Jorge Amado foi um escritor brasileiro nascido em 1912 na Bahia. Ele é conhecido por obras como Gabriela, Cravo e Canela e Dona Flor e Seus Dois Maridos que retratam a cultura e o povo da Bahia. Sua carreira como escritor durou décadas e ele recebeu inúmeros prêmios ao longo de sua vida.
2. O Capitão Jorge
“Não escrevi meu primeiro
livro pensando
em ficar
famoso,
escrevi
pela
necessidade de expressar o que
sentia.”
3. O Capitão Jorge
• Um dos maiores contadores de histórias que o
Brasil já conheceu, dono de uma obra como
nenhuma outra no Brasil, o autor de Gabriela
cravo e canela e de muitos outros títulos que
atravessaram o oceano e continentes, tornandose bem conhecidos entre os portugueses pelas
inúmeras novelas que a TV Globo produziu e
que por cá passaram
4. O Capitão Jorge
• Como o Capitão que sempre viajou muito,
também as suas histórias romperam pelo mundo,
divulgando além-mar as imagens de um país
exótico, místico e mestiço, povoado de quengas,
vagabundos e coronéis, com memórias,
lembranças, emoções e sentimentos que
ajudaram a mostrar retratos do Brasil ao
próprio Brasil, com personagens fortes e
inesquecíveis.
5. O Capitão Jorge
“Nós não somos isso ou
aquilo, nós somos tudo:
branco, negro, índio. É isto
que faz a nossa singularidade
e nos dá uma importância
real.”
6. Biografia (resumida)
• Jorge Amado nasceu a 10 de agosto de 1912, na fazenda
Auricídia, no município de Itabuna, no Estado da Bahia,
Brasil.
• Passou a infância dividido entre a cidade natal e Salvador.
Viveu livre e misturado com o povo da Bahia nos seus anos de
adolescência, adquirindo então um conhecimento da vida
popular que iria marcar profundamente a sua obra de
romancista. Frequentou a Faculdade de Direito, do Rio de
Janeiro. Em 1932, levado por Rachel Queiroz, frequenta
grupos políticos de esquerda e filia-se no Partido Comunista
Brasileiro (PCB).
7. Biografia (resumida)
• Em 1935, forma-se em Direito, mas passa a sofrer perseguições
políticas, que o levam a exilar-se temporariamente (1941-42). Em 1936 e
1937, conhece as agruras da prisão política. Em 1946, com a
redemocratização, elege-se deputado pelo PCB, mas, no ano seguinte,
tem o seu mandato suspenso em consequência de ilegalidade do partido.
• Foi membro da Academia Brasileira de Letras a 6 de abril de 1961,
assim como membro de outras Academias de Letras e de Ciências no
Brasil.
8. Biografia (resumida)
• Casou em 1945 com a escritora Zélia Gattai, com quem teve
dois filhos: João Jorge Amado, nascido no Rio de Janeiro, em
1947 e Paloma Amado Costa, nascida em Praga, em 1951.
9. Prémios (resumo)
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Stalin da Paz (União Soviética, 1951)
Latinidade (França, 1971)
Nonino (Itália, 1982)
Dimitrov (Bulgária, 1989)
Pablo Neruda (Rússia, 1989)
Etruria de Literatura (Itália, 1989)
Cino Del Duca (França, 1990)
Mediterrâneo (Itália, 1990)
Vitaliano Brancatti (Itália, 1995)
Luís de Camões (Brasil, Portugal,
1995)
• Jabuti (Brasil, 1959, 1995)
• Ministério da Cultura (Brasil, 1997)
10. Bibliografia (resumida)
• A sua escrita começa muito cedo. Aos 14 anos, começou a trabalhar em
jornais e a participar na vida literária, sendo um dos fundadores da
Academia dos Rebeldes, grupo que desempenhou um papel importante
na renovação das letras baianas.
• A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para
cinema, teatro e televisão e os seus livros foram traduzidos para 49
idiomas, existindo também exemplares em braile e em formato de
audiolivro.
11. Bibliografia (resumida)
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
O país do Carnaval, 1931
Cacau, 1933
Mar morto, 1936
Capitães da areia, 1937
Seara Vermelha, 1946
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, 1948
Gabriela, cravo e canela, 1958
Dona Flor e seus dois maridos, 1966
Tieta do Agreste, 1977
O milagre dos pássaros, 1997
12. O país do Carnaval, 1931
• O primeiro romance de Jorge
Amado, com apenas 19 anos.
• O livro faz uma crítica à
imagem festiva e contraditória
do Brasil, a partir do olhar da
personagem Paulo Rigger, que
mantém uma relação de
desconfiança com o Brasil do
Carnaval, acreditando que a
festa popular mantém o povo
alienado.
13. Cacau, 1933
• As condições de trabalho nas
plantações de cacau são o
foco central deste livro que
se esgotou num mês.
• Numa narrativa biográfica,
marcada pela juventude do
autor, o romance conquista
pela combinação de crítica
social, num retrato de uma
época e de um lugar.
14. Mar morto, 1936
• Neste ano, Jorge Amado sofre a
sua primeira prisão, por
motivos políticos, acusado de
participar na “Intentona
Comunista”.
• Publica “Mar morto” que
recebe o Prémio Graça Aranha
da Academia Brasileira de
Letras.
• O romance foi adaptado para
novela de rádio na Rádio
Nacional do Rio de Janeiro.
16. Capitães da areia, 1937
• Após o golpe de Vargas, Jorge Amado, é preso (por um ano) e os seus
livros, considerados subversivos, são queimados em plena Salvador por
determinação da Sexta Região Militar. (segundo as atas militares, foram queimados 1.694
exemplares dos títulos: “O país do Carnaval”; “Cacau”; “Suor”; “Jubiabá”; “Mar morto” e “Capitães da areia”).
• A 1ª adaptação cinematográfica desta obra, em Salvador no ano de
1969, foi feita pelo cineasta americano Hall Bartlett e foi lançado a
1971 sob o título “The sandpits generals”. Em 2011 foi realizado o
último filme, por Cecília Amado, por ocasião dos 100 anos do escritor.
• “Os capitães da Areia” – Pedro Bala, Professor, Gato, Sem-pernas, Boa
Vida e Dora – são personagens que o escritor baiano um dia criou para
habitarem eternamente na memória dos seus leitores. Abandonados pelas
suas famílias, eles são obrigados a lutar para sobreviver nas ruas de
Salvador. Uma história imortal na literatura mundial que nos emociona
e inspira.
17. O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, 1948
• Para
comemorar
o
primeiro aniversário do
filho,
escreve
esta
história.
• Por esta altura e em
exílio voluntário, viaja
pela Europa e União
Soviética.
18. O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, 1948
“A história de amor do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá eu a escrevi em 1948, em Paris,
onde então residia com minha mulher e meu filho João Jorge, quando este completou um ano de
idade, presente de aniversário; para que um dia ele a lesse. Colocado junto aos pertences da
crinça, o texto se perdeu e, somente em 1976, João, bulindo em velhos guardados, o reencontrou,
dele tomando finalmente conhecimento.
Nunca pensei em publicá-lo. Mas tendo sido dado a ler a Carybé por João Jorge, o mestre
baiano, por gosto e amizade, sobre as páginas datilografadas desenhou as mais belas ilustrações,
tão belas que todos as desejam adimirar. Diante do que, não tive mais condições para recusar-me
à puclicação por tantos reclamada: se o texto não paga a pena, em troca não tem preço que possa
pagar as aquarelas de Carybé. O texto é editado como o escrevi em Paris, há quase trinta anos.
Se fosse bulir nele, teria de reestruturá-lo por completo, fazendo-o perder sua única qualidade: a
de ter sido escrito simplesmente pelo prazer de escrevê-lo, sem nenhuma obrigação de público e de
editor”.
Londres, agosto de 1976
Jorge Amado (2002). O gato Malhado e a andorinha Sinhá: uma história de amor. 40. ed., Rio de Janeiro: Record.
.
19. Gabriela, cravo e canela, 1958
• O livro, publicado em agosto,
esgota 20,000 exemplares em
apenas 2 semanas.
• Sai o disco “Canto de amor à
Bahia e quatro acalantos de
Gabriela, cravo e canela”,
trazendo leituras de Jorge
Amado e música de Dorival
Caymmi.
• Em 1975 a Rede Globo
produziu a novela baseada no
livro e em 1983 é realizado o
primeiro filme.
20. Gabriela, cravo e canela, 1958
Gabriela Cravo E Canela (Letra)
Quando eu vim para esse mundo
Eu não atinava em nada
Hoje eu sou Gabriela
Gabriela ê meus camarada
Eu nasci assim, eu cresci assim e sou mesmo assim
Vou ser sempre assim
Gabriela, sempre Gabriela
Quem me batizou quem me nomeou
Pouco me importou é assim que eu sou
Gabriela, sempre Gabriela
(Voz: Gal Costa)
21. Dona Flor e seus dois maridos, 1966
• A história é dividida em 5 partes, (cada
uma aberta por uma lição de culinária de
D. Flor, que é professora desta arte, com
exceção da quarta parte ) e um intervalo.
• O romance é uma história real da década de
30 na Bahia, de uma senhora que enquanto
jovem, casara com um boémio senhor,
mulherengo e jogador que é morto logo
depois do casamento. A viúva, na vida
real, conta a sua história ao amigo Jorge
Amado que em ficção resolve os dramas
desta mulher.
• Bruno Barreto realiza o primeiro filme
baseado nesta obra em 1976.
22. O adeus a Jorge Amado, 2001
• Com cada vez mais isolado devido a problemas de saúde,
celebra em agosto de 2000, 88 anos de vida, embora privado
do que muito gostava: ler e comer. É internado em junho de
2001 com vários problemas, acabando por falecer a 6 de
agosto de 2001. Foi cremado conforme o seu desejo, e as suas
cinzas foram enterradas no jardim de sua residência, no dia
em que completaria 89 anos. A sua morte é destacada em
jornais de todo o mundo.
• Por ocasião dos 100 anos do autor (1912-2012), muitos são os
eventos, exposições e demais acontecimentos no Brasil, em
torno desta figura épica do país.
23. O Capitão Jorge
“O mundo só vai prestar para
nele se viver, no dia em que a
gente ver um gato maltês
casar com uma alegre
andorinha, saindo os dois a
voar, o noivo e sua noivinha,
Dom
Gato
e
Dona
Andorinha.”
25. Série Autores Lusófonos
1. Mia Couto
2. José Eduardo Agualusa
3. Ondjaki
4. Jorge Amado
A professora bibliotecária, Carla Nunes
Ano letivo 2013/2014