O documento descreve a economia escravista no Brasil Imperial, com foco na produção de café utilizando mão de obra escrava. Detalha a procedência dos africanos escravizados, as técnicas de produção cafeeira, e o início do declínio da escravidão com a imigração e o combate ao tráfico de escravos.
2. Império Escravista, Brasil Africano
• Procedência dos africanos escravizados
H.CARLS;LUIZSCHLAPPRIZ(GRAVADOR).VISTADOPATEODA
PENHA(MERCADODEVERDURAS).C.1863/ACERVOINSTITUTO
MOREIRASALLES
• A escravidão podia ser vista também nos espaços públicos, como nas ruas e nas
praças das grandes cidades. A imagem representa o Pátio da Penha (mercado de
verduras), em Recife, Pernambuco, em 1863. Os pintores, quase sempre
estrangeiros, não tinham como saber se as pessoas que trabalhavam nas ruas
eram escravas ou libertas (alforriadas); quase sempre eles as identificavam como
escravas. Muitos trabalhadores eram escravos de ganho, realmente, mas uma
grande parte era liberta e trabalhava nas mesmas atividades dos escravos, em
áreas urbanas, como na venda a varejo de alimentos, lenha, piaçaba etc. Acervo
Instituto Moreira Salles.
• Reinos de Guiné e Benim
• Congo e Angola
• Moçambique
• A compra de escravos
obedecia a uma lógica de
favorecer o conflito entre
eles e a desunião – tática
para evitar revoltas
3. Império Escravista, Brasil Africano
• Combate ao tráfico negreiro
THE BRIDGEMAN ART LIBRARY/KEYSTONE BRASIL
• Nesta imagem (1791), publicada na Inglaterra por James
Gilbray, um senhor joga uma escrava em um tacho
fervendo com caldo de cana-de-açúcar. Outras caricaturas
do mesmo autor funcionaram como propaganda
antiescravista. New College, Universidade de Oxford,
Oxford, Grã-Bretanha.
• Inglaterra – combate ao tráfico negreiro
• Motivos
• Aumento de mercado consumidor em potencial no
Brasil
• Movimentos abolicionistas ingleses (clubes
abolicionistas)
• Bill Aberdeen – proibição do tráfico negreiro no
Atlântico
• Navios ingleses poderiam tomar navios negreiros
não importando sua nacionalidade
• Golpe duro sobre a escravidão no Brasil
4. Império Escravista, Brasil Africano
• O Fim do Tráfico no Brasil
• Tratados de 1810
• Brasil se comprometia a acabar com o tráfico
negreiro em até 20 anos
• Lei de 1831
• novas leis para coibir o tráfico negreiro (“Lei para
Inglês Ver”)
• 1845 – Bill Aberdeen
• mais duro golpe sobre a escravidão brasileira
• 1850 – Lei Eusébio de Queiroz
• proibia o tráfico negreiro para o Brasil
5. Apogeu e Crise da Economia Escravista
PAULHARRO-HARRING.C.1840/ACERVOINSTITUTOMOREIRASALLES.
• Cenas como essa – negros carregando sacas de café – passaram a ser comuns nos dois
principais portos: o do Rio de Janeiro e o de Santos, na província de São Paulo. Foi o
trabalho do negro escravizado que permitiu ao Brasil se tornar o principal exportador
de café do mundo no século XIX. Cena da rua Direita, pintura do artista dinamarquês
Paul Harro-Harring, c. 1840.
• Reinado de D. Pedro II (1840-
1889)
• Alternância no poder entre
Liberais e Conservadores –
“Farinha do mesmo saco”
• Manutenção da aliança com as
elites agrárias
• Manutenção da escravidão
6. Apogeu e Crise da Economia Escravista
• A produção cafeeira
MARC FERREZ. C. 1885/ACERVO INSTITUTO MOREIRA SALLES
• A mão de obra escrava estava presente em todas as etapas da produção do café. Na
fotografia de Marc Ferrez, de cerca de 1885, escravos são mostrados voltando da
colheita e espalhando os grãos para a secagem no terreiro. Era comum crianças
acompanharem os pais tanto na colheita, ajudando a colher o café dos galhos mais
baixos dos arbustos, quanto na secagem, como se vê na fotografia que está localizada
no Instituto Moreira Salles, na cidade de São Paulo.
• Vale do Paraíba
• Uso da mão de obra escrava
• Técnicas arcaicas de produção
• Oeste Paulista
• Uso de mão de obra livre
(imigrantes italianos e espanhóis)
• Técnicas modernas de produção
• Novo polo econômico: São Paulo
7. Apogeu e Crise da Economia Escravista
• Os imigrantes
AUTORIA DESCONHECIDA. C. 1941
• Fotografia da fazenda de Ibicaba, do senador
Vergueiro, no município de Limeira, São Paulo.
Coleção particular.
• Conflitos entre imigrantes e senhores de
terras
• Tratamento do imigrante tal qual um
escravo
• Sistema de Parceria – praticamente um
sistema de escravidão por dívidas
• Imigrantes migram para as cidades ou
continuam no campo como assalariados
• Mão de obra imigrante fazia parte de
uma política de braqueamento da nação
8. Apogeu e Crise da Economia Escravista
• A Era Mauá
SÉBASTIEN AUGUSTE SISSON. SÉCULO XIX.
• Cerimônia de inauguração da Imperial Companhia de Navegação a Vapor
e Estrada de Ferro de Petrópolis, por Irineu Evangelista de Souza (futuro
Barão de Mauá), em 30 de abril de 1854. Desenho de Sisson, em O Brasil
illustrado. Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, RJ.
• Barão de Mauá – incentivo à industrialização
brasileira
• Criação de bancos (Banco Mauá)
• Criação de ferrovias
• Companhias de transporte municipal (bondes)
• Fornecimento de gás para iluminação pública
• Capital provinha da Inglaterra e dos
cafeicultores – diversificação de investimentos