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Terapia Cognitivo-
Comportamental para as
Disfunções Sexuais
Prof. Eduardo Antonio Moreira
REFERÊNCIAS
NORMALIDADE X DISFUNÇÃO:
Critérios de avaliação
Biológico – Sociocultural – Psicológico
A importância do consenso do casal
Social
Norma
social
Desvio
Biológico Psicológico
Norma
funcional
Disfunção
Norma
pessoal
Inade-
quação
O CICLO DA RESPOSTA SEXUAL
(Masters & Johnson – 1970)
Desejo Excitaçao Platô Orgasmo Resolução
O CICLO DA RESPOSTA SEXUAL
(Masters & Johnson – 1970)
Desejo
Excitação
Platô
Orgasmo
Resolução
O CICLO DA RESPOSTA SEXUAL
Homens x Mulheres
O CICLO DA RESPOSTA SEXUAL
Homens x Mulheres
DISFUNÇÃO SEXUAL:
Conceito
é uma perturbação nos processos que caracterizam o
ciclo de resposta sexual ou por presença de dor
associada com a relação sexual;
As disfunções sexuais devem estão relacionadas com os
componentes psicológicos da sexualidade;
Excluir a disfunção relacionada à CMG e efeito de
substâncias
DISFUNÇÃO SEXUAL:
Prevalência
43% da mulheres e 31% dos homens;
Maior do que depressão e ansiedade
COMPONENTES PSICOLÓGICOS DA
SEXUALIDADE:
Identidade de gênero;
Orientação**;
Intenção;
Desejo;
Excitação;
Orgasmo;
Satisfação emocional**
** Variações não são consideradas como transtornos
DISFUNÇÕES SEXUAIS:
Critérios Diagnósticos
1º) Debilitação psicofisiológica (sintoma);
2º) Sofrimento ou prejuízos interpessoais;
3º) Não ocorre devido a um outro transtorno mental
(exceção para outra disfunção sexual), a uma CMG ou
aos efeitos de uma substância.
TRANSTORNOS DO DESEJO SEXUAL
• Deficiência (ou ausência) persistente ou recorrente
de fantasias sexuais ou desejo de atividade sexual
Desejo
Sexual
Hipoativo
• Extrema aversão ou evitação persistente ou
recorrente de todo (ou quase todo) contato sexual
genital com um parceiro sexual
Aversão
Sexual
TRANSTORNOS DA EXCITAÇÃO SEXUAL
• Incapacidade persistente ou recorrente de obter, ou
manter, uma resposta adequada de excitação
sexual de lubrificação-turgescência até a conclusão
da atividade sexual
Transtorno
da
Excitação
Sexual
Feminina
• Incapacidade persistente ou recorrente de obter ou
manter uma ereção adequada até a conclusão da
atividade sexual
Transtorno
Erétil
Masculino
TRANSTORNOS DE DOR SEXUAL
• Dor genital recorrente ou persistente associada
com relação sexual em um homem ou mulher
Dispareunia
• Espasmo involuntário, recorrente ou persistente da
musculatura do terço externo da vagina, que
interfere com a relação sexual
Vaginismo
TRANSTORNOS DO ORGASMO
• Atraso ou ausência persistente ou recorrente de
orgasmo após uma fase de excitação sexual normal
Transtorno
do
Orgasmo
Feminino
• Atraso ou ausência persistente ou recorrente de orgasmo após
uma fase de excitação sexual normal durante a atividade sexual
Transtorno
do Orgasmo
Masculino
• Ejaculação persistente ou recorrente com estimulação
sexual mínima antes, durante ou logo após a penetração e
antes do que o indivíduo deseja
Ejaculação
Precoce
OUTROS
• Qualquer condição acima que é decorrente
exclusivamente dos efeitos fisiológicos diretos de
uma CMG.
D.S. Devida a
uma CMG
• Qualquer condição acima que é decorrente exclusivamente do uso de
substâncias. O sintoma aparece dentro de 1 mês após o uso da substância.
D.S. Induzida
por Substância
• Para problemas que não se encaixam nas categorias
descritas acima.
D.S. Sem Outra
Especificação
DISFUNÇÕES SEXUAIS:
Subtipos
Ao longo da vida;
Adquirido;
Generalizado;
Situacional.
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Etiologia:
Modelo biopsicológico pressupõe trabalho conjunto
entre o médico e o terapeuta.
Década de 70
Mod. psicológico
(Masters e Johnson)
D.S.´s causadas por
problemas psicológicos
Década de 80
D.S.´s causadas por
problemas biológicos
Década de 90
D.S.´s causadas por
problemas psicológicos e
biológicos
Mod. biológico Mod. biopsicológico
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Modelo biopsicológico
Fatores biológicos diretos de risco:
Doenças vasculares;
Diabetes;
Epilepsia.;
Esclerose múltipla;
Doença renal;
Níveis hormonais;
Álcool;
Medicamentos: anti-hipertensivos, anti-depressivos e
ansiolíticos.
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Modelo biopsicológico
Fatores biológicos indiretos de risco:
Idade: interfere na atitude positiva e disponibilidade de
parceiros sexuais;
Fumar;
Dor ou doenças crônicas;
Cirurgias que mudam a aparência física;
Mastectomia
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Modelo biopsicológico
Fatores de risco psicossociais:
Transtornos psicológicos;
Emoções = principalmente ansiedade e culpa;
Pensamentos disfuncionais;
Fatores culturais;
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Problemas do casal, comunicação insatisfatória, falta de
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TRATAMENTO DAS D.S.´s: Paradigmas
Terapia Sexual Clássica
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Dificuldade (PESSOA)
Dificuldade ou desvio
Foco Bidirecional
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(PARCEIRO)
Dificuldade
(PESSOA)
Inadequação
Dificuldade ou
Desvio
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Considerações preliminares
Mesma estrutura da TCC padrão
Quando existe um relacionamento íntimo:
Priorizar a avaliação e a terapia como casal
Mais informações úteis na avaliação;
Oportunidade para observar a interação do casal;
Melhor cumprimento do tratamento;
Ressíntese da idéia de que o problema é exclusivo do
paciente.
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Considerações preliminares
Caso não exista relacionamento íntimo o foco será:
Psicoeducação;
Reestruturação cognitiva;
Técnicas comportamentais que possam ser feitas
individualmente;
Cria-se um plano para os relacionamentos futuros;
Retorno quando houver um relacionamento
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Considerações preliminares
Sessões semanais;
Durante a avaliação pode-se optar por mais sessões;
Os procedimentos se aplicam a ambos os sexos,
independente da orientação sexual;
Raramente o tratamento é eficaz na presença de alcoolismo
ou drogadição.
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Considerações preliminares
Farmacologia:
Sildenafil (Viagra);
Tadalafil (Cialis);
Vardenafil (Levitra);
Não há comprovação de efeito nas mulheres;
Apenas restauram a resposta sexual fisiológica;
Não garantem satisfação sexual;
Por isso a terapia concomitantemente.
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Avaliação
Setting:
Parceria com médicos;
Vestimenta adequada e local apropriado;
Psicólogo se sente à vontade para falar do assunto.
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Avaliação
Primeira sessão: entrevista com o paciente;
Segunda sessão: entrevista com o parceiro;
Terceira sessão: feedback
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Avaliação
Objetivos:
1º: conceituar a natureza da disfunção;
2º: identificar:
 Predisposições biológicas e psicológicas;
 Ex: diabetes, educação sexual negativa;
 Precipitantes imediatos (ex: álcool, drogas)
 Fatores de manutenção (ex: ansiedade desempenho);
 Pode exigir exame médico recente;
3º: linha de base pré-tratamento.
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Avaliação
 Dicas:
 Trabalhar a psicoeducação, mitos e as visões equivocadas
durante a avaliação;
 Usar terminologia médica juntamente com os termos
leigos: intercurso = penetração, ejaculação = gozar
 Avaliar se não existe uma patologia mais grave por trás da
D.S. (ex: depressão e ou ideação suicida);
 A comunicação sexual é uma meta sempre presente;
 Investigar como a D.S. interfere na rotina afetiva do casal.
Avaliação Médica
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médicas
Avaliação Psicossocial
Integração das informações
Problema no
casal
Problema
individual
Psicopato-
logia
Drogadi-ção
Estabilização
médica
Possível terapia de casal
T. sexual
individual
Terapia
individual
T. para
drogadição
Terapia sexual
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Objetivos
Desenvolvimento de um relacionamento sexual mais
satisfatório;
Sem ênfase no desempenho;
O orgasmo e a penetração não são necessários para haver a
satisfação sexual;
Objetivos são traçados conjuntamente.
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Variáveis que podem gerar resistência
Desempenho como indicador de sucesso;
Visões estereotipadas sobre papel do homem e mulher;
Desconhecimento da resposta sexual;
Evitação do sexo;
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TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Métodos - educação
Foco:
Crenças equivocadas;
Expectativas fora da realidade;
Falta de informação sobre a fisiologia e ao funcionamento
sexual;
Mitos;
O homem sempre está interessado e pronto para o sexo;
Quanto maior, melhor;
Mulheres têm orgasmos sempre que fazem sexo;
Alguém que tem parceiro sexual não se masturba.
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Métodos – controle de estímulos
Manipular fatores ambientais para facilitar um determinado
cpt ou resultado;
Cria as condições que levam a um funcionamento sexual
adequado;
Etapas:
Criar lista de fatores positivos à excitação;
Ex: lugar, horário, humor e atmosfera;
Maximizar o nº de fatores positivos de um encontro;
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TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Métodos – reestruturação cognitiva
“tomara que funcione desta vez”
“vou decepcionar de novo”
“vai doer”
Explicar o modelo ABC = mostrar o impacto dos pensamentos na
excitação;
Questionamento de P.A.´s;
RPD após atividade sexual;
Descatastrofizar o resultado negativo
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Métodos – foco sensorial
Usado principalmente nos transtornos da excitação;
Proibição à penetração;
Diminuir o foco no desempenho;
Devolver o foco às sensações prazerosas;
Aumentar a cumplicidade sexual
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Métodos – foco sensorial
 Etapas:
1. Definir o exercício;
2. Definir a frequência (1 a 3/sem) e a duração (15 a 30 min);
3. Definir o objetivo (sensações, prazer, comunicação e etc);
4. Definir os não objetivos (excitar-se, orgasmo, penetração);
5. Quem deve iniciar
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Métodos – coito não exigente
Foco sensorial centrado na vagina;
Passos:
1. Preliminar até haja ereção e lubrificação vaginal;
 Pode-se fazer uso de lubrificantes.
2. Homem deitado e mulher por cima;
 Mulher não faz movimentos pélvicos;
3. Movimentos para descobrir novas sensações vaginais;
4. Acaba na presença de cansaço ou orgasmo.
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Métodos – medicação + TCC
Usado principalmente na disfunção erétil;
Se houver ansiedade o efeito do remédio diminuirá;
Reestruturação cognitiva dos P.A.´s ansiogênicos;
Fases:
1. Remédio + masturbação;
2. Remédio + foco sensorial;
3. Remédio + penetração;
4. Penetração sem remédio.
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Ejaculação precoce
Psicoeducação sobre as latências normais (2 a 8 min);
Stop-start na masturbação;
1º: mão seca e repetir 10x, 3 manobras masturbatórias;
2º: mão seca e repetir 10x, 5 manobras masturbatórias;
3º: mão seca e repetir 10x, 7 manobras masturbatórias;
4º: mão lubrificada (imitando a vagina): repetir sequências;
5º: a sequência é feita pela parceira (homem sinaliza “pare”);
6º: coito não exigente (acostumar com o ambiente vaginal);
7º: stop-start vaginal;
8º: casal na posição lateral;
9º: homem por cima.
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Ejaculação precoce
Técnica compressiva (feita pelo homem ou parceira);
Homem deitado e com ereção;
O próprio ou parceira iniciam masturbação;
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TRATAMENTO DAS D.S.´s:
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Mostrar ao parceiro os passos da estimulação;
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TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Anorgasmia
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TRATAMENTO DAS D.S.´s:
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Passos:
Determinar qual atividade é dolorosa ou difícil;
Maioria é a penetração;
Dessensibilização sistemática e reestruturação cognitiva;
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
Transtornos da aversão sexual
Dessensibilização sistemática e reestruturação cognitiva;
TRATAMENTO DAS D.S.´s:
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Determinar qual atividade é dolorosa ou difícil;
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TRATAMENTO DAS D.S.´s:
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  • 3. NORMALIDADE X DISFUNÇÃO: Critérios de avaliação Biológico – Sociocultural – Psicológico A importância do consenso do casal Social Norma social Desvio Biológico Psicológico Norma funcional Disfunção Norma pessoal Inade- quação
  • 4. O CICLO DA RESPOSTA SEXUAL (Masters & Johnson – 1970) Desejo Excitaçao Platô Orgasmo Resolução
  • 5. O CICLO DA RESPOSTA SEXUAL (Masters & Johnson – 1970) Desejo Excitação Platô Orgasmo Resolução
  • 6. O CICLO DA RESPOSTA SEXUAL Homens x Mulheres
  • 7. O CICLO DA RESPOSTA SEXUAL Homens x Mulheres
  • 8. DISFUNÇÃO SEXUAL: Conceito é uma perturbação nos processos que caracterizam o ciclo de resposta sexual ou por presença de dor associada com a relação sexual; As disfunções sexuais devem estão relacionadas com os componentes psicológicos da sexualidade; Excluir a disfunção relacionada à CMG e efeito de substâncias
  • 9. DISFUNÇÃO SEXUAL: Prevalência 43% da mulheres e 31% dos homens; Maior do que depressão e ansiedade
  • 10. COMPONENTES PSICOLÓGICOS DA SEXUALIDADE: Identidade de gênero; Orientação**; Intenção; Desejo; Excitação; Orgasmo; Satisfação emocional** ** Variações não são consideradas como transtornos
  • 11. DISFUNÇÕES SEXUAIS: Critérios Diagnósticos 1º) Debilitação psicofisiológica (sintoma); 2º) Sofrimento ou prejuízos interpessoais; 3º) Não ocorre devido a um outro transtorno mental (exceção para outra disfunção sexual), a uma CMG ou aos efeitos de uma substância.
  • 12. TRANSTORNOS DO DESEJO SEXUAL • Deficiência (ou ausência) persistente ou recorrente de fantasias sexuais ou desejo de atividade sexual Desejo Sexual Hipoativo • Extrema aversão ou evitação persistente ou recorrente de todo (ou quase todo) contato sexual genital com um parceiro sexual Aversão Sexual
  • 13. TRANSTORNOS DA EXCITAÇÃO SEXUAL • Incapacidade persistente ou recorrente de obter, ou manter, uma resposta adequada de excitação sexual de lubrificação-turgescência até a conclusão da atividade sexual Transtorno da Excitação Sexual Feminina • Incapacidade persistente ou recorrente de obter ou manter uma ereção adequada até a conclusão da atividade sexual Transtorno Erétil Masculino
  • 14. TRANSTORNOS DE DOR SEXUAL • Dor genital recorrente ou persistente associada com relação sexual em um homem ou mulher Dispareunia • Espasmo involuntário, recorrente ou persistente da musculatura do terço externo da vagina, que interfere com a relação sexual Vaginismo
  • 15. TRANSTORNOS DO ORGASMO • Atraso ou ausência persistente ou recorrente de orgasmo após uma fase de excitação sexual normal Transtorno do Orgasmo Feminino • Atraso ou ausência persistente ou recorrente de orgasmo após uma fase de excitação sexual normal durante a atividade sexual Transtorno do Orgasmo Masculino • Ejaculação persistente ou recorrente com estimulação sexual mínima antes, durante ou logo após a penetração e antes do que o indivíduo deseja Ejaculação Precoce
  • 16. OUTROS • Qualquer condição acima que é decorrente exclusivamente dos efeitos fisiológicos diretos de uma CMG. D.S. Devida a uma CMG • Qualquer condição acima que é decorrente exclusivamente do uso de substâncias. O sintoma aparece dentro de 1 mês após o uso da substância. D.S. Induzida por Substância • Para problemas que não se encaixam nas categorias descritas acima. D.S. Sem Outra Especificação
  • 17. DISFUNÇÕES SEXUAIS: Subtipos Ao longo da vida; Adquirido; Generalizado; Situacional.
  • 18. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Etiologia: Modelo biopsicológico pressupõe trabalho conjunto entre o médico e o terapeuta. Década de 70 Mod. psicológico (Masters e Johnson) D.S.´s causadas por problemas psicológicos Década de 80 D.S.´s causadas por problemas biológicos Década de 90 D.S.´s causadas por problemas psicológicos e biológicos Mod. biológico Mod. biopsicológico
  • 19. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Modelo biopsicológico Fatores biológicos diretos de risco: Doenças vasculares; Diabetes; Epilepsia.; Esclerose múltipla; Doença renal; Níveis hormonais; Álcool; Medicamentos: anti-hipertensivos, anti-depressivos e ansiolíticos.
  • 20. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Modelo biopsicológico Fatores biológicos indiretos de risco: Idade: interfere na atitude positiva e disponibilidade de parceiros sexuais; Fumar; Dor ou doenças crônicas; Cirurgias que mudam a aparência física; Mastectomia
  • 21. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Modelo biopsicológico Fatores de risco psicossociais: Transtornos psicológicos; Emoções = principalmente ansiedade e culpa; Pensamentos disfuncionais; Fatores culturais; Falta de instrução sobre funcionamento sexual; Fatores do relacionamento: Problemas do casal, comunicação insatisfatória, falta de atração física, repertório sexual restrito
  • 22. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Paradigmas Terapia Sexual Clássica Foco Unidirecional Terapia Sexual Moderna Dificuldade (PESSOA) Dificuldade ou desvio Foco Bidirecional Consequência (PARCEIRO) Dificuldade (PESSOA) Inadequação Dificuldade ou Desvio
  • 23. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Considerações preliminares Mesma estrutura da TCC padrão Quando existe um relacionamento íntimo: Priorizar a avaliação e a terapia como casal Mais informações úteis na avaliação; Oportunidade para observar a interação do casal; Melhor cumprimento do tratamento; Ressíntese da idéia de que o problema é exclusivo do paciente.
  • 24. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Considerações preliminares Caso não exista relacionamento íntimo o foco será: Psicoeducação; Reestruturação cognitiva; Técnicas comportamentais que possam ser feitas individualmente; Cria-se um plano para os relacionamentos futuros; Retorno quando houver um relacionamento
  • 25. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Considerações preliminares Sessões semanais; Durante a avaliação pode-se optar por mais sessões; Os procedimentos se aplicam a ambos os sexos, independente da orientação sexual; Raramente o tratamento é eficaz na presença de alcoolismo ou drogadição.
  • 26. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Considerações preliminares Farmacologia: Sildenafil (Viagra); Tadalafil (Cialis); Vardenafil (Levitra); Não há comprovação de efeito nas mulheres; Apenas restauram a resposta sexual fisiológica; Não garantem satisfação sexual; Por isso a terapia concomitantemente.
  • 27. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Avaliação Setting: Parceria com médicos; Vestimenta adequada e local apropriado; Psicólogo se sente à vontade para falar do assunto.
  • 28. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Avaliação Primeira sessão: entrevista com o paciente; Segunda sessão: entrevista com o parceiro; Terceira sessão: feedback
  • 29. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Avaliação Objetivos: 1º: conceituar a natureza da disfunção; 2º: identificar:  Predisposições biológicas e psicológicas;  Ex: diabetes, educação sexual negativa;  Precipitantes imediatos (ex: álcool, drogas)  Fatores de manutenção (ex: ansiedade desempenho);  Pode exigir exame médico recente; 3º: linha de base pré-tratamento.
  • 30. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Avaliação  Dicas:  Trabalhar a psicoeducação, mitos e as visões equivocadas durante a avaliação;  Usar terminologia médica juntamente com os termos leigos: intercurso = penetração, ejaculação = gozar  Avaliar se não existe uma patologia mais grave por trás da D.S. (ex: depressão e ou ideação suicida);  A comunicação sexual é uma meta sempre presente;  Investigar como a D.S. interfere na rotina afetiva do casal.
  • 31. Avaliação Médica Indicações médicas Avaliação Psicossocial Integração das informações Problema no casal Problema individual Psicopato- logia Drogadi-ção Estabilização médica Possível terapia de casal T. sexual individual Terapia individual T. para drogadição Terapia sexual
  • 32. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Objetivos Desenvolvimento de um relacionamento sexual mais satisfatório; Sem ênfase no desempenho; O orgasmo e a penetração não são necessários para haver a satisfação sexual; Objetivos são traçados conjuntamente.
  • 33. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Variáveis que podem gerar resistência Desempenho como indicador de sucesso; Visões estereotipadas sobre papel do homem e mulher; Desconhecimento da resposta sexual; Evitação do sexo; Promiscuidade sexual.
  • 34. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Métodos - educação Foco: Crenças equivocadas; Expectativas fora da realidade; Falta de informação sobre a fisiologia e ao funcionamento sexual; Mitos; O homem sempre está interessado e pronto para o sexo; Quanto maior, melhor; Mulheres têm orgasmos sempre que fazem sexo; Alguém que tem parceiro sexual não se masturba.
  • 35. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Métodos – controle de estímulos Manipular fatores ambientais para facilitar um determinado cpt ou resultado; Cria as condições que levam a um funcionamento sexual adequado; Etapas: Criar lista de fatores positivos à excitação; Ex: lugar, horário, humor e atmosfera; Maximizar o nº de fatores positivos de um encontro; Criar lista de fatores negativos à excitação; Pode exigir terapia.
  • 36. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Métodos – reestruturação cognitiva “tomara que funcione desta vez” “vou decepcionar de novo” “vai doer” Explicar o modelo ABC = mostrar o impacto dos pensamentos na excitação; Questionamento de P.A.´s; RPD após atividade sexual; Descatastrofizar o resultado negativo
  • 37. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Métodos – foco sensorial Usado principalmente nos transtornos da excitação; Proibição à penetração; Diminuir o foco no desempenho; Devolver o foco às sensações prazerosas; Aumentar a cumplicidade sexual
  • 38. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Métodos – foco sensorial  Etapas: 1. Definir o exercício; 2. Definir a frequência (1 a 3/sem) e a duração (15 a 30 min); 3. Definir o objetivo (sensações, prazer, comunicação e etc); 4. Definir os não objetivos (excitar-se, orgasmo, penetração); 5. Quem deve iniciar
  • 39. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Métodos – coito não exigente Foco sensorial centrado na vagina; Passos: 1. Preliminar até haja ereção e lubrificação vaginal;  Pode-se fazer uso de lubrificantes. 2. Homem deitado e mulher por cima;  Mulher não faz movimentos pélvicos; 3. Movimentos para descobrir novas sensações vaginais; 4. Acaba na presença de cansaço ou orgasmo.
  • 40. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Métodos – medicação + TCC Usado principalmente na disfunção erétil; Se houver ansiedade o efeito do remédio diminuirá; Reestruturação cognitiva dos P.A.´s ansiogênicos; Fases: 1. Remédio + masturbação; 2. Remédio + foco sensorial; 3. Remédio + penetração; 4. Penetração sem remédio.
  • 41. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Ejaculação precoce Psicoeducação sobre as latências normais (2 a 8 min); Stop-start na masturbação; 1º: mão seca e repetir 10x, 3 manobras masturbatórias; 2º: mão seca e repetir 10x, 5 manobras masturbatórias; 3º: mão seca e repetir 10x, 7 manobras masturbatórias; 4º: mão lubrificada (imitando a vagina): repetir sequências; 5º: a sequência é feita pela parceira (homem sinaliza “pare”); 6º: coito não exigente (acostumar com o ambiente vaginal); 7º: stop-start vaginal; 8º: casal na posição lateral; 9º: homem por cima.
  • 42. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Ejaculação precoce Técnica compressiva (feita pelo homem ou parceira); Homem deitado e com ereção; O próprio ou parceira iniciam masturbação; Imediatamente antes à ejaculação inicia-se a compressão
  • 43. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Anorgasmia Certificar se há expectativas realísticas; Certificar se há estimulação adequada; Tarefas de casa (material); Trabalhar P.A.´s negativos ou distraidores; Modificar a rotina sexual (fantasias, lugares); Cuidado com filmes e sex shops Se houver orgasmo na masturbação; Mostrar ao parceiro os passos da estimulação; Manobra da ponte.
  • 44. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Anorgasmia Manobra da ponte: Introdução o pênis na vagina; Homem ou mulher estimulam o clitóris; Mulher se concentra nas fantasias usadas na masturbação; Orgasmo é emparelhado com o pênis na vagina.
  • 45. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Transtornos dolorosos e aversão sexual Passos: Determinar qual atividade é dolorosa ou difícil; Maioria é a penetração; Dessensibilização sistemática e reestruturação cognitiva;
  • 46. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Transtornos da aversão sexual Dessensibilização sistemática e reestruturação cognitiva;
  • 47. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Dispareunia e vaginismo Determinar qual atividade é dolorosa ou difícil; Maioria é a penetração; Dilatação vaginal (exclusiva do médico); Manejo de ansiedade; ansiolíticos;.
  • 48. TRATAMENTO DAS D.S.´s: Transtorno do desejo sexual Foco sensorial; Recondicionamento orgásmico (quando há rotina sexual) A pessoa inicia a masturbação fantasiando o ato com alguém que lhe pareça excitante; Próximo do orgasmo, a paciente substitui o objeto fantasiado pelo parceiro que deseja reativar o desejo; A fantasia vai sendo substituída cada vez mais distante do orgasmo.