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9º Simposio de Ensino de Graduação
JANE AUSTEN E A EDUCAÇÃO EM NORTHANGER ABBEY

Autor(es)


SABRINA MARIA ALVES DA SILVA


Orientador(es)


RENATA COLASSANTE

1. Introdução


Jane Austen (1775-1817) foi uma grande escritora inglesa, nascida em uma família burguesa, e apesar de ter levado uma vida sem
grandes acontecimentos teve a oportunidade de frequentar muitos dos ambientes retratados em suas obras.
Com o olhar sempre crítico Austen trata dos assuntos da sua época com muita ironia, sempre retratando um aspecto da sociedade. A
escritora consegue analisar a natureza humana em sua essência a partir dos assuntos do cotidiano. Isto faz com que seja reconhecida
mundialmente, pois é capaz de transformar pessoas comuns em heróis e heroínas em seus livros.
Ao ler seus romances pela primeira vez, o leitor apesar de não ter consciência de tudo que se passa no enredo, e sem um olhar critico
consegue ter prazer com a leitura pelo simples fato de conter personagens comuns, drama do cotidiano, amor e sempre terminar com
um final feliz (casamento).
Ao analisar o romance com uma visão mais crítica e consciente é possível reconhecer claramente as criticas que a escritora faz sobre a
sociedade em que vive. Jane Austen utiliza seus personagens e suas ações para refletir seus próprios pensamentos.


2. Objetivos


O presente trabalho tem como objetivo analisar o livro Northanger Abbey da escritora Jane Austen, notando principalmente a maneira
como a educação de meninas e mulheres era feita na época em que o livro foi escrito. Através de leitura de outras obras de teor
histórico o livro pode ser analisado demonstrando traços de como esta educação acontecia.

3. Desenvolvimento


No livro Northanger Abbey é possível notar a critica que a escritora faz ao modelo de educação da época, onde as meninas eram
preparadas para o casamento, os pais mantinham o controle absoluto e total sobre os filhos, suas amizades e inclusive com quem iriam
se casar. No decorrer do enredo podemos notar diferentes tipos de educação e a consequência desta educação na vida dos
personagens. Jane Austen faz uso de sua personagem principal Catherine Morland para mostrar ao leitor como uma menina “não”
deveria ser educada dentro da sociedade em que estava inserida. A maneira como esta personagem é educada é o oposto do que seria
o “ideal” de acordo com a sociedade da época. Logo na primeira frase do romance a escritora deixa claro ao leitor o tipo de
personagem que será a heroína de Northanger Abbey.
A escritora faz uso destes outros personagens também para nos apontar sua critica em relação à educação. No primeiro caso Jane
Austen nos apresenta os Thorpes, cuja mãe, viúva, venera os filhos, principalmente sua filha mais velha Isabella, que vem a ser amiga
de Catherine. Neste caso a mãe comete o erro de mimar e engrandecer as “qualidades” dos filhos de uma maneira cega. A
consequência desta maneira equivocada de criar os filhos é: os dois personagens descritos no romance, Isabella e John Thorpe não
possuem carácter, são capazes de qualquer coisa para o beneficio próprio. No caso de Isabella, a mesma tem consciência que, diante
da condição financeira de sua família é preciso casar-se com alguém bem colocado na sociedade. Acreditando que a família de
Catherine possuía dinheiro a mesma se aproxima de nossa heroína com o único intuito de conquistar seu irmão James Morland. E
quando se dá conta de que os Morland não eram tão ricos assim, Isabela descarta a amizade de Catherine. Vejamos alguns trechos
onde é possível comprovarmos isso.
Primeiramente um trecho onde Mrs. Thorpe comenta sobre seus filhos: “(...) she expatiated on the talents of her sons, and the beauty
of her daughters (...)” (Northanger abbey pág.19). Neste proximo trecho veremos como Isabella prontamente coloca sua amizade a
disposição de Catherine:
“(...) things were said by the Miss Thorpe of their wish of being better acquainted with her; of being considered as already friends,
through the friendship of their Brothers, etc., which Catherine heard with pleasure, and answered with all pretty expressions she could
command. (…)” (Northanger Abbey pág20).
Nota-se que Catherine, por sua vez, aceitou a amizade prontamente, visto que nossa heroína não possuía astúcia suficiente para
desconfiar das intensões de sua primeira amiga em Bath. Catherine também não sabia exatamente como agir, faltavam lhe
experiências, esta amizade fez com que aprendesse e crescesse como ser humano. Catherine foi inocente até mesmo em não perceber
o romance do seu irmão com sua amiga Isabella, e foi a única a se surpreender com o anuncio do compromisso dos dois. De acordo
com Horwtiz, “Jane Austen is concerned with what happens to spoiled children when they grow up.” (HORWITZ, Barbara J., Jane
Austen and the question of women’s education – 1991, pág25)
Catherine demonstra ter conhecimento de que tem muito a aprender, está disposta a mudar seu comportamento se este não estiver
sendo adequado, e para isso conta com a ajuda dos Allens, porém Mrs. Allen está mais preocupada com os seus vestidos do que com a
educação de sua amiga, sendo preciso que o marido Mr. Allen dê seu parecer sobre o comportamento da heroína. Vejamos no trecho a
seguir:
Mr. Allen: “(...) I am glad you do not think of it. These schemes are not all the thing. Young men and women driving about the
country in open carriages! (…)” Mrs. Allen: “Yes very much so, indeed. Open carriages are nasty things. A clean gown is not in five
minutes’ wear in them.” Catherine: “(…) Dear madam, cried Catherine, then you did you not tell me so before? I am sure if I had
known it to be improper I would not have gone with Mr. Thorpe at all (…)” (Northanger Abbey pág92)
Vejamos agora como acontece a educação dos Tilneys, família do herói Henry Tilney, por quem Catherine se apaixona e vem a se
casar no final do romance. É através destes personagens que Jane Austen nos aponta como a educação rígida é capaz de influenciar a
FELICIADE dos personagens, seus modos e gestos. O General Tilney mantinha controle absoluto sobre os três filhos. Catherine se
relaciona mais diretamente com os dois filhos mais jovens do general, Henry e Eleanor. Os dois jovens possuem uma educação
invejável, conhecem arte, são leitores astutos, enquanto nossa heroína se intimida por não possuir todo este conhecimento. Enquanto
leitora, Catherine, provavelmente pela primeira vez em sua vida lê um romance gótico e passa a enxergar tudo a sua volta pelos olhos
deste romance. Vejamos o trecho a seguir onde Catherine passeia com os irmãos Henry e Eleanor Notamos que Catherine sente-se
envergonhada por não entender o que os irmãos estão falando. Vejamos a seguir o comportamento dos filhos diante do pai, neste
trecho Catherine vai à casa dos Tilney para jantar e encontra os amigos quietos, diferentes de quando foram passear sozinhos.
Catherine não se dá conta de que o comportamento de Henry e Eleanor está alterado porque o pai está presente:
Um mal entendido leva o General Tilney a pensar que Catherine era de uma família abastada e, portanto passa a ser de seu interesse
que os filhos tenham um relacionamento amigável com a nossa heroína. O próprio general a convida a passar uma temporada com a
família em Nothanger Abbey.
“Can you, in short, be prevailed on to quit this scene of public triumph, and oblige your friend Eleanor with your company in
Gloucestershire?” (Northanger Abbey pág124)
É durante sua estadia em Northanger Abbey que Austen explora a autoridade do personagem General Tilney e a reação de seus filhos.
Ela nos mostra como o pai tem controle sobre os filhos, percebemos no trecho a seguir como os horários das refeições eram rigorosos.
“Miss Tilney gently hinted her fear of being late; and half a minute they ran down stairs together, in an alarm not wholy unfounded,
for General Tilney was pacing the drawing-room, his watch in his hand, and having, on the very instant of their entering pulled the
bell with violence, ordered, “Dinner to be on table directly”.” (Northanger Abbey, pág150)
Catherine, apesar de não notar explicitamente o comportamento do general, intuitivamente sentia algo estranho em sua presença. “It
was only in his presence that Catherine felt the smallest fatigue from her journey.”(Northanger Abbey pág151).
Em Northanger Abbey Catherine passa por experiências que a farão amadurecer. Henry, seu amado, é responsável por parte deste
amadurecimento. Vejamos a seguir como a escritora desenvolve o aprendizado de suas personagens, segundo Horwitz:
“Jane Austen was the only woman writer to assert that women could learn from the men who loved them, their fathers as well as their
prospective husbands.” (HORWITZ, Barbara J., Jane Austen and the question of women’s education – 1991, pág127)
Conforme dito anteriormente, Catherine não sendo uma leitora experiente, é levada por sua imaginação e pelos livros que lê, a criar
uma historia assombrosa, onde o General seria responsável pela morte de sua esposa. Veremos a seguir como Henry, seu amado, a faz
entender que tudo não passa de uma ilusão, criada a partir de sua imaginação. Desta forma nossa heroína adquiria mais um
conhecimento necessário para o seu amadurecimento.
“If I understand you right, you had formed a surmiza of such horror as I have hardly words to – Dear Miss Morland, consider the
dreadful nature of the suspicious you have enterteined. What have you been judging from? Remember the country and the age in wich
we live (…).” (Northanger Abbey, pág182)
Catherine aceita a critica, a principio se sente envergonhada pelos próprios pensamentos, mas em seguida cai em si, e a partir desta
terrível experiência adquire o conhecimento necessário. Vejamos:
“She remembered with what feelings she had prepared for a knowledge of Northanger. She saw that the infatuation had been created,
the mischief settled, long before her quitting Bath (…)Charming as were Mrs. Radcliffe’s works, and charming even as were the works
of all her imitators, it was not in them perhaps that human nature, at least in the midland counties of England, was to be looked for.”
(Northanger Abbey pág184)
É durante sua estadia da Abadia que Catherine toma conhecimento da conduta e moral de sua amiga Isabella. Mais uma vez seu
amado Henry e sua irmã Eleanor interferem e ajudam-na a entender a situação.
“(...) and Catherine found, with some surprize, that her two young friends were perfectly agreed in considering Isabella’s want of
consequence and fortune as likely to throw great difficulties in the way of her marrying their brother.” ( Northanger Abbey pág192)
Finalmente nossa heroína pôde tirar suas próprias conclusões a respeito:
“Its inconsistencies, contradictions, and falsehood, struck her from the very first. She was ashamed of Isabella, and ashamed of having
ever loved her.”(Northanger Abbey, pág202)
Diante do comportamento repressivo do general, o clima na abadia era na maioria das vezes tenso. Quando General Tilney viaja e os
três jovens ficam sozinhos, Jane Austen descreve momentos de FELICIDADE plena, onde os personagens agem naturalmente e estão
visivelmente mais FELIZES. Até mesmo Catherine percebeu a diferença, ela também pôde experimentar momentos mais alegres na
abadia. Vejamos como nossa heroína relata este acontecimento:
“His departure gave Catherine the first experimental conviction that a loss may be sometimes a gain. The happiness with which their
time now passed, every employment voluntary, every laugh indulged, every meal a scene of ease and good-humour, walking where
they liked and when they liked, their hours of pleasure, and fatigues at their on command, made her thoroughly sensible of the
restraint which General’s presence had imposed, and most thankfully feel their present release from it.” (Northanger Abbey pág204)
A diferença no tratamento dos filhos nas famílias Tilney e Morland é grande. Diante do que foi relatado acima podemos concluir que
os filhos, Henry e Eleanor, eram constantemente repreendidos pelo pai, e em sua presença não agiam naturalmente. Apesar de
possuírem educação adequada para sua sobrevivência na sociedade, os personagens não eram plenamente FELIZES e estavam sempre
fazendo as vontades do pai e nunca as suas. Catherine por sua vez não possuía a astúcia e inteligência dos outros dois, e na sua
inocência se deixou enganar por diversas vezes. Porém, Catherine no decorrer dos acontecimentos conseguiu absorver conhecimentos
através das experiências vividas em Bath e em Northanger Abbey. Em um acontecimento trágico, onde o General ordena que Eleanor
comunique Catherine que ela não poderá mais permanecer na abadia e tem que retornar para casa de seus pais a escritora nos relata o
encontro da nossa heroína com a sua amada família.
“Her father, mother, Sarah, George, and Harriet, all assembled at the door, to welcome her affectionate eagerness, was a sight to
awaken the best feelings of Catherine’s heart; and in the embrace of each, as she stepped from the carriage, she found herself soothed
beyond anything that she had believed possible. So surrounded, so caressed, she was even happy! In the joyfulness of family love,
everything, for a short time, was subdued;(…)” (Northanger Abbey pág217)
Desta maneira a escritora está nos dizendo qual é o seu modelo de educação, movido pelo amor familiar e não pela tirania, através do
amor a família de Catherine a educou, dando apoio onde foi necessário, acolhendo-a. Para Jane Austen ser educado vai além de
possuir a educação formal, através de aulas e leituras.

4. Resultado e Discussão


Apesar de não ter recebido uma educação convencional, onde o objetivo seria prepara-la para a vida social e para um casamento de
acordo com as normas da sociedade a nossa heroína atinge a maturidade. No decorrer dos capítulos adquire experiências suficientes
para torna-la uma mulher com as qualidades exigidas pela sociedade e ao final do romance casa-se com o herói.
Austen nos mostra uma personagem simples, sem a sofisticação de uma educação de acordo com as normas da sociedade, mas capaz
de atos genuínos de bondade. Catherine, apesar não ter recebido instrução adequada dentro do ambiente doméstico, consegue agir
educadamente seguindo sua intuição.


5. Considerações Finais


Diante de tudo discutido acima, podemos concluir que para Jane Austen a educação ia além da disciplina nos estudos. E que o
conhecimento era de fato adquirido na interação dos personagens. Os personagens aprendem entre si, no caso de Catherine e Henry,
Jane Austen nos mostra como é possível ocorrer o aprendizado mútuo, no qual Henry auxilia Catherine intelectualmente, e Catherine
por sua vez o mostra como agir naturalmente. Notamos esta mudança de comportamento em Henry quando no final do romance ele,
mesmo contrariando o pai, vai em busca de sua amada Catherine, ao desafiar o pai Henry esta agindo pela emoção, algo que aprendeu
com nossa heroína.
Referências Bibliográficas


AUSTEN, Jane. Northanger Abbey. First published 1818. Published in Penguin Popular Classics 1994.
HORWITZ, Barbara J. Jane Austen and the Question of Women’s Education. New York 1991.
WILLIAMS, Raymond. O Campo e a Cidade: na história e na literature; tradução Paulo Henrique Britto – São Paulo: Companhia das
letras, 1989
ROGERS, Pat. The Oxford Illustrated History of English Literature. Published in the United States by Oxford University Press Inc.,
New York 1987.
WATT, Ian. A ascensão do Romance. Editora Schwarcz Ltda. 1990.
RICHETTI, John. The Eighteenth Century Novel. Cambridge University Press, first published 1996.

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Jane austen e a educação em northanger abbey

  • 1. 9º Simposio de Ensino de Graduação JANE AUSTEN E A EDUCAÇÃO EM NORTHANGER ABBEY Autor(es) SABRINA MARIA ALVES DA SILVA Orientador(es) RENATA COLASSANTE 1. Introdução Jane Austen (1775-1817) foi uma grande escritora inglesa, nascida em uma família burguesa, e apesar de ter levado uma vida sem grandes acontecimentos teve a oportunidade de frequentar muitos dos ambientes retratados em suas obras. Com o olhar sempre crítico Austen trata dos assuntos da sua época com muita ironia, sempre retratando um aspecto da sociedade. A escritora consegue analisar a natureza humana em sua essência a partir dos assuntos do cotidiano. Isto faz com que seja reconhecida mundialmente, pois é capaz de transformar pessoas comuns em heróis e heroínas em seus livros. Ao ler seus romances pela primeira vez, o leitor apesar de não ter consciência de tudo que se passa no enredo, e sem um olhar critico consegue ter prazer com a leitura pelo simples fato de conter personagens comuns, drama do cotidiano, amor e sempre terminar com um final feliz (casamento). Ao analisar o romance com uma visão mais crítica e consciente é possível reconhecer claramente as criticas que a escritora faz sobre a sociedade em que vive. Jane Austen utiliza seus personagens e suas ações para refletir seus próprios pensamentos. 2. Objetivos O presente trabalho tem como objetivo analisar o livro Northanger Abbey da escritora Jane Austen, notando principalmente a maneira como a educação de meninas e mulheres era feita na época em que o livro foi escrito. Através de leitura de outras obras de teor histórico o livro pode ser analisado demonstrando traços de como esta educação acontecia. 3. Desenvolvimento No livro Northanger Abbey é possível notar a critica que a escritora faz ao modelo de educação da época, onde as meninas eram preparadas para o casamento, os pais mantinham o controle absoluto e total sobre os filhos, suas amizades e inclusive com quem iriam se casar. No decorrer do enredo podemos notar diferentes tipos de educação e a consequência desta educação na vida dos personagens. Jane Austen faz uso de sua personagem principal Catherine Morland para mostrar ao leitor como uma menina “não” deveria ser educada dentro da sociedade em que estava inserida. A maneira como esta personagem é educada é o oposto do que seria o “ideal” de acordo com a sociedade da época. Logo na primeira frase do romance a escritora deixa claro ao leitor o tipo de personagem que será a heroína de Northanger Abbey. A escritora faz uso destes outros personagens também para nos apontar sua critica em relação à educação. No primeiro caso Jane Austen nos apresenta os Thorpes, cuja mãe, viúva, venera os filhos, principalmente sua filha mais velha Isabella, que vem a ser amiga de Catherine. Neste caso a mãe comete o erro de mimar e engrandecer as “qualidades” dos filhos de uma maneira cega. A consequência desta maneira equivocada de criar os filhos é: os dois personagens descritos no romance, Isabella e John Thorpe não
  • 2. possuem carácter, são capazes de qualquer coisa para o beneficio próprio. No caso de Isabella, a mesma tem consciência que, diante da condição financeira de sua família é preciso casar-se com alguém bem colocado na sociedade. Acreditando que a família de Catherine possuía dinheiro a mesma se aproxima de nossa heroína com o único intuito de conquistar seu irmão James Morland. E quando se dá conta de que os Morland não eram tão ricos assim, Isabela descarta a amizade de Catherine. Vejamos alguns trechos onde é possível comprovarmos isso. Primeiramente um trecho onde Mrs. Thorpe comenta sobre seus filhos: “(...) she expatiated on the talents of her sons, and the beauty of her daughters (...)” (Northanger abbey pág.19). Neste proximo trecho veremos como Isabella prontamente coloca sua amizade a disposição de Catherine: “(...) things were said by the Miss Thorpe of their wish of being better acquainted with her; of being considered as already friends, through the friendship of their Brothers, etc., which Catherine heard with pleasure, and answered with all pretty expressions she could command. (…)” (Northanger Abbey pág20). Nota-se que Catherine, por sua vez, aceitou a amizade prontamente, visto que nossa heroína não possuía astúcia suficiente para desconfiar das intensões de sua primeira amiga em Bath. Catherine também não sabia exatamente como agir, faltavam lhe experiências, esta amizade fez com que aprendesse e crescesse como ser humano. Catherine foi inocente até mesmo em não perceber o romance do seu irmão com sua amiga Isabella, e foi a única a se surpreender com o anuncio do compromisso dos dois. De acordo com Horwtiz, “Jane Austen is concerned with what happens to spoiled children when they grow up.” (HORWITZ, Barbara J., Jane Austen and the question of women’s education – 1991, pág25) Catherine demonstra ter conhecimento de que tem muito a aprender, está disposta a mudar seu comportamento se este não estiver sendo adequado, e para isso conta com a ajuda dos Allens, porém Mrs. Allen está mais preocupada com os seus vestidos do que com a educação de sua amiga, sendo preciso que o marido Mr. Allen dê seu parecer sobre o comportamento da heroína. Vejamos no trecho a seguir: Mr. Allen: “(...) I am glad you do not think of it. These schemes are not all the thing. Young men and women driving about the country in open carriages! (…)” Mrs. Allen: “Yes very much so, indeed. Open carriages are nasty things. A clean gown is not in five minutes’ wear in them.” Catherine: “(…) Dear madam, cried Catherine, then you did you not tell me so before? I am sure if I had known it to be improper I would not have gone with Mr. Thorpe at all (…)” (Northanger Abbey pág92) Vejamos agora como acontece a educação dos Tilneys, família do herói Henry Tilney, por quem Catherine se apaixona e vem a se casar no final do romance. É através destes personagens que Jane Austen nos aponta como a educação rígida é capaz de influenciar a FELICIADE dos personagens, seus modos e gestos. O General Tilney mantinha controle absoluto sobre os três filhos. Catherine se relaciona mais diretamente com os dois filhos mais jovens do general, Henry e Eleanor. Os dois jovens possuem uma educação invejável, conhecem arte, são leitores astutos, enquanto nossa heroína se intimida por não possuir todo este conhecimento. Enquanto leitora, Catherine, provavelmente pela primeira vez em sua vida lê um romance gótico e passa a enxergar tudo a sua volta pelos olhos deste romance. Vejamos o trecho a seguir onde Catherine passeia com os irmãos Henry e Eleanor Notamos que Catherine sente-se envergonhada por não entender o que os irmãos estão falando. Vejamos a seguir o comportamento dos filhos diante do pai, neste trecho Catherine vai à casa dos Tilney para jantar e encontra os amigos quietos, diferentes de quando foram passear sozinhos. Catherine não se dá conta de que o comportamento de Henry e Eleanor está alterado porque o pai está presente: Um mal entendido leva o General Tilney a pensar que Catherine era de uma família abastada e, portanto passa a ser de seu interesse que os filhos tenham um relacionamento amigável com a nossa heroína. O próprio general a convida a passar uma temporada com a família em Nothanger Abbey. “Can you, in short, be prevailed on to quit this scene of public triumph, and oblige your friend Eleanor with your company in Gloucestershire?” (Northanger Abbey pág124) É durante sua estadia em Northanger Abbey que Austen explora a autoridade do personagem General Tilney e a reação de seus filhos. Ela nos mostra como o pai tem controle sobre os filhos, percebemos no trecho a seguir como os horários das refeições eram rigorosos. “Miss Tilney gently hinted her fear of being late; and half a minute they ran down stairs together, in an alarm not wholy unfounded, for General Tilney was pacing the drawing-room, his watch in his hand, and having, on the very instant of their entering pulled the bell with violence, ordered, “Dinner to be on table directly”.” (Northanger Abbey, pág150) Catherine, apesar de não notar explicitamente o comportamento do general, intuitivamente sentia algo estranho em sua presença. “It was only in his presence that Catherine felt the smallest fatigue from her journey.”(Northanger Abbey pág151). Em Northanger Abbey Catherine passa por experiências que a farão amadurecer. Henry, seu amado, é responsável por parte deste amadurecimento. Vejamos a seguir como a escritora desenvolve o aprendizado de suas personagens, segundo Horwitz: “Jane Austen was the only woman writer to assert that women could learn from the men who loved them, their fathers as well as their prospective husbands.” (HORWITZ, Barbara J., Jane Austen and the question of women’s education – 1991, pág127) Conforme dito anteriormente, Catherine não sendo uma leitora experiente, é levada por sua imaginação e pelos livros que lê, a criar uma historia assombrosa, onde o General seria responsável pela morte de sua esposa. Veremos a seguir como Henry, seu amado, a faz entender que tudo não passa de uma ilusão, criada a partir de sua imaginação. Desta forma nossa heroína adquiria mais um conhecimento necessário para o seu amadurecimento. “If I understand you right, you had formed a surmiza of such horror as I have hardly words to – Dear Miss Morland, consider the dreadful nature of the suspicious you have enterteined. What have you been judging from? Remember the country and the age in wich we live (…).” (Northanger Abbey, pág182) Catherine aceita a critica, a principio se sente envergonhada pelos próprios pensamentos, mas em seguida cai em si, e a partir desta
  • 3. terrível experiência adquire o conhecimento necessário. Vejamos: “She remembered with what feelings she had prepared for a knowledge of Northanger. She saw that the infatuation had been created, the mischief settled, long before her quitting Bath (…)Charming as were Mrs. Radcliffe’s works, and charming even as were the works of all her imitators, it was not in them perhaps that human nature, at least in the midland counties of England, was to be looked for.” (Northanger Abbey pág184) É durante sua estadia da Abadia que Catherine toma conhecimento da conduta e moral de sua amiga Isabella. Mais uma vez seu amado Henry e sua irmã Eleanor interferem e ajudam-na a entender a situação. “(...) and Catherine found, with some surprize, that her two young friends were perfectly agreed in considering Isabella’s want of consequence and fortune as likely to throw great difficulties in the way of her marrying their brother.” ( Northanger Abbey pág192) Finalmente nossa heroína pôde tirar suas próprias conclusões a respeito: “Its inconsistencies, contradictions, and falsehood, struck her from the very first. She was ashamed of Isabella, and ashamed of having ever loved her.”(Northanger Abbey, pág202) Diante do comportamento repressivo do general, o clima na abadia era na maioria das vezes tenso. Quando General Tilney viaja e os três jovens ficam sozinhos, Jane Austen descreve momentos de FELICIDADE plena, onde os personagens agem naturalmente e estão visivelmente mais FELIZES. Até mesmo Catherine percebeu a diferença, ela também pôde experimentar momentos mais alegres na abadia. Vejamos como nossa heroína relata este acontecimento: “His departure gave Catherine the first experimental conviction that a loss may be sometimes a gain. The happiness with which their time now passed, every employment voluntary, every laugh indulged, every meal a scene of ease and good-humour, walking where they liked and when they liked, their hours of pleasure, and fatigues at their on command, made her thoroughly sensible of the restraint which General’s presence had imposed, and most thankfully feel their present release from it.” (Northanger Abbey pág204) A diferença no tratamento dos filhos nas famílias Tilney e Morland é grande. Diante do que foi relatado acima podemos concluir que os filhos, Henry e Eleanor, eram constantemente repreendidos pelo pai, e em sua presença não agiam naturalmente. Apesar de possuírem educação adequada para sua sobrevivência na sociedade, os personagens não eram plenamente FELIZES e estavam sempre fazendo as vontades do pai e nunca as suas. Catherine por sua vez não possuía a astúcia e inteligência dos outros dois, e na sua inocência se deixou enganar por diversas vezes. Porém, Catherine no decorrer dos acontecimentos conseguiu absorver conhecimentos através das experiências vividas em Bath e em Northanger Abbey. Em um acontecimento trágico, onde o General ordena que Eleanor comunique Catherine que ela não poderá mais permanecer na abadia e tem que retornar para casa de seus pais a escritora nos relata o encontro da nossa heroína com a sua amada família. “Her father, mother, Sarah, George, and Harriet, all assembled at the door, to welcome her affectionate eagerness, was a sight to awaken the best feelings of Catherine’s heart; and in the embrace of each, as she stepped from the carriage, she found herself soothed beyond anything that she had believed possible. So surrounded, so caressed, she was even happy! In the joyfulness of family love, everything, for a short time, was subdued;(…)” (Northanger Abbey pág217) Desta maneira a escritora está nos dizendo qual é o seu modelo de educação, movido pelo amor familiar e não pela tirania, através do amor a família de Catherine a educou, dando apoio onde foi necessário, acolhendo-a. Para Jane Austen ser educado vai além de possuir a educação formal, através de aulas e leituras. 4. Resultado e Discussão Apesar de não ter recebido uma educação convencional, onde o objetivo seria prepara-la para a vida social e para um casamento de acordo com as normas da sociedade a nossa heroína atinge a maturidade. No decorrer dos capítulos adquire experiências suficientes para torna-la uma mulher com as qualidades exigidas pela sociedade e ao final do romance casa-se com o herói. Austen nos mostra uma personagem simples, sem a sofisticação de uma educação de acordo com as normas da sociedade, mas capaz de atos genuínos de bondade. Catherine, apesar não ter recebido instrução adequada dentro do ambiente doméstico, consegue agir educadamente seguindo sua intuição. 5. Considerações Finais Diante de tudo discutido acima, podemos concluir que para Jane Austen a educação ia além da disciplina nos estudos. E que o conhecimento era de fato adquirido na interação dos personagens. Os personagens aprendem entre si, no caso de Catherine e Henry, Jane Austen nos mostra como é possível ocorrer o aprendizado mútuo, no qual Henry auxilia Catherine intelectualmente, e Catherine por sua vez o mostra como agir naturalmente. Notamos esta mudança de comportamento em Henry quando no final do romance ele, mesmo contrariando o pai, vai em busca de sua amada Catherine, ao desafiar o pai Henry esta agindo pela emoção, algo que aprendeu com nossa heroína.
  • 4. Referências Bibliográficas AUSTEN, Jane. Northanger Abbey. First published 1818. Published in Penguin Popular Classics 1994. HORWITZ, Barbara J. Jane Austen and the Question of Women’s Education. New York 1991. WILLIAMS, Raymond. O Campo e a Cidade: na história e na literature; tradução Paulo Henrique Britto – São Paulo: Companhia das letras, 1989 ROGERS, Pat. The Oxford Illustrated History of English Literature. Published in the United States by Oxford University Press Inc., New York 1987. WATT, Ian. A ascensão do Romance. Editora Schwarcz Ltda. 1990. RICHETTI, John. The Eighteenth Century Novel. Cambridge University Press, first published 1996.