O documento discute sustentabilidade na arquitetura hospitalar. Aborda 5 tópicos: sustentabilidade e aquecimento global, por que arquitetura sustentável, sistemas de certificação, projeto sustentável e estudos de caso, incluindo a Clínica Patrick Dollard e o Hospital São Luiz em São Paulo.
49. ESTUDOS DE CASOS: SUSTENTABILIDADE NOS PROJETOS HOSPITALARES CONSTRUA VERDE 5
50. ESTUDO DE CASO 01: Clínica Patrick Dollard CONSTRUA VERDE Local: Harris, NY - USA Área: 2,630 m2 Custo: U$ 6.000.000,00 Uso: Clínica para atender 28 tipos de especialidades médicas, com ênfase em cuidados especiais de pessoas com problemas neurológicos. Certificação: Sim.
51. PROGRAMA CONSTRUA VERDE Espaços Internos: Cuidados infantis, tratamentos médicos, recepção, sistemas de aquecimento e refrigeração, espaços de reuniões públicos, escritórios, banheiros, salas de conferência, Espaços Externos: Acessos de pedestres e veículos, estacionamentos, estruturas de sombreamento, paisagismo interpretativo, preservação de vegetação nativa. Energia: 48% mais eficiente em comparação com prédios similares;
53. ESTRATÉGIAS CONSTRUA VERDE ENERGIA - Iluminação com lâmpadas T8 e T5 e luminárias de alta eficiência; - Redução de gasto energético para AC em 6,8% em relação à média; - Proteção térmica dos telhados, - Proteção das aberturas com beirais e vegetação; - Correto uso de orientação solar e aberturas; - Sistemas de Controles de automação para AC, iluminação.
54. ESTRATÉGIAS CONSTRUA VERDE QUALIDADE INTERNA DO AR - Visuais externas na maior parte dos ambientes. - Qualidade Visual através de grandes panos de vidro e integração dos ambientes internos. - Uso de materiais com baixa toxidade. - Filtros especiais para ventilação e ar condicionado; - Produtos com nenhuma ou baixa emissão de VOC´s. - Comissionamento dos sistemas do edifício. - Ventilação Natural. - Alto controle de poluentes durante a obra.
55. ESTRATÉGIAS CONSTRUA VERDE MATERIAIS: Tintas, resinas, selantes e adesivos de baixa emissão; Piso de linóleo natural; Carpete com conteúdo reciclado; Proteção Térmica e painéis de vedação Madeiras Certificadas. ACESSIBILIDADE: Total acessibilidade nos ambientes. Para saber mais: The Patrick H. Dollard Health Center LEED ® CERTIFIED http ://leedcasestudies.usgbc.org/overview.cfm?ProjectID=233
56. ESTUDO DE CASO 02: Hospital e Maternidade São Luiz - Unidade Anália Franco São Paulo – SP - Arq. Zanettini CONSTRUA VERDE Fonte: http://www.zanettini.com.br/hop_saoluiz.html Local: Bairro Tatuapé, São Paulo - SP Tamanho: 43.000m2 Capacidade: 180 apartamentos e 279 leitos. Tipologia: 07 pavimentos em 02 blocos unidos por passarelas. Uso: Hospital Geral e Maternidade Certificação: Não
57. PROGRAMA e TIPOLOGIA CONSTRUA VERDE SETORIZAÇÃO A implantação ocupa toda uma quadra com clara setorização de funções e disciplina dos acessos de veículos e pedestres. INFRAESTRUTURA 185 apartamentos, 6 suítes na maternidade e 1 no hospital, 36 leitos de UTI, 37 de UTI neonatal, 8 de UTI infantil e 6 de semi-intensiva neonatal, 18 salas no Centro Cirúrgico, 9 no Centro Obstétrico, 2 de Delivery room e 4 de pré-parto, totalizando 43.000m². ZONEAMENTO: A zonificação do edifício em dois blocos separa a maternidade da parte clínica e médica, com suas funções de trabalho e apoio comuns conjugadas : centro de materiais cirúrgicos e obstétricos; UTIs adulto e neonatológica; conforto médico e de enfermagem; mezanino administrativo e grande "Lobby" térreo, com locais de estar, recepções da maternidade e do hospital, anfiteatro, restaurante e espaço ecumênico. Fonte: http://www.zanettini.com.br/hop_saoluiz.html
58. ESTRATÉGIAS SUSTENTÁVEIS CONSTRUA VERDE TOPOGRAFIA Projeto explorou a tipografia sem alterar muito o terreno; ORIENTAÇÃO SOLAR: Estudo avançado do posicionamento do edifício e aberturas; USO DE ESPAÇOS INTEGRADOS: cobertura, praça superior central, varandas dos apartamentos, espaços de estar e convivência ajardinados, além da área verde resultante da ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO NATURAIS: farta iluminação e ventilação naturais com significativa economia de energia. As varandas representam espaços de mediação climática entre o exterior e os ambientes interiores aprazíveis Fontes: http:// www.zanettini.com.br/hop_saoluiz.html & http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/siegbert-zanettini-hospital-sao-23-07-2008.html
59. ESTRATÉGIAS SUSTENTÁVEIS CONSTRUA VERDE ESTRUTURA & TECNOLOGIA COM ECONOMIA tecnologia limpa: grandes vãos de acessos em concreto armado; heliponto, passarelas de ligação entre os blocos, marquises lateral e do pronto socorro e cobertura do restaurante metálicos; ESQUADRIAS: fachada glazing curva no restaurante, com vidros laminados duplos translúcidos de seis milímetros e câmara de 20 milímetros, onde estão instaladas 60 persianas ScreenLine. Perfis de alumínio leves. REVESTIMENTO EXTERNO: Alumínio e ACM Fontes: http:// www.zanettini.com.br/hop_saoluiz.html & http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/siegbert-zanettini-hospital-sao-23-07-2008.html
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61. “ If you want to go quickly go alone. If you want to go far, go together” Se você quer ir rápido, vá sozinho. Se você quiser ir longe, vá junto. Provérbio Africano CONSTRUA VERDE OBRIGADA!
Segundo o Relatório da Comissão Brundtland, elaborado em 1987, uma série de medidas devem ser tomadas pelos países para promover o desenvolvimento sustentável. Entre elas: limitação do crescimento populacional; garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) a longo prazo; preservação da biodiversidade e dos ecossistemas; diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis; aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas; controle da urbanização desordenada e integração entre campo e cidades menores; atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia).
Segundo o Relatório da Comissão Brundtland, elaborado em 1987, uma série de medidas devem ser tomadas pelos países para promover o desenvolvimento sustentável. Entre elas: limitação do crescimento populacional; garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) a longo prazo; preservação da biodiversidade e dos ecossistemas; diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis; aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas; controle da urbanização desordenada e integração entre campo e cidades menores; atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia).
Segundo o World Resources Institute1 , o Brasil é o 4º maior emissor de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera, e segundo a perspectiva da McKinsey em seu relatório global, no horizonte até 2030, é também um dos 5 países com maior potencial para reduzir essas emissões. Este papel de destaque na agenda global de mudança climática traz uma série de implicações, bem como a criação de oportunidades significativas. Custos: Sessenta iniciativas representam 10% do potencial de abatimento do Brasil e foram identificadas como tendo um custo negativo, ou seja, benefícios associados que são maiores do que os gastos. Das demais 70 iniciativas, 80% do potencial de abatimento têm custo inferior a 10 por tonelada de CO2e2, valor abaixo daquele comercializado no mercado internacional de créditos de carbono. o Brasil tem um papel relevante, pois é responsável por 5% das emissões de GEE atuais e será responsável por 4% das emissões estimadas para 2030, ou 2,8 GtCO2e. Diferentemente de outros países mais industrializados, e da norma global, a principal fonte de emissões no Brasil é o setor florestal. Somente o desmatamento representa 55% das emissões de GEE hoje e será responsável por 43% das emissões do País em 2030. Esse elevado peso negativo do setor florestal é parcialmente compensado pelas baixas emissões da matriz energética brasileira, que tem a geração de eletricidade baseada em grandes hidroelétricas. Outro fator é a penetração do etanol na frota automobilística brasileira, que é bastante alta. atualmente as emissões do Brasil já estão acima da média global e, em uma perspectiva futura, mesmo se eliminássemos as emissões do setor florestal, elas permaneceriam relativamente altas. Isso evidencia a necessidade do Brasil considerar algumas medidas para reduzir as emissões de GEE. Nosso estudo avaliou mais de 120 oportunidades de redução de GEE em todos os principais setores da economia brasileira. Os resultados indicam que o Brasil tem potencial para reduzir as emissões estimadas para 2030 de 2,8 GtCO2e para 0,9 GtCO2e, ou seja, uma redução anual de 1,9 GtCO2e, o que equivale a uma redução de 70% das emissões.
Fonte dos dados: Mckinsey
limitação do crescimento populacional; garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) a longo prazo; preservação da biodiversidade e dos ecossistemas; diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis; aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas; controle da urbanização desordenada e integração entre campo e cidades menores; atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia).
No Brasil estes dados variam um pouco, tendo-se o consumo aumentado relativamente para aquecimento de água de banho e iluminação.
- exemplo: telhado branco -20% Promoção de boas práticas de projeto, de construção e de manutenção Melhor saúde e bem estar do usuário “ People –Friendly” design – melhor qualidade de vida melhor imagem da empresa e relação com governos e comunidades.
O GGHC é derivado do sistema LEED, mas não pertence ao USGBC. É feito de acordo com a linha estrutural do leed, com adaptações alinhadas a realidade da arquitetura hospitalar. Não temos ainda esta certificação aqui no Brasil, mas pode-se seguir o sistema LEED e incrementar com os créditos específicos do Green Guide.
Green Building Rating System™ incentiva e acelera a adoção de prédios verdes e desenvolvimento de práticas de construção sustentáveis através da criação e implementação de ferramentas e critérios de performance aceitos universalmente
Para uma edificação nova, usa-se o sistema New Construction. Ele foi atualizado neste ano com a versão V3.0. No Brasil está sendo adaptado a nossa realidade.
Farkasvölgyi Arquitetura Monte Carlo Residence, Belo Horizonte