O documento descreve como o Renascimento marcou a transição do Feudalismo para o Capitalismo na Europa entre os séculos XIV-XVI. A burguesia emergente impulsionou o comércio e as cidades, enquanto os camponeses migraram para as cidades, enfraquecendo o sistema feudal. As artes floresceram neste período e refletiram os novos ideais humanistas de razão, ciência e individualismo.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
Trabalho - Renascimento
1. Nomes: Felipe Vianna, Leonardo V., Miguel Gut e Rodrigo El Khatib
Turma: 201
Matéria: História
Professor: Ricardo
Porto Alegre, Abril de 2012
2. O Renascimento pode ser definido como um processo
de renovação cultural que se desenvolveu na Europa entre os
séculos XIV a XVI, mas que teve profundas repercussões em
toda a Idade Moderna. Manifestou-se em todas as áreas da
produção cultural e artística e foi muito influenciado pela
retomada vigorosa da cultura clássica das antigas Grécia e
Roma. Pode ser considerado também como uma espécie de
ruptura com a Cultura Medieval, que tinha como sua temática
principal Deus e os valores da religião cristã católica.
3. A passagem do Feudalismo para o Capitalismo é
marcada por diversos fatores. O Sistema Feudal estava
passando por uma crise de problemas, e o Sistema Capitalista
se aproximava cada vez mais.
4. Ao retornarem das cruzadas, muitos cavaleiros
saqueavam cidades no oriente. O material proveniente destes
saques era comercializado no caminho. Foi neste contexto que
surgiram as rotas comerciais, as feiras medievais e uma nova
classe social: a burguesia.
Dedicados ao comércio, os burgueses enriqueceram e
dinamizaram a economia no final da Idade Média. Esta nova
camada social necessitava de segurança e buscou construir
habitações protegidas por muros. Surgiam assim os burgos
que, com o passar do tempo, deram origem a várias cidades
(renascimento urbano).
5. As cidades passaram a significar maiores oportunidades
de trabalho. Muitos habitantes da zona rural passaram a deixar
o campo para buscar melhores condições de vida nas cidades
européias (êxodo rural). Com a diminuição dos trabalhadores
rurais, os senhores feudais tiveram que mexer nas obrigações
dos servos, amenizando os impostos e taxas. Em alguns feudos,
chegaram a oferecer pequenas remunerações para os servos.
Estas mudanças significaram uma transformação nas
relações de trabalho no campo, desintegrando o sistema
feudal de produção.
6. Com o aquecimento do comércio surgiram também
novas atividades como, por exemplo, os cambistas (trocavam
moedas) e os banqueiros (guardavam dinheiro, faziam
empréstimos, etc).
Estes novos componentes sociais (burgueses,
cambistas, banqueiros, etc) começaram a se preocupar com a
aquisição de conhecimento. Este fato fez surgir, nos séculos XII
e XIII, várias universidades na Europa. Estas instituições de
ensino dedicavam-se ao aos conhecimentos matemáticos,
teológicos, medicinais e jurídicos.
7. Economia (Revolução Industrial):
Produção que antes era restrita aos feudos, agora visa o
comércio no mercado;
Produção que antes sustentava o Senhor Feudal e a Igreja,
agora produz apenas para aumentar os lucros;
A principal propriedade não eram mais terras, mas sim o
capital, visando o lucro;
Trabalhador, antes semi-livre, preso à obrigações feudais,
agora é livre;
Sociedade formada pelo Senhor Feudal, servos e cleros
agora é formada pela burguesia e proletariado;
Classe social, antes definida pelo nascimento e imóvel
durante a vida toda, agora apresenta uma mobilidade, ou
seja, a classe social varia dependendo do poder econômico.
8. Política (Revolução Francesa):
Surgem as nações e a figura do “Estado”;
Senhor Feudal e Igreja não são mais os dominantes, mas
sim o Estado Nacional, patrocinado pela burguesia;
Aparecimento de teorias políticas;
As teorias, antes justificativas do poder do Senhor Feudal e
da Igreja, que se baseavam na “vontade de Deus”, agora
são baseadas no Iluminismo, justificando a existência do
Estado e das Leis.
9. A Visão do Mundo (Iluminismo):
Deus deixa de ser o centro do universo, sendo agora o
Homem o centro de tudo (Antropocentrismo);
A verdade não era mais garantida pela bíblia, e sim pela
razão e ciência;
A realidade, antes explicada pela vontade de Deus, agora é
explicada a partir do que acontecia na Terra entre os
homens, que passam a questionar o mundo à sua volta;
O conhecimento deixa de significar “a adoração pela
criação de Deus”, passando a significar conhecer mais sobre
a natureza e suas transformações;
O ideal de “homem” não é mais o do bravo e forte
guerreiro, mas sim do urbano, civilizado e intelectual.
10. A arte teve muita importância ao Renascimento, pois foi
“a porta que se abriu” para os artistas, que liberavam o que
pensavam e sentiam em suas grandiosas pinturas e esculturas,
tudo no novo conceito da Idade Moderna que surgia.
Servia como um instrumento de estudo, desde a
anatomia do corpo, seus movimentos, até a arquitetura de
estruturas em geral, máquinas de guerra, forças militares e
estratégias.
11. Pinturas:
Há a perspectiva da figura, as diversas distâncias e
proporções que têm os objetos, segundo os princípios da
matemática e da geometria. Um exemplo:
O Homem Vitruviano – Leonardo da Vinci
12. Amor Victorious - Caravaggio
Uso do claro-escuro, pintando algumas partes mais claras e
outras mais escuras, dando um efeito de contraste e
reforçando a ideia do volume dos corpos. Um importante
exemplo desta predominante característica é a pintura
“Amor Victorious” de Caravaggio.
13. Predominância do Realismo. Os artistas do Renascimento
não veem mais o homem como um simples observador do
mundo, que é pensado como uma realidade a ser
compreendida cientificamente, e não apenas admirada.
Nas pinturas do Renascimento, inicia-se o uso das telas,
tintas e óleo.
Surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente dos
outros, já que neste período há o ideal da liberdade e,
consequentemente, o individualismo.
Uso da maior riqueza de detalhes possível nas obras em
que o corpo humano está presente (presente na grande
maioria das pinturas desta época), principalmente nos
corpos nús. Isto ocorre tanto para o estudo quanto para a
admiração do mesmo.
14. Esculturas:
Buscam representar o homem como ele é na realidade. Um
exemplo é a obra “Davi” de Michelangelo:
Na escultura renascentista, é importante o estudo das
proporções antigas e a inclusão da perspectiva geométrica;
Já desvinculadas da parede, são apoiadas numa base que
permite sua observação de todos os ângulos possíveis;
Buscam representar o homem como ele é na realidade;
15. Giotto di Bondone
(1266-1337)
Foi um importante pintor e arquiteto italiano. A
característica principal do seu trabalho é uso da figura dos
santos como seres humanos de aparência comum, ocupando
sempre posição de destaque na pintura. Assim, a pintura de
Giotto vem ao encontro de uma visão humanista do mundo,
que foi cada vez mais se firmando até ao Renascimento.