SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 12
A construção da
     identidade
As alterações próprias da adolescência são
universais, pois são vividas por todos os
rapazes e raparigas em qualquer parte do
mundo.
Em muitas culturas a fase da adolescência
é encarada como etapa de preparação para
o futuro e para o seu papel no mundo dos
adultos.
Essa passagem é facilitada pela
organização de uma série de
rituais em que os adolescentes se
confrontam com situações
inesperadas, no sentido de porem
à prova a sua coragem, a sua
astúcia, os seus limites.
Os rituais de iniciação são
cerimónias (actos, provas) que,
solenemente e aos olhos de
todos, introduzem o adolescente
na vida comunitária, social e
simbólica do grupo, da
comunidade. Ele passará a ser
adulto, mas antes terá de
mostrar a sua coragem,
perseverança e sentido de
responsabilidade.
Na sociedade ocidental moderna os ritos de iniciação ou não
existem ou não são tão evidentes como noutras sociedades.
Mas todo o adolescente quer, à sua maneira, fazer este processo de
afirmação do seu ser adulto.
Fá-lo normalmente através de infracções às regras estabelecidas ou
pelo menos através da assunção de outros papéis: começa a fumar,
quer conduzir uma moto ou um carro, sai à noite com os amigos,
seduz e deixa-se seduzir... são, na sua opinião, uma prova de que
se tornou adulto.
Contudo, alguns destes rituais
podem ser perigosos; há que
avaliar se vale mesmo a pena
experimentar tudo!
Estimulado pela necessidade de
agradar, o adolescente parte à
conquista de um estilo original
voltando toda a sua atenção para as
roupas, para o cabelo e para
objectos que possam realçar a sua
personalidade (telemóvel,
tatuagem, piercing...).
Usam, por vezes, uma linguagem
secreta, sendo uma das formas que
encontram de excluírem o adulto e
de se sentirem seres à parte; isso
dá-lhes, por vezes, um ara de
conspiradores, satisfaz as suas
fantasias assim como o gosto pelo
mistério.
Nesta etapa, o
adolescente
prepara-se para
viver com maior
plenitude e
autonomia.
Até há pouco tempo,
o rapaz e a rapariga
dependiam em tudo
ou quase tudo dos
pais e agora,
começam a pensar e
a agir de forma
pessoal e afirmativa.

A procura da autonomia
O adolescente sabe
que ninguém pode
tomar o seu lugar
na procura de um
caminho pessoal.
Por isso, esforça-
se, engana-
se, volta a
tentar, na certeza
de que é único e
inimitável, destinad
o a viver de forma
original.
Numa espécie de furacão, que parece desordenar-
lhe todo o seu ser, vai descobrindo o seu Eu.
Irrompe a vontade de se afirmar a respeito de
tudo e de todos.
Para tornar mais evidente a sua aspiração a uma
maior independência do pensar e do agir, é levado
a uma posição crítica e contestatária nas relações
com os pais e professores.
Pais
                   Adolescentes


                                       Necessidade de
        Necessidade de
                                      educar e proteger
          afirmação
                                          os filhos

                   Conflito de interesses
                                           Diálogo
         Falta de diálogo
                                        Responsazação



  Submissão à
                            Revolta        Equilíbrio
vontade dos pais
A imprevisibilidade no
processo de crescimento
coloca-nos perante o medo e
o desejo: medo do
desconhecido e desejo de
realização.
Há pessoas que arriscam
muito pouco, protegendo-se,
assim, das incertezas e dos
imprevistos, mas reduzindo o
seu mundo a um espaço
mínimo e atrofiado.
Por outro lado, existem
pessoas que, vivendo em
situação de risco, estão
sempre numa tal instabilidade
que se sentem vazias ou
perdidas no seu mundo.


Identidade e risco
O risco faz parte do
crescimento. Tem como função
testar os limites, reajustar
fronteiras na construção e
afirmação da identidade.
A adolescência é a espantosa
oportunidade de se afirmarem
escolhas, de se realizarem
fantasias, de se ensaiarem
modalidades, de se explorarem
realidades.
A sabedoria do adolescente está
no facto de saber viver no
equilíbrio entre o risco
necessário para a construção do
futuro e o risco perigoso e
inútil.
Identidade e risco
A necessidade de pertença e a vontade de
ser aceite levam frequentemente à
utilização de estratégias tendo em vista à
conquista de um lugar entre os pares.
 Fazer-se passar por aquilo que não se é.
 Agir de forma fictícia.
 Ter uma obsessão doentia para atingir um
  ideal de beleza (bulimia, anorexia,
  praticas desportivas violentas, ingestão de
  substâncias proibidas).


Conquista da aceitação social

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

O jovem e a tecnologia
O jovem e a tecnologiaO jovem e a tecnologia
O jovem e a tecnologia
 
Identidade adolescente
Identidade adolescenteIdentidade adolescente
Identidade adolescente
 
Emoções
EmoçõesEmoções
Emoções
 
Identidade Pessoal e Socialização
Identidade Pessoal e SocializaçãoIdentidade Pessoal e Socialização
Identidade Pessoal e Socialização
 
Estereótipos, preconceitos e discriminação
Estereótipos, preconceitos e discriminaçãoEstereótipos, preconceitos e discriminação
Estereótipos, preconceitos e discriminação
 
Identidade Pessoal Personalidade
Identidade Pessoal   PersonalidadeIdentidade Pessoal   Personalidade
Identidade Pessoal Personalidade
 
Teorias do conhecimento
Teorias do conhecimentoTeorias do conhecimento
Teorias do conhecimento
 
Liberdade
LiberdadeLiberdade
Liberdade
 
Autoconhecimento
AutoconhecimentoAutoconhecimento
Autoconhecimento
 
AS EMOÇÕES
AS EMOÇÕESAS EMOÇÕES
AS EMOÇÕES
 
Preconceito e intolerência
Preconceito e intolerênciaPreconceito e intolerência
Preconceito e intolerência
 
Juventudes
Juventudes Juventudes
Juventudes
 
Ética moral e valores
Ética moral e valoresÉtica moral e valores
Ética moral e valores
 
Desinformação e noticias falsas
Desinformação e noticias falsasDesinformação e noticias falsas
Desinformação e noticias falsas
 
ETICA
ETICAETICA
ETICA
 
Autoconhecimento e projeto de vida
Autoconhecimento e projeto de vidaAutoconhecimento e projeto de vida
Autoconhecimento e projeto de vida
 
Psicologia do desenvolvimento
Psicologia do desenvolvimentoPsicologia do desenvolvimento
Psicologia do desenvolvimento
 
Existencialismo
ExistencialismoExistencialismo
Existencialismo
 
Freud e a Psicanálise
Freud e a PsicanáliseFreud e a Psicanálise
Freud e a Psicanálise
 
Power point estereótipos, preconceitos e discriminação.
Power point   estereótipos, preconceitos e discriminação.Power point   estereótipos, preconceitos e discriminação.
Power point estereótipos, preconceitos e discriminação.
 

Semelhante a case3

A construção da identidade
A construção da identidadeA construção da identidade
A construção da identidadeJosé Luiz Costa
 
Afirmação da Identidade Juvenil a partir dos Conselhos de Juventude
Afirmação da Identidade Juvenil a partir dos Conselhos de JuventudeAfirmação da Identidade Juvenil a partir dos Conselhos de Juventude
Afirmação da Identidade Juvenil a partir dos Conselhos de JuventudeAniervson Santos
 
"VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS" de uma professora da Educação Infantil - Beatriz...
"VIVÊNCIAS  E  EXPERIÊNCIAS" de uma professora da Educação Infantil - Beatriz..."VIVÊNCIAS  E  EXPERIÊNCIAS" de uma professora da Educação Infantil - Beatriz...
"VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS" de uma professora da Educação Infantil - Beatriz...Beatriz Dornelas
 
Cmei fotos atividades 1º semestre de 2009 por simone helen drumond
Cmei fotos atividades 1º semestre de 2009 por simone helen drumondCmei fotos atividades 1º semestre de 2009 por simone helen drumond
Cmei fotos atividades 1º semestre de 2009 por simone helen drumondSimoneHelenDrumond
 
Estádios de desenvolvimento de erikson
Estádios de desenvolvimento de eriksonEstádios de desenvolvimento de erikson
Estádios de desenvolvimento de eriksonmarco14cdc
 
DEIXA EU SER PIÁ! Processos criativos em uma criança tímida
DEIXA EU SER PIÁ! Processos criativos em uma criança tímidaDEIXA EU SER PIÁ! Processos criativos em uma criança tímida
DEIXA EU SER PIÁ! Processos criativos em uma criança tímidaThâmile Vidiz
 
Sindrome normal da adolescencia
Sindrome normal da adolescenciaSindrome normal da adolescencia
Sindrome normal da adolescenciaAline Stechitti
 
DEIXA EU SER PIÁ! Processo criativo de uma criança tímida
DEIXA EU SER PIÁ! Processo criativo de uma criança tímidaDEIXA EU SER PIÁ! Processo criativo de uma criança tímida
DEIXA EU SER PIÁ! Processo criativo de uma criança tímidapiaprograma
 
Artigo 2a23
Artigo 2a23Artigo 2a23
Artigo 2a23liviaa10
 
Erik erikson - Desenvolvimento Psicossocial
Erik erikson - Desenvolvimento PsicossocialErik erikson - Desenvolvimento Psicossocial
Erik erikson - Desenvolvimento Psicossocialmarta12l
 

Semelhante a case3 (20)

A construção da identidade
A construção da identidadeA construção da identidade
A construção da identidade
 
Afirmação da Identidade Juvenil a partir dos Conselhos de Juventude
Afirmação da Identidade Juvenil a partir dos Conselhos de JuventudeAfirmação da Identidade Juvenil a partir dos Conselhos de Juventude
Afirmação da Identidade Juvenil a partir dos Conselhos de Juventude
 
Adolescência
Adolescência Adolescência
Adolescência
 
"VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS" de uma professora da Educação Infantil - Beatriz...
"VIVÊNCIAS  E  EXPERIÊNCIAS" de uma professora da Educação Infantil - Beatriz..."VIVÊNCIAS  E  EXPERIÊNCIAS" de uma professora da Educação Infantil - Beatriz...
"VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS" de uma professora da Educação Infantil - Beatriz...
 
Adolescência
Adolescência  Adolescência
Adolescência
 
Cmei fotos atividades 1º semestre de 2009 por simone helen drumond
Cmei fotos atividades 1º semestre de 2009 por simone helen drumondCmei fotos atividades 1º semestre de 2009 por simone helen drumond
Cmei fotos atividades 1º semestre de 2009 por simone helen drumond
 
Modulo1 unid 2 web
Modulo1 unid 2 webModulo1 unid 2 web
Modulo1 unid 2 web
 
Estádios de desenvolvimento de erikson
Estádios de desenvolvimento de eriksonEstádios de desenvolvimento de erikson
Estádios de desenvolvimento de erikson
 
DEIXA EU SER PIÁ! Processos criativos em uma criança tímida
DEIXA EU SER PIÁ! Processos criativos em uma criança tímidaDEIXA EU SER PIÁ! Processos criativos em uma criança tímida
DEIXA EU SER PIÁ! Processos criativos em uma criança tímida
 
Palavrasmagicas
PalavrasmagicasPalavrasmagicas
Palavrasmagicas
 
Adolescencia
AdolescenciaAdolescencia
Adolescencia
 
Sindrome normal da adolescencia
Sindrome normal da adolescenciaSindrome normal da adolescencia
Sindrome normal da adolescencia
 
DEIXA EU SER PIÁ! Processo criativo de uma criança tímida
DEIXA EU SER PIÁ! Processo criativo de uma criança tímidaDEIXA EU SER PIÁ! Processo criativo de uma criança tímida
DEIXA EU SER PIÁ! Processo criativo de uma criança tímida
 
Educação infantil
Educação infantilEducação infantil
Educação infantil
 
Artigo 2a23
Artigo 2a23Artigo 2a23
Artigo 2a23
 
RCNEI resumo eixos 2014
RCNEI resumo eixos 2014RCNEI resumo eixos 2014
RCNEI resumo eixos 2014
 
TRANSUBSTANCIAÇÃO
TRANSUBSTANCIAÇÃOTRANSUBSTANCIAÇÃO
TRANSUBSTANCIAÇÃO
 
Erik erikson - Desenvolvimento Psicossocial
Erik erikson - Desenvolvimento PsicossocialErik erikson - Desenvolvimento Psicossocial
Erik erikson - Desenvolvimento Psicossocial
 
Adolescência
AdolescênciaAdolescência
Adolescência
 
Desenvolvimento da-criana-6 a 12anos vanessa
Desenvolvimento da-criana-6 a 12anos vanessaDesenvolvimento da-criana-6 a 12anos vanessa
Desenvolvimento da-criana-6 a 12anos vanessa
 

Mais de Nelson Ramalhoto (14)

Um dia um prisioneiro
Um dia um prisioneiroUm dia um prisioneiro
Um dia um prisioneiro
 
Lenda martinho
Lenda martinhoLenda martinho
Lenda martinho
 
Ficha de revisão
Ficha de revisãoFicha de revisão
Ficha de revisão
 
Ficha revisao
Ficha revisaoFicha revisao
Ficha revisao
 
Ficha revisao 6.º Ano
Ficha revisao 6.º AnoFicha revisao 6.º Ano
Ficha revisao 6.º Ano
 
Ficha revisão - 5.º Ano
Ficha revisão - 5.º AnoFicha revisão - 5.º Ano
Ficha revisão - 5.º Ano
 
Ficha revisao 7_ano_1_p_2015
Ficha revisao 7_ano_1_p_2015Ficha revisao 7_ano_1_p_2015
Ficha revisao 7_ano_1_p_2015
 
Trabalho final
Trabalho finalTrabalho final
Trabalho final
 
O Cisma do Oriente
O Cisma do OrienteO Cisma do Oriente
O Cisma do Oriente
 
Métodos de planeamento
Métodos de planeamentoMétodos de planeamento
Métodos de planeamento
 
Pe sanches
Pe sanchesPe sanches
Pe sanches
 
O Amor Na Arte
O Amor Na ArteO Amor Na Arte
O Amor Na Arte
 
Duvidasangustias
DuvidasangustiasDuvidasangustias
Duvidasangustias
 
Afinal O Que Se Passa Comigo I
Afinal O Que Se Passa Comigo IAfinal O Que Se Passa Comigo I
Afinal O Que Se Passa Comigo I
 

Último

CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumPatrícia de Sá Freire, PhD. Eng.
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 

Último (20)

CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 

case3

  • 1. A construção da identidade
  • 2. As alterações próprias da adolescência são universais, pois são vividas por todos os rapazes e raparigas em qualquer parte do mundo. Em muitas culturas a fase da adolescência é encarada como etapa de preparação para o futuro e para o seu papel no mundo dos adultos.
  • 3. Essa passagem é facilitada pela organização de uma série de rituais em que os adolescentes se confrontam com situações inesperadas, no sentido de porem à prova a sua coragem, a sua astúcia, os seus limites. Os rituais de iniciação são cerimónias (actos, provas) que, solenemente e aos olhos de todos, introduzem o adolescente na vida comunitária, social e simbólica do grupo, da comunidade. Ele passará a ser adulto, mas antes terá de mostrar a sua coragem, perseverança e sentido de responsabilidade.
  • 4. Na sociedade ocidental moderna os ritos de iniciação ou não existem ou não são tão evidentes como noutras sociedades. Mas todo o adolescente quer, à sua maneira, fazer este processo de afirmação do seu ser adulto. Fá-lo normalmente através de infracções às regras estabelecidas ou pelo menos através da assunção de outros papéis: começa a fumar, quer conduzir uma moto ou um carro, sai à noite com os amigos, seduz e deixa-se seduzir... são, na sua opinião, uma prova de que se tornou adulto.
  • 5. Contudo, alguns destes rituais podem ser perigosos; há que avaliar se vale mesmo a pena experimentar tudo! Estimulado pela necessidade de agradar, o adolescente parte à conquista de um estilo original voltando toda a sua atenção para as roupas, para o cabelo e para objectos que possam realçar a sua personalidade (telemóvel, tatuagem, piercing...). Usam, por vezes, uma linguagem secreta, sendo uma das formas que encontram de excluírem o adulto e de se sentirem seres à parte; isso dá-lhes, por vezes, um ara de conspiradores, satisfaz as suas fantasias assim como o gosto pelo mistério.
  • 6. Nesta etapa, o adolescente prepara-se para viver com maior plenitude e autonomia. Até há pouco tempo, o rapaz e a rapariga dependiam em tudo ou quase tudo dos pais e agora, começam a pensar e a agir de forma pessoal e afirmativa. A procura da autonomia
  • 7. O adolescente sabe que ninguém pode tomar o seu lugar na procura de um caminho pessoal. Por isso, esforça- se, engana- se, volta a tentar, na certeza de que é único e inimitável, destinad o a viver de forma original.
  • 8. Numa espécie de furacão, que parece desordenar- lhe todo o seu ser, vai descobrindo o seu Eu. Irrompe a vontade de se afirmar a respeito de tudo e de todos. Para tornar mais evidente a sua aspiração a uma maior independência do pensar e do agir, é levado a uma posição crítica e contestatária nas relações com os pais e professores.
  • 9. Pais Adolescentes Necessidade de Necessidade de educar e proteger afirmação os filhos Conflito de interesses Diálogo Falta de diálogo Responsazação Submissão à Revolta Equilíbrio vontade dos pais
  • 10. A imprevisibilidade no processo de crescimento coloca-nos perante o medo e o desejo: medo do desconhecido e desejo de realização. Há pessoas que arriscam muito pouco, protegendo-se, assim, das incertezas e dos imprevistos, mas reduzindo o seu mundo a um espaço mínimo e atrofiado. Por outro lado, existem pessoas que, vivendo em situação de risco, estão sempre numa tal instabilidade que se sentem vazias ou perdidas no seu mundo. Identidade e risco
  • 11. O risco faz parte do crescimento. Tem como função testar os limites, reajustar fronteiras na construção e afirmação da identidade. A adolescência é a espantosa oportunidade de se afirmarem escolhas, de se realizarem fantasias, de se ensaiarem modalidades, de se explorarem realidades. A sabedoria do adolescente está no facto de saber viver no equilíbrio entre o risco necessário para a construção do futuro e o risco perigoso e inútil. Identidade e risco
  • 12. A necessidade de pertença e a vontade de ser aceite levam frequentemente à utilização de estratégias tendo em vista à conquista de um lugar entre os pares.  Fazer-se passar por aquilo que não se é.  Agir de forma fictícia.  Ter uma obsessão doentia para atingir um ideal de beleza (bulimia, anorexia, praticas desportivas violentas, ingestão de substâncias proibidas). Conquista da aceitação social