A mata, o idioma, os povos, quem eram os índios, como influenciaram os portugueses, como foram aculturados, se é que o foram... quais as riquezas transmitiram-nos e porque todo brasileiro ainda tem uma dívida cultura com estes povos...
1. A mata, a língua – Os Povos
Influência Indígena na Cultura
Brasileira
2. Chegada dos
Portugueses ao Brasil
Quem são os índios
População em 1500
3. Principais povos indígenas:
• Tupi-Guarani : Ocupavam o Litoral e
algumas áreas do interior.
• Jê ou Tapuia: ocupavam o Planalto
Central.
• Nu-Aruaque: ocupavam parte da Bacia
Amazônica.
• Caraíba: ocupavam o norte da Bacia
Amazônica.
5. Preliminares...
• Significado da
palavra índio;
• População estimada,
em 1500, segundo
Darcy Ribeiro;
• Principais etnias
(divididas por
diferenças
lingüísticas e
culturais)
6. Etnia Guarani
• Especulações sobre o
surgimento da etnia;
• Um povo dividido pela
colonização;
• Ser Guarani...
• Distribuição dos
povos.
7. Jê ou Tapuia
• O significado do
nome;
• Localização;
• Os Ritos Funerários.
8. Caraíbas
• Significado do nome;
• Localização;
• Antropofagia;
• Primeiros nativos a
terem contato com os
espanhóis;
• Dizimação da etnia.
9. Nu-Aruaque
• Significado do nome
• Localização
• Rivalidade entre
povos (Caraíbas)
• A Cultura da
Mandioca.
10.
11. Sobre os índios
• "A feição deles é parda, um tanto
avermelhada, com bons rostos e
bons narizes, bem-feitos. Andam nus,
sem nenhuma cobertura. Não fazem
o menor caso de encobrir ou de
mostrar suas vergonhas, e nisso têm
tanta inocência como em mostrar o
rosto. Ambos traziam o lábio de
baixo furado e metido nele seus
ossos (...) agudos na ponta como
furador. (...) Os seus cabelos são
lisos. E andavam tosquiados (...) e
rapados até por cima das orelhas (...)
"
12. Gente Inocente
• "Parecem-me gente de tal inocência que, se
nós os entendêssemos, e eles a nós,
seriam logo cristãos, porque parecem não
ter nenhuma crença. E portanto, se os
degradados que aqui hão de ficar
aprenderem bem sua fala e os entenderem,
não duvido que eles (...) hão de se tornar
cristãos em nossa santa fé. Portanto, Vossa
Alteza, que tanto deseja fazer crescer a
santa fé católica, deve cuidar da salvação
deles . (...) Eles não lavram, nem criam.
Nem há aqui boi, vaca, cabra, ovelha,
galinha, ou qualquer outro animal que
esteja acostumado a conviver com o
homem. (...) Nesse dia, enquanto ali
andavam, dançaram e bailaram sempre com
os nossos, de maneira que são muito mais
nossos amigos do que nós seus (...)"
14. Línguas
Atualmente, mais de 180 línguas e dialetos são
falados pelos povos indígenas no Brasil. Elas
integram o acervo de quase seis mil línguas
faladas no mundo contemporâneo. Antes da
chegada dos portugueses, contudo, só no Brasil
esse número devia ser próximo de mil.
As línguas guardam entre si origens comuns,
integrando famílias lingüísticas, que, por sua
vez, podem fazer parte de divisões mais
englobantes, os troncos lingüísticos (Troncos e
famílias).
15. Troncos e famílias
Dentre as cerca de 180 línguas indígenas que existem hoje no Brasil, umas
são mais semelhantes entre si do que outras, revelando origens comuns e
processos de diversificação ocorridos ao longo do tempo.
Os especialistas no conhecimento das línguas (lingüistas) expressam as
semelhanças e diferenças entre elas através da idéia de troncos e famílias
lingüísticas. Quando se fala em tronco, têm-se em mente línguas cuja
origem comum está situada há milhares de anos, as semelhanças entre elas
sendo muito sutis. As divisões são:
• Tronco Tupi
• Tronco Macro-Jê
• Outras Famílias
19. Comparação de palavras de diferentes línguas
Línguas do tronco Tupi
Fonte: Ayron Dall’Igna Rodrigues – Línguas brasileiras – Para o conhecimento das línguas indígenas, São
Paulo, Edições Loyola, 1986, página 44.
20. Línguas da Família Tupi-Guarani (Tronco Tupi)
Fonte: Ayron Dall’Igna Rodrigues – Línguas brasileiras – para o conhecimento das línguas indígenas, São Paulo,
Edições Loyola, 1986, página 32.
21. Línguas da Família Jê (Tronco Macro-Jê)
Fonte: Ayron Dall’Igna Rodrigues – Línguas brasileiras – para o conhecimento das línguas indígenas, São
Paulo, Edições Loyola, 1986, página 58.
24. Multilingüismo
Os povos indígenas sempre conviveram com situações de
multilingüismo. Isso quer dizer que o número de línguas usadas por um
indivíduo pode ser bastante variado. Há aqueles que falam e entendem
mais de uma língua ou que apenas entendem muitas línguas e só falam
uma ou algumas delas.
Assim, não é raro encontrar sociedades ou indivíduos indígenas em
situação de bilingüismo, trilingüismo ou mesmo multilingüismo.
26. Existia um pequeno sistema de feitorias comerciais, nas
quais os europeus negociavam, por exemplo, foices,
machados, espelhos e facas, em troca de pau-brasil,
inhame, pimenta e animais como macacos, papagaios e
beija-flores.
27. Após 1532, iniciou-se a efetiva colonização do Brasil. Os
índios passaram a ser vistos não mais como parceiros
comerciais, mas como mão-de-obra para a colonização.
28. Os índios contribuíram com suas técnicas agrícolas
adaptadas aos trópicos.
Plantio da mandioca.
Adoção do processo agrícola indígena chamado coivara,
baseado na queimada, no plantio em montículos e no longo
descanso da terra de cultura.
29. Para os índios, o contato com os portugueses foi devastador, a
começar pelos aspectos populacionais.
Características que fizeram com que uma grande quantidade de
índios fosse eliminada:
Guerras motivadas pela busca de escravos.
Grandes fomes que surgiam após as guerras.
Fuga dos índios para regiões de recursos desconhecidos.
31. Língua Geral Paulista
Originada na língua dos índios Tupi de São Vicente e do alto rio Tietê.
Era um pouco diferente da dos Tupinambá.
Penetrou em áreas jamais alcançadas pelos índios tupi-guarani,
influenciando a linguagem corriqueira de brasileiros.
32. Língua Geral Amazônica
Desenvolveu-se inicialmente no Maranhão e Pará, a partir do Tupinambá.
Desde o final do século XIX, passou a ser conhecida também pelo nome de
Nheengatu (ie’engatú = “língua boa”).
Apesar das transformações, continua sendo falada nos dias de hoje,
especialmente na bacia do rio Negro (rios Uaupés e Içana).
34. Fatores que contribuíram ao declínio da língua geral
Regiões que não apresentaram emprego intenso indígena ou
missões jesuíticas, ou aquelas em que foi cedido espaço ao
trabalho escravo africano e menor importância dos jesuítas.
Português em concorrência com a língua geral.
36. Indianismo na Literatura
O índio era retratado como valente e nobre, livre das corrupções sociais
e dos vícios da civilização branca.Ele surge como digno representante da
nação brasileira, símbolo da nossa liberdade.
37. José Martiniano de Alencar nasceu em Mecejana, estado
do Ceará em 1º de maio de 1829.
É considerado o precursor do romantismo no Brasil dentro
de quatro características: indianista, psicológico, regional e
histórico. José de Alencar utilizou como tema o índio e o
sertão do Brasil. Em suas obras, valorizou a língua falada
no Brasil, a despeito de escritores da época que usavam a
língua de Portugal. Algumas de suas obras destacadas são:
Indianistas: Ubirajara, Iracema, O Guarani.
Psicológicos: Diva, Lucíola, Senhora, A Viuvinha.
Regionalistas: O Sertanejo, O Tronco do Ipê, O Gaúcho,
Til.
Históricos: As Minas de Prata, A guerra dos Mascates.
38. IRACEMA
A obra conta a história de amor vivida por Martin, um português, e
Iracema uma índia tabajara. Eles apaixonaram-se quase que à primeira
vista. Devido a diferença étnica, por Iracema ser filha do pajé da tribo e por
Irapuã gostar dela, a única solução para ficarem juntos, é a fuga. Ajudados
por Poti, Iracema e Martim, fogem do campo dos tabajaras, e passam a
morar na tribo de Poti (Pitiguara). Isso faz com que Iracema sofra, mas seu
amor por Martim é tão mais forte, que logo ela se acostuma, ou pelo menos,
não deixa transparecer. A fuga de Iracema faz com que uma nova batalha
seja travada entre os tabajaras e os pituguaras.
41. TOPONÍMIA
• Atibaia: água limpa
• Capivari: rio das capivaras
• Tietê: Para alguns estudioso, "rio fundo" e para
outros, "rio verdadeiro".
• Bauru : cesto de frutas.
• Jaú: comedor, comilão, peixe fluvial.
• Itabira: pedra empinada, pedra que se ergue.
• Itu: salto, corredeira, cascata.
• Itapemirim: laje pequena.
• Ipanema: Rio imprestável, impraticável.
• Irajá: Ninho das abelhas, colméia.
42. ANTROPONÍMIA
• Araci: Mãe do dia, o nome da estrela d'alva
• Cauã: Gavião
• Ceci: Mãe superior
• Guarabira: Nome de peixe
• Iaciara: Espelho da lua
• Irani: Abelhinha
• Jaci: Lua
• Janaina: Rainha dos lares
• Juçara: Nome de uma palmeira de onde
se extrai o palmito
• Jurema: Espécie de planta
43. SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS
• Abacaxi: fruta cheirosa
• Caboclo: procedente do mato
• Canga: o osso, caroço, núcleo, seco, enxuto
• Catapora: o fogo interno, febre eruptiva,
erupção
• Pipoca: da pele estalando
• Caiçara: cerca feita pelos indígenas em torno
da taba
• Itaú: rio das pedras
• Biboca: de lugar, casa acanhada, casa de barro,
moradia humilde
• Caipira: de vergonhoso, roceiro, aldeão
• Paçoca: de bolo esmigalhado à mão
44. A Cultura Indígena
Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio teria despido
O português.
Erro de português, poesia de Oswald de Andrade
- 1925
45. Organização das Etnias
Não há divisão social
Não há acumulação de riqueza
Regime Pré-Sedentário
Educação dos jovens por meio da imitação, tradições e lendas
Divisão sexual do trabalho
46. Religião – Etnia Guarani
• Acreditavam em vários outros deuses (forças da natureza).
• Nhanderu (deus) – Criou o homem para viver em harmonia
com a natureza.
• Rituais de passagem – gestação, nascimento, casamento,
iniciação a vida adulta etc.
• Pajé – Homem mais sábio da tribo, ele é a ligação entre o índio
e os deuses (natureza).
47. Música, Danças e Instrumentos
Todas as melodias e letras dos cânticos eram passados, em sonho,
aos pajés ou aos grandes guerreiros pelos deuses.
Trocano: instrumento de Maracá – Instrumento mais nobre. Agitado
comunicação. De acordo com o local pelo Pajé, na hora das invocações, dos
que se golpeia e a variação, é possível sacrifícios e curas, “exorcizava” do corpo da
ouvir mensagens que são ouvidas até vítima os espíritos maus.
1k de distância
48. Folclore
Lendas ligadas à natureza:
O caipora:
Índios e Jesuítas o chamavam de Caiçara, o protetor da caça e das matas.
É um anão de Cabelos Vermelhos com Pelo e Dentes verdes. Como
protetor das Árvores e dos Animais, costuma punir os agressores da
Natureza e o caçador que mata por prazer. É muito poderoso e forte.
Uma carta do Padre Anchieta datada de 1560, dizia: "Aqui há certos
demônios, a que os índios chamam Curupira, que os atacam muitas
vezes no mato, dando-lhes açoites e ferindo-os bastante".
50. Influências Indígenas Marcantes na Cultura Brasileira
O costume de dormir em rede
Arte da cestaria e da cerâmica
Diversos usos da mandioca na culinária
Banho diário – o brasileiro é o povo que mais toma banho no
mundo
As cores alegres e as plumas do carnaval
Expressões idiomáticas:
“Andar na pindaíba” - pindaíba é uma madeira utilizada para fazer varas
de pesca. Quando o índio voltava apenas com ela, sem sorte na pescaria,
dizia: “Voltei na pindaíba!”
51. Etnia Paresi – Talk Show da Festa do Índio em Bertioga
Informações e comparações da cultura da etnia Paresi com a cultura do
não-índio brasileiro:
Casamento – A mulher índia não pode casar-se com um branco,
mas o índio pode casar-se com uma mulher branca.
A mulher aos 20 anos é considerara velha.
Homossexualidade – De acordo com o chefe da aldeia, não existe no
meio deles, mas eles acreditam todos devem ser respeitados.
Os índios que desejam estudar, seguir profissões, devem passar
por um contínuo processo de conscientização para não perder
sua cultura de origem.
53. Como são vistos:
• Populações indígenas são vistas ora de forma preconceituosa ora de forma
idealizada pela população brasileira.
As populções rurais, que têm os índios quase como competidores (em matéria
de recursos, terras etc.), os veêm de forma preconceituosa. Dizem que os
índios só querem guerrear, que eles não querem trabalhar. Chamam os
indígenas de “ladrões”, “preguiçosos” e “traiçoeiros” e tentam assim justificar
quaisquer ações contra eles.
A população urbana, que vive distanciada das terras indígenas, tem uma visão
idealizada do índio. Consideram os índios donos de todas as terras e acham
que, por serem seus primeiros habitantes, sabem cuidar da natureza sem
depredá-la. Também acreditam que os índios são parte do passado, que estão
desaparecendo, muito embora este dado já tenha sido comprovado
contraditoriamente.
54. Hoje:
• No Brasil, vivem cerca de 460 mil índios, distribuídos entre 225
sociedades indígenas.
• Número que constitui aproximadamente 0,25% da população brasileira.
Estão contabilizados nesse número apenas os indígenas que vivem em
aldeias. Estima-se que há entre 100 e 190 mil vivendo fora das terras
indígenas, incluindo em áreas urbanas.
Há em torno de 63 referências de índios que nunca tiveram contato
o resto da população, além daqueles que tentam obter, junto ao órgão
federal indigenista, reconhecimento de sua condição indígena.
55. Como são vistos:
• A mentalidade das pessoas quanto à existência dos índios já está mudando. Hoje, a
população está se conscientizando de que os indígenas são seus contemporâneos.
Vivem no mesmo país, participam da economia, da elaboração de leis e passam por
problemas semelhantes, como as conseqüências da poluição ambiental.
• No momento, há uma preocupação dos brasileiros em buscar informações
atualizadas e confiáveis sobre os índios para entender quem são, como vivem,
enfim, inserir ainda mais o índio em suas vidas.
56. Diversidade e identidade:
• O Brasil possui uma grande diversidade étnica e lingüística.
• Pelo menos 180 línguas são faladas pelos membros das 225 sociedades indígenas
existentes, as quais pertecem a mais de 30 famílias lingüísticas diferentes.
Conceitos importantes:
- As sociedades indígenas modificam-se constantemente e reelaboram-se com o
tempo, como qualquer outra cultura no mundo. É relevante lembrar que isso
aconteceria mesmo que os índios não tivessem feito contato com outras sociedades,
européia e africana, por exemplo.
- Não é porque uma determinada sociedade indígena fala português ou veste roupas
iguais às dos membros da sociedade com que entrou em contato que perdeu sua
identidade ou que deixou de ser indígena. Ocorreu aí o contato entre diversidades
culturais.
57. Língua:
• A língua é o meio básico de organização dos humanos. É através dela que podemos
conhecer todo um universo cultural.
• Há diversas maneiras de classificar as línguas. Hoje, os lingüistas preferem adotar a
classificação genética.
Consiste na reunião das línguas que tenham uma mesma língua, já
extinta, como origem. Desta forma, as línguas são agrupadas em famílias
lingüísticas, e essas famílias são reunidas em troncos lingüísticos.
Há índios que falam somente sua língua, desconhecendo o português.
Outros falam o português como sua segunda língua.
58. Língua:
Troncos em que as famílias de línguas indígenas são classificadas:
- Tupi
- Macro-Jê
As famílias Karib, Pano, Maku, Yanoama, Mura, Tukano, Katukina,
Txapakura, Nambikwara e Guaikuru não puderam ser atribuídas a
nenhum tronco.
Importante: o fato de duas sociedades indígenas diferentes falarem línguas
pertencentes a uma mesma família não implica que essas sociedades
consigam entender-se mutuamente.
59. Demarcação e regularização de terras:
• A regularização das terras indígenas, por meio da demarcação, é um fator
muito importante para a sobrevivência física e cultural dos diversos povos
indígenas que vivem no Brasil.
• Essa questão tem sido muito discutida atualmente. Os índios reivindicam
esse direito.
• Assegurar o direito à terra para os índios significa não só assegurar sua
subsistência, mas também garantir o espaço cultural necessário à atualização
de suas tradições.
60. Demarcação e regularização de terras:
O processo de demarcação consiste em 4 fases, que são:
- Identificação e delimitação
- Demarcação física
- Homologação
- Registro
As linhas-mestre do processo administrativo de demarcação das terras indígenas
estão definidas na Lei nº 6.001, de 19-12-1973, que é conhecida como Estatuto do
Índio, e no Decreto nº 1.775, de 08-01-1996.
Esta legislação atribui à FUNAI o papel de orientar e executar a demarcação das
terras, atividade executada pela Diretoria de Assuntos Fundiários (DAF).
62. Ashaninka (AC)
Os Ashaninka constituem, sem dúvida, um dos povos indígenas mais numerosos da floresta
tropical da América do Sul. São encontrados em inúmeros rios da selva amazônica.
63. Bororo (MT)
Conhecidos como Bororo Oriental, Orarimogodógu, Coroados ou Parrudos, habitam o Estado
de Mato Grosso. Praticam os rituais da Furação de Orelha.
64. Gavião (PA)
Habitam as Terras Indígenas Kanela – Buriti Velho, no Maranhão, demarcadas, registradas
e homologadas. Se autodenominam Apâniekra ou Ramkókamekra.
65. Guarani (SP)
Um dos primeiros povos indígenas a ter contato com os portugueses, sendo um dos mais
populosos no Brasil. Na festa, são representados pela comunidade Rio Silveira, localizada
em Berioga.
66. Kalapalo (MT)
Os índios Kalapalo vivem no Parque Indígena do Xingu, no Estado do Mato Grosso. Eles
classificam seus rituais públicos em dois tipos: egitsu (eventos que envolvem a participação de
convidados de outras aldeias alto-xinguanas) e undufe (rituais incluem apenas os membros de
uma aldeia particular).
67. Karajá (TO)
Habitam a Terra Indígena do Paruqe do Araguaia na Ilha do Bananal, no Tocantins. Uma
característica entre os Karajá é a diferenciação entre a fala das mulheres e crianças e a dos
homens.
68. Kuikuro (MT)
Os Kuikuro são, hoje, o povo com a maior população no Alto Xingu. Eles constituem um
sub-sistema carib com os outros grupos que falam variantes dialetais da mesma língua
(Kalapalo, Matipu e Nahukwá).
69. Macuxi (RR)
Os Macuxis vivem no extremo norte de Roraima e na Guiana. Sendo cerca de 19 no Brasil
e 9,5 mil na Guiana Francesa.
70. Paresi Haliti (MT)
Vivem na Terra Indígena Paresi, no Mato Grosso. Entre os Paresi, o futebol de cabeça é
praticado durante grandes cerimônias. A bola utilizada nos jogos é fabricada com a seiva de
mangabeira.
71. Yanomami (RR)
Os Yanomami formam uma sociedade de caçadores-agricultores da floresta tropical do
Norte da Amazônia cujo contato com a sociedade nacional é, na maior parte do seu
território, relativamente recente.
72. Yawalapiti (MT)
Habitam o Parque Indígena do Xingu, localizado na região central do Brasil, no Estado do
Mato Grosso. No local, existem 16 etnias, habitando 36 aldeias.
73. Yawanawa (AC)
Habitam a parte sul da TI Rio Gregório. Essa terra indígena, localizada no município de
Tarauacá, foi a primeira a ser demarcada no Acre, e ocupa a cabeceira deste afluente do
Juruá.
74. Ye´Kuana (RR)
Os índios Ye´Kuana vivem no noroeste do Estado de Roraima e na Venezuela. Eles são
agricultores, coletores e praticam a caça e a pesca, possuem ainda pequenos animais
domésticos, especialmente cães e aves.
75. Xavantes (MT)
Os índios Xavantes habitam cerca de 70 aldeias em oito áreas que constituem seu território,
Serra do Roncador e pelos Rios da Morte, Culuene, Couto Magalhães, Boitivi e Garças no
leste mato-grossense.