.  Audiovisual como ilustração: O vídeo muitas vezes ajuda a mostrar o que se fala em aula, a compor cenários desconhecidos dos alunos.  Audiovisual como simulação: O vídeo pode simular experiências de química que seriam perigosas em laboratório ou que exigiriam muito tempo e recursos.  Audiovisual como conteúdo de ensino: Vídeo que mostra determinado assunto, de forma direta ou indireta.  Audiovisual como produção / intervenção: Como documentação, registro de eventos, de aulas, de estudos do meio, de experiências, de entrevistas, depoimentos. Como atividade complementar, a fim de aguçar no aluno o olhar crítico de quem produz algo.
  • 12. PROPOSTAS DE USO DO AUDIOVISUAL - JOSÉ MANUEL MORAN (1995)  Como ver  Antes: Ver o filme, observar os dados gerais (autor, direção e gênero), não prejulgar, checar o equipamento, observar a ambiência, diminuir a iluminação, silenciar, fazer com que a sala de aula chegue o mais próximo possível da sala de cinema, criar o clima, motivar os alunos para a atividade, contextualizar a atividade ao assunto estudado.  Durante: Anotar as cenas mais importantes e observar as reações do grupo.  Depois: Promover a análise do material audiovisual visto, estimular discussões e indicar o caminho para a educação do olhar crítico.