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François Boucher

      François Boucher (1703-1770), pintor francês,
      notável por suas cenas pastorais e mitológicas,
      introduziu um trabalho encorpado com frivolidades
      que o conduziram para o estilo do rococó. Boucher,
      filho de um desenhista, foi iniciado nas artes em
      Paris. Estudou com o pintor François Le Moyne mas
      foi influenciado, mais pelo eso tildelicado de Antoine
      Watteau, seu contemporâneo. Boucher no ano de
      1723 ganhou o grande Prix de Roma; vindo a apri-
      morar seus estudos nessa cidade entre 1727 a 1731.
      Depois que retornou a França, criou centenas de
      pinturas, onde incluem-se os painéis decorativos
      do boudoir; projetos do tapestry; cenários teatrais;
      e ilustrações de livros. Transformou-se membro
      da faculdade da Academia Real em 1734.
      Engendrou projetos esmerados para os trabalhos
      do tapestry de Beauvais, e em 1755 foi elevado
      a Diretor dos tapestries dos Gobelins.
Em 1765 foi escolhido como primeiro pintor do rei, e empossado diretor na Academia
Real, as porcelanas da realeza foram desenhadas por ele. Seu sucesso foi incentivado
e protegido por sua patrocinadora, Marquesa de Pompadour, companheira de Luis XV.
Pintou o retrato dela diversas vezes. Os traços delicados, a suavidade de Boucher
aplicados às divindades clássicas de seus quadros e os personagens franceses
elegantemente bem-vestidos, deleitaram o público, que o consagrou o pintor mais
surpreendente do seu tempo. Os exemplos de seu trabalho são o seu triunfo refletido
nas pinturas de Venus (1740, National Museum, Estocolmo); o nu de uma mulher
reclinada no sofá (1752, Alte Pinakothek, Munich); os amores da série do tapestri
dos deuses (1744). Boucher impôs a si uma maneira demasiadamente sentimental,
seu estilo foi imitado por muitos durante a ascenção do neoclassicismo. Morreu em
Paris em 30 de maio de 1770.
Madame de Pompadour, 1758
François Boucher
212 × 164 cm, óleo sobre tela


A Madame de Pompadour era
sinônimo de exuberância, exa-
gero, teatralidade, elegância,
riqueza, ostentação e requinte,
portanto, do estilo bem rococó.
Esta era grande admiradora da
arte de Boucher e, é nos retra-
tos desta cortesã francesa onde
o artista exibe mais notavelmen-
te o seu verdadeiro estilo.
Anunciou o seu estilo sensível e
ao mesmo tempo bravo e farto
de erotismo, que em nada com-
trasta com os retratos de odalis-
cas.
Odalisca, 1745, 53 X 64cm, óleo sobre tela
Nesta pintura e noutras, Boucher mostra os excessos frívolos de meados do século
XVIII. A jovem nua deitada numa cama no meio de vários lençóis. A pose é provocante
e a jovem está !a fazer "olhinhos" ao expectador.
A Toilette, 1742, Boucher. 52.5 × 66.5 см óleo sobre tela
   Boucher foi o pioneiro destes quadros íntimos,
    com o tema sobre mulheres ou meninas no ato
    de se vestirem ou despirem. Embora, não
    exatamente eróticos, estes quadros
    proporcionaram ao artista a oportunidade para
    pintar a carne e, consequentemente agradar os
    seus "protetores" com quadros apropriados para
    seus quartos e toucadores.
   Os quadros retratavam os modos frívolos e
    esbanjadores da sociedade aristocrática. Era
    comum nesta época o "toilette" das senhoras
    durar três ou quatro horas.
Donzela descansando, 1752. 59 × 73 cm, Óleo sobre tela
Leda e o Cisne, 1741, Boucher, óleo sobre tela.
A Toilette de Venus, 1751
Boucher
108.3 x 85.1 cm, óleo sobre tela

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François Boucher, pintor francês do Rococó

  • 1. François Boucher François Boucher (1703-1770), pintor francês, notável por suas cenas pastorais e mitológicas, introduziu um trabalho encorpado com frivolidades que o conduziram para o estilo do rococó. Boucher, filho de um desenhista, foi iniciado nas artes em Paris. Estudou com o pintor François Le Moyne mas foi influenciado, mais pelo eso tildelicado de Antoine Watteau, seu contemporâneo. Boucher no ano de 1723 ganhou o grande Prix de Roma; vindo a apri- morar seus estudos nessa cidade entre 1727 a 1731. Depois que retornou a França, criou centenas de pinturas, onde incluem-se os painéis decorativos do boudoir; projetos do tapestry; cenários teatrais; e ilustrações de livros. Transformou-se membro da faculdade da Academia Real em 1734. Engendrou projetos esmerados para os trabalhos do tapestry de Beauvais, e em 1755 foi elevado a Diretor dos tapestries dos Gobelins.
  • 2. Em 1765 foi escolhido como primeiro pintor do rei, e empossado diretor na Academia Real, as porcelanas da realeza foram desenhadas por ele. Seu sucesso foi incentivado e protegido por sua patrocinadora, Marquesa de Pompadour, companheira de Luis XV. Pintou o retrato dela diversas vezes. Os traços delicados, a suavidade de Boucher aplicados às divindades clássicas de seus quadros e os personagens franceses elegantemente bem-vestidos, deleitaram o público, que o consagrou o pintor mais surpreendente do seu tempo. Os exemplos de seu trabalho são o seu triunfo refletido nas pinturas de Venus (1740, National Museum, Estocolmo); o nu de uma mulher reclinada no sofá (1752, Alte Pinakothek, Munich); os amores da série do tapestri dos deuses (1744). Boucher impôs a si uma maneira demasiadamente sentimental, seu estilo foi imitado por muitos durante a ascenção do neoclassicismo. Morreu em Paris em 30 de maio de 1770.
  • 3. Madame de Pompadour, 1758 François Boucher 212 × 164 cm, óleo sobre tela A Madame de Pompadour era sinônimo de exuberância, exa- gero, teatralidade, elegância, riqueza, ostentação e requinte, portanto, do estilo bem rococó. Esta era grande admiradora da arte de Boucher e, é nos retra- tos desta cortesã francesa onde o artista exibe mais notavelmen- te o seu verdadeiro estilo. Anunciou o seu estilo sensível e ao mesmo tempo bravo e farto de erotismo, que em nada com- trasta com os retratos de odalis- cas.
  • 4. Odalisca, 1745, 53 X 64cm, óleo sobre tela Nesta pintura e noutras, Boucher mostra os excessos frívolos de meados do século XVIII. A jovem nua deitada numa cama no meio de vários lençóis. A pose é provocante e a jovem está !a fazer "olhinhos" ao expectador.
  • 5. A Toilette, 1742, Boucher. 52.5 × 66.5 см óleo sobre tela
  • 6. Boucher foi o pioneiro destes quadros íntimos, com o tema sobre mulheres ou meninas no ato de se vestirem ou despirem. Embora, não exatamente eróticos, estes quadros proporcionaram ao artista a oportunidade para pintar a carne e, consequentemente agradar os seus "protetores" com quadros apropriados para seus quartos e toucadores.  Os quadros retratavam os modos frívolos e esbanjadores da sociedade aristocrática. Era comum nesta época o "toilette" das senhoras durar três ou quatro horas.
  • 7. Donzela descansando, 1752. 59 × 73 cm, Óleo sobre tela
  • 8. Leda e o Cisne, 1741, Boucher, óleo sobre tela.
  • 9. A Toilette de Venus, 1751 Boucher 108.3 x 85.1 cm, óleo sobre tela