Cabo Verde é um arquipélago africano constituído por 10 ilhas de origem vulcânica localizado no Oceano Atlântico. A maioria da população é católica e fala o português e o crioulo cabo-verdiano. A cultura de Cabo Verde é uma mistura de elementos europeus e africanos, destacando-se a música, especialmente a morna, e escritores como Manuel Lopes e Corsino Fortes.
2. Sobre o país
Cabo Verde, oficialmente República de Cabo Verde, é um
país insular africano e um arquipélago de origem
vulcânica constituído por dez ilhas. Está localizado no
Oceano Atlântico, 640 km a oeste de Dacar, no Senegal.
A capital de Cabo Verde é a cidade da Praia na Ilha de
Santiago que, juntamente com o Mindelo, na Ilha de São
Vicente, são as duas cidades principais do País. Até
2005, Cabo Verde contava com 17 concelhos. No
primeiro semestre de 2005, foi aprovada pela Assembleia
Nacional cabo-verdiana a constituição de cinco novos
concelhos, resultando nos actuais 22
concelhos, distribuídos pelas 9 ilhas . Cabo Verde está
localizado na zona sub-saheliana, com um clima árido ou
semi-árido. O oceano e os ventos alíseos moderam a
temperatura. A média anual raramente é superior a 25 °C
e não desce abaixo dos 20 °C.
3. Religião
Os cabo-verdianos são, na sua maioria, católicos
(mais de 90 por cento). Outras denominações cristãs
também estão implantadas em Cabo Verde, com
destaque para os protestantes da Igreja do
Nazareno e da Igreja Adventista do Sétimo
Dia, assim como a Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias (Mórmons), a Congregação Cristã
em Cabo Verde, Assembleia de Deus, Testemunhas
de Jeová e outros grupos pentecostais e adventista.
Há pequenas minorias muçulmanas e da Fé Bahá'í.
A Igreja Universal do Reino de Deus também tem
seguidores em Cabo Verde. A liberdade de religião é
garantida pela Constituição e respeitada pelo
governo. Há boas relações entre as diversas
confissões religiosas.
4. Língua
A língua oficial é o português, usada nas escolas, na administração
pública, na imprensa e nas publicações. A língua nacional de Cabo
Verde, a língua do povo, é o crioulo cabo-verdiano (o criol ou
kriolu). Cabo Verde é formado por dez ilhas e cada uma tem um
crioulo diferente. O crioulo está oficialmente em processo de
normalização (criação duma norma) e discute-se a sua adopção
como segunda língua oficial, ao lado do português.
Cabo Verde é membro da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa.
Cabo Verde é país-sede de um organismo da Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa, o Instituto Internacional da Língua
Portuguesa.
O francês e o inglês são leccionados no ensino secundário.
Existe uma comunidade de imigrantes senegaleses, especialmente
na ilha do Sal, que fala também o francês.
Nos últimos anos, constituiu-se, principalmente na cidade da
Praia, uma comunidade de imigrantes nigerianos que fala o inglês.
5. Cultura
Em todos os seus aspectos, a
cultura de Cabo Verde caracteriza-
se por uma miscigenação de
elementos europeus e africanos.
Não se trata de um somatório de
duas culturas, convivendo lado a
lado, mas sim, um terceiro produto,
totalmente novo, resultante de um
intercâmbio que começou há
quinhentos anos.
6. Musica
Na música, há diversos géneros
musicais próprios, dos quais se
destacam a morna, o funaná, a
coladeira e o batuque. Cesária Évora foi
a cantora cabo-verdiana mais
conhecida no mundo, conhecida como
a "diva dos pés descalços", pois
gostava de se apresentar no palco
assim.
7. Dança
Os tipos de danças tradicionais são:
Morna, o funaná, a coladeira e o
batuque e mazurca.
9. Manuel Lopes
Manuel Lopes nasceu em São Vicente, em 1907. A obra de
Manuel Lopes estende-se pelo romance, conto e ensaio.
Chuva Braba, foi o seu primeiro romance, datado de
1956, que recebeu o Prémio Fernão Mendes Pinto, tendo
igualmente recebido, em 1959, o Prémio Meio Milénio do
Achamento das Ilhas de Cabo Verde com o romance Os
Flagelos do Vento Leste, posteriormente adaptado ao cinema
e no mesmo ano novamente o Prémio Fernão Mendes Pinto
com a obra O Galo Que Cantou na Baía (e outros contos
cabo-verdianos).
Manuel Lopes é um dos escritores mais conhecidos de Cabo
Verde, utiliza nas suas obras expressões em crioulo, embora
escreva os seus textos em português. A sua obra estende-se
pela poesia, ensaio, romance e conto, dedicando-se também
à pintura.
Colaborou com produções suas em diversas
publicações, nomeadamente Claridade, Atlântico, Notícias de
Cabo Verde, Renascimento, entre outras. Foi co-fundador
da revista Claridade, em 1936. Encontra-se também
representado em diversas antologias.
10. Poema de quem ficou
Eu não te quero mal
por esse orgulho que tu trazes;
por esse teu ar de triunfo iluminado
com que voltas…
… O mundo não é maior
que a pupila dos teus olhos:
tem a grandeza
da tua inquietação e das tuas revoltas.
… Que teu irmão que ficou
sonhou coisas maiores ainda,
mais belas que aquelas que conheceste…
Crispou as mãos à beira do mar
e teve saudades estranhas, de terras estranhas,
com bosques, com rios, com outras montanhas
– bosques de névoa, rios de prata, montanhas de oiro–
que nunca viram teus olhos
no mundo que percorreste…
11.
12. Corsino Fortes
PÃO & FONEMA
É
o primeiro livro de Corsino Fortes publicado em 1973 e
que mais tarde foi integrado na trilogia "A Cabeça Calva
de Deus", editada por Publicações D. Quixote, 2001, que
incorpora também "Árvore & Tambor" e "Pedras de Sol &
Substância", procura, emblemática e teluricamente,
expressar esta luta titânica de afirmação do homem cabo-
verdiano, entre a secura do céu e a cabeça calva da ilha.
A geração da Claridade lançou os alicerces da nova
poesia que depois é continuada pelos escritores pelos
escritores que colaboram em outras duas publicações, a
Certeza (1944) e o Suplemento Cultural (1958). A
geração da Claridade influenciou, e continua a influenciar,
grande parte da produção poética e ficcionista de Cabo
Verde.
13.
14. Semelhanças
As relações entre Brasil e Cabo Verde
referem-se às relações bilaterais entre a
República Federativa do Brasil e a
República de Cabo Verde,
estabelecidas em 1975, após a
independência do país africano.1 Os
dois países mantém importantes laços
históricos e culturais devido ao idioma
em comum e por terem sido parte do
Império Português.