Sugestões para trabalhar a cultura africana na educação
1. Sugestões para
trabalhar a
cultura africana
na Educação
Infantil
2. • Rodas de conversa: Reunir as crianças em
uma roda abre espaço para conhecê-las
melhor. Para entender as relações de
preconceito e identidade, vale a pena
apresentar revistas, jornais e livros para
que as crianças se reconheçam (ou não)
no material exposto. A roda é o lugar de
propor projetos, discutir problemas e
encontrar soluções. Também é o melhor
espaço para debater os conflitos gerados
por preconceitos quando eles ocorrerem.
Nessa hora, não tema a conversa franca e
o diálogo aberto.
3. • Vídeos e Contos: A contação de
histórias merece lugar de destaque
na sala de aula. Ela é o veículo com
o qual as crianças podem entrar em
contato com um universo de lendas e
mitos e enriquecer o repertório.
Textos e imagens que valorizam o
respeito às diferenças são sempre
muito bem vindos.
4. • Bonecos negros: As crianças criam
laços com esses brinquedos e se
reconhecem. É interessante associar
esses bonecos ao cotidiano da escola
e das próprias crianças, que podem
se revezar para levá-los para casa. A
presença de bonecos negros é sinal
de que a escola reconhece a
diversidade da sociedade brasileira.
5. • Toque: mexer nos cabelos e trocar
pequenos carinhos é uma forma de
cuidar das crianças e romper
possíveis barreiras de preconceitos.
O trabalho com o cabelo abre
caminho para estudar tamanho,
textura, cor e permite aprender que
não existe cabelo ruim, só estilos
diferentes.
6. • Comida: pesquisar a história de
alimentos de origem africana é um
jeito de valorizar a cultura dos afro-
descendentes. Melhor ainda se
houver degustação, com o apoio da
comunidade. As aulas de culinária
são momentos ricos para enfocar as
heranças culturais dos vários grupos
que compõem a sociedade brasileira.
7. • Música e Artes Plásticas: A música
desenvolve o senso crítico e prepara
para outras atividades. Conhecer
músicas em diferentes línguas e de
diferentes origens, é um bom
caminho para estimular o respeito
pelos diversos grupos humanos. E
isso se aplica a todas as formas de
Arte.
• Fonte: Como trabalhar as relações
raciais na pré-escola de Débora
Menezes.
8. • Durante o período em que frequentam a
creche ou a pré-escola, as crianças estão
construindo suas identidades. Por isso,
desde os primeiros anos de escolaridade,
os alunos já precisam entender que são
diferentes uns dos outros e que essa
diversidade decorre de uma ideia de
complementaridade. “É função do
educador ajudar as crianças a lidar com
elas mesmas e fortalecer a formação de
suas próprias identidades”, explica Clélia
Cortez, Coordenadora do Programa
Formar em Rede do Instituto Avisa Lá e
selecionadora do Prêmio Victor Civita. “Ele
deve atuar como um verdadeiro agente de
promoção da diversidade”, diz.
9. • Para que isso aconteça, a creche precisa
ser transformada em um ambiente de
aprendizagem da diversidade étnico-racial,
que estimule os pequenos a buscar suas
próprias histórias e a conhecer as origens
dos colegas. “Estimular a participação das
crianças em atividades que envolvam
brincadeiras, jogos e canções que
remetam às tradições culturais de suas
comunidades e de outros grupos são boas
estratégias”, diz Clélia.
10. • Segundo a educadora, a organização dos
espaços também deve valorizar a
diversidade. Ações simples como pendurar
imagens de personagens negros nas
paredes, adquirir alguns livros com
personagens de origens africanas, ter
bonecos negros na brinquedoteca e passar
filmes infantis com personagens negros
para as crianças podem ajudar na
formação de cidadãos mais conscientes e
agentes no combate ao preconceito.
• Fonte: A história da África em sala de
Daniele Pechi.
11. • Reúna a turma em círculo para ouvir
você ler histórias que tratem da
diversidade e valorizem o respeito à
diferença. Peça que todos
comentem. A roda de conversa pode
ser aproveitada para debater
eventuais conflitos gerados por
preconceitos.
12. • Convide os pais para fazer, junto com os
filhos, uma oficina de bonecos negros.
Ofereça o material necessário. Depois de
prontos, deixe-os à disposição na sala
para as brincadeiras ou organize um
revezamento para que as crianças possam
levá-los para casa. As crianças criam laços
com esses objetos e se reconhecem neles.
• Fonte: Não ao preconceito de Lucimar
Rosa Dias e Waldete Tristão Farias
Oliveira.