O documento discute os antígenos tumorais, a resposta imune contra tumores e limitações da imunoterapia. Em particular, descreve que antígenos tumorais podem ser induzidos por mutações, vírus ou fatores de desenvolvimento e que a resposta imune é limitada pela capacidade dos tumores escaparem da detecção.
2. O termo tumor foi originalmente aplicado ao edema
causado por uma inflamação (Câncer é o termo mais
comum para todos os tumores malignos)
A existência de uma resposta imune contra um tumor é
baseada em mudanças nos componentes de superfície da
célula maligna.
Como se sabe, o câncer começa com uma série de mudanças
genéticas induzidas por vários fatores: vírus, drogas,
radiações, etc, que atacam um ou mais grupos de células,
tornando-as com excessiva capacidade de reprodução e,
assim, invadem tecidos vizinhos, onde tem início a
malignidade.
Capacidade do SI de
reconhecimento do não próprio
Débora
3. o sistema imune tem um papel preponderante ontra o
crescimento de células neoplásicas
Os antígenos do câncer são mais difíceis
para serem identificados daqueles existentes
em patógenos (ex.: vírus, bactérias) pois as
células cancerosas são formas mutantes das
próprias células da pessoa afetada pelo
câncer. Assim, o sistema imune adaptativo
nem sempre as vê como células estranhas e
o tumor pode enganar o organismo,
induzindo-o a desligar a resposta
imunológica
Débora
4. Exclusivos de
células cancerosas
Podem apresentar
estruturas comuns à
célula normal e
malignas.
Outros não
possuem diferenças
qualitativas de
células normais
Débora
5. Avanços nos métodos imunológicos e de biologia molecular
têm facilitado enormemente a identificação de antígenos
tumorais capazes de induzir reações imunes.
Antigénios tumorais induzidos por químicos ou danos físicos;
Antígenos específicos do tumor (TSTA; Metilcolantreno /
UV)
Antigénios tumorais induzidos por vírus;
Ex: Linfoma de burkit (EBV); Carcinoma cervical (HPV)
Antigénios associados a tumores;
Antigénios oncofetais
Alfa-feto-proteína (AFP)
Antigénio carcinoembriónico (CEA)
Débora
6.
7. As categorias se diferem quanto aos fatores que
induzem a malignidade e as propriedades
imunoquímicas dos antígenos tumorais.
8. Alguns antígenos tumorais são derivados dos genes
normais que, sob circunstâncias normais, são
programados para serem expressos apenas na
embriogênese.
Exemplos de antígenos tumorais de
desenvolvimento oncogênico:
Família de Proteínas do Antígeno Associado ao
Melanoma (MAGE);
Antígeno Carcinoembrionário (CEA);
α-Fetoproteína (AFP);
Presley
9. O antígeno surge a partir de uma mutação somática
em todos os casos;
Essas mutações ocorrem em genes que codificam para
partes funcionalmente importantes da proteína
expressa;
Presley
10. Vigilância Imunológica (1950) – resistência
imunológica contra o desenvolvimento do câncer.
A ausência de vigilância imunológica dos cânceres
espontâneos ou daqueles induzidos por carcinógenos
não significa que esses tumores não são antigênicos;
Presley
11. Tem-se demonstrado que tanto anticorpos IgM e quanto IgG destroem
as células tumorais in vitro na presença do complemento.
Vários estudos indicam que, na presença do complemento, os
anticorpos antitumorais são eficientes in vivo na destruição de algumas
leucemias e células de linfoma e na redução de metástases em vários
outros sistemas tumorais.
Outros estudos, porém, mostram que os mesmos anticorpos, na
presença de complemento, são ineficientes na destruição das células do
mesmo tumor em uma forma sólida.
Presley
12. A destruição das células tumorais
por células fagocíticas foi
demonstrada in vitro, mas
somente na presença do soro
imune antitumoral e
complemento. A relevância deste
mecanismo in vivo é
desconhecida.
Presley
13. A atividade metastática de determinados tipos de
tumores requer a adesão das células tumorais umas às
outras e ao tecido circundante. Os anticorpos
direcionados contra as superfícies das células tumorais
podem interferir com as propriedades adesivas das
células tumorais. A relevância deste mecanismo in vivo
é também desconhecida.
Presley
14. A destruição das células tumorais in vitro por
linfócitos T específicos tem sido demonstrada para
uma variedade de tumores, tanto os dispersos
quanto os sólidos;
Embora as células T auxiliares participem na
indução e regulação das células T citotóxicas, a
destruição da célula tumoral é concluída pela CTL
CD8+ com especificidade para os antígenos na
superfície da célula tumoral.
Presley
15. As células natural Killer (NK) são uma população
distinta de linfócitos que, sem a sensibilização
prévia e sem a restrição pelo MHC, pode eliminar
determinadas células tumorais.
As células killer ativadas por linfocinas são células
killer tumores-específicos obtidas do paciente. As
células são crescidas in vitro e então, são
transferidas novamente ao mesmo paciente. Estas
células estão sendo testadas quanto à sua eficácia
na imunoterapia antitumores em seres humanos.
Presley
16. A resistência a um tumor pode ser eliminada pela
depleção específica de macrófagos.
A resistência elevada ao tumor está associada a um
aumento no número de macrófagos ativados.
A administração de TNF-α em animais portadores
de tumor causa hemorragia e necrose dos tumores.
Os macrófagos ativados são freqüentemente
encontrados no local de regressão de um tumor.
Presley
18. Limitações da Efetividade da Resposta
Imune contra Tumores
• Por que apesar da resposta imune, o tumor
continua a crescer no hospedeiro?
• Resposta: Fatores relacionados com os
e o podem influenciar a
fuga das células tumorais da destruição pelo
sistema imune.
Zesiane Ribeiro
19. Fatores relacionados com os tumores
Zesiane Ribeiro
Relacionados
com os tumores
* Ausência de um epítopo antigênico.
*Ausência de sinal co-estimulador
* Produção de substancias inibidoras (ex. citocinas)
pelo tumor
20. Fatores relacionados com o hospedeiro
Relacionados
com o
hospedeiro.
Apresentação deficiente dos
antígenos tumorais pelas
células apresentadoras de
antígeno do hospedeiro
Falha dos efetores do
hospedeiro para atingir o
tumor (ex. barreira do
estroma)
Zesiane Ribeiro
21. • A resposta imune e seus vários
componentes apresentam uma
capacidade limitada para a destruição
efetiva dos tumores.
Zesiane Ribeiro
22. Imunodiagnóstico
Objetivos:
• Detecção imunológica de antígenos específicos de
células tumorais;
• Avaliação da resposta imune ao tumor.
É basedo na reação imunológica cruzada;
Os métodos imunológicos podem ser utilizados para
detectar Antígenos tumorais e outros “marcadores”
nos casos em que os antígenos tumorais exibem
similaridades de indivíduo para indivíduo.
Caroline da Silveira
23. Detecção de Proteínas de Mieloma Produzidas
por Plasmócitos Tumorais
• A concentração anormalmente elevada de
imunoglobulinas monoclonais de um certo
isótipo no soro, ou a presença de cadeias leves
destas imunoglobulinas na urina, é indicador
de plasmócitos tumorais. A concentração
dessas proteínas de mieloma no sangue ou na
urina é um reflexo da massa tumoral.
Caroline da Silveira
24. Detecção de α-Fetoproteína
• A α-Fetoproteína (AFP) é a principal proteína no soro
fetal. Após o nascimento, o nível de AFP reduz para
aproximadamente 20 ng/ml. Os níveis de AFP são
elevados em pacientes com câncer de fígado, mas
também são elevados em alterações hepáticas não-
cancerosas.
• Concentrações de AFP de 500-1000 ng/ml geralmente
são indicadoras da presençã de um tumor que está
produzindo AFP.
• O monitoramento dos níveis de AFP é indicador da
regressão ou progressão do tumor.
Caroline da Silveira
25. Antígeno Carcinoembrionário (CEA)
• Glicoproteína produzida
normalmente por células do trato
gastrintestinal, particularmente do
cólon.
• Concentrações de CEA no sangue
que excedam 2,5 ng/ml são
normalmente indicadoras de
malignidade, e o monitoramento
dos níveis de CEA é útil no
monitoramento do crescimento ou
regressão do tumor.
Caroline da Silveira
26. Detecção do Antígeno Específico da
Próstata (PSA)
• Usado atualmente para a triagem e detecção precoce
do câncer da próstata. Níveis acima de 8-10 ng/ml no
sangue são sugestivos de câncer da próstata.
• Os testes confirmatórios são necessários
• O teste é especialmente útil para o aumento ou do
decréscimo significativos dos níveis sanguíneos de
PSA que está correlacionado com o aumento ou
decréscimo do tamanho do tumor.
Caroline da Silveira
27. Imunoprofilaxia do Tumor
• A imunização contra um vírus oncogênico
deveria representar uma profilaxia contra o
vírus e, portanto, contra a indução subsequente
do tumor pelo vírus.
Caroline da Silveira
28. Efetiva imunização contra tumores
transplantados de animais.
• Imunógenos:
– Doses subletais de células tumorais vivas;
– Células tumorais nas quais a replicação fora
bloqueada;
– Células tumorais com a superfície de membrana
modificada química ou enzimaticamente;
– Extratos de antígenos da superfície de células
tumorais, não modificados ou quimicamente
modificados.
Caroline da Silveira
29. • A eficácia da imunoprofilaxia para a proteção
de humanos e animais contra tumores
espontâneos não tem sido avaliada
suficientemente. Esta ausência de um estudo
completo está ligada à necessidade de
imunógenos apropriados e ao perigo da
indução de elementos imunológicos que
podem, de fato, elevar a metástase, e desta
forma ser prejudicial ao hospedeiro.
Caroline da Silveira
30. Imunoterapia
• Inúmeras tentativas têm sido realizadas para o
tratamento do câncer em animais e humanos por vias
imunológicas. Embora as evidências de sucesso em
imunoterapias para câncer humano estejam
aumentando na literatura, até hoje não se provou ser a
imunoterapia um tratamento efetivo do câncer,
quando utilizada sozinha ou como auxiliar para outras
formas de terapia como quimioterapia, radioterapia
ou cirurgia.
Caroline da Silveira
31. Algumas estratégias na imunoterapia experimental de
tumores que estão sendo aplicadas:
• Anticorpos monoclonais específicos para tumores podem
medir a citólise através da atração de células NK via os
receptores Fc ou por ativação do complemento.
• Testes de imunoterapia para o câncer estão sendo realizados
com o uso de toxinas ou de isótopos radioativos aderidos aos
anticorpos específicos para tumores destinados
especificamente para células tumorais, levando à eliminação
direta.
• Anticorpos xenogênicos que têm sido molecularmente
modificados através da tecnologia de DNA estão também
sendo testados como candidatos para a imunoterapia.
Caroline da Silveira
32. As tentativas na imunoterapia para malignidades animais e
humanas têm objetivado também o aumento da imunidade
específica anticâncer, utilizando um aumento não específico da
resposta imune. Em particular, o estímulo de macrófagos,
utilizando BCG (bacilo de Calmette-Guerin) ou
Corynebacterium parvum, vem sendo aplicado em alguns
casos.
Alguns testes estão também em prograsso quanto ao efeito de
várias citocinas, como intérferon α, β e γ, IL-1, IL-2, IL-4, IL-
5, IL12, fator de necrose tumoral, e outros individualmente ou
em combinação na regressão do tumor.
Clinecamente têm-se usado células killer ativadas por
linfocinas e linfócitos infiltrantes tumorais no tratamento de
câncer com resultados variáveis.
Caroline da Silveira
33. NAOUM,Paulo Cesar ,IMUNOLOGIA DO CÂNCER , disponível
online<http://www.ciencianews.com.br/cien-news/imuno-
cancer.htm>Acesso em 11 de jun.2010.
STANLEY, Robins L.; COTRAN, Ramzi S. Patologia: bases patologicas das
doenças. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 1592p. ISBN 978-85-352-1391-1
BENJAMINI, Eli; COICO, Richard; SUNSHINE, Geoffrey. Imunologia. 4
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 288p. ISBN 85-277-0709-8
34. “A desgraça suprema é quando a teoria supera
a execução.”
Leonardo da Vinci (1452-1519)
Obrigada!!