1) O cenário econômico internacional está mais desafiador com a desaceleração da China e a valorização do dólar, afetando os termos de troca do Brasil.
2) No cenário doméstico, o Brasil mantém sólidos fundamentos macroeconômicos, como baixa dívida pública e reservas internacionais, mas há riscos de deterioração das expectativas inflacionárias.
3) A projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2013 é de 2,7%, menor do que anos anteriores, com o
1. 1
Cenário econômico
mundial e expectativas
para o Brasil
Carlos Thadeu de Freitas Gomes
Recife - PE, 2 de julho de 2013
Encontro Regional do Sicomercio
2. 2
Novo cenário internacional
• Com a perspectiva de redução dos intensos estímulos monetários dos
Estados Unidos, devido à recuperação de sua economia o dólar volta a
apresentar uma trajetória de valorização;
• Por outro lado, a economia da China passa a apresentar um crescimento
mais moderado e essa perspectiva tem impactado nas cotações de
commodities e, por consequência, nos termos de troca da balança
comercial brasileira;
• Alguns fatores internos também atuam na direção de um Real mais
desvalorizado – crescimento do déficit nas transações correntes e
perspectiva de menor crescimento econômico;
Mudança na percepção de risco dos investidores: maiores
retornos no mercado norte-americano expôs vulnerabilidade
externa dos mercados emergentes, assim como as
perspectivas de menor crescimento econômico nesses países
3. Moedas têm se desvalorizado frente ao dólar
Variação % acumulada no ano (até 17 de junho)
Euro
Florim húngaro
Índice - USD*
Coroa sueca
Peso mexicano
Franco suíço
Zloty polonês
Rupia indonésia
Dólar canadense
Coroa norueguesa
Libra
Peso chileno
Dólar neozelandês
Rublo russo
Lira turca
Real
Peso colombiano
Dólar australiano
Iene
Rand sul africano -15.1
1.3
1.2
1.1
0.7
0.1
-0.8
-2.3
-2.5
-2.6
-2.8
-3.3
-3.3
-3.6
-3.9
-4.8
-5.5
-6.4
-8.2
-8.2
Países com
déficits
expressivos em
conta corrente
foram os mais
afetados
* O Índice - USD indica o valor internacional do dólar contra uma cesta de moedas dos principais parceiros comerciais dos EUA
(euro, iene, libra esterlina, dólar canadense, coroa sueca e franco suíço)
Fonte: Banco Central do Brasil
4. 4
Cenário Doméstico
Sólidos Fundamentos Macroeconômicos
Maiores recebedores de
Investimentos Estrangeiros - 2012
EUA
146.7
China
119.7
Hong Kong
72.5
Brasil
65.3
Reino Unido
62.5
França
58.9
Singapura
54.4
Austrália
48.5
Canadá
47.2
Rússia
44.1
Irlanda
39.6
Índia
27.3
Chile
26.4
Luxemburgo
Bélgica
22.6
19.3
Fonte: Banco Central, Financial Times
6. 6
Projeções
Principais Variáveis
2011
2012
2013*
Volume de Vendas do Varejo1 (var. %)
6,70
8,40
4,50
Produção Industrial (var. %)
0,40
-2,60
2,56
IPCA (var. - %)
6,50
5,80
5,86
Taxa de Juros Selic - Fim de Período (%a.a.)
11,00
7,25
9,00
Balança Comercial (US$ bilhões)
29,80
19,42
6,50
Taxa de Câmbio - Fim de Período (RS/US$)
1,88
2,04
2,13
*Projeções
¹PMC Restrita
Fonte: IBGE, Funcex, BC, Divisão Econômica - CNC
7. 7
Expetativa de crescimento do PIB é revisada
PIB
7.5%
6.1%
5.2%
4.0%
3.2%
2.7%
2.7%
0.9%
-0.3%
2005
2006
2007
2008
2009
Fonte: IBGE e Banco Central do Brasil
* Projeção para 2013 do Relatório de Inflação de Junho de 2013
2010
2011
2012
2013 *
8. 8
Varejo
• Evolução favorável do mercado de trabalho, embora em ritmo mais
lento, deve continuar impulsionando crescimento das vendas do
varejo.
• Mudança do perfil de endividamento das famílias e reversão da
política monetária devem reduzir o ritmo de crescimento da
demanda de crédito para o consumo em relação aos últimos anos.
• Riscos: Deterioração das expectativas inflacionárias já promovem
ajustes na curva de juros futuros e podem impactar negativamente
no mercado de crédito.
• Inflação é a maior preocupação no curto prazo
9. 9
Principais determinantes da
demanda doméstica - Emprego
Emprego e Renda
( Var. % anual)
9.4
10.0
8.3
7.2
8.0
6.5
6.0
6.0
4.2
4.0
3.1
2.5
2.2
2.1
5.9
5.7
4.6
2.6 2.2
3.0
3.6
2.3
2.9
1.4
2.0
3.4
2.6
3.1 3.2
1.51.4
1.3
0.7
0.1
0.0
-0.4
-2.0
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Pessoas Ocupadas
Rendimento Médio Real do Trabalhador - Habitual
Massa de Rendimentos Real da População Ocupada - Habitual
2010
2011
2012
2013*
Fonte: IBGE
* Até maio de 2013
10. 10
Principais determinantes da
demanda doméstica - Crédito
mai/13
Crescimento do crédito às famílias
Livres x Direcionados
Livres
Direcionados
38%
62%
40.0%
35.0%
30.0%
25.0%
20.0%
15.0%
10.0%
5.0%
Saldo da carteira de crédito com recursos livres - Pessoas físicas - Var. % anual
Saldo da carteira de crédito com recursos direcionados - Pessoas físicas - Var. % anual
Mar-08
May-08
Jul-08
Sep-08
Nov-08
Jan-09
Mar-09
May-09
Jul-09
Sep-09
Nov-09
Jan-10
Mar-10
May-10
Jul-10
Sep-10
Nov-10
Jan-11
Mar-11
May-11
Jul-11
Sep-11
Nov-11
Jan-12
Mar-12
May-12
Jul-12
Sep-12
Nov-12
Jan-13
Mar-13
May-13
0.0%
Fonte: Banco Central do Brasil
11. 11
Principais determinantes da
demanda doméstica - Inflação
IPCA - Var. %
acumulada em 12
meses
Inflação ao Consumidor - IPCA
15.00
5.00
IPCA - Bens nãoduráveis - Var. %
acumulada em 12
meses
IPCA - Duráveis Var. % acumulada
em 12 meses
0.00
IPCA - Serviços Var. % acumulada
em 12 meses
10.00
Meta Central
-5.00
Teto Superior
Fonte: IBGE e Banco Central
Mar-13
Oct-12
May-12
Dec-11
Jul-11
Feb-11
Sep-10
Apr-10
Nov-09
Jun-09
Jan-09
Aug-08
Mar-08
Oct-07
May-07
Dec-06
Jul-06
Feb-06
Sep-05
Apr-05
Nov-04
Jun-04
Jan-04
-10.00
Teto Inferior
12. 12
Cenário para as vendas do varejo
Volume de Vendas no Comércio Varejista
Variação Acumulada de 12 meses (%)
10.9
9.7
9.1
8.4
6.7
6.2
5.9
4.5
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013 *
Fonte: IBGE e CNC
* Projeção da DE/ CNC
13. 13
Cenário de Longo Prazo:
•A principal restrição ao crescimento econômico sustentável da
economia brasileira é a escassez de poupança interna, que leva a
um baixo nível de investimento, a baixa produtividade do trabalho
num ambiente de redução do desemprego.
•Condições favoráveis da dívida brasileira diminuíram seu prêmio de
risco e colocam o país em uma rota sustentável de crescimento
econômico, cujo ritmo vai depender do cenário externo.
•Apesar do bônus fiscal atual, o ajuste dos desequilíbrios passa pela
sustentabilidade das finanças públicas, que também atuaria sobre
as expectativas inflavionárias.