SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 38
Baixar para ler offline
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 50 
AULA 02: Arquivamento e ordenação de documentos de arquivo. Tabela de temporalidade de documentos de arquivo. Acondicionamento e armazenamento de documentos de arquivo. Preservação e conservação de documentos de arquivo. 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação 
2. Conteúdo programático 
3. Questões comentadas 
4. Lista das questões apresentadas 
AULA 02 
1. MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO 
A classificação e a ordenação de documentos são etapas complementares no tratamento técnico-arquivístico. Ambas caminham lado a lado e são fundamentais para que a informação desejada, justamente naquele momento, esteja disponível para o usuário final. 
A ordenação é uma etapa complementar à da classificação de documentos. Algumas pessoas confundem os termos ordenação com arranjo. Isto não pode ocorrer, pois o primeiro trata-se de ordenar os documentos de forma que eles sejam pesquisados com agilidade pelos usuários. E o segundo é um plano de classificação adequado aos arquivos permanentes, cujo acervo já passou por todas as etapas da gestão de documentos. 
A disposição física dos documentos que pode facilitar a pesquisa é decidida pela forma mais frequentemente procurada pelos usuários. Nisso, o arquivista deve possuir a devida sensibilidade a esta demanda, tendo em vista que a organização dos documentos deve atender às necessidades dos usuários. Depende também da composição do conteúdo da documentação, pois pode ser adotada uma ou mais formas de ordenação que melhor atenda a área. 
E estes critérios são complementares à etapa de classificação e são reunidos nos tão temidos métodos de arquivamento. Na realidade, eles
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 50 
são necessários e importantíssimos para dispor os documentos. Padronizados ou básicos, tais métodos são facilitam a pesquisa da informação. O documento está seguro se estiver bem classificado e bem ordenado. 
A Marilena Leite Paes é uma das teóricas de maior respeito que domina bem esta parte de métodos de arquivamento. A obra dela é referência aos arquivistas e demais profissionais que atuam na área. Tanto é que os princípios dela serão utilizados na explicação dos métodos de arquivamento aqui nesta aula e são os mais cobrados em concursos. Vou expor bem aqueles que são mais cobrados em provas e os mais utilizados na área. Conforme o sistema utilizado, ele pode ser: 
 Direto: quando a pesquisa ao documento é feita diretamente no acervo; 
 Indireto: quando a consulta ao documento é feita inicialmente por um código ou índice primeiro, para depois chegar ao objeto desejado; 
 Semi-indireto: quanto há a utilização de um método alfa-numérico, com a combinação de letras e números. 
1.1. Método alfabético 
O nome, seja construído por assunto, seja pela estrutura, seja pela função, é o principal elemento de busca deste método. A organização dos dossiês ou pastas deve ser alfabética e de forma rigorosa. Podem existir notações abertas ou fechadas, com a indicação do limite inicial (A, B, C, Ab, Ac...) ou do limite inicial e final (Aa-Ab; Ac- Ad). As notações servem de guia ao usuário que deseja pesquisar o documento organizado por este método. 
A vantagem deste método é que ele é simples, de busca rápida, fácil e barato. Entretanto não pode ser utilizado em acervos cujo conteúdo possui restrição de acesso aos usuários, como o acervo de assentamentos funcionais, por exemplo. Como a consulta ao documento é feita de forma direta, este cuidado serve para que nenhum usuário estranho à repartição saiba localizar um documento que não lhe diga respeito, tendo em vista que tal informação deve ficar resguardada durante muitos anos. 
O cuidado também é de utilizar o método em acervos imensos, para evitar erros na ordenação alfabética dos dossiês. Este método possui muitos detalhes que deverão ser observados tanto pelo arquivista, quanto pelo usuário. As regras básicas de alfabetação são estas:
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 50 
a) Pessoas físicas: o último sobrenome deve ser considerado e depois o prenome (o primeiro nome): 
Os sobrenomes iguais ficam ordenados desta forma, privilegiando a organização do prenome: 
b) Sobrenomes compostos: com hífen ou não, eles não se separam. São considerados como um sobrenome simples. 
c) Sobrenomes formados com São, Santo e Santa repetem a mesma dinâmica do item anterior. 
Francisco Alves 
Vitor Andrade 
Clayton Rodrigues 
Alves, Francisco 
Andrade, Vítor 
Rodrigues, Clayton 
Francisco Alves 
Fernando Alves 
Eduardo Alves 
Alves, Eduardo 
Alves, Fernando 
Alves, Francisco 
Heitor Villa-Lobos 
Camilo Castelo Branco 
Paulo Monte Verde 
Castelo Branco, Camilo 
Monte Verde, Paulo 
Villa-Lobos, Heitor 
Lucas Santa Maria 
Pedro Santo Antônio 
Valdo São João 
Santa Maria, Lucas 
Santo Antônio, Pedro 
São João, Valdo
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 50 
d) Abreviaturas de nomes: na classificação de nomes iguais, eles têm precedência na organização. 
e) Artigos e preposições: os artigos e preposições a, o de, d’, da, do, e, um, uma, não são considerados na ordenação. 
Os graus de parentesco serão considerados apenas quando houver prenomes e sobrenomes iguais. 
J. Silvestre 
Joaquim Silvestre 
Jaime Silvestre 
Silvestre, J. 
Silvestre, Jaime 
Silvestre, Joaquim 
Ana Luísa do Prado 
Pedro de Lara 
Julião da Cruz 
Sônia d’Albuquerque 
Lucas Silva e Sousa 
Albuquerque, Sônia d’ 
Cruz, Julião da 
Lara, Pedro de 
Prado, Ana Luísa do 
Sousa, Lucas Silva e 
José Barbosa Sobrinho 
Luís Felipe de Almeida Júnior 
Joaquim Maria Machado Filho 
Almeida Júnior, Luís Felipe de 
Barbosa Sobrinho, José 
Machado Filho, Joaquim Maria 
José Barbosa Sobrinho 
José Barbosa Neto 
José Barbosa Filho 
José Barbosa Júnior 
Barbosa Filho, José 
Barbosa Júnior, José 
Barbosa Neto, José 
Barbosa Sobrinho, José
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 50 
f) Títulos: são colocados após o nome completo, entre parênteses, e não são considerados na regra de alfabetação. 
g) Nomes estrangeiros: possuem a mesma regra de alfabetação dos nomes brasileiros. O último nome é considerado, com exceção dos nomes orientais e espanhóis. 
h) Partículas de nomes estrangeiros: Devem ser consideradas caso elas sejam maiúsculas. 
i) Nomes espanhóis: O penúltimo sobrenome deve ser considerado, pois é o sobrenome paterno. 
Presidente Humberto Castelo Branco 
Ministro César Peluso 
Dr. Lídio Toledo 
Castelo Branco, Humberto (Presidente) 
Peluso, César (Ministro) 
Toledo, Lídio (Dr.) 
Frank Sinatra 
George Benson 
Ozzy Osbourne 
Marie Curie 
Benson, George 
Curie, Marie 
Osbourne, Ozzy 
Sinatra, Frank 
Peppino di Capri 
Maria Sylvia Zanello Di Pietro 
Scarlet O’Hara 
Capri, Peppino di 
Di Pietro, Maria Sylvia Zanello 
O’Hara, Scarlet 
Roberto Gomez Bolaños 
Ramon Valdes y Castillo 
Ruben Aguirre Fuentes 
Aguirre Fuentes, Ruben 
Gomez Bolaños, Roberto 
Valdez y Castillo, Ramon
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 50 
j) Nomes orientais e árabes: são ordenados em sua integridade, sem serem desmembrados. 
k) Instituições públicas e privadas: apenas os nomes são considerados, colocando as partículas, tais como artigos e preposições, entre parênteses. 
l) Eventos em geral: congressos, seminários, simpósios, entre outros, são ordenados por extenso. As numerações e quaisquer outras partículas semelhantes deverão estar entre parênteses. 
Kim Sun-il 
Tomie Otakie 
Kim Sun-il 
Tomie Otakie 
Associação Brasiliense de Arquivologia 
Câmara dos Deputados 
Senado Federal 
Fundação Nacional do Índio 
Famiglia Mancini 
Associação Brasiliense de Arquivologia 
Câmara dos Deputados 
Famiglia Mancini 
Fundação Nacional do Índio 
Senado Federal 
I Congresso Nacional de Arquivologia 
17º Simpósio de Direito Administrativo Brasileiro 
Sexto Encontro Nacional de Estudantes de Geologia 
Congresso Nacional de Arquvologia (I) 
Encontro Nacional de Estudantes de Geologia (Sexto) 
Simpósio de Direito Administrativo Brasileiro (17º)
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 50 
m) Nomes conhecidos: a critério do arquivista, tanto o nome conhecido, quanto o nome completo podem ser utilizados. Se o critério do nome conhecido for escolhido, a remissiva deve ser feita. 
As remissivas devem ser feitas nos nomes completos: 
Em qualquer método de arquivamento, a ordenação pode ser letra por letra ou palavra por palavra. Se o arquivista escolhe um critério, o outro deve ser excluído, para que haja padronização. 
Mont Blanc 
Monteiro 
Montenegro 
Montevergine 
Mont Blanc 
Monte Sinai 
Monteiro 
Montenegro 
Renato Aragão 
Regina Leclèry 
Machado de Assis 
Chico Anysio 
Anysio, Chico 
Aragão, Renato 
Assis, Machado de 
Leclèry, Regina 
Antônio Renato Aragão 
Regina Maria Rosemburgo Leclèry 
Joaquim Maria Machado de Assis 
Francisco Anysio de Paula Filho 
Aragão, Antônio Renato 
Leclèry, Regina Maria Rosemburgo 
Assis, Joaquim Maria Machado de 
Paula Filho, Francisco Anysio de 
Ordenação letra por letra. Os espaços entre as palavras são desconsiderados e as palavras são ordenadas por letras. 
Ordenação palavra por palavra. Neste caso, as palavras com espaço são precedentes na ordenação alfabética entre aquelas que não as possuem.
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 50 
No método alfabético, existem outros tipos de ordenação que devem ser consideradas pelo arquivista, como a ordem dicionária e a ordem enciclopédica. 
Humoristas masculinos 
Carlos Villagrán 
Mussum 
Ramón Valdes 
Renato Aragão 
Roberto Gomez Bolaños 
Humoristas femininos 
Fafy Siqueira 
Heloísa Perissé 
Maria Antonieta de Las Nieves 
Talita Carauta 
Este exemplo agora é feito com nomes em ordem dicionária, levando apenas em consideração a ordenação alfabética. 
Carlos Villagrán 
Fafy Siqueira 
Heloísa Perrissé 
Maria Antonieta de Las Nieves 
Mussum 
Ramón Valdes 
Renato Aragão 
Roberto Gomez Bolaños 
Ordem enciclopédica: os nomes são ordenados por títulos gerais e dispostos alfabeticamente. 
Ordem dicionária: os nomes são ordenados alfabeticamente, sem um título comum entre eles.
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 50 
Talita Carauta 
1.2. Método Geográfico 
Sistema direto de ordenação de documentos, de acordo com a procedência do acervo ou das peças documentais. Este método é fácil de ser manuseado e permite ao usuário buscar os documentos com rapidez. A atenção a ser dada é no momento da referência à documentação, que deve ser feita com, no mínimo, duas localidades. 
A ordenação pode ser feita por: 
 Estado, cidade e correspondente: a organização deve ser feita primeiro pelo Estado, segundo pela cidade e, por fim, pelo documento solicitado. As capitais terão precedência sobre as cidades, mesmo que elas não estejam em ordem alfabética. 
Estado 
Cidade 
Correspondente 
Amapá 
Macapá 
Barbosa Sobrinho, José 
Amazonas 
Tefé 
Alves, Fernando 
Distrito Federal 
Brasília (capital) 
Alves, Eduardo 
São Paulo 
São Paulo (capital) 
Mendes, Luís Pereira 
São Paulo 
Bragança Paulista 
Braga, Edgar Luís 
 Cidade, Estado e correspondente: a cidade terá preferência na ordenação alfabética, mesmo que seja uma capital. Desta forma, primeiro, organiza-se a cidade, depois o Estado e, em seguida, o documento correspondente. 
Cidade 
Estado 
Correspondente 
Bragança Paulista 
São Paulo 
Braga, Edgar Luís 
Brasília 
Distrito Federal 
Alves, Eduardo 
Macapá 
Amapá 
Barbosa Sobrinho, José 
São Paulo 
São Paulo 
Mendes, Luís Pereira 
Tefé 
Amazonas 
Alves, Fernando
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 50 
 Países, capitais e correspondentes: organiza-se primeiro o país, segundo a capital e a cidade, caso exista, e em seguida o documento correspondente. 
País 
Cidade ou capital 
Correspondente 
Brasil 
Distrito Federal (capital) 
Alves, Roselene Candida 
Brasil 
Bragança Paulista 
Braga, Edgar Luís 
Espanha 
Madrid (capital) 
Fernández Abad, Angelines 
México 
Cidade do México (capital) 
Gomez Bolaños, Roberto 
México 
Ciudad Juarez 
Valdes y Castillo, Ramón 
Portugal 
Lisboa (capital) 
Manoel, Abílio 
1.3. Método Numérico 
O método numérico requer um sistema indireto de busca aos documentos e o principal elemento de busca do documento é o número, que se encontra no conteúdo documental. A metodologia é simples e pode ser adotada pelas seguintes formas: 
a) Numérico-cronológico: os documentos são ordenados a partir da data de elaboração dos documentos. Em geral, a ordem é decrescente. Em geral, é aplicado em documentos textuais de mesma espécie, como ofícios, memorandos, cartas, entre outros. Exemplo: Dossiê Memorandos; Agosto a Outubro de 2011. 
b) Númérico simples: a ordenação dos documentos é feita a partir do número de cada peça documental. A Marilena Leite Paes explica um exemplo que raramente é utilizado nos dias de hoje, então não vou entrar em minúncias. Em geral, é feita em ordem decrescente também, devido à produção documental. Os dossiês podem conter uma abrangência entre o números, como por exemplo, ofícios nº0 a 200. 
c) Dígito-terminal: este método é utilizado quando o elemento de busca for, em geral, números com vários dígitos. Para facilitar o aprendizado, vamos citar os números de matrícula dos servidores.
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 50 
A leitura de um número é feita da direita para a esquerda. Se, por exemplo, tivermos o número 230.361, ele será organizado assim: 23-03- 61 e será lido da direita para a esquerda. O número 61 é primário; o 03, secundário; e o 23, terciário. Assim, este dossiê será acondicionado nas pastas terminadas em 61, em caixas finalizadas em 03 e nas estantes do grupo 23. 
A leitura não é habitual ao usuário, mas tal método é adequado em acervos cuja busca é feita por grandes números. As matrículas dos servidores é um exemplo. 
A ordenação dos documentos deve ser sempre pelo grupo primário, ou seja, pelo último número. NUNCA deve ser feito pelo grupo terciário ou secundário primeiro, a não ser que existam dígitos iguais. Vejamos os exemplos abaixo. 
Matrícula 
Ordenação correta 
051438 
05-14-38 
128763 
28-76-50 
287650 
14-03-57 
160557 
16-05-57 
140357 
12-87-63 
240681 
24-06-81 
d) Métodos duplex, decimal e bloco canadense: estes métodos são utilizados atualmente nos planos de classificação e não nos métodos de arquivamento. E eles foram explicados nas últimas aulas. A orientação correta destas numerações é manter a ordem crescente, para que a busca dos dossiês seja rápida aos usuários. 
e) Unitermo ou indexação coordenada: este método é empregado desde 1950 e foi desenvolvido por Mortimer Taube nos Estados Unidos. A aplicação deste método é feita em arquivos especiais ou especializados, em razão do suporte não tradicional. 
O método é aplicado aos documentos de acordo com a entrada deles no arquivo. Atribui a cada peça documental um número em ordem crescente, assinalado de forma visível. Cada documento possui uma ficha- índice, com palavras-chave sobre cada documento, tendo em vista o suporte diferenciado.
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 50 
Cada ficha-índice possui uma numeração, que é o controle de entrada de cada documento no acervo. Neste caso, o fim de cada número entra nas colunas de 0 a 9, como neste exemplo: 
30 – Coluna 0 
72 – Coluna 2 
45 – Coluna 5 
E desta forma, as fichas são organizadas em uma tabela com as colunas. Cada tabela é oriunda de uma proveniência distinta. Por exemplo, vamos montar uma tabelinha sobre as fotografias de um Congresso: 
Congresso Nacional de Arquivologia (I) 
0 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
21 
32 
45 
27 
30 
41 
72 
65 
Notamos que a ordem aplicada não é a numérica, mas sim a do fim de cada número de entrada do acervo. 
1.4. Método ideográfico 
O método ideográfico é a adoção de assuntos como critério de entrada na ordenação dos documentos. Tal metodologia pode ser utilizada a partir da ordenação dicionária ou enciclopédica dos documentos. Também podem ser adotados os métodos duplex, decimal ou o bloco canadense, caso adote o assunto. 
A adoção deste método, como já abordei antes, requer muito cuidado do arquivista responsável, pois nem sempre um assunto pré- concebido pode abranger a gama de documentos que podem ser abordados. Ou pode acontecer o pior, existirem dois assuntos para o mesmo documento. Isso acontece muito, por isso nem sempre se recomenda utilizá-lo em acervos grandes. 
1.5. METODOS PADRONIZADOS DE ARQUIVAMENTO 
1.5.1. Método Variadex
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 50 
Acreditem ou não, existem métodos padronizados de arquivamento e são cobrados em provas. Um dos métodos o qual vou abordar é o método variadex. Criado pela empresa Remington Rand, este método é a fusão de cores e letras para facilitar a busca pelos usuários. 
Os arquivistas utilizam as cores no cotidiano para tornar o arquivo como um objeto fácil de ser pesquisado pelo usuário e de ser tratado. Este método possui cinco cores: 
Letras 
Cores 
A, B, C, D e abreviações 
Ouro 
E, F, G, H e abreviações 
Rosa 
I, J, K, L, M, N e abreviações 
Verde 
O, P, Q e abreviações 
Azul 
R, S, T, U, V, W, X, Y, Z e abreviações 
Palha 
Em seguida, após a ordenação dos nomes de entrada, o arquivista ou o técnico deve escolher a cor a partir da segunda letra e nunca na primeira letra. Vamos aos exemplos dos nomes dos meus humoristas favoritos, para facilitar a compreensão: 
Nome 
Entrada 
Cor 
Chico Anysio 
Anysio, Chico 
Verde 
Roberto Gomez Bolaños 
Aragão, Renato 
Palha 
Ramon Valdes y Castilho 
Gomez Bolaños, Roberto 
Azul 
Carlos Villagrán Eslava 
Valdes y Castillo, Ramón 
Ouro 
Renato Aragão 
Villagrán Eslava, Carlos 
Verde 
Eu destaquei a cor da segunda letra do nome de entrada, para que vocês compreendam que é ela que escolhe a cor desejada. 
Este método é muito bacana, pois evita o arquivamento incorreto de documentos e torna-se como elemento de busca dos documentos. Se
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 50 
eu quero um dossiê da cor verde, eu sei que ele abrange as letras contidas na tabela do método variadex. 
Na atualidade, os métodos de arquivamento e os planos de classificação costumam usar cores, para que a pesquisa torne-se mais rápida ao usuário. O Código de Classificação do Conarq, por exemplo, adotou as cores amarelo e vermelho para as classes 000 e 900, respectivamente. E cada órgão atribui uma cor aleatória para cada classe, para as abrangidas pelos números 100 e 800. 
As pastas miscelânea ou diversos é abordada pela autora em vários métodos, mas não é utilizada pela técnica arquivística, justamente para evitar que os documentos sejam arquivados sem um critério adequado de ordenação. Por este motivo, não é aconselhado o seu uso no cotidiano de um arquivo, muito menos abordei nos tópicos da aula. 
2. AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS 
A avaliação de documentos é uma das principais atividades de um programa de gestão de documentos. Não há a possibilidade de conservar todos eles para o resto da vida, em função de razões administrativas, culturais, jurídicas e financeiras. Todo documento cumpre seu curso na instituição pública ou privada. 
A avaliação visa estabelecer um prazo de guarda aos documentos, com vistas para eliminação ou recolhimento à guarda permanente. Os principais objetivos da avaliação, descritos pelo Manual de Gestão de Documentos do Arquivo Nacional, são: 
 Garantir a busca rápida da informação arquivística; 
 Reduzir a massa documental acumulada; 
 Garantir a proteção de documentos essenciais, em detrimento daqueles que serão eliminados; 
 Ampliar o espaço físico disponível; 
 Racionalizar o fluxo da documentação arquivística, a partir do emprego adequado dos suportes;
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 50 
 Garantir o patrimônio arquivístico da instituição. 
Em cada órgão deve conter uma equipe técnica de avaliação multidisciplinar, devido às particularidades do conteúdo da documentação. Trata-se da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos, imposta após a Resolução nº7 do CONARQ, de 20 de Maio de 1997. A Comissão determina os prazos a partir de reuniões e estudos por profissionais de diversas formações, como advogados, historiadores, administradores, engenheiros, médicos, profissionais diversos que tenham contato com a documentação a ser avaliada. Além disso, a autoridade administrativa da área deve também estar presente, por conhecer toda a rotina da documentação. 
Antes disso, deve ser feito o diagnóstico da situação arquivística. O diagnóstico é um levantamento realizado antes de qualquer tratamento técnico arquivístico. Este assunto será explicado em maiores detalhes na próxima aula, mas vou adiantar algumas coisas para vocês. Em geral, levantam-se os seguintes dados no diagnóstico para a avaliação: 
 O estudo do fluxo da informação arquivística, verificando aspectos e problemas concretos e virtuais; 
 O conhecimento da organização, a partir do estudo das funções exercidas e da rotina da documentação analisada; 
 A análise da organização analisada, a partir da pesquisa das funções exercidas, da evolução e da história da pessoa física ou jurídica; 
 A quantidade da documentação, medida em massa documental acumulada; 
 As características diplomáticas e tipológicas dos documentos arquivísticos; 
 A característica dos acervos relacionada ao estado de conservação e preservação; 
Estes dados podem ser coletados a partir de um formulário padronizado e elaborado para tal fim. As entrevistas devem ser feitas com pessoas estratégicas da organização, que conheçam bem as atividades, a missão e os documentos trabalhados. Desta forma, torna-se mais fácil repassar estes dados num relatório específico, que deve especificar as soluções a serem aplicadas e que estejam relacionadas à avaliação dos documentos. 
Após a coleta destes dados, os prazos de guarda da documentação devem ser estabelecidos a partir da análise da legislação relacionada aos documentos, da frequência de uso da documentação, a existência de
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 50 
fontes que reproduzem resumidamente o mesmo conteúdo do documento (documentos recapitulativos) e a necessidade de prazos precaucionais da documentação. 
2.1. Tabela de temporalidade 
Todo procedimento já descrito no item anterior serve para confeccionar a tabela de temporalidade, que é um instrumento de destinação dos documentos. Neste documento, haverá as informações sobre o prazo de guarda, destinação e informações. São os campos mais básicos. Vou colocar aqui um exemplo de tabela de temporalidade, elaborada por Ieda Pimenta Bernardes, do Arquivo Público do Estado de São Paulo. 
Retirado da publicação “Gestão Documental Aplicada”, de Ieda Pimenta Bernardes e Hilda Delatorre, São Paulo, 2009. 
No exemplo acima, a tabela é baseada em funções. Nela, a autora colocou a descrição da atividade, os documentos expressos em tipologias documentais com uma classificação pré-estabelecida em um plano, o prazo de guarda em anos, o prazo de guarda (eliminação ou guarda permanente) e as observações. A tabela de temporalidade pode ser estruturada também em estrutura organizacional ou por assuntos, além do critério funcional. 
Não há nenhuma tabela de temporalidade sem que exista um diagnóstico completo da instituição, um plano de classificação pré- estabelecido, um levantamento dos prazos de guarda e as propostas de destinação. A avaliação de documentos é uma atividade séria, que implica responsabilidade legal do profissional responsável pelo estabelecimento de diretrizes técnico-arquivísticas. 
Além disso, nenhum programa de avaliação funciona sem o estudo dos valores primário e secundário, que já foi explicado a todos na aula 01. Para a avaliação, este conceito é importante. O valor primário ou
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 50 
imediato é o que o documento nasce a partir dos objetivos pelos quais foram criados, que podem ser administrativos, fiscais ou legais. Este valor é predominante nas fases corrente e intermediária. 
Já o valor secundário ou mediato é o que o documento obtém após o valor primário e que obterá outros objetivos além daqueles que guiaram a sua criação. Outros usuários, além daqueles iniciais, terão interesse neste tipo de documentação. Neste caso, este valor é característico da idade permanente. 
Dentro do valor secundário, há duas subdivisões estabelecidas por Schellemberg. O valor probatório decorre da prova contida sobre a organização e as funções exercidas. A manutenção destes documentos servirá para a continuidade das atividades das pessoas físicas ou jurídicas. Em geral, os tipos de documentos de valor probatório são diretrizes, normas, regulamentos, pareceres ou qualquer documento que mostre a que deve o aparecimento de tais programas. 
Já o valor informativo é a informação referente a pessoas, problemas, condições, e outros relacionados à organização, que não tenham caráter probatório. Em geral, aplica-se uma amostragem seletiva nesta documentação, que consiste selecionar uma porcentagem que será conservada para fins informativos. Em geral, selecionam-se de 5% a 10% do acervo total. 
Muito cuidado com os termos destinação, seleção e avaliação. Como já estudamos, a avaliação é o estabelecimento de prazo de guarda dos documentos. A destinação é a decisão sobre quais documentos irão à eliminação ou à guarda permanente. A seleção é a triagem, de forma mecânica, dos documentos a serem eliminados ou transferidos ou recolhidos. 
Mais uma questão, que vai tirar um pouco de sossego de vocês. 
(CESPE – MPS - AGENTE – 2009) JULGUE O ITEM A SEGUIR:
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 50 
Toda correspondência recebida na sexta-feira deve ser encaminhada no mesmo dia, pois a lei determina que nenhuma correspondência permanecerá por mais de vinte e quatro horas no setor de protocolo. 
Comentários: Esta foi uma das provas mais difíceis de arquivologia elaborada pelo Cespe. A portaria normativa do MPOG afirma que nenhum documento deve ficar mais de 24 horas no setor de protocolo. Porém, não foi a lei quem determinou isso. Aliás, a Lei 9784/99 defende apenas a celeridade da documentação, o que nós já estudamos. Tomem muito cuidado com este item, que é uma verdadeira casca de banana. A resposta é FALSA. 
Resposta: FALSA 
2.2. Procedimentos de eliminação de documentos arquivísticos 
A avaliação e eliminação de documentos na Administração Pública Federal segue um rito ditado pela Resolução nº 7 do CONARQ, de 20 de maio de 1997. Esta norma é a diretriz que deve ser seguida em toda a Administração Pública Federal e pelos Três Poderes. Todo órgão que queira proceder à eliminação de documentos deve constituir uma Comissão de Avaliação de Documentos, que foi explicada no tópico anterior. E os documentos a serem criados para este procedimento deverão ser a Listagem de Eliminação e o Termo de Eliminação de Documentos. Para isto, deverão seguidos estes passos de forma mais sucinta. 
A primeira etapa é selecionar os documentos a serem eliminados, conforme o prazo ditado pela Tabela de Temporalidade. Esta etapa é fundamental, para formar a Listagem de Eliminação, que será a próxima etapa. 
Em seguida, os dados dos documentos a serem eliminados deverão ser preenchidos na Listagem de Eliminação, cujo modelo deve ser elaborado, em conformidade com a Resolução nº7. Os campos a serem inseridos são, de acordo com o art. 3º são: 
Art. 3º A Listagem de Eliminação de Documentos tem por objetivo registrar informações pertinentes aos documentos a serem eliminados e se constituirá basicamente dos seguintes itens: 
I - cabeçalho contendo a identificação do órgão ou entidade e da unidade/setor responsável pela eliminação, o título e número da listagem e o número da folha;
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 50 
II - quadro contendo os seguintes campos: 
a) código do assunto ou, caso não tenha esta informação, o número de ordem dos itens documentais listados; 
b) assunto/série, correspondente aos conjuntos documentais a serem eliminados; 
c) datas-limite de cada conjunto documental citado na alínea anterior; 
d) quantidade e especificação das unidades de arquivamento a serem eliminadas em cada conjunto documental; 
e) observações complementares úteis ao esclarecimento das informações contidas nos demais campos, ou justificativa, quando se tratar dos órgãos e entidades aos quais se refere o art. 5º desta resolução; e 
III - rodapé contendo local e data, nome, cargo e assinatura do titular da unidade/setor responsável pela seleção, do Presidente da Comissão Permanente de Avaliação, bem como da autoridade a quem compete autorizar a eliminação no âmbito do órgão ou entidade.
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 50 
Modelo da Listagem de Eliminação do CONARQ 
O próximo passo é elaborar o Termo de Eliminação de Documentos, que deve conter os seguintes dados a serem transcritos pelo art. 4º da seguinte resolução: 
Art. 4º O Termo de Eliminação de Documentos tem por objetivo registrar as informações relativas ao ato de eliminação, devendo conter essencialmente: 
I - data da eliminação; 
II - indicação dos atos oficiais/legais que autorizam a eliminação e informação relativa à publicação em periódico oficial; 
III nome do órgão ou entidade produtor/acumulador dos documentos eliminados; 
IV - nome do órgão ou entidade responsável pela eliminação; 
V - referência aos conjuntos documentais eliminados especificados na Listagem de Eliminação de Documentos, anexa ao Termo; 
VI - datas-limite dos documentos eliminados; 
VII - quantificação/mensuração dos documentos eliminados; 
VIII - nome da unidade orgânica responsável pela eliminação; e 
IX - nome e assinatura do titular da unidade orgânica responsável pela eliminação. 
E por último, a autoridade competente deve publicar o Edital de Ciência de eliminação de documentos, para que os principais interessados pela documentação a ser eliminada verifiquem as informações que lhe sejam de interesse antes de ocorrer o descarte. Entre 30 e 45 dias após a publicação do edital, os documentos podem ser eliminados. Vou mostrar os modelos dos documentos, para que vocês tenham ideia do quanto a forma deles é importante a ser seguida pelo profissional do arquivo. 
ANEXO 1 
(NOME DO ÓRGÃO OU ENTIDADE) 
TERMO DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS 
Aos ______ dias do mês de __________ do ano de _________, o (indicar o nome do órgão ou entidade responsável pela eliminação), de acordo com o que consta do/da (indicar a Tabela de Temporalidade de Documentos ou a Listagem de Eliminação de Documentos e respectivo Edital de Ciência de Eliminação de Documentos), aprovados pelo (titular) do/da (indicar a instituição arquivística), por intermédio do (indicar o
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 50 
documento de aprovação), e publicada(o) no (indicar o periódico oficial), de (indicar a data de publicação da tabela ou do edital), procedeu à eliminação de (indicar a quantificação mensuração), de documentos relativos a (referência aos conjuntos documentais eliminados), integrantes do acervo do(a) (indicar o nome do órgão ou entidade produtor/acumulador), do período (indicar as datas-limite dos documentos eliminados). 
(nome da unidade orgânica responsável pela eliminação, nome, cargo e assinatura do titular) 
ANEXO 2 
(NOME DO ÓRGÃO OU ENTIDADE) 
EDITAL DE CIÊNCIA DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS 
Nº ______/____ 
O Presidente da Comissão Permanente de Avaliação, designado pela Portaria nº _____, de ___/___/___, publicada no (indicar o periódico oficial), de ___/___/___, de acordo com (indicar a Listagem de Eliminação de Documentos), aprovada pelo (titular) do(a) (indicar a instituição arquivística), por intermédio do (indicar o documento de aprovação), faz saber a quem possa interessar que a partir do (30º a 45º) (escrever por extenso, entre parênteses, o número ordinal correspondente) dia subseqüente a data de publicação deste Edital no (indicar o periódico oficial), se não houver oposição, o(a) (indicar a unidade orgânica responsável pela eliminação) eliminará os documentos relativos a (indicar os conjuntos documentais a serem eliminados), do período (indicar as datas-limite), do(a) (indicar o nome do órgão ou entidade produtor dos documentos a serem eliminados). 
Os interessados, no prazo citado, poderão requerer às suas expensas, o desentranhamento de documentos ou cópias de peças do processo, mediante petição, desde que tenha respectiva qualificação e demonstração de legitimidade do pedido, dirigida à Comissão Permanente de Avaliação do(a) (indicar o órgão ou entidade). 
(Local e data) 
(Nome e assinatura do Presidente da Comissão Permanente de Avaliação)
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 50 
3. ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO DE DOCUMENTOS 
Os termos acondicionamento e armazenamento possuem diferenças terminológicas e fazem parte de um projeto de conservação e restauração de documentos. Existem recomendações técnicas para cada uma destas atividades. 
O acondicionamento é a forma como os documentos arquivísticos são conservados ou preservados. Trata-se também do formato ou da apresentação física dos documentos, que podem ser encadernados, em brochura, reunidos em dossiês. 
O acondicionamento dos documentos arquivísticos é outra etapa importante da conservação e preservação de documentos, pois o material precisa garantir a preservação do documento a longo prazo, sobretudo se for de idade permanente. Deve-se evitar perfurar os documentos para colocar qualquer grampo trilho, utilizando envelopes, camisas (ou capas) neutras ou alcalinas. As caixas devem ser de papelão de uma gramatura durável, geralmente de 0,13 m de largura. Se houver necessidade, os grampos trilhos devem ser confeccionados em plástico, pois os de metal podem cortar os dedos dos usuários, além de correr o risco de enferrujar- se. O material adequado para o acondicionamento dos documentos é: 
• papéis e cartões neutros ou alcalinos das mais variadas gramaturas; 
• papelões de diversas gramaturas; 
• filmes de poliéster; 
• fita adesiva dupla neutra; 
• tiras ou cadarços de algodão; 
• tubos de PVC; 
• tecido de linho. 
O armazenamento refere-se ao mobiliário em que os documentos estarão conservados e também deve estar de acordo com a política de conservação e preservação do órgão ou entidade arquivística. Desta forma, o mobiliário adequado para o armazenamento da documentação arquivística são as estantes de metal esmaltado, devido à facilidade de limpar e de conservar o acervo por mais tempo. Se o mobiliário for de madeira, deve ser revestida ou fórmica, pois a conservação e a limpeza também são facilitadas. 
Deve-se evitar pisos com carpetes, que acumulam poeira, microorganismos, além de serem de alta combustão. Evita-se também o uso de ceras e outros produtos de limpeza que podem interferir nas condições ambientais do arquivo e no contato com a documentação, pois
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 50 
o cheiro e a fórmula utilizada por tais produtos podem influenciar na conservação dos documentos arquivísticos. 
4. CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS 
As medidas relativas à conservação e preservação de documentos são adotadas de forma preventiva em grande parte das instituições arquivísticas brasileiras, pois não há ainda uma tradição forte em restaurar documentos. Conservar sai mais barato que restaurar. Além disso, nem todos estes procedimentos ocorrem de forma satisfatória, devido a condições ambientais e à introdução tardia da Arquivologia no país. 
Desta forma, vou abordar os pontos mais cobrados em prova e adotar mais a linha preventiva, para que vocês tenham ideia dos procedimentos que são adotados pelos profissionais da área arquivística. 
4.1. Fatores de deterioração 
Norma Ciaflone Cassares lista cinco elementos de deterioração do acervo arquivístico. 
4.1.1. Fatores ambientais 
A temperatura e a umidade relativa do ar é um dos itens considerados como fator ambiental de conservação dos documentos. Se ambos estiverem baixos, os documentos em suporte papel estarão quebradiços e distorcidos. Se eles estiverem altos, haverá a possibilidade de proliferação de microorganismos, como bactérias e fungos. 
Segundo Cassares, à medida em que aumenta 10 ºC de temperatura, dobra a velocidade das reações químicas do papel. O ideal é que a temperatura esteja o mais próximo de 20 ºC e a umidade entre 45% a 55%. Devem ser evitadas oscilações frequentes da temperatura e da umidade, principalmente se elas excederem a mais de 3ºC e 10% de umidade. Além disso, estes dois fatores devem ser medidos por um aparelho chamado termohigrômetro, que registra de forma milimétrica qualquer alteração de temperatura e umidade. 
Outro fator ambiental considerável é a radiação da luz. A luz é o principal elemento que contribui para a detorioração dos documentos, quando estes estiverem expostos de forma frequente. A radiação UV, encontrada na luz natural e nas lâmpadas fluorescentes devem ser evitadas. 
O aparelho que mede a quantidade de luz é chamado de luxímetro ou fotômetro. Deve-se evitar que os documentos fiquem expostos diretamente à luz natural e às lâmpadas fluorescentes. Além disso, as
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 50 
janelas devem conter filmes especiais para diminuir a incidência de raios UV. 
Os documentos em exposição não podem ficar muito tempo sob os raios luminosos e devem ser protegidos por filtros especiais. O nível de luz deve ser o mais baixo possível, para evitar a deterioração rápida do documento. 
Deve-se considerar também a qualidade do ar como fator ambiental. Os poluentes externos são os gases químicos, especialmente o dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NO e NO2) e o Ozônio (O3). Com eles, o papel fica quebradiço e descolore-se rapidamente, e o couro fica deteriorado. O próprio ambiente onde encontram-se os documentos pode contribuir também para a qualidade do ar, sobretudo madeira, adesivos, vernizes que liberam substâncias tóxicas ao acervo. 
(Senado Federal – FGV – 2008) Assinale a alternativa correta: 
Considerando-se a conservação dos documentos, o bom controle do clima de uma área de guarda de documentos em um arquivo deve: 
(A) manter a umidade relativa do ar baixa para que a temperatura diminua. 
(B) estabilizar a temperatura e diminuir ao máximo a umidade relativa do ar. 
(C) manter a temperatura um pouco mais alta que a umidade relativa do ar. 
(D) manter a temperatura e a umidade relativa do ar moderadas e estáveis. 
(E) manter a temperatura baixa para que a umidade do ar diminua. 
Comentários: Esta questão pode cair na prova de vocês e nós já vimos bem o que pode acontecer se houve aumento ou queda bruscas de temperatura e umidade no ambiente onde os documentos se encontram. Se a temperatura e a umidade caírem, os documentos podem ficar quebradiços e distorcidos. Se houver o contrário, pode gerar a proliferação de fungos e bactérias. O ideal é que ocorra a moderação entre os dois fatores ambientais, para que o ambiente esteja equilibrado e que haja a conservação dos documentos. Neste caso, o item correto é a Letra D.
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 50 
Resposta: Letra D 
4.1.2. Fatores biológicos 
O controle do ambiente onde os documentos se localizam deve ser feito para evitar a proliferação de insetos, roedores e microorganismos danosos aos documentos. O contrário desta iniciativa é chamado por Cassares de conforto ambiental, onde há pouca circulação de ar, umidade alta, falta de higiene e outros fatores que contribuem para o surgimento destas pragas. 
b) Fungos: surgem em ambientes de umidade alta, mediante esporos. Eles atacam os substratos dos suportes em papel, causando manchas de difícil remoção. Quando a umidade é baixa, os esporos ficam dormentes e podem voltar à atividade, caso as condições ambientais lhes sejam favoráveis. O aconselhável é que haja uma política de controle da umidade e da temperatura, higienização frequente e adequada dos documentos, instruir os funcionários nas tarefas de higienização e secar os documentos adequadamente caso haja acidentes com água. Não se deve usar, de forma alguma fungicidas sobre os documentos. Profissionais habilitados devem ser chamados no caso de infestação por fungos. Além disso, deve ser usado aspirador de pó em caso de higienização mecânica, pois os esporos podem proliferar-se no ambiente; 
c) Insetos e roedores: as baratas, brocas e cupins devem ser exterminadas por especialistas em zoonoses, desde que não causem danos à documentação infestada. A temperatura e ambiete controlados, além da higienização constante do local e do acervo são medidas que devem ser adotadas antes de qualquer medida protetiva. No caso das baratas, o alvo são os ambientes mal higienizados e com pouca ventilação. Já as brocas, os acervos e as coleções sem higienização constante são os alvos destes insetos, que desde o nascimento já causam danos. Como as brocas gostam de materiais à base de celulose, o ideal é que a higienização seja feita em local separado da do acervo, para que os ovos não se espalhem no local e não reproduzam mais brocas. Já os cupins (térmitas) são muito organizados em sociedades e oferecem risco tanto nos acervos, quanto nos mobiliários e prédios das instituições. O ideal que, em todos os casos, haja a intervenção de um profissional especializado em zoonoses, além de profissionais especializados em conservação de acervos.
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 50 
4.1.3. Intervenções inadequadas 
Muitas vezes, na tentativa de ajudar, acabamos atrapalhando e é a mesma coisa com os acervos documentais. Tenho visto coisas horrorosas, como grampear várias vezes o mesmo documento, grudar com durex as partes soltas de uma peça documental, entre outras coisas. Não custa nada o profissional do arquivo ter uma informação básica de conservação e preservação de documentos, mesmo que seja preventiva. Até mesmo as medidas mais simples de acondicionamento de documentos preservam informações por décadas. Por isso, na hora da dúvida, torna-se importante consultar um profissional experiente na área, para que ele dê dicas importantes a respeito destas intervenções. 
4.1.4. Manuseio inadequado de documentos e vandalismo 
Outro problema que vemos no cotidiano dos arquivos e bibliotecas em geral é o manuseio inadequado de livros e documentos. Torna-se comum comermos ao lado dos documentos (baratas e formigas adoram comida!), dobrarmos os documentos e se esquecendo que eles têm fibras de celulose, não manusearmos os documentos com as mãos limpas ou com materiais descartáveis, tais como luvas e toucas, separar as páginas com a saliva entre os dedos, entre outras ações que vemos com frequência. 
Fora isso, as ações de vandalismo são comuns nos acervos. O furto e o extravio de documentos e processos também são frequentes, o que torna essencial a adoção de medidas de segurança. Criar uma sala específica para consulta é uma delas, justamente onde o funcionário do arquivo tenha a visão do usuário que manuseia o documento. Alarmes e políticas de segurança ao acervo são fundamentais para que o acervo torne-se seguro. 
4.2. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS DE CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS 
4.2.1. Higienização 
A higienização é realizada de forma preventiva nos documentos, sem a utilização de solventes. Isto ocorre devido à forma como a sujeira acumulada nos documentos causa danos a curto e a longo prazo. Sempre de forma mecânica e de acordo com o material, a técnica permite remover a sujeira que se acumula nos documentos, para evitar que eles fiquem quebradiços, pois os poluentes são ácidos, o escurecimento e o aparecimento de manchas nos documentos.
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 50 
Não é em qualquer documento que deve ser aplicada a higienização. Antes disso, o profissional deve avaliar o material utilizado, para que seja aplicada a técnica adequada. Desta forma, suportes frágeis com o tempo, no caso de documentos antigos, peças documentais de papel japonês (muito poroso), ou aqueles atacados por fungos ou molhados não podem sofrer a higienização por meio de pó de borracha ou pincel adequado. 
Os materiais utilizados em geral para os procedimentos de higienização são: 
 Pincéis de cerdas macias e de vários tipos; 
 Flanelas, para remover sujeiras de encadernações; 
 Aspirador de pó; 
 Bisturi, pinça, espátula, agulha, cotonete; 
 Papel mata-borrão; 
 Pesos; 
 Luvas de látex ou algodão; 
 Fita-crepe; 
 Folhas de papel siliconado; 
 Máscaras; 
 Fita-crepe; 
Muito cuidado com documentos arquivísticos manuscritos, especialmente aqueles com tinta ferrogálica, que destrói as fibras do papel com o tempo. Aqueles também com tintas a carbono também borram facilmente e, nestes casos, o auxílio de um especialista na área de conservação é adequado para este trabalho de higienização. 
Documentos grandes, como mapas e projetos de arquitetura, podem ter a sujeira removida com pó de borracha, aspirador de pó ou um pincel macio. Obviamente que todas estas iniciativas devem ser analisadas antes de começar qualquer trabalho, devido ao estado do acervo. 
O piso e os mobiliários dos acervos arquivísticos também devem merecer uma atenção especial dos profissionais da área. Eles devem ser limpos periodicamente, para evitar que a sujeira invada o conteúdo dos documentos. A utilização de aspiradores de pó e flanelas embebidas com álcool e água é a mais adequada para limpar pisos e estantes. 
O mobiliário adequado para o armazenamento da documentação arquivística são as estantes de metal esmaltado, devido à facilidade de limpar e de conservar o acervo por mais tempo. Se o mobiliário for de madeira, deve ser revestida ou fórmica, pois a conservação e a limpeza também são facilitadas. Deve-se evitar pisos com carpetes, que acumulam poeira, microorganismos e são de alta combustão. Evita-se também o uso de ceras e outros produtos de limpeza que podem interferir nas condições ambientais do arquivo. 
O acondicionamento dos documentos arquivísticos é outra etapa importante da conservação e preservação de documentos. Deve-se evitar
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 50 
perfurar os documentos para colocar qualquer grampo trilho. Se houver a necessidade, os grampos devem ser confeccionados em plástico. O material adequado para o acondicionamento dos documentos é: 
• papéis e cartões neutros ou alcalinos das mais variadas gramaturas; 
• papelões de diversas gramaturas; 
• filmes de poliéster; 
• fita adesiva dupla neutra; 
• tiras ou cadarços de algodão; 
• tubos de PVC; 
• tecido de linho. 
4.2.2. Liofilização 
A liofilização é um processo de secagem dos documentos em um equipamento específico, uma câmara a vácuo, que extrai a água em forma de vapor. O documento é congelado em freezer e é inserido neste equipamento para o processo. Em geral, isto acontece quando ele é molhado devido a vários problemas, como o incêndio ou até um descuido ou vandalismo. 
4.2.3. Encapsulação 
A encapsulação é um processo é em que um documento é inserido em uma cápsula ou um envelope de poliéster, para ser conservado por mais tempo. As bordas do envelope são seladas de forma hermética (a quente) ou costuradas a mão. Nos casos de documentos impressos, manuscritos e fotografias, a técnica é adequada. Entretanto, em outros documentos, tais como desenhos feitos a carvão ou pastel, a técnica é desaconselhada, pois as partículas soltas podem aderir-se ao filme de poliéster. 
4.2.4. Fumigação 
A fumigação é uma técnica utilizada para exterminar fungos e mofos no acervo com a utilização de produtos químicos. A técnica tem sido desaconselhada, devido à segurança que deve ser proporcionada ao acervo, usuários e profissionais da área. Além disso, por mais que um profissional adequado trabalhe com isso, a interferência a ser causada no acervo será grande. 
4.2.5. Proteção do ambiente 
O ambiente destinado à conservação dos documentos deve possuir um programa de proteção contra desastres, seja de que espécie
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 50 
for (incêndios, enchentes). Isto se deve à facilidade com que o documento arquivístico sofre com tais problemas. 
Um plano de desastres deve contemplar a natureza do local, o clima, as instalações físicas e estruturais da área, os possíveis obstáculos para o salvamento das pessoas, a ventilação disponível e dispositivos de salvamento do acervo possíveis. Isto deve ser feito com o auxílio de profissionais especializados na área de desastres, para que sejam mensurados todas as características possíveis para salvar o acervo. 
4.2.6. Alisamento 
A técnica é muito utilizada, principalmente em países tropicais, devido às variações de temperatura. Quando um documento está quebradiço ou duro, ele é inserido em um ambiente úmido, para recuperar a flexibilidade das fibras de celulose. Em seguida, são feitos outros procedimentos no documento, para eliminar as eventuais distorções. Este procedimento é chamado de alisamento. 
4.2.7. Conservação de substituição 
A conservação de substituição é um procedimento que visa copiar o documento original a um outro suporte que possa ser consultado pelo usuário, para preservá-lo do manuseio frequente. Com o tempo, a maior parte dos documentos torna-se frágil ao acesso do usuário e substituí-lo tem sido a forma mais adequada para tornar o acesso mais fácil e conservar o documento original. 
As instituições brasileiras têm adotado a microfilmagem de substituição nos casos de documentos históricos de grande relevância. Na realidade, nenhum documento permanente pode ser eliminado após a microfilmagem e os arquivos públicos adotam usam os microfilmes destes documentos para que o público tenha acesso a eles. A Carta de Pero Vaz de Caminha é um dos exemplos mais clássicos desta iniciativa. Como o original não pode ser eliminado e a consulta a ele pode danificar sua estrutura, o microfilme tem sido um aliado aos pesquisadores brasileiros. 
A técnica não se restringe ao microfilme, mas também à digitalização, à reprodução de cópias, entre outros. 
QUESTÕES COMENTADAS 
JULGUE OS ITENS A SEGUIR: 
1. (CESPE – MPS – AGENTE - 2009) Fase corrente é a fase em que os documentos estão ativos, em curso ou que, mesmo sem
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 50 
movimentação, ainda são muito consultados pela administração e, por isso, são conservados junto aos órgãos produtores. 
Comentários: o arquivo corrente possui esta definição do item. Os documentos são ativos e frequentemente consultados, mesmo que não haja movimentação deles na instituição. Eles são conservados junto aos órgãos produtores, tendo em vista a necessidade de consulta pelo usuário. Neste caso, o item é VERDADEIRO. 
Resposta: VERDADEIRO. 
2. (CESPE – TSE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2006) Assinale a alternativa correta: 
A ordenação alfabética de documentos ou de dossiês é uma das possibilidades para a disposição de documentos em um arquivo. Nesse sentido, julgue as propostas de ordenação alfabética apresentadas nos itens abaixo. 
I - Campos, Milton de Sousa 
Ferreira, André 
Muller, Paul 
Sousa, Antônio José 
II - Almeida, Pedro de 
Almeida Filho, João Almeida 
São Paulo, Carlos 
Braga Sobrinho, Antônio 
III - I Conferência de Gestão de Documentos 
Quarto Workshop sobre Avaliação 
Segundo Congresso Nacional de Arquivologia 
Terceiro Seminário sobre Preservação de Documentos 
Assinale a opção correta. 
A Apenas um item está certo. 
B Apenas os itens I e II estão certos. 
C Apenas os itens I e III estão certos. 
D Todos os itens estão certos. 
Comentários: Que casca de banana! Vamos analisar item por item? 
Item I: Correto. A ordenação foi feita conforme a regra, isolar o último nome e ordená-los em ordem alfabética;
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 50 
Item II: Incorreto. Embora os sobrenomes tenham sido separados corretamente, a ordem alfabética está incorreta. O terceiro deveria ser o “Braga Sobrinho, Antônio” e depois o “São Paulo, Carlos”; 
Item III: Incorreto. Todos os itens deveriam ser corrigidos. O primeiro deveria ser “Congresso de Gestão de Documentos (I)”. O segundo, “Workshop sobre Avaliação (Quarto)”. O terceiro, “Congresso Nacional de Arquivologia (Segundo)”. E o último, “Seminário sobre Preservação de Documentos (Terceiro)”. E em seguida, cada item seria colocado em ordem alfabética. 
Neste caso, apenas um item está correto. 
Resposta: LETRA “A” 
3. (FCC – CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2007) Assinale a alternativa correta. Quando os objetivos pelos quais os documentos foram acumulados se aproximam daqueles que determinam a consulta a que estão sujeitos, em razão da vigência de seus dispositivos ou dos interesses imediatos que a eles se associam, temos os chamados 
(A) arquivos de custódia e centros de processamento de dados. 
(B) centros de documentação e de memória. 
(C) arquivos centrais e regionais. 
(D) arquivos correntes e intermediários. 
(E) arquivos intermediários e permanentes. 
COMENTÁRIOS: Nós já estudamos com profundidade os conceitos referentes aos arquivos correntes e intermediários. Em geral, os documentos são acumulados em razão de seus interesses imediatos e determinam a frequência pela qual eles são consultados. Neste caso, a resposta certa é a letra D. 
Resposta: LETRA “D”. 
4. (CESPE – MPS – AGENTE – 2009). Julgue o item a seguir: 
A expressão unidade protocolizadora identifica qualquer unidade organizacional, sendo irrelevante seu nome ou posição na hierarquia do órgão, desde que, entre suas competências, exista a de autuar/numerar processos e(ou) documentos.
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 50 
Comentário: a questão pode envolver uma certa polêmica, por afirmar que é irrelevante a posição hierárquica do protocolo na organização. Em geral, o protocolo está subordinado ao órgão de documentação, mas não são todos as organizações que agem assim. O que importa aqui é o candidato identifique o conceito-chave da questão: o protocolo é a unidade responsável pela entrada e saída de documentos, além de autuar e numerar processos ou documentos. Neste caso, a resposta é VERDADEIRA. 
Resposta: VERDADEIRO. 
5. (FCC – CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2007) Assinale a alternativa correta. O principal instrumento de destinação de documentos é: 
(A) o guia de fundos. 
(B) a tabela de equivalência. 
(C) a tabela de temporalidade. 
(D) o plano de classificação. 
(E) o inventário topográfico. 
Comentários: a questão é muito simples. Expliquei que a destinação é uma atividade relacionada à decisão de encaminhar os documentos à eliminação ou à guarda permanente. E neste caso, tal decisão é reforçada pela tabela de temporalidade, que é um instrumento de apoio para executar a avaliação dos documentos. Neste caso, o item correto é a letra “C”. 
Resposta: Letra “C”. 
6. (FCC – CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2007) Assinale a alternativa correta. A principal atribuição da Comissão de Avaliação é: 
(A) estabelecer a temporalidade dos documentos da instituição. 
(B) atender à consulta de agentes administrativos e de pesquisadores. 
(C) programar ações educativas e de difusão do acervo. 
(D) elaborar instrumentos de controle e de acesso ao arquivo intermediário. 
(E) proceder ao registro e classificação dos documentos produzidos e recebidos pela Câmara. 
Comentários: A Comissão Permanente de Avaliação é uma equipe de caráter interdisciplinar, com o objetivo de discutir e estabelecer a temporalidade dos documentos arquivísticos. Neste caso, o item correto é a letra A.
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 50 
Resposta: Letra “A”. 
7. (ESAF – SRH – Arquivista, 2006) Quando a estrutura orgânica fornece a base para grandes agrupamentos de documentos, estamos falando de: 
a) Classificação funcional. 
b) Classificação por assuntos. 
c) Classificação decimal. 
d) Classificação organizacional. 
e) Classificação temática. 
Comentários: nós estudamos com profundidade os três tipos de classificação que podem ser adotadas pelas organizações. Quando a estrutura organizacional é a base de um plano de classificação, nós nos referimos à classificação organizacional ou estrutural. Desta forma, o item correto é a Letra D. 
Resposta: LETRA D. 
8. (ESAF – SRH – Arquivista, 2006) Há três elementos principais a serem considerados na classificação de documentos públicos; assinale a opção correta. 
a) Função, organização e assunto. 
b) Conteúdo, estrutura e função. 
c) Atividade, conteúdo e assunto. 
d) Estrutura, assuntos e competência. 
e) Atribuição, conteúdo e rotina. 
Comentários: estudamos na classificação que os elementos que podem ser utilizados para elaborar um plano são a função, a estrutura organizacional e o assunto. E verificamos que a função é a que permite uma aplicação melhor do plano de classificação ao acervo. Nesta questão, verifica-se que o termo organização é semelhante à estrutura organizacional. Neste caso, o item correto é a letra A. 
Resposta: Letra A. 
9. (FCC – CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2007) Assinale a alternativa correta. A principal atribuição da Comissão de Avaliação é: 
(A) estabelecer a temporalidade dos documentos da instituição.
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 50 
(B) atender à consulta de agentes administrativos e de pesquisadores. 
(C) programar ações educativas e de difusão do acervo. 
(D) elaborar instrumentos de controle e de acesso ao arquivo intermediário. 
(E) proceder ao registro e classificação dos documentos produzidos e recebidos pela Câmara. 
Comentários: A Comissão Permanente de Avaliação é uma equipe de caráter interdisciplinar, com o objetivo de discutir e estabelecer a temporalidade dos documentos arquivísticos. Neste caso, o item correto é a letra A. 
Resposta: Letra “A”. 
QUESTÕES PROPOSTAS 
JULGUE OS ITENS A SEGUIR: 
1. (CESPE – MS – ANALISTA - 2010). Os documentos de valor mediato poderão ser eliminados após a realização do registro interno, em termo de eliminação de documentos, e a divulgação de tais registros por meio da publicação da listagem de eliminação de documentos. 
ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: 
2. (CESGRANRIO – TÉCNICO – BNDES – 2008). No mundo moderno, a informação analisada adquire enorme valor como um recurso caro, de poder, e que é esgotável. Em uma instituição privada ou pública, é necessário identificar as informações que devem ser preservadas, classificadas, compartilhadas ou resguardadas. Assim, alguns métodos de arquivamento são basicamente codificações para o acesso às informações contidas nos documentos, pois somente a partir de um índice remissivo é possível recuperar documentos em sistemas indiretos, como no método: 
(A) alfabético. 
(B) geográfico. 
(C) enciclopédico.
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 50 
(D) dicionário. 
(E) numérico. 
3. (CESGRANRIO – TÉCNICO DE ARQUIVO – BNDES – 2008) Os dossiês do Departamento de Pessoal do Banco Valparaíso estão completamente desorganizados, e vários usuários desse departamento precisam de informações vinculadas às suas vidas funcionais. Sabe-se que somente por meio dos dossiês será possível recuperar as informações que não estão disponíveis em nenhum outro suporte. Uma sugestão para a organização da documentação citada é utilizar o método alfabético, seguindo as regras de alfabetação. Dessa forma, as pastas dos funcionários com os seguintes nomes: (1) Jorge Alberto da Silva Neto; (2) Robson Ferreira de Marcedo ; (3) Dr. Moysés Souza Fraga Sobrinho, (4) Professora Georgete Alves da Silveira e (5) Deputado João de Macedo Filho terão a seguinte ordenação: 
(A) 1,5,4,2,3 
(B) 1,3,2,5,4 
(C) 2,5,3,4,1 
(D) 3,5,2,1,4 
(E) 3,2,5,4,1 
4. (SRH – ARQUIVISTA – 2006) Com relação aos métodos de arquivamento, julgue os itens apresentados. 
( ) O método de arquivamento é determinado pela natureza dos documentos a serem arquivados. 
( ) O método numérico simples tem ampla aplicação nos arquivos especiais e especializados. 
( ) Uma das vantagens do método numérico cronológico é permitir maior grau de sigilo. 
( ) O método alfabético é um método direto que dispensa índices auxiliares para a localização dos documentos. 
A quantidade de itens corretos é igual a 
a) 0. 
b) 1. 
c) 2. 
d) 3. 
e) 4. 
5. (FCC – Arquivista – Câmara dos Deputados, 2007) Sequência de operações que, de acordo com as diferentes estruturas, funções e atividades da entidade produtora visam a distribuir os documentos de um arquivo. Essa definição corresponde a:
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 50 
a) Ordenação. 
b) Sistema de arquivamento. 
c) Macro-avaliação. 
d) Classificação. 
e) Avaliação funcional. 
6. (VUNESP – BNDES – 2002) O nome do propositor e do sistema, formulado no séc XIX, que teve fundamental importância no arquivamento temático é: 
(A) Elio Lodolini – vincolo archivistico informazionale. 
(B) Hilary Jenkinson – official custody. 
(C) Jean Mabillon –provenance archivistique. 
(D) Melvil Dewey – decimal classification. 
(E) Natalis de Wailly – respect des fonds. 
7. (STM – CESPE – 2010) Transferência é o conjunto de operações relativas à transmissão da informação, após a fase de geração, que envolvem processamento, difusão e uso. 
8. (STM – CESPE – 2010) A teoria das três idades refere-se à sistematização do ciclo de vida dos documentos arquivísticos. 
9. (STM – CESPE – 2010) O ciclo vital dos documentos é composto pelas seguintes fases: criação/aquisição (os documentos surgem no sistema de informação organizacional ao serem criados ou recebidos), captura (os documentos são armazenados no sistema e organizados), uso (os documentos devem estar acessíveis) e eliminação (após cumprirem a vigência, os documentos devem ser eliminados). 
10. (STM – CESPE – 2010) A operação de entrada de um conjunto de documentos públicos em um arquivo permanente, com competência formalmente estabelecida, é denominada recolhimento. 
11. (STM – CESPE – 2010) As atividades do protocolo podem incluir recebimento de documentos, classificação, registro, distribuição e acompanhamento da tramitação. 
12. (STM – CESPE – 2010) A fase de utilização refere-se às atividades de controle, organização e acesso a documentos em fase corrente, incluindo-se arquivamento, recuperação e descarte de documentos e Informações.
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 50 
13. (STM – CESPE – 2010) Gestão de documentos é o sistema de controle sobre a produção e manutenção de documentos nas fases corrente e intermediária, por meio de registros, listagens, índices e planos de arquivamento. 
14. (STM – CESPE – 2010) Na fase de produção, o arquivista pode, entre outras atividades, sugerir a criação ou extinção de modelos, formulários, cópias ou vias desnecessárias; propor consolidação de atos normativos; e participar da seleção de recursos humanos para área arquivística. 
GABARITO 
1. E 
2. E 
3. D 
4. D 
5. D 
6. D 
7. E 
8. C 
9. E 
10. C 
11. C 
12. E 
13. E
Arquivologia p/ CNJ (Técnico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Roselene Candida – Aula 02 
Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 50 
14. C

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

EDUCAÇÃO POSTURAL: como concientizar seus alunos de sua importância.
EDUCAÇÃO POSTURAL: como concientizar seus alunos de sua importância.EDUCAÇÃO POSTURAL: como concientizar seus alunos de sua importância.
EDUCAÇÃO POSTURAL: como concientizar seus alunos de sua importância.Gerald Bourguignon
 
Jogos pre desportivos na escola
Jogos pre desportivos na escolaJogos pre desportivos na escola
Jogos pre desportivos na escolaevandrolhp
 
Inclusão de pessoas com deficiência por meio do esporte - As relações entre a...
Inclusão de pessoas com deficiência por meio do esporte - As relações entre a...Inclusão de pessoas com deficiência por meio do esporte - As relações entre a...
Inclusão de pessoas com deficiência por meio do esporte - As relações entre a...inclusao.eficiente
 
Apostila educacao fisica 2017 professor paulo menezes
Apostila educacao fisica 2017 professor paulo menezes  Apostila educacao fisica 2017 professor paulo menezes
Apostila educacao fisica 2017 professor paulo menezes Andrea Ferreira
 
Gestão de recursos humanos no desporto
Gestão de recursos humanos no desportoGestão de recursos humanos no desporto
Gestão de recursos humanos no desportoCatarinaNeivas
 
BIOMECANICA APLICADA AO TREINAMENTO E A ED.FISICA
BIOMECANICA APLICADA AO TREINAMENTO E A ED.FISICABIOMECANICA APLICADA AO TREINAMENTO E A ED.FISICA
BIOMECANICA APLICADA AO TREINAMENTO E A ED.FISICAEdilson Porfirio
 
Psicologia Esportiva 2
Psicologia Esportiva 2Psicologia Esportiva 2
Psicologia Esportiva 2Dom Fisiologia
 
Ginástica Artística
Ginástica ArtísticaGinástica Artística
Ginástica Artísticawaldeck
 
1191262375 antropometria
1191262375 antropometria1191262375 antropometria
1191262375 antropometriaPelo Siro
 
Praticas de ativid fisicas e desportivas (1)
Praticas de ativid fisicas e desportivas (1)Praticas de ativid fisicas e desportivas (1)
Praticas de ativid fisicas e desportivas (1)Sérgio Abreu
 

Mais procurados (20)

Joana_Sedentarismo
Joana_SedentarismoJoana_Sedentarismo
Joana_Sedentarismo
 
Histórico e evolução do voleibol
Histórico e evolução do voleibolHistórico e evolução do voleibol
Histórico e evolução do voleibol
 
EDUCAÇÃO POSTURAL: como concientizar seus alunos de sua importância.
EDUCAÇÃO POSTURAL: como concientizar seus alunos de sua importância.EDUCAÇÃO POSTURAL: como concientizar seus alunos de sua importância.
EDUCAÇÃO POSTURAL: como concientizar seus alunos de sua importância.
 
Jogos pre desportivos na escola
Jogos pre desportivos na escolaJogos pre desportivos na escola
Jogos pre desportivos na escola
 
Inclusão de pessoas com deficiência por meio do esporte - As relações entre a...
Inclusão de pessoas com deficiência por meio do esporte - As relações entre a...Inclusão de pessoas com deficiência por meio do esporte - As relações entre a...
Inclusão de pessoas com deficiência por meio do esporte - As relações entre a...
 
Métodos ginásticos
Métodos ginásticosMétodos ginásticos
Métodos ginásticos
 
Apostila educacao fisica 2017 professor paulo menezes
Apostila educacao fisica 2017 professor paulo menezes  Apostila educacao fisica 2017 professor paulo menezes
Apostila educacao fisica 2017 professor paulo menezes
 
Jogos paralimpicos
Jogos paralimpicosJogos paralimpicos
Jogos paralimpicos
 
Gestão de recursos humanos no desporto
Gestão de recursos humanos no desportoGestão de recursos humanos no desporto
Gestão de recursos humanos no desporto
 
BIOMECANICA APLICADA AO TREINAMENTO E A ED.FISICA
BIOMECANICA APLICADA AO TREINAMENTO E A ED.FISICABIOMECANICA APLICADA AO TREINAMENTO E A ED.FISICA
BIOMECANICA APLICADA AO TREINAMENTO E A ED.FISICA
 
Psicologia Esportiva 2
Psicologia Esportiva 2Psicologia Esportiva 2
Psicologia Esportiva 2
 
Ginástica Artística
Ginástica ArtísticaGinástica Artística
Ginástica Artística
 
03 educação física danças-diego
03 educação física danças-diego03 educação física danças-diego
03 educação física danças-diego
 
Voleibol Adaptado
Voleibol AdaptadoVoleibol Adaptado
Voleibol Adaptado
 
Atividade física adaptada
Atividade física adaptadaAtividade física adaptada
Atividade física adaptada
 
Estruturas organizacionais
Estruturas organizacionaisEstruturas organizacionais
Estruturas organizacionais
 
1191262375 antropometria
1191262375 antropometria1191262375 antropometria
1191262375 antropometria
 
Lipídios
LipídiosLipídios
Lipídios
 
Praticas de ativid fisicas e desportivas (1)
Praticas de ativid fisicas e desportivas (1)Praticas de ativid fisicas e desportivas (1)
Praticas de ativid fisicas e desportivas (1)
 
Step
StepStep
Step
 

Destaque

Aula 01 roselene candida
Aula 01 roselene candidaAula 01 roselene candida
Aula 01 roselene candidaKércia Silva
 
Aula 00 roselene candida
Aula 00 roselene candidaAula 00 roselene candida
Aula 00 roselene candidaKércia Silva
 
Arquivologia aula 02
Arquivologia   aula 02Arquivologia   aula 02
Arquivologia aula 02iuripedroo
 
Apresentacao lurdes martins
Apresentacao lurdes martinsApresentacao lurdes martins
Apresentacao lurdes martinslurdesdm
 
Aprendizagem baseada em Problemas aplicada a
Aprendizagem baseada em Problemas aplicada aAprendizagem baseada em Problemas aplicada a
Aprendizagem baseada em Problemas aplicada aMateus Henrique Dal Forno
 
Comunicação aumentativa
Comunicação aumentativaComunicação aumentativa
Comunicação aumentativacandidacruz
 
Reflexoes sobre-o-processo-tutorial-na-aprendizagem-baseada-em-problemas-tsuj...
Reflexoes sobre-o-processo-tutorial-na-aprendizagem-baseada-em-problemas-tsuj...Reflexoes sobre-o-processo-tutorial-na-aprendizagem-baseada-em-problemas-tsuj...
Reflexoes sobre-o-processo-tutorial-na-aprendizagem-baseada-em-problemas-tsuj...PROIDDBahiana
 
G.n.e.e. trabalho
G.n.e.e. trabalhoG.n.e.e. trabalho
G.n.e.e. trabalhocandidacruz
 
Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição
Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cogniçãoDesenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição
Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cogniçãoMaria Bárbara Floriano
 
Apostila ana paula_arquivologia_mpu
Apostila ana paula_arquivologia_mpuApostila ana paula_arquivologia_mpu
Apostila ana paula_arquivologia_mpuDayse Muller
 
Aula1 - Apresentação de Banco de Dados
Aula1 - Apresentação de Banco de DadosAula1 - Apresentação de Banco de Dados
Aula1 - Apresentação de Banco de DadosRafael Albani
 

Destaque (20)

Aula 01 roselene candida
Aula 01 roselene candidaAula 01 roselene candida
Aula 01 roselene candida
 
Aula 00 roselene candida
Aula 00 roselene candidaAula 00 roselene candida
Aula 00 roselene candida
 
Arquivologia aula 02
Arquivologia   aula 02Arquivologia   aula 02
Arquivologia aula 02
 
Minicurso de arquivo
Minicurso de arquivoMinicurso de arquivo
Minicurso de arquivo
 
Introdução a Bancos de Dados
Introdução a Bancos de DadosIntrodução a Bancos de Dados
Introdução a Bancos de Dados
 
Tecnicas de arquivamento
Tecnicas de arquivamentoTecnicas de arquivamento
Tecnicas de arquivamento
 
Apostila ana paula_arquivologia_mpu
Apostila ana paula_arquivologia_mpuApostila ana paula_arquivologia_mpu
Apostila ana paula_arquivologia_mpu
 
Http atalho
Http atalhoHttp atalho
Http atalho
 
Apresentacao lurdes martins
Apresentacao lurdes martinsApresentacao lurdes martins
Apresentacao lurdes martins
 
Banco de dados e sql
Banco de dados e sqlBanco de dados e sql
Banco de dados e sql
 
Aprendizagem baseada em Problemas aplicada a
Aprendizagem baseada em Problemas aplicada aAprendizagem baseada em Problemas aplicada a
Aprendizagem baseada em Problemas aplicada a
 
Comunicação aumentativa
Comunicação aumentativaComunicação aumentativa
Comunicação aumentativa
 
B.4.2. sintaxe
B.4.2. sintaxeB.4.2. sintaxe
B.4.2. sintaxe
 
Reflexoes sobre-o-processo-tutorial-na-aprendizagem-baseada-em-problemas-tsuj...
Reflexoes sobre-o-processo-tutorial-na-aprendizagem-baseada-em-problemas-tsuj...Reflexoes sobre-o-processo-tutorial-na-aprendizagem-baseada-em-problemas-tsuj...
Reflexoes sobre-o-processo-tutorial-na-aprendizagem-baseada-em-problemas-tsuj...
 
G.n.e.e. trabalho
G.n.e.e. trabalhoG.n.e.e. trabalho
G.n.e.e. trabalho
 
Apostila modelagem de banco de dados
Apostila modelagem de banco de dadosApostila modelagem de banco de dados
Apostila modelagem de banco de dados
 
Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição
Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cogniçãoDesenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição
Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição
 
Apostila ana paula_arquivologia_mpu
Apostila ana paula_arquivologia_mpuApostila ana paula_arquivologia_mpu
Apostila ana paula_arquivologia_mpu
 
Aula1 - Apresentação de Banco de Dados
Aula1 - Apresentação de Banco de DadosAula1 - Apresentação de Banco de Dados
Aula1 - Apresentação de Banco de Dados
 
metodos de arquivamento
metodos de arquivamentometodos de arquivamento
metodos de arquivamento
 

Semelhante a Aula 02 roselene candida arquivologia

Arquivologia aula 01
Arquivologia   aula 01Arquivologia   aula 01
Arquivologia aula 01iuripedroo
 
Arquivologia aula01-121211104742-phpapp01
Arquivologia aula01-121211104742-phpapp01Arquivologia aula01-121211104742-phpapp01
Arquivologia aula01-121211104742-phpapp01Claudeir Fernandes
 
Livro gestao de documentos e arquivistica completo
Livro gestao de documentos e arquivistica completoLivro gestao de documentos e arquivistica completo
Livro gestao de documentos e arquivistica completoSheila Katie Souza Santos
 
Gestao de documentos_e_arquivistica
Gestao de documentos_e_arquivisticaGestao de documentos_e_arquivistica
Gestao de documentos_e_arquivisticaRaimunda Sampaio
 
Dicionário-piloto de Nanociência e Nanotecnologia: do corpus à disponibilizaç...
Dicionário-piloto de Nanociência e Nanotecnologia: do corpus à disponibilizaç...Dicionário-piloto de Nanociência e Nanotecnologia: do corpus à disponibilizaç...
Dicionário-piloto de Nanociência e Nanotecnologia: do corpus à disponibilizaç...Joel S. Coleti
 
Como pesquisar: fundamentos, estratégias e fontes científicas em comunicação.
Como pesquisar: fundamentos, estratégias e fontes científicas em comunicação.Como pesquisar: fundamentos, estratégias e fontes científicas em comunicação.
Como pesquisar: fundamentos, estratégias e fontes científicas em comunicação.Filipe Reis
 
Metodologia do Trabalho Científico
Metodologia do Trabalho CientíficoMetodologia do Trabalho Científico
Metodologia do Trabalho Científicosilviofsouza
 
Protocolo de pesquisa supressão articulatória
Protocolo de pesquisa supressão articulatóriaProtocolo de pesquisa supressão articulatória
Protocolo de pesquisa supressão articulatóriaManfredine
 
Proposta curricular _ghisleine_para_see_1
Proposta curricular _ghisleine_para_see_1Proposta curricular _ghisleine_para_see_1
Proposta curricular _ghisleine_para_see_1Jose Gomes
 
Ética um olhar sobre a formação e a prática arquivística
Ética um olhar sobre a formação e a prática arquivísticaÉtica um olhar sobre a formação e a prática arquivística
Ética um olhar sobre a formação e a prática arquivísticaMônica Guimarães
 
Base de dados - Scopus
Base de dados - ScopusBase de dados - Scopus
Base de dados - ScopusLarissa Moura
 
Texto 27-slide-sobre-arquivologia
Texto 27-slide-sobre-arquivologiaTexto 27-slide-sobre-arquivologia
Texto 27-slide-sobre-arquivologiaThamires Sunamita
 
Curso de Direitos Humanos para OAB 1ª Fase XXX Exame de Ordem
Curso de Direitos Humanos para OAB 1ª Fase XXX Exame de OrdemCurso de Direitos Humanos para OAB 1ª Fase XXX Exame de Ordem
Curso de Direitos Humanos para OAB 1ª Fase XXX Exame de OrdemEstratégia OAB
 
Tarefa 13- Curso PROFOR (Recurso didático anatomia)
Tarefa 13- Curso PROFOR (Recurso didático anatomia)Tarefa 13- Curso PROFOR (Recurso didático anatomia)
Tarefa 13- Curso PROFOR (Recurso didático anatomia)Leidiane Mazzardo Martins
 

Semelhante a Aula 02 roselene candida arquivologia (20)

Arquivologia aula 01
Arquivologia   aula 01Arquivologia   aula 01
Arquivologia aula 01
 
Arquivologia aula01-121211104742-phpapp01
Arquivologia aula01-121211104742-phpapp01Arquivologia aula01-121211104742-phpapp01
Arquivologia aula01-121211104742-phpapp01
 
Livro gestao de documentos e arquivistica completo
Livro gestao de documentos e arquivistica completoLivro gestao de documentos e arquivistica completo
Livro gestao de documentos e arquivistica completo
 
Gestao de documentos_e_arquivistica
Gestao de documentos_e_arquivisticaGestao de documentos_e_arquivistica
Gestao de documentos_e_arquivistica
 
Dicionário-piloto de Nanociência e Nanotecnologia: do corpus à disponibilizaç...
Dicionário-piloto de Nanociência e Nanotecnologia: do corpus à disponibilizaç...Dicionário-piloto de Nanociência e Nanotecnologia: do corpus à disponibilizaç...
Dicionário-piloto de Nanociência e Nanotecnologia: do corpus à disponibilizaç...
 
Metodos de-arquivamento-e-guarda-de-documentos
Metodos de-arquivamento-e-guarda-de-documentosMetodos de-arquivamento-e-guarda-de-documentos
Metodos de-arquivamento-e-guarda-de-documentos
 
Curso4873
Curso4873Curso4873
Curso4873
 
Como pesquisar: fundamentos, estratégias e fontes científicas em comunicação.
Como pesquisar: fundamentos, estratégias e fontes científicas em comunicação.Como pesquisar: fundamentos, estratégias e fontes científicas em comunicação.
Como pesquisar: fundamentos, estratégias e fontes científicas em comunicação.
 
Metodologia do Trabalho Científico
Metodologia do Trabalho CientíficoMetodologia do Trabalho Científico
Metodologia do Trabalho Científico
 
Aula 4
Aula 4Aula 4
Aula 4
 
Protocolo de pesquisa supressão articulatória
Protocolo de pesquisa supressão articulatóriaProtocolo de pesquisa supressão articulatória
Protocolo de pesquisa supressão articulatória
 
Aula 10 resumo_prova_22_junho
Aula 10 resumo_prova_22_junhoAula 10 resumo_prova_22_junho
Aula 10 resumo_prova_22_junho
 
Proposta curricular _ghisleine_para_see_1
Proposta curricular _ghisleine_para_see_1Proposta curricular _ghisleine_para_see_1
Proposta curricular _ghisleine_para_see_1
 
Ética um olhar sobre a formação e a prática arquivística
Ética um olhar sobre a formação e a prática arquivísticaÉtica um olhar sobre a formação e a prática arquivística
Ética um olhar sobre a formação e a prática arquivística
 
Taxonomia
TaxonomiaTaxonomia
Taxonomia
 
Base de dados - Scopus
Base de dados - ScopusBase de dados - Scopus
Base de dados - Scopus
 
Texto 27-slide-sobre-arquivologia
Texto 27-slide-sobre-arquivologiaTexto 27-slide-sobre-arquivologia
Texto 27-slide-sobre-arquivologia
 
Processo de pesquisa - pesquisa de informação científica 2/2
Processo de pesquisa - pesquisa de informação científica 2/2Processo de pesquisa - pesquisa de informação científica 2/2
Processo de pesquisa - pesquisa de informação científica 2/2
 
Curso de Direitos Humanos para OAB 1ª Fase XXX Exame de Ordem
Curso de Direitos Humanos para OAB 1ª Fase XXX Exame de OrdemCurso de Direitos Humanos para OAB 1ª Fase XXX Exame de Ordem
Curso de Direitos Humanos para OAB 1ª Fase XXX Exame de Ordem
 
Tarefa 13- Curso PROFOR (Recurso didático anatomia)
Tarefa 13- Curso PROFOR (Recurso didático anatomia)Tarefa 13- Curso PROFOR (Recurso didático anatomia)
Tarefa 13- Curso PROFOR (Recurso didático anatomia)
 

Aula 02 roselene candida arquivologia

  • 1. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 50 AULA 02: Arquivamento e ordenação de documentos de arquivo. Tabela de temporalidade de documentos de arquivo. Acondicionamento e armazenamento de documentos de arquivo. Preservação e conservação de documentos de arquivo. SUMÁRIO PÁGINA 1. Apresentação 2. Conteúdo programático 3. Questões comentadas 4. Lista das questões apresentadas AULA 02 1. MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO A classificação e a ordenação de documentos são etapas complementares no tratamento técnico-arquivístico. Ambas caminham lado a lado e são fundamentais para que a informação desejada, justamente naquele momento, esteja disponível para o usuário final. A ordenação é uma etapa complementar à da classificação de documentos. Algumas pessoas confundem os termos ordenação com arranjo. Isto não pode ocorrer, pois o primeiro trata-se de ordenar os documentos de forma que eles sejam pesquisados com agilidade pelos usuários. E o segundo é um plano de classificação adequado aos arquivos permanentes, cujo acervo já passou por todas as etapas da gestão de documentos. A disposição física dos documentos que pode facilitar a pesquisa é decidida pela forma mais frequentemente procurada pelos usuários. Nisso, o arquivista deve possuir a devida sensibilidade a esta demanda, tendo em vista que a organização dos documentos deve atender às necessidades dos usuários. Depende também da composição do conteúdo da documentação, pois pode ser adotada uma ou mais formas de ordenação que melhor atenda a área. E estes critérios são complementares à etapa de classificação e são reunidos nos tão temidos métodos de arquivamento. Na realidade, eles
  • 2. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 50 são necessários e importantíssimos para dispor os documentos. Padronizados ou básicos, tais métodos são facilitam a pesquisa da informação. O documento está seguro se estiver bem classificado e bem ordenado. A Marilena Leite Paes é uma das teóricas de maior respeito que domina bem esta parte de métodos de arquivamento. A obra dela é referência aos arquivistas e demais profissionais que atuam na área. Tanto é que os princípios dela serão utilizados na explicação dos métodos de arquivamento aqui nesta aula e são os mais cobrados em concursos. Vou expor bem aqueles que são mais cobrados em provas e os mais utilizados na área. Conforme o sistema utilizado, ele pode ser:  Direto: quando a pesquisa ao documento é feita diretamente no acervo;  Indireto: quando a consulta ao documento é feita inicialmente por um código ou índice primeiro, para depois chegar ao objeto desejado;  Semi-indireto: quanto há a utilização de um método alfa-numérico, com a combinação de letras e números. 1.1. Método alfabético O nome, seja construído por assunto, seja pela estrutura, seja pela função, é o principal elemento de busca deste método. A organização dos dossiês ou pastas deve ser alfabética e de forma rigorosa. Podem existir notações abertas ou fechadas, com a indicação do limite inicial (A, B, C, Ab, Ac...) ou do limite inicial e final (Aa-Ab; Ac- Ad). As notações servem de guia ao usuário que deseja pesquisar o documento organizado por este método. A vantagem deste método é que ele é simples, de busca rápida, fácil e barato. Entretanto não pode ser utilizado em acervos cujo conteúdo possui restrição de acesso aos usuários, como o acervo de assentamentos funcionais, por exemplo. Como a consulta ao documento é feita de forma direta, este cuidado serve para que nenhum usuário estranho à repartição saiba localizar um documento que não lhe diga respeito, tendo em vista que tal informação deve ficar resguardada durante muitos anos. O cuidado também é de utilizar o método em acervos imensos, para evitar erros na ordenação alfabética dos dossiês. Este método possui muitos detalhes que deverão ser observados tanto pelo arquivista, quanto pelo usuário. As regras básicas de alfabetação são estas:
  • 3. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 50 a) Pessoas físicas: o último sobrenome deve ser considerado e depois o prenome (o primeiro nome): Os sobrenomes iguais ficam ordenados desta forma, privilegiando a organização do prenome: b) Sobrenomes compostos: com hífen ou não, eles não se separam. São considerados como um sobrenome simples. c) Sobrenomes formados com São, Santo e Santa repetem a mesma dinâmica do item anterior. Francisco Alves Vitor Andrade Clayton Rodrigues Alves, Francisco Andrade, Vítor Rodrigues, Clayton Francisco Alves Fernando Alves Eduardo Alves Alves, Eduardo Alves, Fernando Alves, Francisco Heitor Villa-Lobos Camilo Castelo Branco Paulo Monte Verde Castelo Branco, Camilo Monte Verde, Paulo Villa-Lobos, Heitor Lucas Santa Maria Pedro Santo Antônio Valdo São João Santa Maria, Lucas Santo Antônio, Pedro São João, Valdo
  • 4. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 50 d) Abreviaturas de nomes: na classificação de nomes iguais, eles têm precedência na organização. e) Artigos e preposições: os artigos e preposições a, o de, d’, da, do, e, um, uma, não são considerados na ordenação. Os graus de parentesco serão considerados apenas quando houver prenomes e sobrenomes iguais. J. Silvestre Joaquim Silvestre Jaime Silvestre Silvestre, J. Silvestre, Jaime Silvestre, Joaquim Ana Luísa do Prado Pedro de Lara Julião da Cruz Sônia d’Albuquerque Lucas Silva e Sousa Albuquerque, Sônia d’ Cruz, Julião da Lara, Pedro de Prado, Ana Luísa do Sousa, Lucas Silva e José Barbosa Sobrinho Luís Felipe de Almeida Júnior Joaquim Maria Machado Filho Almeida Júnior, Luís Felipe de Barbosa Sobrinho, José Machado Filho, Joaquim Maria José Barbosa Sobrinho José Barbosa Neto José Barbosa Filho José Barbosa Júnior Barbosa Filho, José Barbosa Júnior, José Barbosa Neto, José Barbosa Sobrinho, José
  • 5. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 50 f) Títulos: são colocados após o nome completo, entre parênteses, e não são considerados na regra de alfabetação. g) Nomes estrangeiros: possuem a mesma regra de alfabetação dos nomes brasileiros. O último nome é considerado, com exceção dos nomes orientais e espanhóis. h) Partículas de nomes estrangeiros: Devem ser consideradas caso elas sejam maiúsculas. i) Nomes espanhóis: O penúltimo sobrenome deve ser considerado, pois é o sobrenome paterno. Presidente Humberto Castelo Branco Ministro César Peluso Dr. Lídio Toledo Castelo Branco, Humberto (Presidente) Peluso, César (Ministro) Toledo, Lídio (Dr.) Frank Sinatra George Benson Ozzy Osbourne Marie Curie Benson, George Curie, Marie Osbourne, Ozzy Sinatra, Frank Peppino di Capri Maria Sylvia Zanello Di Pietro Scarlet O’Hara Capri, Peppino di Di Pietro, Maria Sylvia Zanello O’Hara, Scarlet Roberto Gomez Bolaños Ramon Valdes y Castillo Ruben Aguirre Fuentes Aguirre Fuentes, Ruben Gomez Bolaños, Roberto Valdez y Castillo, Ramon
  • 6. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 50 j) Nomes orientais e árabes: são ordenados em sua integridade, sem serem desmembrados. k) Instituições públicas e privadas: apenas os nomes são considerados, colocando as partículas, tais como artigos e preposições, entre parênteses. l) Eventos em geral: congressos, seminários, simpósios, entre outros, são ordenados por extenso. As numerações e quaisquer outras partículas semelhantes deverão estar entre parênteses. Kim Sun-il Tomie Otakie Kim Sun-il Tomie Otakie Associação Brasiliense de Arquivologia Câmara dos Deputados Senado Federal Fundação Nacional do Índio Famiglia Mancini Associação Brasiliense de Arquivologia Câmara dos Deputados Famiglia Mancini Fundação Nacional do Índio Senado Federal I Congresso Nacional de Arquivologia 17º Simpósio de Direito Administrativo Brasileiro Sexto Encontro Nacional de Estudantes de Geologia Congresso Nacional de Arquvologia (I) Encontro Nacional de Estudantes de Geologia (Sexto) Simpósio de Direito Administrativo Brasileiro (17º)
  • 7. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 50 m) Nomes conhecidos: a critério do arquivista, tanto o nome conhecido, quanto o nome completo podem ser utilizados. Se o critério do nome conhecido for escolhido, a remissiva deve ser feita. As remissivas devem ser feitas nos nomes completos: Em qualquer método de arquivamento, a ordenação pode ser letra por letra ou palavra por palavra. Se o arquivista escolhe um critério, o outro deve ser excluído, para que haja padronização. Mont Blanc Monteiro Montenegro Montevergine Mont Blanc Monte Sinai Monteiro Montenegro Renato Aragão Regina Leclèry Machado de Assis Chico Anysio Anysio, Chico Aragão, Renato Assis, Machado de Leclèry, Regina Antônio Renato Aragão Regina Maria Rosemburgo Leclèry Joaquim Maria Machado de Assis Francisco Anysio de Paula Filho Aragão, Antônio Renato Leclèry, Regina Maria Rosemburgo Assis, Joaquim Maria Machado de Paula Filho, Francisco Anysio de Ordenação letra por letra. Os espaços entre as palavras são desconsiderados e as palavras são ordenadas por letras. Ordenação palavra por palavra. Neste caso, as palavras com espaço são precedentes na ordenação alfabética entre aquelas que não as possuem.
  • 8. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 50 No método alfabético, existem outros tipos de ordenação que devem ser consideradas pelo arquivista, como a ordem dicionária e a ordem enciclopédica. Humoristas masculinos Carlos Villagrán Mussum Ramón Valdes Renato Aragão Roberto Gomez Bolaños Humoristas femininos Fafy Siqueira Heloísa Perissé Maria Antonieta de Las Nieves Talita Carauta Este exemplo agora é feito com nomes em ordem dicionária, levando apenas em consideração a ordenação alfabética. Carlos Villagrán Fafy Siqueira Heloísa Perrissé Maria Antonieta de Las Nieves Mussum Ramón Valdes Renato Aragão Roberto Gomez Bolaños Ordem enciclopédica: os nomes são ordenados por títulos gerais e dispostos alfabeticamente. Ordem dicionária: os nomes são ordenados alfabeticamente, sem um título comum entre eles.
  • 9. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 50 Talita Carauta 1.2. Método Geográfico Sistema direto de ordenação de documentos, de acordo com a procedência do acervo ou das peças documentais. Este método é fácil de ser manuseado e permite ao usuário buscar os documentos com rapidez. A atenção a ser dada é no momento da referência à documentação, que deve ser feita com, no mínimo, duas localidades. A ordenação pode ser feita por:  Estado, cidade e correspondente: a organização deve ser feita primeiro pelo Estado, segundo pela cidade e, por fim, pelo documento solicitado. As capitais terão precedência sobre as cidades, mesmo que elas não estejam em ordem alfabética. Estado Cidade Correspondente Amapá Macapá Barbosa Sobrinho, José Amazonas Tefé Alves, Fernando Distrito Federal Brasília (capital) Alves, Eduardo São Paulo São Paulo (capital) Mendes, Luís Pereira São Paulo Bragança Paulista Braga, Edgar Luís  Cidade, Estado e correspondente: a cidade terá preferência na ordenação alfabética, mesmo que seja uma capital. Desta forma, primeiro, organiza-se a cidade, depois o Estado e, em seguida, o documento correspondente. Cidade Estado Correspondente Bragança Paulista São Paulo Braga, Edgar Luís Brasília Distrito Federal Alves, Eduardo Macapá Amapá Barbosa Sobrinho, José São Paulo São Paulo Mendes, Luís Pereira Tefé Amazonas Alves, Fernando
  • 10. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 50  Países, capitais e correspondentes: organiza-se primeiro o país, segundo a capital e a cidade, caso exista, e em seguida o documento correspondente. País Cidade ou capital Correspondente Brasil Distrito Federal (capital) Alves, Roselene Candida Brasil Bragança Paulista Braga, Edgar Luís Espanha Madrid (capital) Fernández Abad, Angelines México Cidade do México (capital) Gomez Bolaños, Roberto México Ciudad Juarez Valdes y Castillo, Ramón Portugal Lisboa (capital) Manoel, Abílio 1.3. Método Numérico O método numérico requer um sistema indireto de busca aos documentos e o principal elemento de busca do documento é o número, que se encontra no conteúdo documental. A metodologia é simples e pode ser adotada pelas seguintes formas: a) Numérico-cronológico: os documentos são ordenados a partir da data de elaboração dos documentos. Em geral, a ordem é decrescente. Em geral, é aplicado em documentos textuais de mesma espécie, como ofícios, memorandos, cartas, entre outros. Exemplo: Dossiê Memorandos; Agosto a Outubro de 2011. b) Númérico simples: a ordenação dos documentos é feita a partir do número de cada peça documental. A Marilena Leite Paes explica um exemplo que raramente é utilizado nos dias de hoje, então não vou entrar em minúncias. Em geral, é feita em ordem decrescente também, devido à produção documental. Os dossiês podem conter uma abrangência entre o números, como por exemplo, ofícios nº0 a 200. c) Dígito-terminal: este método é utilizado quando o elemento de busca for, em geral, números com vários dígitos. Para facilitar o aprendizado, vamos citar os números de matrícula dos servidores.
  • 11. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 50 A leitura de um número é feita da direita para a esquerda. Se, por exemplo, tivermos o número 230.361, ele será organizado assim: 23-03- 61 e será lido da direita para a esquerda. O número 61 é primário; o 03, secundário; e o 23, terciário. Assim, este dossiê será acondicionado nas pastas terminadas em 61, em caixas finalizadas em 03 e nas estantes do grupo 23. A leitura não é habitual ao usuário, mas tal método é adequado em acervos cuja busca é feita por grandes números. As matrículas dos servidores é um exemplo. A ordenação dos documentos deve ser sempre pelo grupo primário, ou seja, pelo último número. NUNCA deve ser feito pelo grupo terciário ou secundário primeiro, a não ser que existam dígitos iguais. Vejamos os exemplos abaixo. Matrícula Ordenação correta 051438 05-14-38 128763 28-76-50 287650 14-03-57 160557 16-05-57 140357 12-87-63 240681 24-06-81 d) Métodos duplex, decimal e bloco canadense: estes métodos são utilizados atualmente nos planos de classificação e não nos métodos de arquivamento. E eles foram explicados nas últimas aulas. A orientação correta destas numerações é manter a ordem crescente, para que a busca dos dossiês seja rápida aos usuários. e) Unitermo ou indexação coordenada: este método é empregado desde 1950 e foi desenvolvido por Mortimer Taube nos Estados Unidos. A aplicação deste método é feita em arquivos especiais ou especializados, em razão do suporte não tradicional. O método é aplicado aos documentos de acordo com a entrada deles no arquivo. Atribui a cada peça documental um número em ordem crescente, assinalado de forma visível. Cada documento possui uma ficha- índice, com palavras-chave sobre cada documento, tendo em vista o suporte diferenciado.
  • 12. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 50 Cada ficha-índice possui uma numeração, que é o controle de entrada de cada documento no acervo. Neste caso, o fim de cada número entra nas colunas de 0 a 9, como neste exemplo: 30 – Coluna 0 72 – Coluna 2 45 – Coluna 5 E desta forma, as fichas são organizadas em uma tabela com as colunas. Cada tabela é oriunda de uma proveniência distinta. Por exemplo, vamos montar uma tabelinha sobre as fotografias de um Congresso: Congresso Nacional de Arquivologia (I) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 21 32 45 27 30 41 72 65 Notamos que a ordem aplicada não é a numérica, mas sim a do fim de cada número de entrada do acervo. 1.4. Método ideográfico O método ideográfico é a adoção de assuntos como critério de entrada na ordenação dos documentos. Tal metodologia pode ser utilizada a partir da ordenação dicionária ou enciclopédica dos documentos. Também podem ser adotados os métodos duplex, decimal ou o bloco canadense, caso adote o assunto. A adoção deste método, como já abordei antes, requer muito cuidado do arquivista responsável, pois nem sempre um assunto pré- concebido pode abranger a gama de documentos que podem ser abordados. Ou pode acontecer o pior, existirem dois assuntos para o mesmo documento. Isso acontece muito, por isso nem sempre se recomenda utilizá-lo em acervos grandes. 1.5. METODOS PADRONIZADOS DE ARQUIVAMENTO 1.5.1. Método Variadex
  • 13. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 50 Acreditem ou não, existem métodos padronizados de arquivamento e são cobrados em provas. Um dos métodos o qual vou abordar é o método variadex. Criado pela empresa Remington Rand, este método é a fusão de cores e letras para facilitar a busca pelos usuários. Os arquivistas utilizam as cores no cotidiano para tornar o arquivo como um objeto fácil de ser pesquisado pelo usuário e de ser tratado. Este método possui cinco cores: Letras Cores A, B, C, D e abreviações Ouro E, F, G, H e abreviações Rosa I, J, K, L, M, N e abreviações Verde O, P, Q e abreviações Azul R, S, T, U, V, W, X, Y, Z e abreviações Palha Em seguida, após a ordenação dos nomes de entrada, o arquivista ou o técnico deve escolher a cor a partir da segunda letra e nunca na primeira letra. Vamos aos exemplos dos nomes dos meus humoristas favoritos, para facilitar a compreensão: Nome Entrada Cor Chico Anysio Anysio, Chico Verde Roberto Gomez Bolaños Aragão, Renato Palha Ramon Valdes y Castilho Gomez Bolaños, Roberto Azul Carlos Villagrán Eslava Valdes y Castillo, Ramón Ouro Renato Aragão Villagrán Eslava, Carlos Verde Eu destaquei a cor da segunda letra do nome de entrada, para que vocês compreendam que é ela que escolhe a cor desejada. Este método é muito bacana, pois evita o arquivamento incorreto de documentos e torna-se como elemento de busca dos documentos. Se
  • 14. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 50 eu quero um dossiê da cor verde, eu sei que ele abrange as letras contidas na tabela do método variadex. Na atualidade, os métodos de arquivamento e os planos de classificação costumam usar cores, para que a pesquisa torne-se mais rápida ao usuário. O Código de Classificação do Conarq, por exemplo, adotou as cores amarelo e vermelho para as classes 000 e 900, respectivamente. E cada órgão atribui uma cor aleatória para cada classe, para as abrangidas pelos números 100 e 800. As pastas miscelânea ou diversos é abordada pela autora em vários métodos, mas não é utilizada pela técnica arquivística, justamente para evitar que os documentos sejam arquivados sem um critério adequado de ordenação. Por este motivo, não é aconselhado o seu uso no cotidiano de um arquivo, muito menos abordei nos tópicos da aula. 2. AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS A avaliação de documentos é uma das principais atividades de um programa de gestão de documentos. Não há a possibilidade de conservar todos eles para o resto da vida, em função de razões administrativas, culturais, jurídicas e financeiras. Todo documento cumpre seu curso na instituição pública ou privada. A avaliação visa estabelecer um prazo de guarda aos documentos, com vistas para eliminação ou recolhimento à guarda permanente. Os principais objetivos da avaliação, descritos pelo Manual de Gestão de Documentos do Arquivo Nacional, são:  Garantir a busca rápida da informação arquivística;  Reduzir a massa documental acumulada;  Garantir a proteção de documentos essenciais, em detrimento daqueles que serão eliminados;  Ampliar o espaço físico disponível;  Racionalizar o fluxo da documentação arquivística, a partir do emprego adequado dos suportes;
  • 15. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 50  Garantir o patrimônio arquivístico da instituição. Em cada órgão deve conter uma equipe técnica de avaliação multidisciplinar, devido às particularidades do conteúdo da documentação. Trata-se da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos, imposta após a Resolução nº7 do CONARQ, de 20 de Maio de 1997. A Comissão determina os prazos a partir de reuniões e estudos por profissionais de diversas formações, como advogados, historiadores, administradores, engenheiros, médicos, profissionais diversos que tenham contato com a documentação a ser avaliada. Além disso, a autoridade administrativa da área deve também estar presente, por conhecer toda a rotina da documentação. Antes disso, deve ser feito o diagnóstico da situação arquivística. O diagnóstico é um levantamento realizado antes de qualquer tratamento técnico arquivístico. Este assunto será explicado em maiores detalhes na próxima aula, mas vou adiantar algumas coisas para vocês. Em geral, levantam-se os seguintes dados no diagnóstico para a avaliação:  O estudo do fluxo da informação arquivística, verificando aspectos e problemas concretos e virtuais;  O conhecimento da organização, a partir do estudo das funções exercidas e da rotina da documentação analisada;  A análise da organização analisada, a partir da pesquisa das funções exercidas, da evolução e da história da pessoa física ou jurídica;  A quantidade da documentação, medida em massa documental acumulada;  As características diplomáticas e tipológicas dos documentos arquivísticos;  A característica dos acervos relacionada ao estado de conservação e preservação; Estes dados podem ser coletados a partir de um formulário padronizado e elaborado para tal fim. As entrevistas devem ser feitas com pessoas estratégicas da organização, que conheçam bem as atividades, a missão e os documentos trabalhados. Desta forma, torna-se mais fácil repassar estes dados num relatório específico, que deve especificar as soluções a serem aplicadas e que estejam relacionadas à avaliação dos documentos. Após a coleta destes dados, os prazos de guarda da documentação devem ser estabelecidos a partir da análise da legislação relacionada aos documentos, da frequência de uso da documentação, a existência de
  • 16. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 50 fontes que reproduzem resumidamente o mesmo conteúdo do documento (documentos recapitulativos) e a necessidade de prazos precaucionais da documentação. 2.1. Tabela de temporalidade Todo procedimento já descrito no item anterior serve para confeccionar a tabela de temporalidade, que é um instrumento de destinação dos documentos. Neste documento, haverá as informações sobre o prazo de guarda, destinação e informações. São os campos mais básicos. Vou colocar aqui um exemplo de tabela de temporalidade, elaborada por Ieda Pimenta Bernardes, do Arquivo Público do Estado de São Paulo. Retirado da publicação “Gestão Documental Aplicada”, de Ieda Pimenta Bernardes e Hilda Delatorre, São Paulo, 2009. No exemplo acima, a tabela é baseada em funções. Nela, a autora colocou a descrição da atividade, os documentos expressos em tipologias documentais com uma classificação pré-estabelecida em um plano, o prazo de guarda em anos, o prazo de guarda (eliminação ou guarda permanente) e as observações. A tabela de temporalidade pode ser estruturada também em estrutura organizacional ou por assuntos, além do critério funcional. Não há nenhuma tabela de temporalidade sem que exista um diagnóstico completo da instituição, um plano de classificação pré- estabelecido, um levantamento dos prazos de guarda e as propostas de destinação. A avaliação de documentos é uma atividade séria, que implica responsabilidade legal do profissional responsável pelo estabelecimento de diretrizes técnico-arquivísticas. Além disso, nenhum programa de avaliação funciona sem o estudo dos valores primário e secundário, que já foi explicado a todos na aula 01. Para a avaliação, este conceito é importante. O valor primário ou
  • 17. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 50 imediato é o que o documento nasce a partir dos objetivos pelos quais foram criados, que podem ser administrativos, fiscais ou legais. Este valor é predominante nas fases corrente e intermediária. Já o valor secundário ou mediato é o que o documento obtém após o valor primário e que obterá outros objetivos além daqueles que guiaram a sua criação. Outros usuários, além daqueles iniciais, terão interesse neste tipo de documentação. Neste caso, este valor é característico da idade permanente. Dentro do valor secundário, há duas subdivisões estabelecidas por Schellemberg. O valor probatório decorre da prova contida sobre a organização e as funções exercidas. A manutenção destes documentos servirá para a continuidade das atividades das pessoas físicas ou jurídicas. Em geral, os tipos de documentos de valor probatório são diretrizes, normas, regulamentos, pareceres ou qualquer documento que mostre a que deve o aparecimento de tais programas. Já o valor informativo é a informação referente a pessoas, problemas, condições, e outros relacionados à organização, que não tenham caráter probatório. Em geral, aplica-se uma amostragem seletiva nesta documentação, que consiste selecionar uma porcentagem que será conservada para fins informativos. Em geral, selecionam-se de 5% a 10% do acervo total. Muito cuidado com os termos destinação, seleção e avaliação. Como já estudamos, a avaliação é o estabelecimento de prazo de guarda dos documentos. A destinação é a decisão sobre quais documentos irão à eliminação ou à guarda permanente. A seleção é a triagem, de forma mecânica, dos documentos a serem eliminados ou transferidos ou recolhidos. Mais uma questão, que vai tirar um pouco de sossego de vocês. (CESPE – MPS - AGENTE – 2009) JULGUE O ITEM A SEGUIR:
  • 18. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 50 Toda correspondência recebida na sexta-feira deve ser encaminhada no mesmo dia, pois a lei determina que nenhuma correspondência permanecerá por mais de vinte e quatro horas no setor de protocolo. Comentários: Esta foi uma das provas mais difíceis de arquivologia elaborada pelo Cespe. A portaria normativa do MPOG afirma que nenhum documento deve ficar mais de 24 horas no setor de protocolo. Porém, não foi a lei quem determinou isso. Aliás, a Lei 9784/99 defende apenas a celeridade da documentação, o que nós já estudamos. Tomem muito cuidado com este item, que é uma verdadeira casca de banana. A resposta é FALSA. Resposta: FALSA 2.2. Procedimentos de eliminação de documentos arquivísticos A avaliação e eliminação de documentos na Administração Pública Federal segue um rito ditado pela Resolução nº 7 do CONARQ, de 20 de maio de 1997. Esta norma é a diretriz que deve ser seguida em toda a Administração Pública Federal e pelos Três Poderes. Todo órgão que queira proceder à eliminação de documentos deve constituir uma Comissão de Avaliação de Documentos, que foi explicada no tópico anterior. E os documentos a serem criados para este procedimento deverão ser a Listagem de Eliminação e o Termo de Eliminação de Documentos. Para isto, deverão seguidos estes passos de forma mais sucinta. A primeira etapa é selecionar os documentos a serem eliminados, conforme o prazo ditado pela Tabela de Temporalidade. Esta etapa é fundamental, para formar a Listagem de Eliminação, que será a próxima etapa. Em seguida, os dados dos documentos a serem eliminados deverão ser preenchidos na Listagem de Eliminação, cujo modelo deve ser elaborado, em conformidade com a Resolução nº7. Os campos a serem inseridos são, de acordo com o art. 3º são: Art. 3º A Listagem de Eliminação de Documentos tem por objetivo registrar informações pertinentes aos documentos a serem eliminados e se constituirá basicamente dos seguintes itens: I - cabeçalho contendo a identificação do órgão ou entidade e da unidade/setor responsável pela eliminação, o título e número da listagem e o número da folha;
  • 19. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 50 II - quadro contendo os seguintes campos: a) código do assunto ou, caso não tenha esta informação, o número de ordem dos itens documentais listados; b) assunto/série, correspondente aos conjuntos documentais a serem eliminados; c) datas-limite de cada conjunto documental citado na alínea anterior; d) quantidade e especificação das unidades de arquivamento a serem eliminadas em cada conjunto documental; e) observações complementares úteis ao esclarecimento das informações contidas nos demais campos, ou justificativa, quando se tratar dos órgãos e entidades aos quais se refere o art. 5º desta resolução; e III - rodapé contendo local e data, nome, cargo e assinatura do titular da unidade/setor responsável pela seleção, do Presidente da Comissão Permanente de Avaliação, bem como da autoridade a quem compete autorizar a eliminação no âmbito do órgão ou entidade.
  • 20. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 50 Modelo da Listagem de Eliminação do CONARQ O próximo passo é elaborar o Termo de Eliminação de Documentos, que deve conter os seguintes dados a serem transcritos pelo art. 4º da seguinte resolução: Art. 4º O Termo de Eliminação de Documentos tem por objetivo registrar as informações relativas ao ato de eliminação, devendo conter essencialmente: I - data da eliminação; II - indicação dos atos oficiais/legais que autorizam a eliminação e informação relativa à publicação em periódico oficial; III nome do órgão ou entidade produtor/acumulador dos documentos eliminados; IV - nome do órgão ou entidade responsável pela eliminação; V - referência aos conjuntos documentais eliminados especificados na Listagem de Eliminação de Documentos, anexa ao Termo; VI - datas-limite dos documentos eliminados; VII - quantificação/mensuração dos documentos eliminados; VIII - nome da unidade orgânica responsável pela eliminação; e IX - nome e assinatura do titular da unidade orgânica responsável pela eliminação. E por último, a autoridade competente deve publicar o Edital de Ciência de eliminação de documentos, para que os principais interessados pela documentação a ser eliminada verifiquem as informações que lhe sejam de interesse antes de ocorrer o descarte. Entre 30 e 45 dias após a publicação do edital, os documentos podem ser eliminados. Vou mostrar os modelos dos documentos, para que vocês tenham ideia do quanto a forma deles é importante a ser seguida pelo profissional do arquivo. ANEXO 1 (NOME DO ÓRGÃO OU ENTIDADE) TERMO DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS Aos ______ dias do mês de __________ do ano de _________, o (indicar o nome do órgão ou entidade responsável pela eliminação), de acordo com o que consta do/da (indicar a Tabela de Temporalidade de Documentos ou a Listagem de Eliminação de Documentos e respectivo Edital de Ciência de Eliminação de Documentos), aprovados pelo (titular) do/da (indicar a instituição arquivística), por intermédio do (indicar o
  • 21. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 50 documento de aprovação), e publicada(o) no (indicar o periódico oficial), de (indicar a data de publicação da tabela ou do edital), procedeu à eliminação de (indicar a quantificação mensuração), de documentos relativos a (referência aos conjuntos documentais eliminados), integrantes do acervo do(a) (indicar o nome do órgão ou entidade produtor/acumulador), do período (indicar as datas-limite dos documentos eliminados). (nome da unidade orgânica responsável pela eliminação, nome, cargo e assinatura do titular) ANEXO 2 (NOME DO ÓRGÃO OU ENTIDADE) EDITAL DE CIÊNCIA DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS Nº ______/____ O Presidente da Comissão Permanente de Avaliação, designado pela Portaria nº _____, de ___/___/___, publicada no (indicar o periódico oficial), de ___/___/___, de acordo com (indicar a Listagem de Eliminação de Documentos), aprovada pelo (titular) do(a) (indicar a instituição arquivística), por intermédio do (indicar o documento de aprovação), faz saber a quem possa interessar que a partir do (30º a 45º) (escrever por extenso, entre parênteses, o número ordinal correspondente) dia subseqüente a data de publicação deste Edital no (indicar o periódico oficial), se não houver oposição, o(a) (indicar a unidade orgânica responsável pela eliminação) eliminará os documentos relativos a (indicar os conjuntos documentais a serem eliminados), do período (indicar as datas-limite), do(a) (indicar o nome do órgão ou entidade produtor dos documentos a serem eliminados). Os interessados, no prazo citado, poderão requerer às suas expensas, o desentranhamento de documentos ou cópias de peças do processo, mediante petição, desde que tenha respectiva qualificação e demonstração de legitimidade do pedido, dirigida à Comissão Permanente de Avaliação do(a) (indicar o órgão ou entidade). (Local e data) (Nome e assinatura do Presidente da Comissão Permanente de Avaliação)
  • 22. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 50 3. ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO DE DOCUMENTOS Os termos acondicionamento e armazenamento possuem diferenças terminológicas e fazem parte de um projeto de conservação e restauração de documentos. Existem recomendações técnicas para cada uma destas atividades. O acondicionamento é a forma como os documentos arquivísticos são conservados ou preservados. Trata-se também do formato ou da apresentação física dos documentos, que podem ser encadernados, em brochura, reunidos em dossiês. O acondicionamento dos documentos arquivísticos é outra etapa importante da conservação e preservação de documentos, pois o material precisa garantir a preservação do documento a longo prazo, sobretudo se for de idade permanente. Deve-se evitar perfurar os documentos para colocar qualquer grampo trilho, utilizando envelopes, camisas (ou capas) neutras ou alcalinas. As caixas devem ser de papelão de uma gramatura durável, geralmente de 0,13 m de largura. Se houver necessidade, os grampos trilhos devem ser confeccionados em plástico, pois os de metal podem cortar os dedos dos usuários, além de correr o risco de enferrujar- se. O material adequado para o acondicionamento dos documentos é: • papéis e cartões neutros ou alcalinos das mais variadas gramaturas; • papelões de diversas gramaturas; • filmes de poliéster; • fita adesiva dupla neutra; • tiras ou cadarços de algodão; • tubos de PVC; • tecido de linho. O armazenamento refere-se ao mobiliário em que os documentos estarão conservados e também deve estar de acordo com a política de conservação e preservação do órgão ou entidade arquivística. Desta forma, o mobiliário adequado para o armazenamento da documentação arquivística são as estantes de metal esmaltado, devido à facilidade de limpar e de conservar o acervo por mais tempo. Se o mobiliário for de madeira, deve ser revestida ou fórmica, pois a conservação e a limpeza também são facilitadas. Deve-se evitar pisos com carpetes, que acumulam poeira, microorganismos, além de serem de alta combustão. Evita-se também o uso de ceras e outros produtos de limpeza que podem interferir nas condições ambientais do arquivo e no contato com a documentação, pois
  • 23. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 50 o cheiro e a fórmula utilizada por tais produtos podem influenciar na conservação dos documentos arquivísticos. 4. CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS As medidas relativas à conservação e preservação de documentos são adotadas de forma preventiva em grande parte das instituições arquivísticas brasileiras, pois não há ainda uma tradição forte em restaurar documentos. Conservar sai mais barato que restaurar. Além disso, nem todos estes procedimentos ocorrem de forma satisfatória, devido a condições ambientais e à introdução tardia da Arquivologia no país. Desta forma, vou abordar os pontos mais cobrados em prova e adotar mais a linha preventiva, para que vocês tenham ideia dos procedimentos que são adotados pelos profissionais da área arquivística. 4.1. Fatores de deterioração Norma Ciaflone Cassares lista cinco elementos de deterioração do acervo arquivístico. 4.1.1. Fatores ambientais A temperatura e a umidade relativa do ar é um dos itens considerados como fator ambiental de conservação dos documentos. Se ambos estiverem baixos, os documentos em suporte papel estarão quebradiços e distorcidos. Se eles estiverem altos, haverá a possibilidade de proliferação de microorganismos, como bactérias e fungos. Segundo Cassares, à medida em que aumenta 10 ºC de temperatura, dobra a velocidade das reações químicas do papel. O ideal é que a temperatura esteja o mais próximo de 20 ºC e a umidade entre 45% a 55%. Devem ser evitadas oscilações frequentes da temperatura e da umidade, principalmente se elas excederem a mais de 3ºC e 10% de umidade. Além disso, estes dois fatores devem ser medidos por um aparelho chamado termohigrômetro, que registra de forma milimétrica qualquer alteração de temperatura e umidade. Outro fator ambiental considerável é a radiação da luz. A luz é o principal elemento que contribui para a detorioração dos documentos, quando estes estiverem expostos de forma frequente. A radiação UV, encontrada na luz natural e nas lâmpadas fluorescentes devem ser evitadas. O aparelho que mede a quantidade de luz é chamado de luxímetro ou fotômetro. Deve-se evitar que os documentos fiquem expostos diretamente à luz natural e às lâmpadas fluorescentes. Além disso, as
  • 24. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 50 janelas devem conter filmes especiais para diminuir a incidência de raios UV. Os documentos em exposição não podem ficar muito tempo sob os raios luminosos e devem ser protegidos por filtros especiais. O nível de luz deve ser o mais baixo possível, para evitar a deterioração rápida do documento. Deve-se considerar também a qualidade do ar como fator ambiental. Os poluentes externos são os gases químicos, especialmente o dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NO e NO2) e o Ozônio (O3). Com eles, o papel fica quebradiço e descolore-se rapidamente, e o couro fica deteriorado. O próprio ambiente onde encontram-se os documentos pode contribuir também para a qualidade do ar, sobretudo madeira, adesivos, vernizes que liberam substâncias tóxicas ao acervo. (Senado Federal – FGV – 2008) Assinale a alternativa correta: Considerando-se a conservação dos documentos, o bom controle do clima de uma área de guarda de documentos em um arquivo deve: (A) manter a umidade relativa do ar baixa para que a temperatura diminua. (B) estabilizar a temperatura e diminuir ao máximo a umidade relativa do ar. (C) manter a temperatura um pouco mais alta que a umidade relativa do ar. (D) manter a temperatura e a umidade relativa do ar moderadas e estáveis. (E) manter a temperatura baixa para que a umidade do ar diminua. Comentários: Esta questão pode cair na prova de vocês e nós já vimos bem o que pode acontecer se houve aumento ou queda bruscas de temperatura e umidade no ambiente onde os documentos se encontram. Se a temperatura e a umidade caírem, os documentos podem ficar quebradiços e distorcidos. Se houver o contrário, pode gerar a proliferação de fungos e bactérias. O ideal é que ocorra a moderação entre os dois fatores ambientais, para que o ambiente esteja equilibrado e que haja a conservação dos documentos. Neste caso, o item correto é a Letra D.
  • 25. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 50 Resposta: Letra D 4.1.2. Fatores biológicos O controle do ambiente onde os documentos se localizam deve ser feito para evitar a proliferação de insetos, roedores e microorganismos danosos aos documentos. O contrário desta iniciativa é chamado por Cassares de conforto ambiental, onde há pouca circulação de ar, umidade alta, falta de higiene e outros fatores que contribuem para o surgimento destas pragas. b) Fungos: surgem em ambientes de umidade alta, mediante esporos. Eles atacam os substratos dos suportes em papel, causando manchas de difícil remoção. Quando a umidade é baixa, os esporos ficam dormentes e podem voltar à atividade, caso as condições ambientais lhes sejam favoráveis. O aconselhável é que haja uma política de controle da umidade e da temperatura, higienização frequente e adequada dos documentos, instruir os funcionários nas tarefas de higienização e secar os documentos adequadamente caso haja acidentes com água. Não se deve usar, de forma alguma fungicidas sobre os documentos. Profissionais habilitados devem ser chamados no caso de infestação por fungos. Além disso, deve ser usado aspirador de pó em caso de higienização mecânica, pois os esporos podem proliferar-se no ambiente; c) Insetos e roedores: as baratas, brocas e cupins devem ser exterminadas por especialistas em zoonoses, desde que não causem danos à documentação infestada. A temperatura e ambiete controlados, além da higienização constante do local e do acervo são medidas que devem ser adotadas antes de qualquer medida protetiva. No caso das baratas, o alvo são os ambientes mal higienizados e com pouca ventilação. Já as brocas, os acervos e as coleções sem higienização constante são os alvos destes insetos, que desde o nascimento já causam danos. Como as brocas gostam de materiais à base de celulose, o ideal é que a higienização seja feita em local separado da do acervo, para que os ovos não se espalhem no local e não reproduzam mais brocas. Já os cupins (térmitas) são muito organizados em sociedades e oferecem risco tanto nos acervos, quanto nos mobiliários e prédios das instituições. O ideal que, em todos os casos, haja a intervenção de um profissional especializado em zoonoses, além de profissionais especializados em conservação de acervos.
  • 26. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 50 4.1.3. Intervenções inadequadas Muitas vezes, na tentativa de ajudar, acabamos atrapalhando e é a mesma coisa com os acervos documentais. Tenho visto coisas horrorosas, como grampear várias vezes o mesmo documento, grudar com durex as partes soltas de uma peça documental, entre outras coisas. Não custa nada o profissional do arquivo ter uma informação básica de conservação e preservação de documentos, mesmo que seja preventiva. Até mesmo as medidas mais simples de acondicionamento de documentos preservam informações por décadas. Por isso, na hora da dúvida, torna-se importante consultar um profissional experiente na área, para que ele dê dicas importantes a respeito destas intervenções. 4.1.4. Manuseio inadequado de documentos e vandalismo Outro problema que vemos no cotidiano dos arquivos e bibliotecas em geral é o manuseio inadequado de livros e documentos. Torna-se comum comermos ao lado dos documentos (baratas e formigas adoram comida!), dobrarmos os documentos e se esquecendo que eles têm fibras de celulose, não manusearmos os documentos com as mãos limpas ou com materiais descartáveis, tais como luvas e toucas, separar as páginas com a saliva entre os dedos, entre outras ações que vemos com frequência. Fora isso, as ações de vandalismo são comuns nos acervos. O furto e o extravio de documentos e processos também são frequentes, o que torna essencial a adoção de medidas de segurança. Criar uma sala específica para consulta é uma delas, justamente onde o funcionário do arquivo tenha a visão do usuário que manuseia o documento. Alarmes e políticas de segurança ao acervo são fundamentais para que o acervo torne-se seguro. 4.2. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS DE CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS 4.2.1. Higienização A higienização é realizada de forma preventiva nos documentos, sem a utilização de solventes. Isto ocorre devido à forma como a sujeira acumulada nos documentos causa danos a curto e a longo prazo. Sempre de forma mecânica e de acordo com o material, a técnica permite remover a sujeira que se acumula nos documentos, para evitar que eles fiquem quebradiços, pois os poluentes são ácidos, o escurecimento e o aparecimento de manchas nos documentos.
  • 27. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 50 Não é em qualquer documento que deve ser aplicada a higienização. Antes disso, o profissional deve avaliar o material utilizado, para que seja aplicada a técnica adequada. Desta forma, suportes frágeis com o tempo, no caso de documentos antigos, peças documentais de papel japonês (muito poroso), ou aqueles atacados por fungos ou molhados não podem sofrer a higienização por meio de pó de borracha ou pincel adequado. Os materiais utilizados em geral para os procedimentos de higienização são:  Pincéis de cerdas macias e de vários tipos;  Flanelas, para remover sujeiras de encadernações;  Aspirador de pó;  Bisturi, pinça, espátula, agulha, cotonete;  Papel mata-borrão;  Pesos;  Luvas de látex ou algodão;  Fita-crepe;  Folhas de papel siliconado;  Máscaras;  Fita-crepe; Muito cuidado com documentos arquivísticos manuscritos, especialmente aqueles com tinta ferrogálica, que destrói as fibras do papel com o tempo. Aqueles também com tintas a carbono também borram facilmente e, nestes casos, o auxílio de um especialista na área de conservação é adequado para este trabalho de higienização. Documentos grandes, como mapas e projetos de arquitetura, podem ter a sujeira removida com pó de borracha, aspirador de pó ou um pincel macio. Obviamente que todas estas iniciativas devem ser analisadas antes de começar qualquer trabalho, devido ao estado do acervo. O piso e os mobiliários dos acervos arquivísticos também devem merecer uma atenção especial dos profissionais da área. Eles devem ser limpos periodicamente, para evitar que a sujeira invada o conteúdo dos documentos. A utilização de aspiradores de pó e flanelas embebidas com álcool e água é a mais adequada para limpar pisos e estantes. O mobiliário adequado para o armazenamento da documentação arquivística são as estantes de metal esmaltado, devido à facilidade de limpar e de conservar o acervo por mais tempo. Se o mobiliário for de madeira, deve ser revestida ou fórmica, pois a conservação e a limpeza também são facilitadas. Deve-se evitar pisos com carpetes, que acumulam poeira, microorganismos e são de alta combustão. Evita-se também o uso de ceras e outros produtos de limpeza que podem interferir nas condições ambientais do arquivo. O acondicionamento dos documentos arquivísticos é outra etapa importante da conservação e preservação de documentos. Deve-se evitar
  • 28. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 50 perfurar os documentos para colocar qualquer grampo trilho. Se houver a necessidade, os grampos devem ser confeccionados em plástico. O material adequado para o acondicionamento dos documentos é: • papéis e cartões neutros ou alcalinos das mais variadas gramaturas; • papelões de diversas gramaturas; • filmes de poliéster; • fita adesiva dupla neutra; • tiras ou cadarços de algodão; • tubos de PVC; • tecido de linho. 4.2.2. Liofilização A liofilização é um processo de secagem dos documentos em um equipamento específico, uma câmara a vácuo, que extrai a água em forma de vapor. O documento é congelado em freezer e é inserido neste equipamento para o processo. Em geral, isto acontece quando ele é molhado devido a vários problemas, como o incêndio ou até um descuido ou vandalismo. 4.2.3. Encapsulação A encapsulação é um processo é em que um documento é inserido em uma cápsula ou um envelope de poliéster, para ser conservado por mais tempo. As bordas do envelope são seladas de forma hermética (a quente) ou costuradas a mão. Nos casos de documentos impressos, manuscritos e fotografias, a técnica é adequada. Entretanto, em outros documentos, tais como desenhos feitos a carvão ou pastel, a técnica é desaconselhada, pois as partículas soltas podem aderir-se ao filme de poliéster. 4.2.4. Fumigação A fumigação é uma técnica utilizada para exterminar fungos e mofos no acervo com a utilização de produtos químicos. A técnica tem sido desaconselhada, devido à segurança que deve ser proporcionada ao acervo, usuários e profissionais da área. Além disso, por mais que um profissional adequado trabalhe com isso, a interferência a ser causada no acervo será grande. 4.2.5. Proteção do ambiente O ambiente destinado à conservação dos documentos deve possuir um programa de proteção contra desastres, seja de que espécie
  • 29. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 50 for (incêndios, enchentes). Isto se deve à facilidade com que o documento arquivístico sofre com tais problemas. Um plano de desastres deve contemplar a natureza do local, o clima, as instalações físicas e estruturais da área, os possíveis obstáculos para o salvamento das pessoas, a ventilação disponível e dispositivos de salvamento do acervo possíveis. Isto deve ser feito com o auxílio de profissionais especializados na área de desastres, para que sejam mensurados todas as características possíveis para salvar o acervo. 4.2.6. Alisamento A técnica é muito utilizada, principalmente em países tropicais, devido às variações de temperatura. Quando um documento está quebradiço ou duro, ele é inserido em um ambiente úmido, para recuperar a flexibilidade das fibras de celulose. Em seguida, são feitos outros procedimentos no documento, para eliminar as eventuais distorções. Este procedimento é chamado de alisamento. 4.2.7. Conservação de substituição A conservação de substituição é um procedimento que visa copiar o documento original a um outro suporte que possa ser consultado pelo usuário, para preservá-lo do manuseio frequente. Com o tempo, a maior parte dos documentos torna-se frágil ao acesso do usuário e substituí-lo tem sido a forma mais adequada para tornar o acesso mais fácil e conservar o documento original. As instituições brasileiras têm adotado a microfilmagem de substituição nos casos de documentos históricos de grande relevância. Na realidade, nenhum documento permanente pode ser eliminado após a microfilmagem e os arquivos públicos adotam usam os microfilmes destes documentos para que o público tenha acesso a eles. A Carta de Pero Vaz de Caminha é um dos exemplos mais clássicos desta iniciativa. Como o original não pode ser eliminado e a consulta a ele pode danificar sua estrutura, o microfilme tem sido um aliado aos pesquisadores brasileiros. A técnica não se restringe ao microfilme, mas também à digitalização, à reprodução de cópias, entre outros. QUESTÕES COMENTADAS JULGUE OS ITENS A SEGUIR: 1. (CESPE – MPS – AGENTE - 2009) Fase corrente é a fase em que os documentos estão ativos, em curso ou que, mesmo sem
  • 30. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 50 movimentação, ainda são muito consultados pela administração e, por isso, são conservados junto aos órgãos produtores. Comentários: o arquivo corrente possui esta definição do item. Os documentos são ativos e frequentemente consultados, mesmo que não haja movimentação deles na instituição. Eles são conservados junto aos órgãos produtores, tendo em vista a necessidade de consulta pelo usuário. Neste caso, o item é VERDADEIRO. Resposta: VERDADEIRO. 2. (CESPE – TSE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2006) Assinale a alternativa correta: A ordenação alfabética de documentos ou de dossiês é uma das possibilidades para a disposição de documentos em um arquivo. Nesse sentido, julgue as propostas de ordenação alfabética apresentadas nos itens abaixo. I - Campos, Milton de Sousa Ferreira, André Muller, Paul Sousa, Antônio José II - Almeida, Pedro de Almeida Filho, João Almeida São Paulo, Carlos Braga Sobrinho, Antônio III - I Conferência de Gestão de Documentos Quarto Workshop sobre Avaliação Segundo Congresso Nacional de Arquivologia Terceiro Seminário sobre Preservação de Documentos Assinale a opção correta. A Apenas um item está certo. B Apenas os itens I e II estão certos. C Apenas os itens I e III estão certos. D Todos os itens estão certos. Comentários: Que casca de banana! Vamos analisar item por item? Item I: Correto. A ordenação foi feita conforme a regra, isolar o último nome e ordená-los em ordem alfabética;
  • 31. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 50 Item II: Incorreto. Embora os sobrenomes tenham sido separados corretamente, a ordem alfabética está incorreta. O terceiro deveria ser o “Braga Sobrinho, Antônio” e depois o “São Paulo, Carlos”; Item III: Incorreto. Todos os itens deveriam ser corrigidos. O primeiro deveria ser “Congresso de Gestão de Documentos (I)”. O segundo, “Workshop sobre Avaliação (Quarto)”. O terceiro, “Congresso Nacional de Arquivologia (Segundo)”. E o último, “Seminário sobre Preservação de Documentos (Terceiro)”. E em seguida, cada item seria colocado em ordem alfabética. Neste caso, apenas um item está correto. Resposta: LETRA “A” 3. (FCC – CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2007) Assinale a alternativa correta. Quando os objetivos pelos quais os documentos foram acumulados se aproximam daqueles que determinam a consulta a que estão sujeitos, em razão da vigência de seus dispositivos ou dos interesses imediatos que a eles se associam, temos os chamados (A) arquivos de custódia e centros de processamento de dados. (B) centros de documentação e de memória. (C) arquivos centrais e regionais. (D) arquivos correntes e intermediários. (E) arquivos intermediários e permanentes. COMENTÁRIOS: Nós já estudamos com profundidade os conceitos referentes aos arquivos correntes e intermediários. Em geral, os documentos são acumulados em razão de seus interesses imediatos e determinam a frequência pela qual eles são consultados. Neste caso, a resposta certa é a letra D. Resposta: LETRA “D”. 4. (CESPE – MPS – AGENTE – 2009). Julgue o item a seguir: A expressão unidade protocolizadora identifica qualquer unidade organizacional, sendo irrelevante seu nome ou posição na hierarquia do órgão, desde que, entre suas competências, exista a de autuar/numerar processos e(ou) documentos.
  • 32. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 50 Comentário: a questão pode envolver uma certa polêmica, por afirmar que é irrelevante a posição hierárquica do protocolo na organização. Em geral, o protocolo está subordinado ao órgão de documentação, mas não são todos as organizações que agem assim. O que importa aqui é o candidato identifique o conceito-chave da questão: o protocolo é a unidade responsável pela entrada e saída de documentos, além de autuar e numerar processos ou documentos. Neste caso, a resposta é VERDADEIRA. Resposta: VERDADEIRO. 5. (FCC – CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2007) Assinale a alternativa correta. O principal instrumento de destinação de documentos é: (A) o guia de fundos. (B) a tabela de equivalência. (C) a tabela de temporalidade. (D) o plano de classificação. (E) o inventário topográfico. Comentários: a questão é muito simples. Expliquei que a destinação é uma atividade relacionada à decisão de encaminhar os documentos à eliminação ou à guarda permanente. E neste caso, tal decisão é reforçada pela tabela de temporalidade, que é um instrumento de apoio para executar a avaliação dos documentos. Neste caso, o item correto é a letra “C”. Resposta: Letra “C”. 6. (FCC – CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2007) Assinale a alternativa correta. A principal atribuição da Comissão de Avaliação é: (A) estabelecer a temporalidade dos documentos da instituição. (B) atender à consulta de agentes administrativos e de pesquisadores. (C) programar ações educativas e de difusão do acervo. (D) elaborar instrumentos de controle e de acesso ao arquivo intermediário. (E) proceder ao registro e classificação dos documentos produzidos e recebidos pela Câmara. Comentários: A Comissão Permanente de Avaliação é uma equipe de caráter interdisciplinar, com o objetivo de discutir e estabelecer a temporalidade dos documentos arquivísticos. Neste caso, o item correto é a letra A.
  • 33. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 50 Resposta: Letra “A”. 7. (ESAF – SRH – Arquivista, 2006) Quando a estrutura orgânica fornece a base para grandes agrupamentos de documentos, estamos falando de: a) Classificação funcional. b) Classificação por assuntos. c) Classificação decimal. d) Classificação organizacional. e) Classificação temática. Comentários: nós estudamos com profundidade os três tipos de classificação que podem ser adotadas pelas organizações. Quando a estrutura organizacional é a base de um plano de classificação, nós nos referimos à classificação organizacional ou estrutural. Desta forma, o item correto é a Letra D. Resposta: LETRA D. 8. (ESAF – SRH – Arquivista, 2006) Há três elementos principais a serem considerados na classificação de documentos públicos; assinale a opção correta. a) Função, organização e assunto. b) Conteúdo, estrutura e função. c) Atividade, conteúdo e assunto. d) Estrutura, assuntos e competência. e) Atribuição, conteúdo e rotina. Comentários: estudamos na classificação que os elementos que podem ser utilizados para elaborar um plano são a função, a estrutura organizacional e o assunto. E verificamos que a função é a que permite uma aplicação melhor do plano de classificação ao acervo. Nesta questão, verifica-se que o termo organização é semelhante à estrutura organizacional. Neste caso, o item correto é a letra A. Resposta: Letra A. 9. (FCC – CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2007) Assinale a alternativa correta. A principal atribuição da Comissão de Avaliação é: (A) estabelecer a temporalidade dos documentos da instituição.
  • 34. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 50 (B) atender à consulta de agentes administrativos e de pesquisadores. (C) programar ações educativas e de difusão do acervo. (D) elaborar instrumentos de controle e de acesso ao arquivo intermediário. (E) proceder ao registro e classificação dos documentos produzidos e recebidos pela Câmara. Comentários: A Comissão Permanente de Avaliação é uma equipe de caráter interdisciplinar, com o objetivo de discutir e estabelecer a temporalidade dos documentos arquivísticos. Neste caso, o item correto é a letra A. Resposta: Letra “A”. QUESTÕES PROPOSTAS JULGUE OS ITENS A SEGUIR: 1. (CESPE – MS – ANALISTA - 2010). Os documentos de valor mediato poderão ser eliminados após a realização do registro interno, em termo de eliminação de documentos, e a divulgação de tais registros por meio da publicação da listagem de eliminação de documentos. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: 2. (CESGRANRIO – TÉCNICO – BNDES – 2008). No mundo moderno, a informação analisada adquire enorme valor como um recurso caro, de poder, e que é esgotável. Em uma instituição privada ou pública, é necessário identificar as informações que devem ser preservadas, classificadas, compartilhadas ou resguardadas. Assim, alguns métodos de arquivamento são basicamente codificações para o acesso às informações contidas nos documentos, pois somente a partir de um índice remissivo é possível recuperar documentos em sistemas indiretos, como no método: (A) alfabético. (B) geográfico. (C) enciclopédico.
  • 35. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 50 (D) dicionário. (E) numérico. 3. (CESGRANRIO – TÉCNICO DE ARQUIVO – BNDES – 2008) Os dossiês do Departamento de Pessoal do Banco Valparaíso estão completamente desorganizados, e vários usuários desse departamento precisam de informações vinculadas às suas vidas funcionais. Sabe-se que somente por meio dos dossiês será possível recuperar as informações que não estão disponíveis em nenhum outro suporte. Uma sugestão para a organização da documentação citada é utilizar o método alfabético, seguindo as regras de alfabetação. Dessa forma, as pastas dos funcionários com os seguintes nomes: (1) Jorge Alberto da Silva Neto; (2) Robson Ferreira de Marcedo ; (3) Dr. Moysés Souza Fraga Sobrinho, (4) Professora Georgete Alves da Silveira e (5) Deputado João de Macedo Filho terão a seguinte ordenação: (A) 1,5,4,2,3 (B) 1,3,2,5,4 (C) 2,5,3,4,1 (D) 3,5,2,1,4 (E) 3,2,5,4,1 4. (SRH – ARQUIVISTA – 2006) Com relação aos métodos de arquivamento, julgue os itens apresentados. ( ) O método de arquivamento é determinado pela natureza dos documentos a serem arquivados. ( ) O método numérico simples tem ampla aplicação nos arquivos especiais e especializados. ( ) Uma das vantagens do método numérico cronológico é permitir maior grau de sigilo. ( ) O método alfabético é um método direto que dispensa índices auxiliares para a localização dos documentos. A quantidade de itens corretos é igual a a) 0. b) 1. c) 2. d) 3. e) 4. 5. (FCC – Arquivista – Câmara dos Deputados, 2007) Sequência de operações que, de acordo com as diferentes estruturas, funções e atividades da entidade produtora visam a distribuir os documentos de um arquivo. Essa definição corresponde a:
  • 36. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 50 a) Ordenação. b) Sistema de arquivamento. c) Macro-avaliação. d) Classificação. e) Avaliação funcional. 6. (VUNESP – BNDES – 2002) O nome do propositor e do sistema, formulado no séc XIX, que teve fundamental importância no arquivamento temático é: (A) Elio Lodolini – vincolo archivistico informazionale. (B) Hilary Jenkinson – official custody. (C) Jean Mabillon –provenance archivistique. (D) Melvil Dewey – decimal classification. (E) Natalis de Wailly – respect des fonds. 7. (STM – CESPE – 2010) Transferência é o conjunto de operações relativas à transmissão da informação, após a fase de geração, que envolvem processamento, difusão e uso. 8. (STM – CESPE – 2010) A teoria das três idades refere-se à sistematização do ciclo de vida dos documentos arquivísticos. 9. (STM – CESPE – 2010) O ciclo vital dos documentos é composto pelas seguintes fases: criação/aquisição (os documentos surgem no sistema de informação organizacional ao serem criados ou recebidos), captura (os documentos são armazenados no sistema e organizados), uso (os documentos devem estar acessíveis) e eliminação (após cumprirem a vigência, os documentos devem ser eliminados). 10. (STM – CESPE – 2010) A operação de entrada de um conjunto de documentos públicos em um arquivo permanente, com competência formalmente estabelecida, é denominada recolhimento. 11. (STM – CESPE – 2010) As atividades do protocolo podem incluir recebimento de documentos, classificação, registro, distribuição e acompanhamento da tramitação. 12. (STM – CESPE – 2010) A fase de utilização refere-se às atividades de controle, organização e acesso a documentos em fase corrente, incluindo-se arquivamento, recuperação e descarte de documentos e Informações.
  • 37. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 50 13. (STM – CESPE – 2010) Gestão de documentos é o sistema de controle sobre a produção e manutenção de documentos nas fases corrente e intermediária, por meio de registros, listagens, índices e planos de arquivamento. 14. (STM – CESPE – 2010) Na fase de produção, o arquivista pode, entre outras atividades, sugerir a criação ou extinção de modelos, formulários, cópias ou vias desnecessárias; propor consolidação de atos normativos; e participar da seleção de recursos humanos para área arquivística. GABARITO 1. E 2. E 3. D 4. D 5. D 6. D 7. E 8. C 9. E 10. C 11. C 12. E 13. E
  • 38. Arquivologia p/ CNJ (Técnico) Teoria e exercícios comentados Prof Roselene Candida – Aula 02 Prof. Roselene Candida www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 50 14. C