1) Camponeses e pastores fundaram Roma no século VIII a.C., que se tornou o centro do mundo antigo e construiu um vasto império;
2) Os romanos desenvolveram uma sofisticada estrutura estatal e difundiram sua cultura, influenciando a história ocidental;
3) Após séculos de expansão e esplendor, o Império Romano entrou em declínio devido a fatores econômicos, sociais e militares, culminando na divisão entre Oriente e Ocidente.
2. Camponeses e pastores que habitavam a Itália no século
VIII a.C. fundaram uma cidade que se tornaria o centro do
mundo antigo: Roma. Eles certamente não sabiam desse
destino glorioso. Mas a verdade é que, a partir do solo
romano, surgiu um povo que dominou o mundo, construindo
o Império Romano. Para consolidar sua dominação, os
romanos desenvolveram uma complexa “máquina estatal”,
responsável por grandes contribuições no setor
administrativo, militar, legislativo e jurídico. Além disso,
difundiram um modo de vida que influenciou profundamente
toda a história ocidental até nossos dias. Talvez por isso,
ainda hoje, costuma-se dizer que “todos os caminhos levam
a Roma”.
3.
4. >A Itália ocupa uma posição central no mar Mediterrâneo; além do fato
ser banhado pelos mares Adriático, Jônico e Tirreno. Seu território
constitui uma espécie de ponte inacabada entre a Europa e a África
Mediterrânea. Outro aspecto importante é a existência de dois grandes
rios na parte Norte (Tibre e Pó).
Podemos dividir a Itália Antiga em quatro regiões básicas:
•Itália do Norte – estende-se dos Alpes até o rio Tibre.
•Itália do Sul – compreende as regiões de Reggio e Crotona.
•Itália Central – onde está situada a cidade de Roma.
•Itália Insular – compreende a parte das ilhas, entre as quais
destacam-se Sicília, Sardenha e Córsega. Região conhecida como
Magna Grécia, uma fez que foram colonizadas pelos gregos.
> Entre os principais povos que ocuparam a península itálica,
destacaram-se: italiotas(originários da Europa Central e subdividiramse em latinos, volcos, équos, sabinos, samnitas etc.), etruscos(origem
incerta, ocuparam a região do rio Pó e influenciaram a formação dos
romanos) e os gregos (ocuparam a Magna Grécia e influenciaram
profundamente a cultura romana).
5. O NASCIMENTO DE ROMA
>Existem duas teorias para explicar o nascimento de Roma:
I- Lendária – ligada a lenda da loba e os dois gêmeos: Rômulo e
Remo ( sendo que Rômulo matou Remo)
II- Científica – o nascimento de Roma está ligado aos povos
sabinos e latinos (povos agricultores) que fundaram povoações que
deram origem a Roma Antiga.
HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO ROMANA
> A longa história de Roma costuma-se ser dividida em três
grandes períodos: Monarquia, República e Império.
I – PERÍODO DA MONARQUIA (753-509 a.C)– encontramos
nesse período também os genos como célula fundamental da
sociedade. Esse período marca a influência dos etruscos e
gregos. Seu estudo é feito com base em pesquisas arqueológicas
e na interpretação de lendas e tradições, assim como na
obra(epopéia) do poeta Virgílio, denominada “Eneida”.
6. ESTRUTURA POLÍTICA DO PERÍODO MONÁRQUICO
Na Monarquia, Roma era governada por um rei, pelo Senado e pela
Assembleia Curial.
•Rei – chefe militar e religioso, além de juiz. Era fiscalizado pelo
Senado e pela Assembleia Curial. Os últimos reis eram etruscos.
•Senado – era um conselho formado pelos cidadãos mais idosos,
responsáveis pela chefia dos genos. Suas principais funções eram
propor novas leis e fiscalizar as ações do rei.
•Assembleia Curial – compunha-se de cidadãos (homens em
condições de servir o exército) agrupados em cúrias (conjunto de dez
clãs). Elegiam os altos funcionários e aprovava ou rejeitava leis.
ESTRUTURA SOCIAL
7. Esses grupos determinariam as principais lutas de classes da
história de Roma.
•Patrícios – descendentes do Pater (pai). Eram considerados os
verdadeiros cidadãos romanos. Ocupavam os altos cargos públicos e
comandavam os exércitos. Os patrícios eram os detentores de
grandes propriedades de terra e de gado.
•Clientes – eram homens livres, em sua maioria estrangeiros, que
pertenciam à plebe. Prestavam serviços aos patrícios. Não possuíam
direitos políticos.
•Plebeus – eram a maioria e não eram considerados cidadãos e nem
ocupavam cargos públicos. Era livre para possuir terras e exercer
atividades comerciais. Pagavam impostos e serviam ao exército.
•Escravos – eram prisioneiros de guerra e não eram considerados
pessoas, distinguiam dos demais animais por serem mais úteis.
Realizavam as mais variadas atividades.
> O fim da Monarquia deu-se a partir de uma revolta aristocrática
liderada pelos patrícios e membros do Senado que derrubaram o
último rei etrusco (Tarquínio) e estabeleceram a República.
II – PERÍODO REPUBLICANO (509-31 a.C) – esse período Roma
desenvolveu suas instituições sociais e econômicas, expandiu-se
8. e tornou-se “Senhora do Mundo Antigo”. Esse período também marcou o
domínio romano sobre o mar Mediterrâneo através das Guerras Púnicas,
esplendor da Civilização Romana, conflitos de classes, domínio da
Macedônio e Grécia, assim como conquistas sociais e políticas dos
plebeus e o estabelecimento de uma nova estrutura política.
ESTRUTURA POLÍTICA NA REPÚBLICA
A estrutura política desse período estava inicialmente sob o controle
total dos patrícios e eram formada pelas seguintes instituições:
•Senado – compunha-se de 300 membros escolhidos entre os mais
destacados cidadãos romanos, com cargo vitalício, ocupavam da
administração, finanças, declaração de guerra ou de paz.
•Assembléia dos Cidadãos – formada por três comícios(Curial,
Centurial e Tribal). Elegiam os magistrados e aprovavam ou não as leis
romanas que estavam longe de refletir as aspirações do povo.
•Magistrados – compostos por: dois Cônsules (representavam os cargos
máximo da magistratura. Comandavam o exército, dirigia o Estado e
convocava o Senado), Pretores (administravam a justiça), Censores
(responsáveis pelo recenseamento e vigilância dos costumes), Edis
(abastecimento, policiamento e manutenção), Questores (finanças
públicas e impostos) e Ditador (eleito em ocasiões excepcionais).
9. Esse período foi marcado por várias rebeliões e lutas de classes
envolvendo homens livres X escravos; assim como envolvendo ricos X
pobres (Patrícios e Plebeus). Dentre essas lutas envolvendo patrícios e
plebeus, merecem destaques as ocorridas a partir de 494 a.C que
possibilitaram aos plebeus (depois de se recusarem a servirem ao
exército) várias conquistas, tais como:
. A criação de um Comício da Plebe – presidido por Tribunos da Plebe
que possuíam poderes de magistrados e que eram considerados
inviolável em suas funções. Dentre esses, destacaram-se os irmãos
Graco (Tibério e Caio que na tentativa de melhorarem a situação de
miséria de muitos plebeus elaboraram: Lei Agrária e Lei Frumental que
concedia pão mais barato para o povo. Ambos acabaram assassinados)
. Lei das Doze Tábuas – leis escritas que serviam para patrícios e
plebeus. Isso permitiu evitar arbitrariedade dos patrícios.
. Lei Canuléia – autorizava o casamento entre patrícios e plebeus.
. Eleição de plebeus para os cargos de magistrados
. Fim da escravização por dívidas – os que já eram escravos antes
dessa lei, continuaram escravos.
> A expansão militar romana durante o Período Republicano foi
verdadeiramente notável. Primeiro deu-se o domínio da península Itálica,
10. mais tarde, tiveram início as guerras contra Cartago (Guerras Púnicas).
Depois, veio a expansão romana por diversas regiões do mundo Antigo
na Europa, África Mediterrânea e parte considerável da Ásia.
11. Guerras Púnicas (264 a 146 a.C) envolveram os romanos e os
cartigineses (denominados púnicos e que viviam no norte da África e eram
comerciantes) pelo controle do mar Mediterrâneo. Ao final, os romanos
foram vitoriosos e tornaram o Mediterrâneo um mar romano.
Consequências das Guerras Púnicas: surgimento da classe dos cavaleiros
(ligados ao comércio), luxo, requinte e intercâmbio cultural, riquezas para
os patrícios(escravos e latifúndios, já que toda a riqueza e terras
conquistadas ficavam com os patrícios), conflitos sociais entre patrícios e
plebeus e lutas pelo poder que ocasionaram o fim da República (que tive
como fatores: disputas internas que deram origem aos 1º. e 2º.
Triunviratos e divisão do poder) e que, consequentemente, possibilitou
Otávio a assumir o poder e estabelecer o Império Romano.
III – PERÍODO IMPERIAL (27 a.C – 476 d.C) – período de
aproximadamente cinco séculos em que, depois de atingir sua fase de
glória, Roma enfrentou inúmeros problemas internos e externos. A
combinação desses problemas determinou a decadência da civilização
romana.
> Sem romper formalmente com o regime republicano, Otávio foi
concentrando em suas mãos um conjunto extraordinário de títulos e de
poderes: Augusto, Princeps, Imperator, Pater patriae, Pontifex maximus.
12. Com a soma de tantos poderes, Augusto tornou-se, em termos
concretos, o rei absoluto de Roma, embora não assumisse oficialmente
o título de rei. Porém, disfarçava-se uma monarquia de fato com o manto
das instituições republicanas deformadas.
Durante seu longo governo, Otávio Augusto promoveu uma série de
reformas sociais, inaugurando um período de prosperidade
socioeconômica. No plano administrativo estabeleceu dois tipos de
províncias: Senatoriais (regiões pacificadas sob o comando de
senadores habilitados) e Imperiais (regiões com maior instabilidade
social, sob o comando de governadores). No plano político procurou
combater a corrupção dos altos funcionários e profissionalizou o soldado
romano e começou a lhe pagar um salário. Procurou construir um
Estado forte, que manteve as desigualdades sociais entre as classes
sociais. A hierarquia das classes era definida segundo o critério da
origem familiar (nascimento) e da riqueza pessoal. Tudo isso contribuiu
para a chamada Pax Romana e da prosperidade de Augusto.
Após a morte de Augusto, sucederam-se quatro dinastias de
imperadores, dentro do período do esplendor de Roma, conhecido como
Alto Império. Terminado esse período, teve início o Baixo Império, fase
turbulenta que marcou a decadência romana (235 a 476).
13.
14. A DECADÊNCIA E A QUEDA DOS ROMANOS
Ao atingir o ponto máximo de sua expansão territorial, o Império
Romana também alcançou o ponto culminante de suas contradições,
que acionariam o processo de decadência.
São muitas as causas que podem ser apontadas para explicar a crise
de decadência do Império Romano. Entre elas:
. Crise econômica - ocasionada pelo déficit público, decadência da mão
de obra escrava e produção alimentar insuficiente.
. Insubordinação militar e corrupções administrativas
. Lutas de classes e tensões populares
. Disputas pelo poder e divisão do poder – (1º. em Alto Império e Baixo
Império, depois em Império Romano do Oriente (deu origem à
Civilização Bizantina) e Império Romano do Ocidente (Roma).
. Crescimento do Cristianismo
. Invasão dos bárbaros