4. Um texto é uma unidade
semântica, constitui um
todo significativo.
5. Um texto tem uma
unidade formal, pois
apresenta características
que lhe dão coesão.
6.
7. TEXTO: ocorrência linguística falada ou
escrita que deve apresentar 3
propriedades básicas:
Unidade Sociocomunicativa: o texto é
uma unidade de linguagem em uso;
Unidade Semântica: o texto é um todo
significativo;e
Unidade Formal: as palavras devem se
integrar para formar um todo coeso.
11. Os sete princípios da textualidade se
dividem em dois grupos:
I -Princípios centrados nos aspectos linguísticos do
texto:
1. Coesão
2. Coerência
II- Princípios que se relacionam com fatores
pragmáticos:
1. Intencionalidade 2. Aceitabilidade
3. Situacionalidade 4. Intertextualidade
5. Informatividade
12. COESÃO
• “A função da coesão é de criar, estabelecer e
sinalizar os laços que deixam os vários
segmentos do texto ligados, articulados,
encadeados.”
• “ A função da coesão é manter a continuidade
do texto”. (ANTUNES, Irandé, 2006)
13. Formas de fazer coesão no texto:
• Através da repetição.
Ex.
A senhora, uma dona de casa, estava na feira, no
caminhão que vende galinhas. O vendedor ofereceu
a ela uma galinha. Ela olhou para galinha, passou a
mão embaixo das asas da galinha, apalpou o peito da
galinha, alisou as coxas da galinha, depois tornou a
colocar a galinha na banca e disse para o vendedor:
“Não presta!”
14. Aí o vendedor olhou para ela e disse:
“Também, madame, num exame assim nem a
senhora passava.”
15. • Através da substituição.
• Substituição gramatical ( retomada por
meio de pronomes ou advérbios)
Ex. Furtei uma flor daquele jardim. O
porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a
flor. Trouxe-a para casa e a coloquei num
copo. Logo senti que ela não estava feliz. O
copo destina-se a beber, e uma flor não é
para ser bebida.” (...)
16. • Substituição lexical ( por sinônimos,
hiperônimos, hipônimos)
Ex. Visitei o Chile no final do ano passado. O
que mais gostei no país foi de sua gente
solidária.
• O menino sorria pra mim com carinho.
Nem bem conhecia, mas já gostava do
garoto.
17. • Por conexão ou relação.
• Conexão entre as palavras, entre orações e
períodos através de: conjunções,
preposições, advérbios.
• Ex. O povo brasileiro sempre acreditou
numa mudança, mas essa mudança está
difícil de acontecer.
18. COERÊNCIA
Diz respeito à unidade de sentido de um texto.
Ocorre através da:
• Progressão
• Não-contradição
Ex.
A violência tem crescido no Brasil. Como o Brasil
tem crescido, a violência também tem crescido no
Brasil. Desde os anos 60 que a violência tem
crescido no Brasil.
19. • Ex.(2) O aborto é uma prática criminosa. Se
a jovem se sente sem condições de criar
seu filho, deve tirá-lo antes de nascer.
20.
21. ASPECTOS PRAGMÁTICOS
• Centrado no emissor ─ intencionalidade
Ex.
Subi a porta e fechei a escada. Tirei minhas
orações e recitei meus sapatos. Desliguei a
cama e deitei-me na luz. Tudo por que ele me
deu um beijo de boa noite...
22. • Centrado no receptor ─ aceitabilidade
Ex.
Quando oiei a terra seca...
Por farta d’água perdi meu gado, morreu de
sede meu alasão...
• Centrada na situação ─ situacionalidade
Ex.
O carnaval de Pernambuco é animado do
Galo ao Bacalhau.
26. INFORMATIVIDADE
O Brasil é um país maior do que os menores e
menor do que os maiores. É um país grande,
porque, medida sua extensão, verifica-se que
não é pequeno. (...)
A população é toda baseada em elemento
humano, sendo que as pessoas não nascidas
no país, sem exceção, são estrangeiras. (...)
27. Nelson e Jorge: cem anos entre luzes e sombras
http://www.redebomdia.com.br/noticia/
16.01.2012
28. quanto menos previsível se
apresentar o texto, mais
informatividade. Tanto a falta
quanto o excesso de
previsibilidade, de informatividade,
são prejudiciais à aceitação do
texto por parte do leitor. Um bom
índice de informatividade atende à
suficiência de dados.
A informatividade
29. O PÃO E O CHÃO
O chão.
O grão.
O grão no chão.
O pão.
O pão e a mão.
A mão no pão.
O pão na mão.
O pão no chão?
Não.
30. é o empenho do autor em
construir um texto coerente,
coeso, e que atinja o objetivo
que ele tem em mente. Isso diz
respeito ao valor ilocutório do
texto, ou seja, o que o texto
pretende falar.
A intencionalidade
31. diz respeito à pertinência e à
relevância do texto no
contexto. Situar o texto é
adequá-lo à situação
sociocomunicativa.
A situacionalidade
32. é a expectativa do recebedor de que o
texto tenha coerência e coesão, além de
lhe ser útil e relevante.
Estabelece estratégias para o autor
alcançar aceitabilidade: cooperação
(para o autor responder às necessidades
do recebedor), qualidade
(autenticidade) e quantidade
(informatividade).
A aceitabilidade
33. Então:
1. a coesão: a relação de encadeamento de partes e de
unidades;
2. a coerência: o sentido atribuído por um interlocutor;
3. a intencionalidade: o que o autor quer do leitor;
4. a aceitabilidade: o que o leitor espera;
5. a informatividade: os dados novos;
6. a situacionalidade: os atores e o lugar da comunicação e
7. a intertextualidade: a referência a outros textos.
34. As autoras discutem as concepções de sujeito,
língua e texto que estão na base das diferentes
formas de se conceber a leitura. Situam-se na
concepção interacional e dialógica da língua,
compreendendo os sujeitos como construtores
sociais, que mutuamente se constroem e são
construídos por meio do texto, considerado o
lugar por excelência da constituição dos
interlocutores. A leitura, nesse âmbito, é
entendida como atividade interativa de
construção de sentidos.
35. Para isso, ressalta-se o papel do leitor enquanto
construtor do sentido do texto, que, no processo
de leitura, lança mão de estratégias como seleção,
antecipação, inferência e verificação, além de
ativar seu conhecimento de mundo, na construção
de uma das leituras possíveis, já que um mesmo
texto admite uma pluralidade de leituras e
sentidos. A leitura, além do conhecimento
linguístico compartilhado pelos interlocutores,
exige que o leitor, no ato da leitura, mobilize
estratégias de ordem linguística e de ordem
cognitivo-discursiva.
36. O conhecimento intertextual é que permite ao
leitor perceber como um texto está sempre se
relacionando com outros textos, numa
relação que pode ser explícita ou implícita,
tanto no que se refere à sua forma quanto ao
conteúdo. A ativação das estratégias de
leitura implica na mobilização de três
grandes redes de conhecimento: o linguístico;
o enciclopédico; e o interacional (na sua
amplidão).
39. a) O conhecimento linguístico
compreende o conhecimento
gramatical e lexical, sendo o
responsável pela articulação som-
sentido. É ele o responsável, por
exemplo, pela organização do
material linguístico na superfície
textual.
40. b) O conhecimento enciclopédico
(conhecimento de mundo) é aquele que se
encontra armazenado na memória de longo
tempo, também denominada semântica ou
social. Refere-se a conhecimentos gerais
sobre o mundo – uma espécie de thesaurus
mental.
41. c) O conhecimento interacional é o
conhecimento sobre as ações verbais, isto é,
sobre as formas de "inter-ação" por meio da
linguagem. Engloba o conhecimento do tipo
ilocucional, comunicacional,
metacomunicativo e superestrutural.
c- A) Ilocucional: Permite-nos reconhecer os
objetivos ou propósitos pretendidos pelo
produtor do texto, em uma dada situação
interacional.
42. c – B) Comunicacional: Diz respeito à:
quantidade de informação necessária,
numa situação comunicativa concreta,
para que o parceiro seja capaz de
reconstruir o objetivo da produção do
texto;
seleção da variante linguística adequada
a cada situação de interação;
adequação do gênero textual à situação
comunicativa.
43. c- C) Metacomunicativo: É aquele que permite
ao locutor assegurar a compreensão do texto e
conseguir a aceitação pelo parceiro dos
objetivos com que é produzido. Para tanto,
utiliza-se de vários tipos de ações linguísticas
configuradas no texto por meio da introdução
de sinais de articulação ou apoios textuais,
atividades de formulação ou construção
textual.
44. c- D) Superestrutural: Permite a
identificação de textos como exemplares
adequados aos diversos eventos da vida
social. Envolve também conhecimentos
sobre as macrocategorias ou unidades
globais que distinguem vários tipos de
textos, bem como sobre a ordenação ou
sequenciação textual em conexão com os
objetivos pretendidos.
45. A produção e a recepção de um texto
condicionam-se à situação ou à
ambiência, ou seja, ao conhecimento
circunstancial ou ambiental que
motivam os signos e a ambiência em
que se inserem, gerando um texto cuja
coerência e unidade são suscitados
diretamente pelo referente.
Contexto
46. Contexto
Percebido em duas dimensões:
A leitura de
superfície é
percebida pelos
elementos do
enunciado,
organizados
hierarquicamente.
A estrutura de
profundidade é a
interpretação
semântica das
relações
sintáticas,
permitindo
vasculhar o ânimo
do autor.
47. Tipos de contextos:
Contexto imediato: refere-se aos elementos
que seguem ou precedem o texto
imediatamente, incluindo as circunstâncias
que o motivam. (título de um livro, nome do
autor, tipo de capa... Já podem nos trazer
alguma informação sobre...)
Contexto situacional: trata-se do contexto
estabelecido pelos elementos fora do texto
que lhe abrem possibilidades de maior
entendimento. (experiências, informações
históricas, geográficas, psíquicas... para ser
realizada uma leitura ativa, íntima)
48. Os princípios da textualidade nos
mostram como cada texto é conectado
ao nosso conhecimento do mundo e da
nossa sociedade.
Os princípios da textualidade devem
abranger qualquer tipo de texto. Eles
devem nos ajudar a fazer múltiplas
conexões não só dentro de um texto,
mas também entre o texto e os
contextos humanos nos quais ele
ocorre, bem como determinar que
conexões são relevantes.
49. Mesmo sendo os dois princípios de textualidade
mais ‘linguísticos’, a coesão e a coerência são
afetadas por nossas crenças culturais e atitudes.
A ‘competência comunicativa’ deve ser vista
como um potencial aberto e dinâmico que pode
sempre ser enriquecido. Para Beaugrande, as
pessoas são ‘competentes’ em graus bastante
diferentes e podem encontrar severas limitações
na sua liberdade de acessar o conhecimento e
buscar objetivos sociais.
50. A percepção das relações intertextuais, das
referências de um texto a outro, depende do
repertório do leitor, do seu acervo de
conhecimentos literários e de outras
manifestações culturais. Daí a importância da
leitura, principalmente daquelas obras que
constituem as grandes fontes da literatura
universal. Quanto mais se lê, mais se amplia a
competência para apreender o diálogo que os
textos travam entre si por meio de referências,
citações e alusões. Por isso cada livro que se lê
torna maior a capacidade de apreender, de
maneira mais completa, o sentido dos textos.
51. concerne aos fatores que
fazem a utilização de um
texto dependente do
conhecimento de outro(s)
texto(s). Um texto constrói-
se em cima do "já-dito.
A intertextualidade
52. Definição de tipo e gênero textual
• É impossível se comunicar verbalmente a não
ser por algum gênero, assim como é
impossível se comunicar verbalmente a não
ser por algum texto.
• Esta visão segue a noção de língua como
atividade social, histórica e cognitiva,
privilegia a natureza funcional e interativa.
53. Definição de tipo e gênero textual
• A língua é tida como uma forma de ação
social e histórica e que, ao dizer, também
constitui a realidade sem contudo cair num
subjetivismo ou idealismo ingênuo.
• Neste contexto os gêneros textuais se
constituem como ações sócio-discursivas
para agir sobre o mundo e dizer o mundo,
constituindo-o de algum modo.
54. Texto é uma entidade concreta
realizada materialmente e
corporificada em algum gênero
textual.
Discurso é aquilo que um texto
produz ao se manifestar em alguma
instância discursiva. O discurso se
realiza nos textos.
55. Domínio Discursivo
• Uma esfera ou instância de produção
discursiva ou de atividade humana.
• Não são textos nem discursos, mas
propiciam o surgimento de discursos
bastante específicos.
• Discurso jurídico, discurso jornalístico,
discurso religioso, discurso político,
etc.
57. Tipos Textuais – Classificação segundo
Werlich(1973)
Descritiva
Estrutura simples com um verbo estático no
presente ou imperfeito, um complemento e
uma indicação circunstancial de lugar. Ex.:
Sobre a mesa havia milhares de vidros.
Expositiva
Exposição sintética pelo processo de
composição. Um sujeito e um predicado(no
presente) e um complemento com um grupo
nominal. Enunciado de identificação de
fenômenos. Ex.: Uma parte do cérebro é o
córtex.
Exposição analítica pelo processo de
decomposição. Um sujeito, um verbo da
família do verbo ter(ou verbos como contém,
consiste, compreende) e um complemento que
estabelece com o sujeito uma relação parte-
todo.Enunciado de ligação de fenômenos.Ex.:
O cérebro tem dez milhões de neurônios.
58. Tipos Textuais – Classificação segundo
Werlich(1973)
Narrativa
Verbo de mudança no passado, um
circunstancial de tempo e lugar. Enunciado
indicativo de ação. Ex.: Os passageiros
aterrissaram em Nova York no meio da noite.
Argumentativa
Uma forma verbal com o verbo ser no presente
e um complemento. Enunciado de qualidade.
Ex.: A obsessão com a durabilidade nas Artes
não é permanente.
Injuntiva
Um verbo no imperativo. Enunciados
incitadores à ação. Podem assumir
configuração mais longe onde o imperativo é
substituído por “deve”. Ex.: Pare! Seja
razoável. Todos brasileiros acima de 18 anos
do sexo masculino devem comparecer ao
exército para alistarem-se.
59. Gêneros textuais
Abrange um conjunto aberto e
praticamente ilimitado de
designações concretas determinadas
pelo canal, estilo, conteúdo,
composição e função.
Exemplos de gêneros:
telefonema, sermão, carta
comercial, carta pessoal,
romance, bilhete, aula
expositiva, reunião de
condomínio, horóscopo,
receita culinária, lista de
compras, cardápio,
instruções de uso, outdoor,
resenha, inquérito policial,
conferência, bate-papo
virtual, etc
60. Observações sobre Gêneros Textuais
• Quando dominamos um gênero textual,
dominamos uma forma de realizar
linguisticamente objetivos específicos em
situações sociais particulares.
• “A apropriação dos gêneros é um mecanismo
fundamental de socialização, de inserção
prática nas atividades comunicativas
humanas” -> Bronckart(1999)
61. Observações sobre Gêneros Textuais
• Os gêneros operam, em certos contextos,
como formas de legitimação discursiva, já que
se situam numa relação sócio-histórica com
fontes de produção que lhes dão sustentação
muito além da justificativa individual.
62. Observações sobre Gêneros Textuais
• Intertextualidade inter-gêneros = um gênero com função de outro
• Intertextualidade tipológica = um gênero com a presença de
vários tipos
• A possibilidade de operação e maleabilidade dá aos gêneros
enorme capacidade de adaptação e ausência de rigidez.
Miller(1984) considera o gênero como “ação social” e diz: “uma
definição de gênero não deve centrar-se na substância nem na
forma do discurso, mas na ação em que ele aparece para realizar-
se.”
• Bakhtin(1997) indicava a “construção composicional”, ao lado do
“conteúdo temático” e do “estilo” como as três características dos
gêneros.
• Os gêneros são, em última análise, o reflexo das estruturas
sociais recorrentes e típicas de cada cultura.
63. Gêneros textuais e ensino
• Ter em mente a questão da relação
oralidade e escrita no contexto dos
gêneros textuais, desde os mais informais
até os mais formais e em todos os
contextos e situações de vida cotidiana.
• Os gêneros são modelos comunicativos e
servem, muitas vezes para criar uma
expectativa no interlocutor e prepará-lo
para determinada reação. Operam
prospectivamente, abrindo o caminho da
compreensão.
64. Gêneros textuais e ensino
• Os interlocutores seguem em geral três
critérios para designarem seus textos:
–Canal/ meio de
comunicação(telefonema, carta,
telegrama)
–Critérios formais(discussão, conto,
debate, contrato, ata, poema)
–Natureza do conteúdo(piada, prefácio
de livro, receita culinária, bula de
remédio)
65. Gêneros textuais e ensino
• Os gêneros são geralmente determinados com
base nos objetivos dos falantes e na natureza
do tópico tratado.
• Os gêneros textuais se fundem em critérios
externos(sócio-comunicativos e discursivos) e
os tipos textuais fundam-se em critérios
internos(lingüísticos e formais).
66. Gêneros textuais e ensino
• Adequação tipológica que diz respeito à relação
que deveria haver, na produção de cada gênero
textual, entre os seguintes aspectos:
– Natureza da informação ou do conteúdo
veiculado;
– Nível de linguagem(formal, informal, dialetal,
culta, etc)
– Tipo de situação em que o gênero se
situa(pública, privada, corriqueira, solene, etc)
– Relação entre os participantes(conhecidos,
desconhecidos, nível social, formação, etc)
– Natureza dos objetivos das atividades
desenvolvidas.
67. Elementos essenciais a um bom texto:
I. COERÊNCIA, isto é, uma unidade de sentido;
II. Argumentos:
• Compatíveis com a realidade -
IMPESSOALIDADE;
• Adequados ao objetivo do texto -
OBJETIVIDADE;
• Organizados em sequência – LINEARIDADE.
68. Modos de organização das
ideias:
• Por progressão temática;
• Por organização
temporal/espacial;
• Por enumeração;
• Por refutação e/ou defesa de
posição.
69. Alguns tipos de argumentos:
• Provas concretas: dados estatísticos, fatos,
experimentos;
• Credenciamento do autor;
• Citações de autoridades no assunto (argumento de
autoridade);
• Deduções silogísticas;
• Generalizações;
• Exemplificações;
• Analogias pertinentes;
• Crenças e valores legitimados socialmente;
• Definições.
70. Marcadores de Coesão sequencial
1. Entre orações de argumento
(conectivos/conjunções)
a) temporais: quando, assim que, depois que, antes que,
enquanto, logo que, desde que, até que
b) Causais e consecutivos: porque, pois, como, já que,
uma vez que, visto que, por isso, então
c) Condicionais: se, caso
d) Proporcionais: à proporção que, à medida que
e) Conformativas: conforme, segundo, como
f) Finais: a fim de que, para que, para
71. Observações:
• As conjunções integrantes QUE e SE, fazem
articulação sintática, não semântica, entre as
orações conectadas;
• O sentido é dado pelo conjunto do enunciado;
• Os pronomes relativos funcionam como
elementos de coesão referencial por
retomada (anáfora), pois substituem
elementos anteriormente citados.
72. Marcadores de Coesão sequencial
2. Entre argumentos (articuladores discursivo-
argumentativo)
a) de inclusão/exclusão: até, até mesmo, inclusive
b) de adição: até, até mesmo, além de, não só ... mas
também, além disso
c) de conclusão: logo, portanto, por isso, por
conseguinte, então, assim, pois
73. d) de comparação:
* de igualdade: como, do mesmo modo que, tanto
como, assim como, tanto quanto, tal qual, tal como,
tão ... como, tão ... quanto, que nem (coloquial),
não só...como também, assim também
• de superioridade: mais...que, mais... do que
• de inferioridade: menos...que, menos...do que
74. e) de contraposição/contraste:
• Conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia,
entretanto, no entanto;
• Advérbios: diversamente, inversamente;
• Locuções prepositivas: diversamente de, inversamente a, ao
contrário de;
• Conjunções e locuções concessivas: embora, ainda que,
mesmo que, apesar de que, conquanto, se bem que, por
muito que, nem que;
• Preposições e locuções prepositivas: apesar de, não obstante
75. f) De explicação/justificativa: isto é, quer dizer,
pois, pois que, ou seja
g) de especificação/exemplificação: por exemplo,
como
h) outros tipos não estudados:
- de alternância: ou...ou, seja...seja, quer...quer
- de retificação: isto é, ou melhor
- de generalização/amplificação: aliás, também,
realmente
76. Organizadores Textuais
a) de abertura: primeiramente, para começar, o
primeiro, um fator, por um lado
b) de intermediação: em segundo lugar, em
terceiro lugar, uma outra questão, de maneira
secundária, outro fator, depois, em seguida, por
outro lado
a) de fechamento: finalizando, por fim, finalmente,
para encerrar, por último, enfim
77. Marcadores da posição do autor
(modalizadores)
a) possibilidades de existência: é possível, é provável
b) grau de clareza: evidentemente, não há como negar,
é certo, obviamente, talvez, parece razoável, emprego
do futuro do pretérito
c) grau de imperatividade: é indispensável,
opcionalmente, é preciso, é obrigatório
d) avaliação: curiosamente, inexplicavelmente,
brilhantemente
e) afetividade: lamentavelmente, infelizmente
f) atenuação: talvez fosse melhor, ao que parece, creio,
no meu modo de ver
78. Avalie seu texto:
• O tema e o tipo de texto foram respeitados;
• Houve aproveitamento da coletânea, se foi pedido;
• Há uma imagem autoral, ou seja, o texto parece ser
inédito;
• Os argumentos são coerentes, as conclusões decorrem
deles e há encadeamento entre as ideias;
• Há coesão linguística: entre orações, parágrafos e
períodos;
• O vocabulário empregado é adequado;
• O padrão formal da língua foi respeitado.
79. Dissertação
É a exposição ou explanação de ideias, podendo conter traços de
argumentação;
Há três partes básicas na dissertação:
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
80. Dissertação
Introdução:
• Apresenta a ideia-núcleo ou ideia principal;
• Sugere o plano.
Desenvolvimento (constituído por duas partes):
• Primeira parte: retomada da ideia central enunciada na
introdução, por meio de aspectos discriminados, como por
exemplos, aspectos físicos, econômicos, políticos, morais etc.
81. Dissertação
Desenvolvimento:
• Segunda parte: fundamentação da primeira parte, por meio
de razões, provas, exemplos ou pormenores, ou seja, os fatos.
Conclusão:
• É o desfecho da dissertação; retoma as ideias da introdução,
apresentando uma avaliação final do assunto discutido.
82. Argumentação
A argumentação visa sobretudo a convencer, persuadir
ou influenciar o leitor ou ouvinte. Procura-se principalmente
formar a opinião do leitor ou ouvinte, tentando convencê-lo
de que a razão está conosco, de que nós é que estamos de
posse da verdade.
Proposição:
• Deve tentar convencer mediante a apresentação de razões.
• Evidência de provas à luz de raciocínio coerente e
consistente.
83. Argumentação
Condições da Argumentação
• A argumentação deve basear-se nos sãos princípios da lógica.
Entretanto, nos debates, nas polêmicas, nas discussões que se
travam a todo o instante, na simples conservação, na imprensa,
nas assembleias ou agrupamentos de qualquer ordem, a
argumentação não raro se desvirtua, degenerando em “bate-
boca” estéril ou falacioso.
84. Argumentação
Condições da Argumentação
• O insulto, a ironia, o sarcasmo, por mais brilhantes que sejam,
por mais que irritem ou perturbem o oponente, jamais
constituem argumentos, antes revelam a falta deles. Tampouco
valem como argumentos os preconceitos, as superstições ou
generalizações apressadas que se baseiam naquilo que a lógica
chama de juízos de simples inspeção.
86. Argumentação
Evidência: é a certeza manifesta, a certeza a que se chega pelo
raciocínio (evidência da razão) ou pela apresentação dos fatos
(evidência de fato), independentemente de toda teoria.
São cinco os tipos mais comuns de evidência:
• Os fatos propriamente ditos.
• Os exemplos.
• As ilustrações.
• Os dados estatísticos (tabelas, números, gráficos, etc.)
• O testemunho.
87. Argumentação
Fatos:
• Constituem o elemento mais importante da argumentação em
particular assim como da dissertação ou explanação de ideias
em geral.
• Só os fatos provam, só eles convencem. Mas nem todos os fatos
são irrefutáveis; seu valor de prova é relativo, sujeitos como
estão à evolução da ciência, da técnica e dos próprios conceitos
ou preconceitos de vida: O que era verdade ontem pode não o
ser hoje.
• Os fatos mais evidentes ou notórios são os que mais provam.
88. Argumentação
Exemplos: são fatos típicos ou representativos de determinada situação.
Ilustrações: quando o exemplo se alonga em narrativa detalhada e
entremeada de descrições, tem-se a ilustração.
• Há duas espécies de ilustração: a hipotética e a real.
• A primeira, como o nome diz, é invenção, é hipótese: narra o que poderia
acontecer ou provavelmente acontecerá em determinadas circunstâncias.
• A ilustração real descreve ou narra em detalhes um fato verdadeiro. Mais
eficaz, mais persuasiva do que a hipotética, ela vale por si mesma como
prova.
89. Argumentação
Dados estatísticos:
• Dados estatísticos são também fatos, mas fatos específicos.
• Têm grande valor de convicção, constituindo quase sempre
prova ou evidência incontestável. Entretanto, é preciso ter
cautela na sua apresentação ou manipulação, já que sua
validade é também muito relativa: Com os mesmos dados
estatísticos tanto se pode provar como refutar a mesma
tese.
90. Argumentação
Testemunho:
• O testemunho é ou pode ser o fato trazido à colação por
intermédio de terceiros.
• Se autorizado ou fidedigno, seu valor de prova é inegável.
Entretanto, sua eficácia é também relativa.
91. Argumentação Informal
• O que é a argumentação? É uma declaração seguida de
prova (fatos, razões, evidência).
• Presente no nosso cotidiano: Toda vez que conversamos
queremos, de certa forma, convencer o nosso pequeno
público.
• Risco: Nesse tipo de argumentação muitas vezes nos
baseamos em indícios e não em fatos. Exemplo: Quando
alguém nos paga uma dívida podemos deduzir que essa
pessoa recebeu o seu salário do mês, porém isso não é
necessariamente verdade, a razão do pagamento da divida
pode ter sido outra. Ex: O antigo devedor pode ter ganhado
na loteria.
92. Argumentação Informal
• Estrutura: Quando usamos uma ideia abstrata, a
argumentação assume uma estrutura mais complexa.
Exemplo:
“O castigo físico é a melhor maneira de se educar uma criança”.
(Nesse caso podemos tanto validar a declaração quanto
contestá-la.)
93. Argumentação Informal
Para contestar dividiremos a nossa argumentação em quatro
estágios:
1º estágio: Proposição (Declaração, tese, opinião)
2º estágio: Concordância Parcial
3º estágio: Contestação (é o “miolo” desse tipo de
argumentação)
4º estágio: Conclusão (Portanto; por consequência; de forma
que)
94. Argumentação Informal
• Ou seja...
Essa é a estrutura típica da argumentação informal, escrita ou
falada. Ela pode ocorrer por contestação, com ou sem
concordância parcial, quando se deseja negar a tese de uma
outra pessoa.
95. Refutando Argumentos
• Comece a refutar o argumento que pareça ser o mais forte;
• Procure atacar os pontos mais fracos da argumentação
contrária;
• “Redução às últimas consequências”: levar os argumentos
contrários ao máximo de sua extensão;
• Veja se o opositor apresentou uma evidência adequada ao
argumento empregado;
96. Refutando Argumentos
• Escolha/cite uma autoridade no assunto que tenha dito
exatamente o contrário que seu opositor;
• Aceite os fatos, mas demonstre que foram mal-empregados;
• Ataque a fonte na qual se basearam os argumentos de seu
opositor;
• Cite exemplos semelhantes, mas que provem o contrário do
que seu opositor afirma;
97. Refutando Argumentos
• Demonstre que a fala/sentença de seu opositor foi deturpada;
• Analise cuidadosamente os argumentos contrários, tentando
revelar as falsidades que contêm.
98. Argumentação Formal
A argumentação formal é pouco diferente, em sua essência, da
informal.
Proposição:
• Deve ser clara, definida quanto aquilo que se afirma ou nega.
• Deve-se argumentar a favor ou contra uma ideia a respeito da
qual nem todos estão de acordo, já que a argumentação implica
divergência de opinião. Fatos não se discutem.
• Deve ser preferencialmente afirmativa e específica para que
todos possam posicionar-se contra ou a favor. Ex.: a religião. É
um tema muito vago, portanto acaba por não permitir que seja
tomada uma posição, apenas proporciona uma explanação.
99. Argumentação Formal
Análise da proposição:
• Não costuma ser feita na análise informal.
• Antes que a proposição seja discutida, deve-se definir o seu
sentido e o significado de alguns termos contidos nela.
100. Argumentação Formal
Análise da proposição:
• Ex.: A paz mundial só se tornaria possível se houvesse respeito
entre as nações e suas respectivas culturas.
• Talvez fosse necessário conceituar as palavras “paz”, “respeito”
e “culturas”.
• Além disso, o autor deve esclarecer o que ele tem a intenção de
provar.
101. Argumentação Formal
Formulação dos argumentos:
• É a fase em que o autor deve procurar provas convincentes para
justificar seu ponto de vista.
• Para isso, ele deve se utilizar de fatos concretos e autênticos
como gráficos, exemplos, estatísticas, estudos, comparações,
etc.
• A ordem em que as provas são apresentadas é muito
importante, de modo que costuma-se, na maioria das vezes,
apresentá-las em ordem crescente, ou seja, da menos
convincente àquela que seja capaz de mais impressionar o leitor.
102. Argumentação Formal
Formulação dos argumentos:
• Além disso, é importante manter um suspense antes de chegar
às conclusões, até um ponto em que elas acabem por se impor.
• É importante que o autor dê ênfase nos pontos principais, e
antecipe possíveis repostas para objeções do leitor.
103. Argumentação Formal
Conclusão
• A conclusão será obtida naturalmente a partir da comprovações
apresentadas. De um modo mais geral, consiste em tornar
explícita a essência da proposição.
107. brubralu@bol.com.br
Tarefa para 04.11.2015
Escolher um tema de seu interesse e
delimitar;
Escolher uma forma de desenvolver o texto;
Escolher e selecionar formas de trabalhar os
argumentos;
Usar o máximo de marcadores de coesão.
Duas páginas de texto; times new romam 12;
espaçamento 1,5 – margem 3,3,2,2