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GEOGRAFIA
PROFESSORA CAROLINA CORRÊA
Da cafeicultura ao Brasil
urbano-industrial
O café é originário da Abissínia (atual
Etiópia), depois foi para Pérsia ( atual Irã) e
chegou até os árabes que a partir do século
XV o difundiram.
No século XVII os franceses levaram o
café para suas colônias na América.
Os norte-amercianos substituíram o
chá pelo café a partir de 1776, quando
iniciou a guerra pela independência.
No Brasil, o café chegou em 1727, em
Belém do Pará, pelas mãos de um sargento
que voltava de missão da Guiana Francesa.
Na primeira metade do século XVIII o
café era cultivado no Maranhão, em 1770
na Bahia e em seguida no Rio de Janeiro.
A cafeicultura enveredou pelo vale do
Paraíba, aproximadamente, em 1790
ocupando as vertentes das serras e
devastando a Mata Atlântica.
O trabalho de desmatamento, limpeza
de terreno, queimada, plantio, trato,
colheita, secagem, beneficiamento, etc., era
realizado pela população escravizada.
A necessidade de mão-de-obra era
tanta que, segundo Celso Furtado, cerca de
mais de 750 mil escravos africanos foram
trazidos ao Brasil na primeira metade do
séc. XIX.
Do Vale do Paraíba
a
cafeicultura
se
espalhou para o restante
de
São
Paulo
e
encontrou no planalto
ocidental manchas de
terra roxa de grande
fertilidade.
No
princípio
a
madeira
do
desmatamento
era
toda
queimada,
posteriormente passou a ser usada na
construção das ferrovias, na construção civil
e na produção de móveis.
A expansão do café em direção a
depressão
periférica
paulista
e
principalmente em direção ao planalto
central só foi possível graças a expansão
ferroviária.
Depois da independência do Brasil
(1822) a Inglaterra passou a pressionar o
Brasil para por fim ao tráfico de escravos,
com isso o Brasil passou a incentivar a
entrada de imigrantes, na maioria italianos.
Entre 1887 e 1897, entraram no Brasil 1,3
milhões, dirigindo-se a maioria para a frente
do café.
É possível afirmar que o café constituiu
o principal fator responsável pelo impulso
do desenvolvimento capitalista no Brasil
e da produção do espaço geográfico no
sudeste neste período.
Por que podemos nos referir desta
maneira ao café?
Estimulou a imigração estrangeira;
Consolidou as relações assalariadas de
trabalho em substituição as relações
escravistas
fortalecendo
o
desenvolvimento do modo de produção
capitalista no Brasil;
Levou a implantação de um sistema
ferroviário permitindo articulação e
integração espacial (RJ, SP, MG, PR);
Possibilitou o desenvolvimento de bancos,
casas comerciais, etc.
Criou as bases financeiras para o
desenvolvimento industrial do Brasil;
Estimulou o crescimento urbano.
São Paulo tornou-se o centro
econômico e financeiro do país. Os grandes
barões do café e os pecuaristas mineiros
dominaram a política nacional até 1930.
Para os habitantes de São Paulo, as
vias férreas assumiram tanta importância
que se tornaram pontos de referência para
se situar ou se deslocar no espaço paulista.
Diferente dos gaúchos ou nordestinos que
usam aspectos da natureza como
referencial.
A
partir
de
1956,
com
o
desenvolvimento rodoviário as ferrovias
perderam o papel de estimuladores do
povoamento e da criação de cidades, bem
como de referenciais do espaço.
É importante salientar que as ferrovias
NÃO realizaram efetivamente a integração
nacional e inter-regional;
No
fim
do
séc.
XIX
houve
superprodução e o preço caiu. Com a crise
de 1929 e a continuada superprodução se
instalou a pior crise da cafeicultura
brasileira.
O Brasil adotou a partir de 1960 a
política de erradicação de cafeeiros antieconômicos,
estimulando
o
desenvolvimento da policultura.
A cafeicultura gerou o desenvolvimento
de infra-estrutura de transporte e de
capitais, além de ter incentivado o
povoamento e a formação de um mercado
interno.
Esse
desenvolvimento
foi
fundamental para que o espaço continuasse
a ser produzido e reconstruído.
A integração econômica territorial do
Brasil ou a organização de um espaço
nacional interligado só ocorreu de fato com
a industrialização, iniciada na década de
1930 e consolidada a partir da década de
1950.
A economia global dos últimos anos foi
marcada pelo desenvolvimento de um
mercado cada vez mais globalizado. A
década de 1970 foi fundamental, em virtude
da grave crise do capitalismo deflagrada
pelo aumento do preço do petróleo.A
aceleração tecnológica, marcada pela
descoberta de novas tecnologias e novos
materiais, mostrou ser uma eficiente
resposta à crise.
A partir dos anos de 1980, a palavra
de ordem da nova fase do capitalismo
passou a ser a competitividade. A formação
de mercados comuns rompia as barreiras
externas representadas pelas fronteiras
nacionais.
A partir dos anos 1990 as práticas
típicas do capitalismo monopolista (de
Estado) começaram a ser abandonadas,
seguindo as tendências da política
neoliberal: privatizações, eliminação dos
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Isso fez com que o Brasil se tornasse a
sétima maior economia do mundo em 2010
segundo o FMI, e o Banco Mundial, e a
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Da cafeicultura ao Brasil urbano industrial

  • 2. Da cafeicultura ao Brasil urbano-industrial
  • 3. O café é originário da Abissínia (atual Etiópia), depois foi para Pérsia ( atual Irã) e chegou até os árabes que a partir do século XV o difundiram.
  • 4. No século XVII os franceses levaram o café para suas colônias na América. Os norte-amercianos substituíram o chá pelo café a partir de 1776, quando iniciou a guerra pela independência. No Brasil, o café chegou em 1727, em Belém do Pará, pelas mãos de um sargento que voltava de missão da Guiana Francesa.
  • 5. Na primeira metade do século XVIII o café era cultivado no Maranhão, em 1770 na Bahia e em seguida no Rio de Janeiro. A cafeicultura enveredou pelo vale do Paraíba, aproximadamente, em 1790 ocupando as vertentes das serras e devastando a Mata Atlântica.
  • 6. O trabalho de desmatamento, limpeza de terreno, queimada, plantio, trato, colheita, secagem, beneficiamento, etc., era realizado pela população escravizada. A necessidade de mão-de-obra era tanta que, segundo Celso Furtado, cerca de mais de 750 mil escravos africanos foram trazidos ao Brasil na primeira metade do séc. XIX.
  • 7. Do Vale do Paraíba a cafeicultura se espalhou para o restante de São Paulo e encontrou no planalto ocidental manchas de terra roxa de grande fertilidade.
  • 8. No princípio a madeira do desmatamento era toda queimada, posteriormente passou a ser usada na construção das ferrovias, na construção civil e na produção de móveis. A expansão do café em direção a depressão periférica paulista e principalmente em direção ao planalto central só foi possível graças a expansão ferroviária.
  • 9. Depois da independência do Brasil (1822) a Inglaterra passou a pressionar o Brasil para por fim ao tráfico de escravos, com isso o Brasil passou a incentivar a entrada de imigrantes, na maioria italianos. Entre 1887 e 1897, entraram no Brasil 1,3 milhões, dirigindo-se a maioria para a frente do café.
  • 10. É possível afirmar que o café constituiu o principal fator responsável pelo impulso do desenvolvimento capitalista no Brasil e da produção do espaço geográfico no sudeste neste período.
  • 11. Por que podemos nos referir desta maneira ao café?
  • 12. Estimulou a imigração estrangeira; Consolidou as relações assalariadas de trabalho em substituição as relações escravistas fortalecendo o desenvolvimento do modo de produção capitalista no Brasil; Levou a implantação de um sistema ferroviário permitindo articulação e integração espacial (RJ, SP, MG, PR);
  • 13. Possibilitou o desenvolvimento de bancos, casas comerciais, etc. Criou as bases financeiras para o desenvolvimento industrial do Brasil; Estimulou o crescimento urbano. São Paulo tornou-se o centro econômico e financeiro do país. Os grandes barões do café e os pecuaristas mineiros dominaram a política nacional até 1930.
  • 14. Para os habitantes de São Paulo, as vias férreas assumiram tanta importância que se tornaram pontos de referência para se situar ou se deslocar no espaço paulista. Diferente dos gaúchos ou nordestinos que usam aspectos da natureza como referencial.
  • 15. A partir de 1956, com o desenvolvimento rodoviário as ferrovias perderam o papel de estimuladores do povoamento e da criação de cidades, bem como de referenciais do espaço.
  • 16. É importante salientar que as ferrovias NÃO realizaram efetivamente a integração nacional e inter-regional; No fim do séc. XIX houve superprodução e o preço caiu. Com a crise de 1929 e a continuada superprodução se instalou a pior crise da cafeicultura brasileira.
  • 17. O Brasil adotou a partir de 1960 a política de erradicação de cafeeiros antieconômicos, estimulando o desenvolvimento da policultura. A cafeicultura gerou o desenvolvimento de infra-estrutura de transporte e de capitais, além de ter incentivado o povoamento e a formação de um mercado interno. Esse desenvolvimento foi fundamental para que o espaço continuasse a ser produzido e reconstruído.
  • 18. A integração econômica territorial do Brasil ou a organização de um espaço nacional interligado só ocorreu de fato com a industrialização, iniciada na década de 1930 e consolidada a partir da década de 1950.
  • 19. A economia global dos últimos anos foi marcada pelo desenvolvimento de um mercado cada vez mais globalizado. A década de 1970 foi fundamental, em virtude da grave crise do capitalismo deflagrada pelo aumento do preço do petróleo.A aceleração tecnológica, marcada pela descoberta de novas tecnologias e novos materiais, mostrou ser uma eficiente resposta à crise.
  • 20. A partir dos anos de 1980, a palavra de ordem da nova fase do capitalismo passou a ser a competitividade. A formação de mercados comuns rompia as barreiras externas representadas pelas fronteiras nacionais.
  • 21. A partir dos anos 1990 as práticas típicas do capitalismo monopolista (de Estado) começaram a ser abandonadas, seguindo as tendências da política neoliberal: privatizações, eliminação dos monopólios estatais, atração de investimentos externos, entre outros.
  • 22. Isso fez com que o Brasil se tornasse a sétima maior economia do mundo em 2010 segundo o FMI, e o Banco Mundial, e a segunda maior do continente americano, atrás apenas dos Estados Unidos.
  • 23. O Brasil desenvolve projetos que vão desde submarinos a aeronaves (a Embraer é a terceira maior empresa que produz aviões no mundo) e está envolvido na pesquisa espacial: o país possui um centro de lançamento de satélites e foi o único país do Hemisfério Sul a integrar a equipe responsável pela construção do Estação Espacial Internacional (EEI). É também o pioneiro em muitos outros campos econômicos, incluindo a produção de etanol.