SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
Baixar para ler offline
Estratégia| 28 de setembro de 2012 | 13h 30

Empresas que fabricam a tradicional tubaína ainda
lutam para transformar os produtos em grifes
Número de pequenas fábricas cai rapidamente e quem sobrevive busca caminhos
para enfrentar as gigantes do mercado

Renato Jakitas, Estadão PME




Felipe Rau/AE

Marcas regionais de refrigerantes lutam por sua sobrevivência no
interior do Brasil
Guaraná Cabeça de Bugre, Maçã Don, Etubaína e soda Gengibirra. Praticamente
desconhecidas do grande público, as marcas regionais de refrigerantes lutam por sua
sobrevivência no interior do País. Centenário, esse grupo quer deixar para trás a sina de
‘refrigereco’ adquirida nos últimos anos para transformar a memória afetiva do consumidor
em valor real no ponto de venda.

O desafio da tubaína, como também é chamado o produto, passa por encontrar um caminho
que afaste o pequeno negócio da sombra de gigantes globais, como Coca-Cola e Ambev,
recolocando o setor na rota do crescimento sustentável. “Nossa categoria tem sofrido baixas
nos últimos anos. Em 2000, éramos cerca de 850 pequenas empresas. Hoje, não passamos
de 210”, relata o presidente da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil
(Afrebras), Fernando Rodrigues de Bairros.

Ele destaca a concentração de mercado como responsável pela quebradeira no setor.
Embora o consumo de refrigerantes tenha crescido 24% nos últimos 15 anos – de 63 litros
por habitante, em 1996, para 78 litros em 2011 –, a fatia abocanhada pela Ambev e Coca-
Cola, diz Bairros, avançou com muita velocidade. “Em volume de vendas, as grandes são
donas de 80% do mercado. Em faturamento, chega a 90%. Em 1990, a fatia das pequenas
nas vendas era de 30%.”
Procuradas pela reportagem, tanto a Coca-Cola quanto a Ambev não se pronunciaram
sobre o assunto. No entanto, além da concentração, há outros motivos para a crise das
pequenas empresas do segmento: sistemas precários de distribuição, que não
acompanham as exigências dos grandes varejistas, fábricas antigas e tecnologicamente
defasadas, além de pequeno investimento em marketing. “Essas marcas precisam lutar para
sair da briga pelo preço e olhar para vantagens competitivas. Há espaço para crescer”,
garante Adalberto Viviani, da Concept Consultoria, especializada no mercado de bebidas.

É o caso, por exemplo, da Bebidas Don, de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. A
empresa investe em reposicionar a marca para enfrentar seus concorrentes. “Eu comparo
nosso momento com as cervejas artesanais, que exploram o apelo de serem produzidas em
microcervejarias”, afirma o empresário Reilly Okada, segunda geração no comando da
empresa.

O principal produto da fábrica, o refrigerante Maçã Don, já conquistou 15% do mercado de
refrigerantes em Ribeirão Preto e, na competição direta com as marcas menores, atinge
65% de participação. “Somos até 20% mais caros do que as demais bebidas regionais e
mais baratos que a Coca-Cola e o Guaraná Antártica”, afirma o empresário. “Distribuímos
para trinta mil pontos de venda, com foco no pequeno e médio varejo. A política das
grandes redes não favorece o regional, mas temos de achar um caminho”, analisa.

Encontrar um nicho de mercado é a estratégia adotada pela Bebidas Leonardo Sell, com
105 anos de história e localizada na cidade de Rancho Queimado, em Santa Catarina. E
parece que o modelo tem funcionado, afinal, o Guaraná Pureza – fabricado desde o início
da operação – é tão tradicional na região que chega a custar mais caro que a versão da
Ambev para o sabor.

“Nosso produto é tratado como o que ele é, um dos refrigerantes mais antigos do Brasil.
Não temos o mesmo tamanho, claro, dos líderes. Mas, na região de Florianópolis,
disputamos o segundo lugar com o Kuat, da Coca”, destaca Ricardo Sell, que dirige a
empresa ao lado do primo Sergio Sell. “Não quero sair da região. O nosso negócio não está
na linha de produção industrial. Somos uma família que faz o que gosta há muito tempo”,
garante.

História. A Fabbri & Cia, fundada há 115 anos na cidade paulista de Bradowsqui, não
mantém estratégias de crescimento como a Leonardo Sell ou a Don. Os planos da empresa
passam, basicamente, por intensificar a presença no entorno da cidade de 20 mil habitantes
e, assim, continuar viva.

A Fabbri – hoje tocada por Sheila Fabbri, bisneta do fundador – lançou uma das primeiras
marcas de guaraná do Brasil, o Cabeça de Bugre, produto que ainda responde por 80% das
vendas. “Esse é um bom negócio, mas que mantemos mais por amor, pela história. Temos
uma linha com cinco sabores e fabricamos, por mês, 200 mil litros de bebidas. Nosso
produto só vende aqui na região. E nosso consumidor é aquele que nasceu tomando o
Cabeça de Bugre”, afirma Sheila, que administra um empreendimento com faturamento
anual de R$ 4,8 milhões e 60 funcionários.

Fonte: http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,empresas-que-fabricam-a-tradicional-
tubaina-ainda-lutam-para-transformar-suas-marcas-em-grifes,2265,0.htm Disponível em
29/09/2012
ESTADÃO PME   » INFORMAÇÃO » NOTÍCIAS

Estratégia| 28 de setembro de 2012 | 14h 20

Marca regional de tubaína ganha público fiel na capital
Tubaína Bar foi lançado em 2009 nas proximidades da Rua Augusta, em São Paulo

RENATO JAKITAS, ESTADÃO PME




JB Neto/AE


Aposta. Verónica fatura com estética da tubaína


O clima nostálgico e a estética das marcas regionais de refrigerantes ajudaram duas
amigas a estrearem como empresárias na cidade de São Paulo. O Tubaína Bar foi
lançado em 2009 nas proximidades da Rua Augusta e o local permanece com boa
frequência de público três anos depois da inauguração.

“Eu queria montar um bar e minha sócia oferecer uma carta de tubaínas que, no
passado, eram refrigerantes de tutti-frutti e, agora, é um termo que serve para designar
marcas regionais”, explica Verónica Goyzueta sobre a origem do negócio.

“Foi quando a gente parou para pensar e percebeu que o nome Tubaína era muito bom
para o negócio”, conclui. Da logomarca, a tubaína das empresárias desdobrou-se para
o conceito do espaço, decoração e, finalmente, para o cardápio, de forte inspiração
italiana e peruana, a nacionalidade de Verónica.

“A tubaína tem uma relação com a comida italiana, já que começou a ser produzida por
famílias de imigrantes da Itália ainda no final do século 19”, destaca a empreendedora,
sobre as origens das pequenas fábricas do refrigerante em São Paulo.
“Tem gente que senta aqui, pede um refrigerante e até chora quando começa a beber.
Esse é um produto que tem muita relação com a memória afetiva das pessoas”, analisa.

Com 25 rótulos, o bar tem marcas como a carioca Mineirinho, produzida a partir do
mate chapéu-de-couro e o guaraná Jesus, do Maranhão. Os coquetéis etílicos também
usam o produto como matéria-prima. No cardápio existe o Mojaína, por exemplo, um
mojito feito de tubaína de limão.

Logística. Por não existir um sistema de distribuição desses produtos para a cidade de
São Paulo, Verónica conta com a ajuda de amigos e conhecidos – um grupo que viaja
com regularidade para as cidades do interior onde essas marcas são normalmente
comercializadas.

Por isso, o trabalho dos comerciantes que chegam a São Paulo para a Feira da
Madrugada, tradicional ponto de comércio popular no centro da cidade, é
importantíssimo para a sobrevivência do bar.

“Eles trazem os produtos nos ônibus e vou até lá bem cedo para retirar as
encomendas”, conta. Associada a limitação na quantidade de produção das marcas,
essa estratégia de aquisição dos refrigerantes tem impacto direto nos preços cobrados
dos clientes. No Tubaína Bar, uma marca alternativa é mais cara que a comercial.

Nada que comprometa o negócio, que até inspira alguns fabricantes. “A gente se
surpreendeu com o resultado do Tubaína. Estudamos uma forma de aproveitar e
expandir essa demanda”, afirma Reilly Okada, da marca Maçã Don.

Fonte: http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,marca-regional-de-tubaina-ganha-
publico-fiel-na-capital,2266,0.htm Disponível em 29/09/2012

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

TCC PÓS ESPM - Munik Chocolates
TCC PÓS ESPM - Munik ChocolatesTCC PÓS ESPM - Munik Chocolates
TCC PÓS ESPM - Munik ChocolatesMarcelo Faggioni
 
Revista Acontece - MAI 2014 - Ed. 34
Revista Acontece - MAI 2014 - Ed. 34Revista Acontece - MAI 2014 - Ed. 34
Revista Acontece - MAI 2014 - Ed. 34APAS Associação
 
Case: Cacau Show Estudo dos Sistema de Franquias Empreededorismo
Case: Cacau Show Estudo dos Sistema de Franquias EmpreededorismoCase: Cacau Show Estudo dos Sistema de Franquias Empreededorismo
Case: Cacau Show Estudo dos Sistema de Franquias EmpreededorismoAloizio Ziareski
 
Revista Acontece APAS - MAI 2012 - Ed. 12
Revista Acontece APAS - MAI 2012 - Ed. 12Revista Acontece APAS - MAI 2012 - Ed. 12
Revista Acontece APAS - MAI 2012 - Ed. 12APAS Associação
 
O midas do nordeste istoé dinheiro
O midas do nordeste   istoé dinheiroO midas do nordeste   istoé dinheiro
O midas do nordeste istoé dinheiroCoutinho Jr
 
Livro Inovação como Diferencial Competitivo (CNI/SEBRAE)
Livro Inovação como Diferencial Competitivo (CNI/SEBRAE)Livro Inovação como Diferencial Competitivo (CNI/SEBRAE)
Livro Inovação como Diferencial Competitivo (CNI/SEBRAE)SWX Softwares
 
Jornal Mercosuper 2011 - Dia 01
Jornal Mercosuper 2011 - Dia 01Jornal Mercosuper 2011 - Dia 01
Jornal Mercosuper 2011 - Dia 01Brasil
 
Revista Maria
Revista MariaRevista Maria
Revista MariaEducasat
 
Revista Acontece APAS - OUT 2012 - Ed. 17
Revista Acontece APAS - OUT 2012 - Ed. 17Revista Acontece APAS - OUT 2012 - Ed. 17
Revista Acontece APAS - OUT 2012 - Ed. 17APAS Associação
 
T.I.G - Casas bahia a empresa
T.I.G - Casas bahia a empresaT.I.G - Casas bahia a empresa
T.I.G - Casas bahia a empresaJoão Silva
 
Revista Acontece - NOV 2013 - Ed. 29
Revista Acontece - NOV 2013 - Ed. 29Revista Acontece - NOV 2013 - Ed. 29
Revista Acontece - NOV 2013 - Ed. 29APAS Associação
 
Casas Bahia x Ponto Frio
Casas Bahia x Ponto FrioCasas Bahia x Ponto Frio
Casas Bahia x Ponto FrioKalinde_Machado
 
Folder institucional da Apras
Folder institucional da AprasFolder institucional da Apras
Folder institucional da AprasCamila Tremea
 

Mais procurados (18)

FGV EAESP | GVcasos - Vol. 8, n. 1 - jan/jun 2018
FGV EAESP | GVcasos - Vol. 8, n. 1 - jan/jun 2018FGV EAESP | GVcasos - Vol. 8, n. 1 - jan/jun 2018
FGV EAESP | GVcasos - Vol. 8, n. 1 - jan/jun 2018
 
TCC PÓS ESPM - Munik Chocolates
TCC PÓS ESPM - Munik ChocolatesTCC PÓS ESPM - Munik Chocolates
TCC PÓS ESPM - Munik Chocolates
 
Revista Acontece - MAI 2014 - Ed. 34
Revista Acontece - MAI 2014 - Ed. 34Revista Acontece - MAI 2014 - Ed. 34
Revista Acontece - MAI 2014 - Ed. 34
 
Clipping abril 2010 4
Clipping abril 2010 4Clipping abril 2010 4
Clipping abril 2010 4
 
Case: Cacau Show Estudo dos Sistema de Franquias Empreededorismo
Case: Cacau Show Estudo dos Sistema de Franquias EmpreededorismoCase: Cacau Show Estudo dos Sistema de Franquias Empreededorismo
Case: Cacau Show Estudo dos Sistema de Franquias Empreededorismo
 
Revista Acontece APAS - MAI 2012 - Ed. 12
Revista Acontece APAS - MAI 2012 - Ed. 12Revista Acontece APAS - MAI 2012 - Ed. 12
Revista Acontece APAS - MAI 2012 - Ed. 12
 
A Zara Do Chocolate
A Zara Do ChocolateA Zara Do Chocolate
A Zara Do Chocolate
 
O midas do nordeste istoé dinheiro
O midas do nordeste   istoé dinheiroO midas do nordeste   istoé dinheiro
O midas do nordeste istoé dinheiro
 
Livro Inovação como Diferencial Competitivo (CNI/SEBRAE)
Livro Inovação como Diferencial Competitivo (CNI/SEBRAE)Livro Inovação como Diferencial Competitivo (CNI/SEBRAE)
Livro Inovação como Diferencial Competitivo (CNI/SEBRAE)
 
Jornal Mercosuper 2011 - Dia 01
Jornal Mercosuper 2011 - Dia 01Jornal Mercosuper 2011 - Dia 01
Jornal Mercosuper 2011 - Dia 01
 
Revista Maria
Revista MariaRevista Maria
Revista Maria
 
Revista Acontece APAS - OUT 2012 - Ed. 17
Revista Acontece APAS - OUT 2012 - Ed. 17Revista Acontece APAS - OUT 2012 - Ed. 17
Revista Acontece APAS - OUT 2012 - Ed. 17
 
T.I.G - Casas bahia a empresa
T.I.G - Casas bahia a empresaT.I.G - Casas bahia a empresa
T.I.G - Casas bahia a empresa
 
Revista Acontece - NOV 2013 - Ed. 29
Revista Acontece - NOV 2013 - Ed. 29Revista Acontece - NOV 2013 - Ed. 29
Revista Acontece - NOV 2013 - Ed. 29
 
Casas Bahia x Ponto Frio
Casas Bahia x Ponto FrioCasas Bahia x Ponto Frio
Casas Bahia x Ponto Frio
 
Ed06dez06
Ed06dez06Ed06dez06
Ed06dez06
 
Folder institucional da Apras
Folder institucional da AprasFolder institucional da Apras
Folder institucional da Apras
 
Jornal dos Comerciários - Nº 183
Jornal dos Comerciários - Nº 183Jornal dos Comerciários - Nº 183
Jornal dos Comerciários - Nº 183
 

Destaque (20)

Circulatorio
CirculatorioCirculatorio
Circulatorio
 
Apresentação Minicurso PyS60
Apresentação Minicurso PyS60Apresentação Minicurso PyS60
Apresentação Minicurso PyS60
 
Análisis sintáctico 17 o lo_confiesas_ahora_o_bien
Análisis sintáctico 17 o lo_confiesas_ahora_o_bienAnálisis sintáctico 17 o lo_confiesas_ahora_o_bien
Análisis sintáctico 17 o lo_confiesas_ahora_o_bien
 
Activada de recuperacion
Activada de recuperacionActivada de recuperacion
Activada de recuperacion
 
Fotos Estadio
Fotos EstadioFotos Estadio
Fotos Estadio
 
Educação começa em casa
Educação começa em casaEducação começa em casa
Educação começa em casa
 
Presentacion glosario
Presentacion glosarioPresentacion glosario
Presentacion glosario
 
Cuerex | Carteras de cuero legítimo | Ecuador
Cuerex | Carteras de cuero legítimo | EcuadorCuerex | Carteras de cuero legítimo | Ecuador
Cuerex | Carteras de cuero legítimo | Ecuador
 
2009-09-22 - Aluna Rosa
2009-09-22 - Aluna Rosa2009-09-22 - Aluna Rosa
2009-09-22 - Aluna Rosa
 
Conteúdo relevante
Conteúdo relevanteConteúdo relevante
Conteúdo relevante
 
Las Mascotas
Las MascotasLas Mascotas
Las Mascotas
 
Rhayssa Maryell Marra trabalho de química
Rhayssa Maryell Marra trabalho de químicaRhayssa Maryell Marra trabalho de química
Rhayssa Maryell Marra trabalho de química
 
sistema digestivo
sistema digestivosistema digestivo
sistema digestivo
 
Raquel
RaquelRaquel
Raquel
 
WebServices-XML
WebServices-XMLWebServices-XML
WebServices-XML
 
Aos Homens Maduros Z E1
Aos Homens Maduros Z E1Aos Homens Maduros Z E1
Aos Homens Maduros Z E1
 
ZAP Chico Mendes
ZAP Chico MendesZAP Chico Mendes
ZAP Chico Mendes
 
Alimentação Saudável
Alimentação SaudávelAlimentação Saudável
Alimentação Saudável
 
Maicao Apulo
Maicao ApuloMaicao Apulo
Maicao Apulo
 
Análisis sintáctico 13 le dolia_que_no_te_acordaras_de
Análisis sintáctico 13 le dolia_que_no_te_acordaras_deAnálisis sintáctico 13 le dolia_que_no_te_acordaras_de
Análisis sintáctico 13 le dolia_que_no_te_acordaras_de
 

Semelhante a Tubainas

Diário do comércio - Como construir uma marca que seja lembrada pelos consu...
Diário do comércio - Como construir uma marca que seja lembrada pelos consu...Diário do comércio - Como construir uma marca que seja lembrada pelos consu...
Diário do comércio - Como construir uma marca que seja lembrada pelos consu...Rodrigo Puga
 
Instituto agornômico também pesquisa uvas
Instituto agornômico também pesquisa uvasInstituto agornômico também pesquisa uvas
Instituto agornômico também pesquisa uvasAgricultura Sao Paulo
 
Formula do Habibs
Formula do HabibsFormula do Habibs
Formula do HabibsChris x-MS
 
Apresentação Casa do Sorvete Jundiá
Apresentação Casa do Sorvete JundiáApresentação Casa do Sorvete Jundiá
Apresentação Casa do Sorvete JundiáJundiá
 
Santa Clara Participações Ltda
Santa Clara Participações LtdaSanta Clara Participações Ltda
Santa Clara Participações Ltdabrunnomassena
 
Santa Clara Participações Ltda- Aula 10
Santa Clara Participações Ltda- Aula 10Santa Clara Participações Ltda- Aula 10
Santa Clara Participações Ltda- Aula 10brunnomassena
 
Santa Clara Participações LTDA.
Santa Clara Participações LTDA.Santa Clara Participações LTDA.
Santa Clara Participações LTDA.brunnomassena
 
Santa Clara Participações Ltda. -Parceria Estratégica
Santa Clara Participações Ltda. -Parceria EstratégicaSanta Clara Participações Ltda. -Parceria Estratégica
Santa Clara Participações Ltda. -Parceria Estratégicabrunnomassena
 
Casa do pão de queijo
Casa do pão de queijoCasa do pão de queijo
Casa do pão de queijoIsadora
 
Administração em Marketing - Aula 3 - Case granado - Complemento
Administração em Marketing - Aula 3 - Case granado - Complemento Administração em Marketing - Aula 3 - Case granado - Complemento
Administração em Marketing - Aula 3 - Case granado - Complemento Ueliton da Costa Leonidio
 
Sorvete Brasil - E-Commerce
Sorvete Brasil - E-CommerceSorvete Brasil - E-Commerce
Sorvete Brasil - E-CommerceAline Magno
 
E-commerce Sorvete Brasil
E-commerce Sorvete BrasilE-commerce Sorvete Brasil
E-commerce Sorvete BrasilDurval Amorim
 
Trabalho Mkt Digital - Sorvete Brasil
Trabalho Mkt Digital - Sorvete BrasilTrabalho Mkt Digital - Sorvete Brasil
Trabalho Mkt Digital - Sorvete BrasilBianca Furtado
 
Campanha Montanhês
Campanha MontanhêsCampanha Montanhês
Campanha MontanhêsTalita Tata
 
Criação de Nome e Concepção de Campanha - Vinícola Miolo
Criação de Nome e Concepção de Campanha - Vinícola MioloCriação de Nome e Concepção de Campanha - Vinícola Miolo
Criação de Nome e Concepção de Campanha - Vinícola MioloMatheus Guareschi
 
Devassa (Parte 1) - Empresa e Produtos
Devassa (Parte 1) - Empresa e ProdutosDevassa (Parte 1) - Empresa e Produtos
Devassa (Parte 1) - Empresa e ProdutosRaya3 Propaganda
 

Semelhante a Tubainas (20)

Diário do comércio - Como construir uma marca que seja lembrada pelos consu...
Diário do comércio - Como construir uma marca que seja lembrada pelos consu...Diário do comércio - Como construir uma marca que seja lembrada pelos consu...
Diário do comércio - Como construir uma marca que seja lembrada pelos consu...
 
Instituto agornômico também pesquisa uvas
Instituto agornômico também pesquisa uvasInstituto agornômico também pesquisa uvas
Instituto agornômico também pesquisa uvas
 
Plano de Marketing Cacau Show (Chocolate Quente) 2010
Plano de Marketing  Cacau Show (Chocolate Quente) 2010Plano de Marketing  Cacau Show (Chocolate Quente) 2010
Plano de Marketing Cacau Show (Chocolate Quente) 2010
 
Formula do Habibs
Formula do HabibsFormula do Habibs
Formula do Habibs
 
Apresentação
Apresentação Apresentação
Apresentação
 
Apresentação Casa do Sorvete Jundiá
Apresentação Casa do Sorvete JundiáApresentação Casa do Sorvete Jundiá
Apresentação Casa do Sorvete Jundiá
 
Santa Clara Participações Ltda
Santa Clara Participações LtdaSanta Clara Participações Ltda
Santa Clara Participações Ltda
 
Santa Clara Participações Ltda- Aula 10
Santa Clara Participações Ltda- Aula 10Santa Clara Participações Ltda- Aula 10
Santa Clara Participações Ltda- Aula 10
 
Santa Clara Participações LTDA.
Santa Clara Participações LTDA.Santa Clara Participações LTDA.
Santa Clara Participações LTDA.
 
Santa Clara Participações Ltda. -Parceria Estratégica
Santa Clara Participações Ltda. -Parceria EstratégicaSanta Clara Participações Ltda. -Parceria Estratégica
Santa Clara Participações Ltda. -Parceria Estratégica
 
Casa do pão de queijo
Casa do pão de queijoCasa do pão de queijo
Casa do pão de queijo
 
Administração em Marketing - Aula 3 - Case granado - Complemento
Administração em Marketing - Aula 3 - Case granado - Complemento Administração em Marketing - Aula 3 - Case granado - Complemento
Administração em Marketing - Aula 3 - Case granado - Complemento
 
Sorvete Brasil - E-Commerce
Sorvete Brasil - E-CommerceSorvete Brasil - E-Commerce
Sorvete Brasil - E-Commerce
 
E-commerce Sorvete Brasil
E-commerce Sorvete BrasilE-commerce Sorvete Brasil
E-commerce Sorvete Brasil
 
Trabalho Mkt Digital - Sorvete Brasil
Trabalho Mkt Digital - Sorvete BrasilTrabalho Mkt Digital - Sorvete Brasil
Trabalho Mkt Digital - Sorvete Brasil
 
Franquia Scada Café
Franquia Scada CaféFranquia Scada Café
Franquia Scada Café
 
Glacie apresent
Glacie apresentGlacie apresent
Glacie apresent
 
Campanha Montanhês
Campanha MontanhêsCampanha Montanhês
Campanha Montanhês
 
Criação de Nome e Concepção de Campanha - Vinícola Miolo
Criação de Nome e Concepção de Campanha - Vinícola MioloCriação de Nome e Concepção de Campanha - Vinícola Miolo
Criação de Nome e Concepção de Campanha - Vinícola Miolo
 
Devassa (Parte 1) - Empresa e Produtos
Devassa (Parte 1) - Empresa e ProdutosDevassa (Parte 1) - Empresa e Produtos
Devassa (Parte 1) - Empresa e Produtos
 

Último

ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Susana Stoffel
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 

Último (20)

ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 

Tubainas

  • 1. Estratégia| 28 de setembro de 2012 | 13h 30 Empresas que fabricam a tradicional tubaína ainda lutam para transformar os produtos em grifes Número de pequenas fábricas cai rapidamente e quem sobrevive busca caminhos para enfrentar as gigantes do mercado Renato Jakitas, Estadão PME Felipe Rau/AE Marcas regionais de refrigerantes lutam por sua sobrevivência no interior do Brasil Guaraná Cabeça de Bugre, Maçã Don, Etubaína e soda Gengibirra. Praticamente desconhecidas do grande público, as marcas regionais de refrigerantes lutam por sua sobrevivência no interior do País. Centenário, esse grupo quer deixar para trás a sina de ‘refrigereco’ adquirida nos últimos anos para transformar a memória afetiva do consumidor em valor real no ponto de venda. O desafio da tubaína, como também é chamado o produto, passa por encontrar um caminho que afaste o pequeno negócio da sombra de gigantes globais, como Coca-Cola e Ambev, recolocando o setor na rota do crescimento sustentável. “Nossa categoria tem sofrido baixas nos últimos anos. Em 2000, éramos cerca de 850 pequenas empresas. Hoje, não passamos de 210”, relata o presidente da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras), Fernando Rodrigues de Bairros. Ele destaca a concentração de mercado como responsável pela quebradeira no setor. Embora o consumo de refrigerantes tenha crescido 24% nos últimos 15 anos – de 63 litros por habitante, em 1996, para 78 litros em 2011 –, a fatia abocanhada pela Ambev e Coca- Cola, diz Bairros, avançou com muita velocidade. “Em volume de vendas, as grandes são donas de 80% do mercado. Em faturamento, chega a 90%. Em 1990, a fatia das pequenas nas vendas era de 30%.”
  • 2. Procuradas pela reportagem, tanto a Coca-Cola quanto a Ambev não se pronunciaram sobre o assunto. No entanto, além da concentração, há outros motivos para a crise das pequenas empresas do segmento: sistemas precários de distribuição, que não acompanham as exigências dos grandes varejistas, fábricas antigas e tecnologicamente defasadas, além de pequeno investimento em marketing. “Essas marcas precisam lutar para sair da briga pelo preço e olhar para vantagens competitivas. Há espaço para crescer”, garante Adalberto Viviani, da Concept Consultoria, especializada no mercado de bebidas. É o caso, por exemplo, da Bebidas Don, de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. A empresa investe em reposicionar a marca para enfrentar seus concorrentes. “Eu comparo nosso momento com as cervejas artesanais, que exploram o apelo de serem produzidas em microcervejarias”, afirma o empresário Reilly Okada, segunda geração no comando da empresa. O principal produto da fábrica, o refrigerante Maçã Don, já conquistou 15% do mercado de refrigerantes em Ribeirão Preto e, na competição direta com as marcas menores, atinge 65% de participação. “Somos até 20% mais caros do que as demais bebidas regionais e mais baratos que a Coca-Cola e o Guaraná Antártica”, afirma o empresário. “Distribuímos para trinta mil pontos de venda, com foco no pequeno e médio varejo. A política das grandes redes não favorece o regional, mas temos de achar um caminho”, analisa. Encontrar um nicho de mercado é a estratégia adotada pela Bebidas Leonardo Sell, com 105 anos de história e localizada na cidade de Rancho Queimado, em Santa Catarina. E parece que o modelo tem funcionado, afinal, o Guaraná Pureza – fabricado desde o início da operação – é tão tradicional na região que chega a custar mais caro que a versão da Ambev para o sabor. “Nosso produto é tratado como o que ele é, um dos refrigerantes mais antigos do Brasil. Não temos o mesmo tamanho, claro, dos líderes. Mas, na região de Florianópolis, disputamos o segundo lugar com o Kuat, da Coca”, destaca Ricardo Sell, que dirige a empresa ao lado do primo Sergio Sell. “Não quero sair da região. O nosso negócio não está na linha de produção industrial. Somos uma família que faz o que gosta há muito tempo”, garante. História. A Fabbri & Cia, fundada há 115 anos na cidade paulista de Bradowsqui, não mantém estratégias de crescimento como a Leonardo Sell ou a Don. Os planos da empresa passam, basicamente, por intensificar a presença no entorno da cidade de 20 mil habitantes e, assim, continuar viva. A Fabbri – hoje tocada por Sheila Fabbri, bisneta do fundador – lançou uma das primeiras marcas de guaraná do Brasil, o Cabeça de Bugre, produto que ainda responde por 80% das vendas. “Esse é um bom negócio, mas que mantemos mais por amor, pela história. Temos uma linha com cinco sabores e fabricamos, por mês, 200 mil litros de bebidas. Nosso produto só vende aqui na região. E nosso consumidor é aquele que nasceu tomando o Cabeça de Bugre”, afirma Sheila, que administra um empreendimento com faturamento anual de R$ 4,8 milhões e 60 funcionários. Fonte: http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,empresas-que-fabricam-a-tradicional- tubaina-ainda-lutam-para-transformar-suas-marcas-em-grifes,2265,0.htm Disponível em 29/09/2012
  • 3. ESTADÃO PME » INFORMAÇÃO » NOTÍCIAS Estratégia| 28 de setembro de 2012 | 14h 20 Marca regional de tubaína ganha público fiel na capital Tubaína Bar foi lançado em 2009 nas proximidades da Rua Augusta, em São Paulo RENATO JAKITAS, ESTADÃO PME JB Neto/AE Aposta. Verónica fatura com estética da tubaína O clima nostálgico e a estética das marcas regionais de refrigerantes ajudaram duas amigas a estrearem como empresárias na cidade de São Paulo. O Tubaína Bar foi lançado em 2009 nas proximidades da Rua Augusta e o local permanece com boa frequência de público três anos depois da inauguração. “Eu queria montar um bar e minha sócia oferecer uma carta de tubaínas que, no passado, eram refrigerantes de tutti-frutti e, agora, é um termo que serve para designar marcas regionais”, explica Verónica Goyzueta sobre a origem do negócio. “Foi quando a gente parou para pensar e percebeu que o nome Tubaína era muito bom para o negócio”, conclui. Da logomarca, a tubaína das empresárias desdobrou-se para o conceito do espaço, decoração e, finalmente, para o cardápio, de forte inspiração italiana e peruana, a nacionalidade de Verónica. “A tubaína tem uma relação com a comida italiana, já que começou a ser produzida por famílias de imigrantes da Itália ainda no final do século 19”, destaca a empreendedora, sobre as origens das pequenas fábricas do refrigerante em São Paulo.
  • 4. “Tem gente que senta aqui, pede um refrigerante e até chora quando começa a beber. Esse é um produto que tem muita relação com a memória afetiva das pessoas”, analisa. Com 25 rótulos, o bar tem marcas como a carioca Mineirinho, produzida a partir do mate chapéu-de-couro e o guaraná Jesus, do Maranhão. Os coquetéis etílicos também usam o produto como matéria-prima. No cardápio existe o Mojaína, por exemplo, um mojito feito de tubaína de limão. Logística. Por não existir um sistema de distribuição desses produtos para a cidade de São Paulo, Verónica conta com a ajuda de amigos e conhecidos – um grupo que viaja com regularidade para as cidades do interior onde essas marcas são normalmente comercializadas. Por isso, o trabalho dos comerciantes que chegam a São Paulo para a Feira da Madrugada, tradicional ponto de comércio popular no centro da cidade, é importantíssimo para a sobrevivência do bar. “Eles trazem os produtos nos ônibus e vou até lá bem cedo para retirar as encomendas”, conta. Associada a limitação na quantidade de produção das marcas, essa estratégia de aquisição dos refrigerantes tem impacto direto nos preços cobrados dos clientes. No Tubaína Bar, uma marca alternativa é mais cara que a comercial. Nada que comprometa o negócio, que até inspira alguns fabricantes. “A gente se surpreendeu com o resultado do Tubaína. Estudamos uma forma de aproveitar e expandir essa demanda”, afirma Reilly Okada, da marca Maçã Don. Fonte: http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,marca-regional-de-tubaina-ganha- publico-fiel-na-capital,2266,0.htm Disponível em 29/09/2012